Chamas de uma Saudade Morta

Fanfiction

Anime: Card Captor Sakura

Gênero: Romance

Por: Simbiot

Nota do Autor: Fanfiction AU, espero que gostem ^_^ É bem diferente dos outros que eu faço... Não costumo fazer fanfictions AU... Bem, se eu gostar vou começar a fazer mais ^_^

Era uma noite gélida em Kilsyth, Escócia. O pintor renomado. Num hotel nas montanhas frias, se encontrava Eriol Giragizawa, um pintor renomado que fora esquecido pela sociedade e decidira terminar seu acervo longe do Japão, pois tanto lá quanto na Escócia, era a mesma coisa, já que ele não tinha mais o mesmo apoio moral da sociedade.

 A lareira estava acesa, o silencio reinava no local tomando conta de tudo, inclusive do pintor.

'Oh... Minha amada Nakuru, até você se esqueceu de mim. Agora não tenho razão alguma para continuar vivendo.' Ele disse olhando para a pintura não acabada de sua amada. Quando havia conhecido Nakuru ele começara a pintar apaixonadamente o quadro que ele considerava o mais importante de sua carreira. Após todos os desentendimentos, aquela pintura não tinha mais valor algum, a tristeza tomava seu corpo cada vez que ele olhava aquele retrato não acabado da ex-amada dele.

'É isso mesmo, não devo viver mais, minha vida não tem sentido.' Ele disse, pegou uma espada vicking que decorava o quarto sutilmente, uma das decorações mais originais existentes, e apontou para seu peito, em direção ao seu coração que agora, simbolicamente congelado, batia muito por causa do nervoso, mas isso para ele não significava mais nada. Sua vida e sua morte eram a mesma coisa, tinham o mesmo significado: um grande nada.

Após tantas brigas e discussões com Nakuru, ele agora se encontrava numa sinuca de bico, sem ida nem volta, um triste fim.

Ou ele cometia o ato julgado mais idiota do que qualquer outro, ou vivia ociosamente, sem um porque, motivo ou razão.

Eriol Giragizawa já havia feito sua escolha e estava pronto para executa-la. Sua morte trágica e suicida estava prestes a acontecer.

'Vivi para nada, morrerei para nada. Sou um grande nada sem sentido. Adeus aos micróbios que sentirão minha falta.' Ele disse e fez um pobre e pequeno movimento. Quando a espada estava quase tocando seu peito, a campainha tocou.

'Mas que inferno! Quem poderia ser nessa hora?! Ninguém me conhece, não existe nenhuma possibilidade de esta campainha tocar! Devem estar me pregando outro trote! Não agüento mais!' Eriol começou a reclamar.

Ele andou vagarosamente em direção a porta. Se fossem os garotos escoceses que vivam pregando trotes nele, eles não perceberiam que Eriol estava em casa e de repente, tomariam um susto quando ele abrisse a porta e gritasse "Agora eu peguei vocês!" com a espada vicking na mão.

Então, a campainha tocou mais uma vez, e ele já estava muito perto da porta. De um súbito, ele abriu a porta e gritou:

'AGORA EU PEGUEI VOCÊS SEUS INSENSÍVEIS IDIOTAS!' Com a espada vicking na mão direita, rubro de raiva.

'Senhor, eu só vim aqui para perguntar se o jantar deve ser trazido aqui ou se o senhor prefere jantar lá no hall... Por favor, não me mate!' Uma das atendentes disse, atônita e com medo.

'Me... Me desculpe... Por favor... Eu gostaria que o jantar fosse trazido aqui.'

'Tudo bem... O senhor é o misterioso Eriol Giragizawa... Não é aquele pintor famoso?' A atendente perguntara aliviada, mas ainda assim atônita, prestigiando a imagem do seu ídolo.

'Você... Você se lembrou de mim?'

'Mas é claro! Quando Eu costumava ir nas suas exposições... Poxa vida, Sr. Giragizawa, por que parou de pintar?'

'Na verdade... Eu não parei... Não mais... Bem, isso não importa no momento. Qual é o seu nome?'

'É Tomoyo... Tomoyo Dadouji.'

'É um belo nome. Você é muito bonita...'

'Obrigada... Vindo do senhor... Isso vale muito.' Tomoyo disse, pulando de alegria por dentro, seu ídolo havia a elogiado, seu dia já estava ganho. E podemos dizer o mesmo do renomado pintor Eriol Giragizawa.

Tomoyo virou um pouco a cabeça a ponto de conseguir ver o lindo quadro que Eriol havia acabado de pintar.

'Nossa! Não acredito que o senhor estava pintando antes de eu chegar!'

'Bem... Não exatamente... Eu estava fazendo outra coisa, mas agora é melhor esquecer isso.'

'A propósito, o que o senhor fazia com a espada de decoração na mão?... Não querendo ser chata... É que o senhor não deveria mexer nela...'

'Ah, nada de importante, vou colocar ela no lugar, não se preocupe.'

'Bem, então está certo... O jantar será trazido aqui assim como o senhor desejara.'

'Certo, obrigado, Tomoyo.'

