Disclaimer: Hellsing não é meu. Não. Não. Nãããão!!!
Resposta ao Desafio do fórum Mundo dos Fics
Tema: Perpétuo
Palavras: 556
Prisão libertina
Nunca parei para refletir sobre algo que me acompanhará pelo resto dos dias. Na verdade, já pensei tantas vezes nesse assunto e ao mesmo tempo não dei a devida atenção para essa questão.
Vampiros são eternos, é o que dizem. No entanto, deixam de explicam aos infantes e adultos místicos que a eternidade é um nome muito mais bonito do que o que ela realmente representa. Em verdade, somos perpétuos, numa prisão de uma vida que não é vida, de uma morte incompleta, do estado indefinido com poderes e restrições tão ímpares que poucas pessoas poderiam entender essa amplitude.
Podem considerar a palavra pesada, mas, é bem a realidade que vivemos. Presos na noite, junto à criaturas que são consideradas desprezíveis. Vulneráveis a certos objetos humanos e até mesmo à sentimentos. Às vezes, confesso, é mais fácil esconder-se em uma carcaça fria e impenetrável, atacar aos frágeis habitantes do sol e deixar o torpor do sangue fresco penetrar e confundir o delicado senso alerta que sempre estamos.
Um vampiro não tem limites, a não ser a sua própria inexistência. Não tem donos, não possui destino nem mesmo planeja algo, não há necessidade. Entretanto, existem àqueles que se submetem à vergonha de virar seres que nem merecem ser chamados de vampiros, ghouls.
E existe um quarto tipo desses. Alguém domesticado como um cãozinho. Gosto de pensar que tenho muito poder. Na verdade, eu tenho muito poder. Só há um limite entre a minha soberania total e o potencial inaudito que possuo: Integra Wingates Hellsing.
Ao mesmo tempo em que odeio pensar que alguém tem um controle sobre mim, essa garotinha de olhos azuis tem o dom de mandar e exerce-o de maneira inquestionável. E se existe alguma coisa que um vampiro deve reconhecer é quando existe alguém mais forte que você. Não que aquele corpo frágil que ajudei a resgatar o elo ofereça perigo...
Mas o sangue doce e quente que corre em suas veias faz a diferença de todo e qualquer humano que ousar tentar exercer o mesmo domínio que ela tem sobre mim. É algo ligado a linhagem e poder, algo que todos os anos que possuo me fizeram perceber, respeitar e obedecer. Tenho certeza que quaisquer cavaleiros da távola, ou mesmo a própria Rainha consegue perceber a autoridade dessa menina.
Ela, quem me concedeu uma liberdade falseada em ser seu mais fiel e destrutivo soldado. Quem me ofereceu o deleite de provar algumas gotas do seu sangue puro depois de anos de jejum, após ser enclausurado pelo seu pai. Quem de certa forma me deve a vida, mas também entregou-a para mim.
Algumas poucas noites de minha vida me permitiram pensar realmente como é a minha relação com essa pirralha. Na verdade, acredito muito mais que eu me proibi para não ter o sentimento de culpa. Culpa não pertence aos vampiros, pois se alia à fraqueza.
Mais do que odeio admitir que ela é minha mestra, é que ela também é minha fraqueza; a minha força termina em sua vulnerabilidade e então todo o discurso clássico sobre a imponência dos seres da noite se esvai entre meus dedos. Mas ainda assim, não minto quando digo que minha vivência é perpétua.
Nessa noite penso que apenas uma mulher, entre todos os seres que habitam esse mundo maldito, foi ter nas mãos o fardo de ser minha cárcere: Integra Wingates Hellsing.
Minha mestra. Minha senhora.
Fim
Minha primeira experiência com Hellsing, espero que não tenha ficado ruim! Resposta ao desafio do mundo dos fics... Só assim para eu escrever! XD
À você, caro leitor, cabe o papel de julgar se esse fanfic é digno ou não de um comentário.
Beijos,
Lally
