Yo, minna-san! Tudo bem?
Trago aqui a minha primeira RyoheixHana de KHR! Espero que gostem!

Agradecimento mais do que especial a Naia-chan por ter me incentivado a escrever e por ter me ajudado bastante, inclusive betado!

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Minna-sama, tenham uma ótima leitura!


Disclaimer: Katekyo Hitman REBORN! e todos os seus lindos personagens pertencem a Amano Akira-san.

Disclaimer 2: A música "Some unholy war" é grosseiramente da cantora Amy Winehouse. (não sei se quem contém os direitos autorais exclusivos é ela)

Aviso: Não é exatamente TYL, coloquei esse detalhe na summary só para mostrar que eles estão adultos xD


Summary: Ela havia decido que ficaria ao lado dele, mesmo em meio àquela maldita guerra.
[RyoheixHana], [TYL], [oneshot], [songfic].

Status: Completa.


Some Unholy War

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If my man was fighting

Se meu homem estivesse lutando

Some unholy war

Em alguma guerra maldita

Em meio às ruas silenciosas, o som mais alto que se ouvia era dos passos dela, seguido da respiração falha enquanto ela mantinha a corrida até o seu destino. Tropeçou algumas vezes, o suficiente para se convencer a tirar os sapatos de salto e deixá-los no meio do caminho. Inquieta, seguiu até a estação de metrô, onde teve que se esgueirar para poder entrar, visto que as entradas já estavam fechadas devido o horário.

Com o cabelo desgrenhado, o corpo cansado, o rosto rubro e úmido de suor, os pés já machucados, continuou a correr rumo ao único motivo de preocupação: seu homem.

A chegada, apesar de alguns contratempos, não se deu com atraso, visto que ele ainda estava lá, lutando. Parando há uns metros dele, sobre um degrau da escada rolante desligada, puxou todo o ar que conseguiu antes de gritar:

– É melhor você vencer!

I would be behind him

Eu estaria atrás dele

Virando-se rapidamente ao constatar a presença dela, Sasagawa Ryohei arregalou os olhos, espantado, antes de franzir o cenho e acenar com a cabeça em resposta afirmativa, fazendo-a sorrir finalmente. Voltando a atenção novamente para os adversários – homens da Millefiore –, cerrou os punhos com firmeza.

– Garyuu! – chamou, e o seu animal de box não precisou de mais nada para lhe acertar com as chamas do Sol. – Vamos acabar com isso ao extremo! – agitado, correu a direção dos inimigos para atacá-los.

Apesar de também estar cansado, Ryohei lutou surpreendentemente bem contra os inimigos, apagando a todos em poucos minutos. Apressado, recolheu Kangaryuu em sua box e correu até Kurokawa Hana, a única espectadora.

– Você... Como...

– Eu percebi que algo estava errado – ela explicou com a feição séria, apesar do tom de voz sereno. – Conversei com Kyoko, tive que pressionar muito para ela me contar...

Sem palavras – o que era bem incomum –, o Guardião do Sol assentiu novamente pegou-lhe pela mão, tirando-a do ambiente que lhe servira de ringue. Precisava levá-la em segurança para casa, e torcer para que nenhum membro da Millefiore a reconhecesse. Havia feito o possível para mantê-la longe daquele caos, mas já era tarde.

Hana, por sua vez, esboçava um sorriso e mantinha uma feição mais confiante do que nunca agora que sabia a verdade sobre Ryohei. Tudo o que queria era poder permanecer ao seu lado, apoiando-o em qualquer situação.

Straight shook up beside him

Postada firmemente lado dele

With strength he didn't know

Com força que ele não conheceria

Saindo da estação após destruir as velhas grades pelas quais Hana havia dado um jeito de passar, pegou o celular e discou rapidamente para alguém que atendeu com a mesma prontidão.

