Olá!

Estou trazendo a tradução de "Pequeñas Esperanzas", das meninas do Asaki90. Achei essa fanfic de uma delicadeza tão grande que quis traduzí-la.

Suki90 e Princesa Saiyajin: Gracias chicas!

E a todos que aqui chegarem, uma boa leitura!


Pequenas esperanças

Autoria: Asaki90 (Suki90 e Princesa Saiyajin)

Tradução: Ed Kiddo

Capitulo 1- Seiya, o pai.

Finalmente, com a ajuda de Athena, conseguiu derrotar o inimigo que havia adentrado o santuário unicamente para fazer mal a ela e em especial ao bebê, que agora encontrava-se nos braços da deusa da guerra.

Seiya, o cavaleiro de ouro de Sagitário, aproximou-se lentamente de sua deusa, tentando entender como uma criança havia chamado tanto a atenção do deus Marte. Esse bebê deveria ter algo de especial para que isso ocorresse. Mas o quê?

- Vocês dois estão bem?- Perguntou o cavaleiro de ouro.

A mulher de cabelos lilases dirigiu seu olhar ao jovem de 30 anos e lindos olhos castanhos e o respondeu sorrindo.

- Estamos bem. – Respondeu. - Obrigada, Seiya.

O antigo cavaleiro de Pégaso correspondeu ao sorriso. Por alguns instantes, os dois se perderam no olhar um do outro. Era incrível... Já haviam se passado quase 20 anos e as coisas entre eles continuavam iguais... Nada havia mudado. Somente o fato de que ele agora não era mais conhecido como o cavaleiro de Pégaso, mas sim, como o cavaleiro protetor da nona casa: Sagitário. Há alguns anos portava com orgulho a armadura dourada, que muitas vezes salvou sua vida em batalha.

No entanto, o choro do bebê os tirou de seus pensamentos, fazendo com que os dois adultos pousassem seus olhos sobre ele.

- Ainda não entendo como este bebê veio parar aqui. - Comentou um confuso Seiya, levando um de seus dedos até o pequeno, que o apertou com toda sua força. Saori sorriu ternamente ao ver essa pequena cena.

- Eu não sei. – Começou. - É um mistério para mim também. Talvez tenha sido a decisão dos deuses. Pode ser que esta criança tenha um destino tão importante... Que decidiram deixá-lo sob nossos cuidados. - Disse Saori, olhando para o pequeno de pele clara e bochechas rosadas.

"Deixá-lo sob nossos cuidados..."- Foram os pensamentos que passaram pela mente do cavaleiro de Sagitário, que não parava de olhar o bebê que a deusa trazia nos braços.

- Vou cuidar dele. - Disse ela, deixando de olhar a criança e dirigindo-se ao cavaleiro. - Vou cuidar dele como se fosse meu filho. - Explicou brevemente. - Seiya... Precisarei de sua ajuda.

O cavaleiro de Sagitário piscou várias vezes antes de responder.

– Minha ajuda?!- Perguntou confuso, tentando entender o que sua deusa queria dizer.

Apesar de já terem se passado quase 20 anos, o rapaz continuava sendo um pouco displicente ante certos assuntos. Mas de repente, fixou seu olhar no pequeno, dedicando-lhe um sorriso, e pôde notar que ele os estava observado com seus olhinhos bem abertos. Por alguma razão, já não estava chorando e nem se sentia ameaçado. Isso chamou a atenção de Seiya.

- Saori... O bebê... Parou de chorar... - Comentou, surpreendido- Há alguns segundos, não parava de fazê-lo!

Saori, também observando o bebê, não pôde evitar um sorriso terno. Levou sua mão até ele e o pequeno segurou um de seus dedos com força, assim como havia feito com Seiya. Ele começou a rir levemente, tocando seus dedinhos com os dela. Saori finalmente pôde entender o que acontecia.

- Creio... Que este pequeno no vê como seus pais. - Afirmou.

- O quê?!- Surpreendeu-se Seiya, ficando com as bochechas bastante coradas, atraindo um olhar divertido da deusa. - I-Isso... Não pode ser!

Saori riu baixinho ao ver a reação de Seiya. Ele não havia mudado e parecia que isso nunca aconteceria. Continuaria sempre sendo aquele menino de 13 anos que há muito tempo conheceu. Vê-lo dessa maneira fez com que muitas coisas viessem a sua mente.