'De nada, até mais tarde.'

'Até mais tarde.'

Tomoyo saiu e fechou a porta. A vida de Eriol tinha mudado totalmente naquele momento. Ele via uma nova razão de vida.Vira ele que não deveria fazer aquele ato tão estúpido naquele momento.

'É... Talvez eu realmente deva colocar esta espada no lugar onde ela normalmente se encontra...'

Quando o sol começou a se por, o jantar veio para o seu quarto como havia sido combinado. No dia seguinte, o inverno ainda não havia perdoado a humanidade, as chamas da lareira ainda queimavam quietamente. O sol hesitava em aparecer, o inverno era mais forte.

Era de manhã, Eriol tinha acordado cedo e não tinha nada para fazer. O ócio mais uma vez tomava conta de sua vida, então ele decidiu descer até o salão principal do hotel, lá ele poderia ao menos ver pessoas passando e vivendo suas vidas, consideradas por ele inúteis após a separação com sua mulher, mas não mais agora, que ele via uma razão para viver.

Sua vida estava uma verdadeira bagunça, uma vida de altos e baixos, qualquer outra pessoa não teria uma linha vital tão oscilante.

Ele acordou muito cedo e por isso o sol teimava em nascer, naquela época do ano ele nascia muito fraco, não para trazer calor, mas somente claridade. A única pessoa que se encontrava na recepção era o atendente, por falta de opção, Eriol foi conversar com ele. Não dizendo que ele é menos do que qualquer outro, mas somente por que não deve ser tão interessante conversar com uma pessoa que se situa no mesmo lugar o dia inteiro, tomada pelo tédio.

'Olá... Bom dia.'

'Bom dia. O café da manhã será servido a partir das seis.'

'Sim, eu sei... Só queria conversar um pouco. Lá em cima é muito tedioso as cinco da manhã... Achei que descer aqui e conversar com alguém seria uma boa idéia.'

'É... Aqui também não está às mil maravilhas... Bom, de qualquer forma, eu também estava sem fazer nada... O senhor não é daqui, é?'

'Não, eu venho do Japão... O lugar onde o sol nasce mais cedo...'

'Sim, é um prazer tê-lo aqui na Escócia... Você está aqui viajando? Por que escolheu Kilsyth?'

'Aqui parece ser um local calmo... Estas montanhas são ótimas para o relaxamento, mas eu não estou viajando, pretendo ficar aqui na Escócia...'

'Por que não vai mais morar no Japão?'

'Eu era um pintor muito famoso, mas todos me esqueceram... Eu vivo para pintar... E o pior de tudo não é isso... Eu pinto para viver... Se eu não vender quadros, não terei uma renda mensal... Eu já pensei em tudo, até no sepulcro... Agora vou tentar começar uma nova carreira aqui na Escócia.'

'Bem, seja muito bem vindo. O meu nome é Shaoran. Se precisar de mim para qualquer coisa, é só vir aqui, ou se não chame uma de nossas atendentes e camareiras.'

'Sim, é um prazer conhece-lo. Falando em atendentes... Uma delas se chama Tomoyo, ela me chamou a atenção...'

'Então foi recíproco, ela disse para todos os atendentes internos do hotel que ficou conhecendo um tal pintor famoso... Acho que está tendo boa sorte.'

'É muito bom saber disso, muito obrigado, Sr. Shaoran.'

'De nada, qualquer coisa nos chame que iremos ajuda-lo. O café da manhã começou a ser servido agora.'

'Obrigado, vou para o refeitório.'

'Certo, aproveite sua estadia.'

'Obrigado!' Eriol disse e foi andando lentamente em direção ao refeitório, ele não tinha mais nada para fazer o dia inteiro, então podia se mover o quão lentamente quisesse.

A vida para ele era realmente uma total tranqüilidade. Tinha o dinheiro que havia guardado numa poupança durante anos, e agora havia finalmente resolvido gastar. Então podia ficar um bom tempo naquele hotel nas montanhas. Havia somente duas coisas que o ligavam ao pintor famoso que ele era antes. Esse dinheiro na poupança que ele havia guardado, vendendo centenas de quadros e aquele quadro não acabado de sua antiga amada. Ele estava fazendo de tudo para esquecer aquela vida, estava tentando se conformar com o fato de que ele não a teria mais, e para isso ele tinha que acabar com todos os resquícios que provavam que aquela vida havia existido.

 Chegando no refeitório, ele foi em direção ao buffet. Lá, havia tudo o que era imaginável, comidas de todos os tipos e sabores. Aquele era realmente um hotel muito fino e caro da Escócia, por isso teria que fazer jus ao preço, proporcionando aos hóspedes todo o conforto e luxo possível.

Quando ele pegou toda a comida que gostaria de comer, ele se sentou em uma das mesas e de repente, Tomoyo chegou para a sua nobre companhia.


Pessoal, este foi o capítulo 1, como vocês devem ter percebido, eu cortei bem no meio de uma cena importante ^_^ Não me odeiem por isso ^_^ O capítulo dois vem por aí logo!

The chapter two is coming!