– Já saí – avisou, e Hana não se surpreendeu com o fato de Ryohei não ofegar enquanto ambos corriam. – Não, não estava com eles – informou, ainda. – Onde? – e, parando como se não sofresse a influência da inércia, segurou-a com força para que ela não fosse ao chão. – Ei! Está tudo bem? – tirando o celular do ouvido ele indagou, e ela apenas assentiu em resposta, agarrando-se ao braço que a impedira de cair. – Não se preocupe – voltou ao celular, então. – Ela está bem. Ah, é ali? – e, apontando para um carro preto parado em frente à praça que abrigava a entrada da estação, interrompeu a chamada, pegando Kurokawa nos braços e correndo com ela até lá, onde foi recebido por um Gokudera que tacava um toco de cigarro janela afora.

– Você está atrasado – dito isso, tocou o carro assim que Ryohei adentrou com Hana, acelerando drasticamente em pouco tempo. – Já tem gente nos seguindo – informou.

– Cale a boca, Tako-Head! Se você não consegue despistá-los, dê o volante! – soltou, nervoso.

– Cale a boca você! – retrucou, virando à esquerda na esquina e mexendo em alguns comandos do painel sofisticado. – Vou te levar até a saída para o Sul, o Yamamoto está lá com outro carro – informou.

– Leve-o para a minha casa – ao ouvir a voz de Hana, Gokudera arregalou os olhos; não havia percebido a sua presença. – Eles já devem estar esperando algo, certo?

– Isso mesmo, Tako-Head! – Ryohei concordou veementemente, corando com a mesma intensidade após se dar conta de onde seria seu novo esconderijo.

– Mas se eu fizer algo tão descuidado, até você...

– Não me importo! – Hana respondeu séria. – A minha casa fica perto de um supermercado com estacionamento subterrâneo, você pode nos deixar lá – sugeriu.

– Isso vai contra o que foi planejado pelo 10º – Gokudera comentou, pensativo –, mas agora que temos carros nos seguindo, não seria bom se nos aproximássemos de alguma das entradas do esconderijo, e para fazer a troca com o Yamamoto também seria complicado... – murmurou. – Certo, um estacionamento subterrâneo pode confundi-los por alguns segundos. É tudo o que vocês terão – advertiu, fazendo uma manobra brusca e entrando em outra rua.

Atirando o celular para o banco traseiro, soltou ainda:

– Avise o Yamamoto, se ele ficar muito tempo de tocaia, isso também pode dar problema.

– Certo! – e, discando para o Guardião da Chuva, Ryohei explicou o novo plano de emergência rapidamente, no que Gokudera, vendo o GPS, adentrou a avenida, conduzindo até o supermercado do qual Kurokawa havia falado.

Hayato infiltrou-se no estacionamento e imediatamente pôde ver quais eram os carros que adentravam atrás dele. Anotando as placas e os modelos – que não eram detalhe tão relevante, na verdade –, informou os detalhes ao Guardião do Sol, e, fingindo procurar uma vaga perto de um dos pilares, deixou o Guardião do Sol num lugar em que ele podia facilmente se ocultar, dando ré e passando então a rodar em contra-mão, chamando a atenção dos perseguidores.

Escondendo-se entre os carros – que não eram poucos, apesar do horário –, Kurokawa e Sasagawa esperaram o Guardião da Tempestade sair acelerando do estacionamento, seguido por dois carros.

– Agora vamos – Hana, confiante, pegou a mão do boxer, saindo com ele do estacionamento, sem alarde. A pé, correram até a casa onde ela morava sozinha.

It's you I'm fighting for

É por você que eu estou lutando

Fuçando a bolsa com desespero, ela encontrou o chaveiro e logo abriu a casa, botando-o para dentro antes de ela mesma entrar e trancar a porta com dificuldade, já que as mãos tremiam.

Virando-se para Ryohei, ainda sob efeito de adrenalina, puxou-lhe pela gola da camisa dourada, tomando-o num beijo ávido – o primeiro, que só foi interrompido quando ela mesma perdeu o fôlego. Atônito, Ryohei a encarava, enrubescendo com a ousadia dela.

– Hana, o que...

– Droga! Então era por isso que você nunca deixava isso acontecer, não é? – com o cenho franzido, ela virou o rosto para o lado, desviando o olhar. Vendo-a daquele jeito, Ryohei passou a mão na cabeça, sem jeito, antes de também desviar o olhar.