- Parece que não existe outra opção, Seiya. - Disse-lhe, curiosa para saber a resposta do mais fiel de seus cavaleiros- Acho que vou ter que... Adotá-lo.

- Mas, Saori... - Começou, cheio de dúvidas e com o coração acelerado.

A jovem lhe sorriu. Ele havia feito outra vez... Pronunciar seu nome no Santuário. É que ele, e somente ele, a chamava por seu nome, mesmo estando em seu templo e tendo que adotar os títulos de deusa e cavaleiro. Ele tinha a confiança para dirigir-se à mulher, e não à Athena.

- E-está certa disso?- Começou Seiya. - Lembre-se de que é uma deusa, Saori. Você tem seus próprios deveres, assim como eu tenho os meus agora. Realmente acha que seria uma boa ideia? E se este menino estiver perdido? E se, na verdade, a mãe já estiver procurando por ele?- Continuou o cavaleiro, cheio de perguntas. A simples ideia de ter que cuidar de uma criança, sendo ele sua imagem paterna, o deixava nervoso.

- Se for assim, me encarregarei de procurá-la. - Começou ela, com um sorriso. – Se a encontrarmos, entregaremos a ela seu mais precioso tesouro. – Explicou. – Espero que entenda Seiya, que estou fazendo isso porque não quero que este menino passe pelo mesmo que vocês passaram quando pequenos. - Expressou-se com dor nas palavras. - Estou certa de que pensa igual a mim.

O cavaleiro dourado pensou um pouco nas palavras da bela mulher, pousando seus olhos no rosto do bebê. De um ponto de vista mais neutro, ela estava certa. Além do mais, o dever dos cavaleiros não era só proteger Athena, mas também cuidar de qualquer ser humano que necessitasse. Sua deusa amava profundamente este planeta e não poderiam permitir que seus habitantes sofressem, pois se assim não o fizessem, a deusa que adoravam adotaria um semblante triste eternamente. O rapaz voltou seu olhar à Saori e lhe sorriu decidido.

- Sempre irei protegê-los. – Respondeu, acariciando o rosto da deusa. - Não permitirei que nada lhes faça mal.

Saori sorriu. Agradecia por Seiya ter entendido suas palavras tão rapidamente. Isso mostrava que ele havia amadurecido com o passar dos anos.

- Bem, sendo assim... Podemos dizer que a partir de agora, você será o pai dele. - comentou Athena, enquanto dava a volta e se dirigia a seu aposento atrás da sala do Grande Mestre, que se encontrava ausente.

O cavaleiro de ouro não pôde evitar corar novamente. Repreendeu-se baixinho por ainda ter esse tipo de reação. Sacudiu levemente a cabeça a fim de tentar livrar-se do tom rosado de suas bochechas e observou Saori afastando-se. Podia sentir seu cosmo mais protetor do que o normal. Era como se... Realmente fosse uma mãe cuidando de seu filho.

Jamais havia sentido seu cosmo dessa maneira. E de repente, sem querer, a visualizou. E se viu a seu lado, cuidando da pequena criança que havia aparecido essa tarde no Santuário de Athena.

Mas, repentinamente, começou a ficar nervoso e uma estranha sensação invadiu seu estômago. Sem dúvida... O pequeno ficaria ainda mais próximo deles, já que o cuidariam como filho.

Teve que respirar bem fundo ao pensar nesta ultima palavra. - "Um filho..."- Nem em seus sonhos mais loucos havia se imaginado com Saori, cuidando de uma criança, como pais.

Era inútil... Os pensamentos surgiam e sua imaginação ia trabalhando à mesma velocidade em que corava. Não era que não quisesse... Na verdade, era uma grande oportunidade, uma que talvez nunca tenha tido antes, para estar com ela. Era somente muita ansiedade.

E para começar... Não sabia como cuidar de bebês. Seus conhecimentos sobre eles eram totalmente nulos. Mas esse brilho que pôde ver nos olhos de sua deusa e sua determinação o fazia sentir-se mais confiante. Não queria falhar.

Suspirou e caminhou até a saída para tomar ar. Os sentimentos não mudavam, nunca. Estar ao seu lado, protegê-la e ser o agora cavaleiro de Sagitário, o mais próximo da deusa, reforçava em seu interior essa sensação que nunca esqueceria e jamais se permitiria esquecer.

Seiya levantou seu olhar até o belo e límpido céu da Grécia e sorriu para si mesmo.

- Isso será interessante...

Continua...