Disclaimer: Twilight não pertece a mim.



Mais uma história, rs

Essa aqui vai de presente pra minha amada malinha!

Feliz Aniversário, Malice!



Chapter 1: Welcome Back.

APOV

Estava embarcando – contra minha vontade, diga-se de passagem – para Forks. Indo em direção ao último lugar onde eu gostaria de estar. Aquele fim de mundo que só me trazia más lembranças.

Por forças maiores, ou seja, o casamento de meu irmão, estava indo para o lugar onde eu não me sentiria em casa, não depois de tudo o que aconteceu... Logo afastei esses pensamentos, não queria lembrar daquilo, definitivamente eu não queria.

Sentei na primeira classe ao lado de uma senhora que folheava um revista, parecendo estar entediada. Ela parecia estar nos seus cinqüenta e poucos anos, seus cabelos com as raízes brancas denotavam sua idade, apesar de seu rosto não parecer ter mais que trinta era elegante, sua roupa parecia ser de marca e seu cabelo amarrado num coque que prendia cada fio copiosamente, uma simetria perfeita. Seus lábios tingidos num batom vinho e seus olhos cor de mel rodeados com uma tinta preta, destacando-os.

Quando a mulher percebeu que eu a encarava me fitou curiosamente e logo desviei e procurei outra coisa para 'analisar', uns anos pra cá eu comecei com um TOC, qualquer coisa que alcançasse meus olhos me chamassem atenção eu descrevia copiosamente, cada detalhe... e muitas vezes ficava em maus lençóis por ficar encarando algo ou alguém por tanto tempo.

O avião decolou, minhas mãos tremiam e eu comecei a procurar por algo para me distrair, olhei para a revista que repousava sobre meu colo e peguei-a, sem interesse algum comei a folheá-la para meu total desapontamento nada me chamara atenção naquela coisa que tantas pessoas gostavam e passavam horas lendo.

Resolvi pegar meu caderno de rascunhos e comecei a esboçar algo que fluiu suavemente em meus pensamentos, era um vestido branco e leve, ideal para um lual na praia, algo tão simples e ao mesmo tempo tão elegante que saia com naturalidade da ponta do lápis. Terminei-o rápido demais para ficar cansada e tirar algum cochilo.

Fiquei olhando pela janela do avião por tempo indeterminado só percebi que estávamos prestes a pousar quando a aeromoça me pediu pra colocar o cinto. Depois de descer do avião e logo o tempo nublado de Port Angeles fez questão de me lembrar dos meus piores pesadelos.

Olhei em volta e logo vi meu irmão Edward com sua noiva – com um barrigão de sete meses – sorrindo e acenando para mim. Peguei minhas malas coloquei-as no carrinho e segui até eles.

- Olá minha pequena. – Edward falou alegremente e me abraçou apertado.

- Oi Allie. – Bella murmurou timidamente quando eu cheguei mais perto.

Minha relação com Bella estava numa situação complicada - por falta do que dizer. Éramos grandes amigas na época do colégio e eu até a ajudei a engatar um romance com meu irmão, mas quando eu sai de Forks com 19 anos o máximo que nós nos falávamos era por telefone no começo era bem difícil e eu não queria falar com ninguém, mas depois as coisas ficaram frias entre nós, sempre conversas fúteis nada como antes. E agora eu estava de volta, bem na semana de seu casamento e eu ainda seria sua madrinha, ela que fizera questão disso.

No fundo eu acho que na verdade eu que complicara as coisas demais e Bells se sentia culpada por nossa amizade não ser mais a mesma de antes, mas eu não tive controle nem sobre mim mesma naquela época e quem dirá sobre a nossa amizade.

- Oi gente. – murmurei, um pouco envergonhada.

Edward empurrou meu carrinho de malas até o estacionamento e parou ao lado de seu Volvo C30 este que ele possuía desde muito tempo atrás, esse carro era como um filho para ele. Entrei e sentei no banco de trás enquanto Edward colocava as malas no porta malas, Bella e eu mantemos uma conversa tranqüila, sempre evitando muitos detalhes eu respondia na medida do possível.

A chuva batia forte nos vidros do carro, aquilo seria um prelúdio de alguma mudança em minha vida, ou seria apenas mais um aviso para que eu tomasse cuidado?

Eu não fazia idéia, essa cidade, agora tão estranha aos meus olhos, desde que fui embora há sete anos atrás nunca mais coloquei o pé aqui, nunca.

Estava tudo tão normal como sempre, mas para meus olhos aquilo parecia ser outra realidade, uma realidade que não me deixava sonhar ou sequer dormir, ao menos uma vez, tranqüila.

Caminhei tranqüila pela grama extremamente verde da mansão, aquele lugar tão familiar e que me fazia sentir insegura ao mesmo tempo. Um misto de emoções tomava conta de meu corpo no momento que pisei no piso de mármore da entrada, meus saltos faziam um 'toc toc' insistente.

Abri a porta e caminhei para a calmaria, exatamente como se estivesse entrando em outro mundo, aquele lugar que me trazia tantas lembranças e também trazia junto delas coisas que eu queria apagar de minha memória, mas por mais que eu tentasse era quase impossível de se esquecer.

Andei até a cozinha e logo vi minha mãe, Esme, tomando um chá na bancada. Quando me viu seu sorriso se alargou e levantou-se rapidamente vindo em minha direção com os braços abertos e me abraçou firmemente, como eu queria que fizesse há muito.

- Oh, minha querida. – Esme murmurou, beijando minha testa – Como você está crescida, pelas fotos não dava para perceber. – falou – Ah, minha criança, que bom que está de volta. – sibilou, sua voz falhou nas últimas palavras.

- Mãe, não me mate. – brinquei – Estou bem e também estava com saudades suas.

- Querida, diga que ficará pelo menos um mês conosco. – quase implorou.

- Eu prometo que vou pensar. – murmurei.

- Pense com carinho. – Esme disse, sorrindo calidamente para mim – Carlisle ficará tão feliz em vê-la. Ele estava morrendo de saudades da princesinha dele. – murmurou me deixando envergonhada.

- Tudo bem, mãe. – disse – Vou até meu quarto e tomar um banho para relaxar e depois desço para conversarmos melhor. – informei.

Edward me ajudou a levar as malas para cima, quando entrei em meu quarto percebi que nada fora trocado de lugar, tudo permanecia intacto como se eu não tivesse ido embora há sete anos.

Cada bailarina de porcelana permanecia no mesmo lugar que eu costumava colocá-las na prateleira, a colcha de minha cama ainda era aquela rosa que eu tanto amava. Abri meu guarda roupa e a única coisa que permanecia lá dentro era meu antigo colant de ballet.

Fechei a porta do guardar roupa com um baque audível e sentei na cama, esperando meu 'ataque' passar. Aquelas coisas não estavam fazendo bem para mim e eu sabia disso, mas eu teria que enfrentar aquilo mais cedo ou mais tarde. E se o destino quis que fosse agora quem seria eu para julgá-lo?


Então, gostaram?

Uma fic Alisper, totalmente fora dos padrões...

É tão diferente escrever pelo pov da Alice, ah, deixa eu parar de falar!

Por favor, comentem!

=)