– A minha vida é assim – explicou. – Eu não queria que você fizesse parte de uma rotina assim porque...

– Porque acha que eu não sou boa o bastante para uma rotina corrida? – claramente irritada, Hana voltou o olhar para ele, séria. – Você não acha que quem devia decidir sobre isso sou eu?

– A Kyoko já está em perigo constante, eu não queria que você também passasse a ser perseguida – respondeu, nervoso.

Imaginando o quanto ele se sentia impotente em relação a Kyoko, e o quanto ele temia por elas, Hana suspirou sentida, aproximando-se e abraçando-o com toda a força que tinha – que sabia ser mísera, se comparada à dele.

– A Kyoko escolheu essa vida para ela, certo? E eu não iria querer uma vida assim se eu não tivesse certeza de que você vai nos proteger – ao ser solto, Ryohei pôde ver a confiança nos olhos dela. – Eu posso lidar com isso, melhor do que a Kyoko, até – soltou, sorrindo ao ver que a feição dele suavizava. – Prometo que vou me cuidar, e cuidar dela também.

He can't lose with me in tow

Ele não pode perder comigo por perto

Mais calma, Hana segurou as mãos de Ryohei e ele se permitiu sorrir também, surpreendera-se com Hana naquela noite, embora no fundo sempre soubesse que ela não era tão frágil.

Ao ouvirem batidas bruscas na porta, no entanto, a calma cedeu lugar à adrenalina, e pondo-se à frente de Ryohei num ato instintivo, Hana afastou-se da porta, procurando manter silêncio.

Mais batidas, e nenhuma resposta. Aproximando-se da porta a passos leves, Hana pôde escutar a conversa:

– Será que não tem ninguém? O portão estava aberto, mas a porta está trancada...

– Não tem carro nenhum aí, não dá para saber.

– Vamos entrar? – e o tom de divertimento na voz de quem perguntava a fez estremecer. – Se tiver alguém aí, podemos render ou matar...

– Embora a polícia esteja do nosso lado, um crime assim demandaria investigação. Não estamos na Europa, John, não podemos nos dar a esses luxos – o outro explicou, e Hana pôs as mãos sobre a boca numa tentativa de evitar emitir som enquanto os dois se afastavam.

– Eu não tranquei o portão – virando-se para Ryohei, que a fitava com certa preocupação, ela balançou a cabeça negativamente. – Nem pense nisso – soltou, nervosa, aproximando-se dele.

Pegando-lhe a mão, ela voltou a fitá-lo, e não foi difícil perceber o que se passava pela cabeça dele. Irritada, garantiu:

– Eu não vou te deixar ir agora, está entendendo?

– Eu não quero colocar a mulher que eu amo em perigo! – ele soltou, um tanto nervoso, e Kurokawa piscou algumas vezes, surpresa com o que havia acabado de ouvir. Um pouco enrubescida, fechou os olhos, tranquila, e sorriu, balançando a cabeça negativamente.

– Kyoko sempre me diz que você é muito superprotetor – comentou, saindo do corredor e indo até a cozinha, onde pegou um copo de água e se sentou no chão, temendo ser vista pela janela.

Ryohei, que a havia acompanhado, imitou-a, sentando-se no chão, ao lado dela. Podia-se ver que ele ainda não estava tranquilo ou satisfeito com aquela situação.

– Eu também quero fazer alguma coisa por vocês, entende?

– Não quero que faça nada tão arriscado como isso que você fez agora – Ryohei soltou, impassível, fazendo-a fechar os olhos com o cenho franzido. – É por isso que eu vou embora agora mesm... – e antes que ele pudesse se levantar, Hana soltou o copo, puxando-lhe pela mão para roubar-lhe um beijo.

Just us on kitchen floor

Só nós estamos no chão da cozinha

I refuse to let him go

Eu me recuso a deixá-lo ir

Novamente pego de surpresa, Ryohei apenas intensificou o contato. Tornar Kurokawa Hana a sua mulher era algo que queria já tinha uns anos, mas devido ao seu envolvimento com a Vongola – que se tornara ainda mais prioritário depois que Kyoko começara a sair com Tsuna –, procurou evitar essa aproximação, não queria que Hana ficasse tão exposta ao perigo como sua irmã.

