Jessamine the Queen

-Postura ereta Jessamine – falava-lhe a instrutora- Não equilibre os livro, eles são seu chapéu, fazem parte de você. Ande – ordenou.

A pequena Jessamine, em seu vestidinho babado e rodado, tentou dar o primeiro passo. Sentiu os livros balançarem. Parou.

-Em seu maravilhoso chapéu há uma pluma. Ela balança as vezes, mas nem por isso você deve parar – falou a instrutora.

Jessamine voltou a andar, mas poucos paços a mais e tudo foi ao chão. Tentou juntar rápido os livros, mas suas pequeninas mãos não deram conta dos quatro.

Sua instrutora de etiqueta pegou-a pelo ombro, com uma mão em suas costas a fez ficar reta, depois empilhou novamente os livros.

-Esta esquecendo de ter graça ao andar. Ela é a chave. Ande.

Mais tarde em seu quarto chorou tudo que queria. Não podia o fazer na frente de sua tutora, afinal uma dama não deve se mostrar fraca na frente de outros.

- Jessamine? – sua mãe adentrou o quarto – meu amor, o que ocorreu? – pegou-a botando em seu colo.

-Sou um fracasso ... snif – esfregou os olhos com força – Madame Rosime gritou muito comigo hoje.

-Querida ... já trocamos sua educandaria mais de uma vez ... você tem que se adaptar a alguma.

-Mas todas são tão más! – exclamou a pequena.

-Meu amor, as outras pessoas serão mais ainda se não aprender. Você tem que agir como se fosse a rainha e como se fosse superior a todos a sua volta.

-Mas ... como eu faço isso? – olhou a mãe chorosa.

-Aprendendo os ensinamentos de uma princesa. Suas aulas são isso – botou o cabelo da filha pra traz da orelha – então quando for adulta poderá ser uma admirável rainha – beijou-lhe a testa – todos irão admirar Jessamine a rainha.


Acordou de sobre salto. Olhou em volta atrás de suas bonecas, mas nenhuma delas estava ali. Nem era o quarto da lembrança.

Encolheu-se, abraçando os joelhos. Suspirou.

Uma lagrima lhe escapou. Reprimiu-se, mas após lembrar que se encontrava sozinha, chorou.

Não é que odiasse as pessoas do instituto. Gostava deles. Mas não pertencia aquele lugar.

-Sou como uma rainha agora mãe ... ninguém é superior a mim, mas ... – olhou para o porta retrato dos pais – não estou no lugar certo para ser uma.