Virando-se e colocando-se sobre ela enquanto ambos se deitavam no chão gelado da cozinha, tomou-a em outro beijo, um beijo onde pôde pôr parte do que havia reprimido por tanto tempo.

Sorrindo, Hana tirou-lhe o terno e passou a afrouxar a gravata dele enquanto soltava gemidos baixos de satisfação à medida que ele beijava-lhe o pescoço. Livrando-o da gravata, começou a trocar beijos mais sutis, e abrir a camisa de Ryohei acabara se tornando uma tarefa mais difícil do que ela esperava.

Notando a dificuldade de Hana, Ryohei sorriu e despiu-se por conta, voltando a beijá-la avidamente. Hana, correspondendo-o, começou a desabotoar a própria camisa de baixo para cima, com certo desespero. Ryohei sorriu, era engraçado ver que dos dois, ela era a mais desajeitada naquele momento. Com permissão muda, passou a desabotoar a camisa branca de Kurokawa, livrando-a da peça rapidamente.

Ela então passou a mão pelas madeixas prateadas quando ele passou a lhe beijar o pescoço novamente, e por algum motivo, não conseguia parar de sorrir. Num misto de ansiedade e excitação, sentia como se sua pele queimasse a cada toque dele, e quando percebeu, ela já se livrava das meias-calça que usava, mais inquieta a cada segundo.

Ryohei, cada vez mais adicto da pele de Hana, despiu-a do sutiã e passou as carícias aos seios dela, fazendo-a passar a gemer um pouco mais alto. Notou que ela procurava alcançar a fivela de seu cinto, e apressado, afastou os lábios do seio dela apenas para se livrar das calças, enquanto ela mesma tirava a saia.

Voltando a sentir as carícias dele, Hana segurou com força as madeixas prateadas.

– Ryohei... – chamou, a voz falha.

Tomando os lábios dela novamente, Ryohei a olhou nos olhos, e Hana, sorrindo, assentiu numa resposta não-verbal. Livrando-se das peças íntimas, Ryohei penetrou, aos poucos, e Hana, fechando os olhos, passou a cravar as unhas nas costas largas à medida que a dor aumentava, reprimindo os gemidos numa tentativa de não preocupá-lo. Ryohei, dando-se conta do seu esforço, sorriu conformado: Hana tinha mesmo que ser a sua mulher.

Com calma que ele desconhecia nele mesmo, roubou a virgindade dela após bom tempo, e somente nesse momento Hana não pôde conter o gemido de dor. Vendo-a lacrimejar, Ryohei retesou por um momento, mas ela logo balançou a cabeça em sinal negativo, sorrindo-lhe como forma de tranquilizá-lo.

– Ryohei... – chamou, passando a mão no rosto moreno e sorrindo apesar da dor.

– Hana, você...

– Psiu, não diga nada – ela pediu, dando-lhe um beijo suave.

Não, ela não precisava mais de palavras, naquele momento, podia dizer exatamente o que ambos sentiam um pelo outro, e estava feliz demais, o suficiente até para esquecer que há poucas horas estava sendo perseguida por mafiosos. Naquele momento, ainda que não fosse verdade, sentia que era capaz de qualquer coisa.

At his side and drunk on pride

Ao seu lado e embriagada de orgulho

We wait for the blow

Nós esperamos a desgraça


Owari!

N/A: Espero que tenham gostado! Primeira RyoheixHana, e também uma singela homenagem a Amy Winehouse. Arigatou, Naia-chan, mais uma vez, por ter me ajudado a escolher o shipper, por ter me dado força e por ter betado!

N/B: na verdade, eu não tive que betar nada praticamente! xD

Ain, nossa! Ficou tããããooooo bonita essa fic! Achei ela perfeita e totalmente incomum. Não estou acostumada sequer a dar ênfase no casal RyoheixHana, que dirá uma fic? Realmente, realmente, eu achei a fic a coisinha mais gostosinha de se ler *o*

Adorei! Certeza que vocês irão gostar também!

É isso aí! Reviews?