Fator de Cura
N/A: Ela foi escrita no dia 01 de Janeiro (2008) E cá entre nós, é uma droga ficar betando essa fic. Se houver algum erro, não liguem, meu teclado estava desconfigurado xx E não tinha Word lá para variar! Tive que fazer no Bloco de Notas! Bem, talvez a idéia dessa fanfic seja um pouco irreal e vocês achem as coisas dramáticas demais. Mas o drama é o meu forte e pelo menos, eu tentei arranjar pretextos para a idéia da fic. 8D Espero que me mandem reviews (Não precisam gostar, eu amo críticas também ), afinal, é o que vai manter minha vontade de escrever viva o
Primeiro capítulo da Will pra DJ ;
.Chapter One.
-Flashback-
Era um ano como outro qualquer, um Beco Diagonal que nunca mudava, lojas que lucravam mais a cada dia que era descoberto a existência de novos bruxinhos. A única diferença era que, naquele ano, nossa protagonista estava lá para fazer sua primeira compra como uma cidadã magicamente reconhecida.
Thalita Wallace era seu nome. That era como era conhecida. Em seus onze anos de vida, ano em que a maioria era reconhecida como portadores de magia no próprio sangue, That recebera a carta de Hogwarts, a mesma carta que grande parte de bruxos recebia ao completar os mesmos onze anos. That não sabia se era sangue-puro, apesar de que esta informação não nos será tão útil no decorrer da historia. That sabia que não tinha pai e nem mãe. Sr. e Sra. Wallace haviam lhe acolhido ao encontrar a mãe falecida em um canto desconhecido de um vilarejo bruxo. A mãe de Thalita morrera em seu parto e a garota foi criada pelos Wallace como sua herdeira. Enfim, lá estava Thalita em frente a uma sorveteria imensamente grande e chamativa. Tal sorveteria estava muito movimentada e por seu pequeno tamanho, That era empurrada por grande parte dos adultos se moviam para ir até o caixa fazer o pedido. Foi através de um destes empurrões que That conhecera Gabe. Seu nome era Gabriel Bernard e naquela época, Gabriel era um cidadão como outro qualquer.
Bem... Thalita fora empurrada por um garçom apressado, só que daquela vez não conseguira se segurar em nada e foi cambaleando desequilibradamente para trás. Antes, então, que ela caísse por completo, um homem grande e alto lhe socorreu. Ao contrario do que muitos pensam, Gabe não era nenhum protótipo de gala de novela. Ele não era feio, era apenas um cidadão normal. That também não era nenhuma capa de revista. A garota tinha os cabelos castanho-claros ressecados e era musculosa. O homem que lhe socorrera tinha os cabelos negros bagunçados e um nariz maior que o normal. A coisa mais charmosa e medonha que ele tinha eram seus ombros, que eram realmente extensos. That se levantou e olhou para seu "salvador". Ele parecia um homem tão... maduro.
- Você esta bem? - ele perguntou com um sorriso divertido no rosto, esperando uma reação da garota.
- Ah, estou... - respondeu um tanto constrangida, desviando o olhar daqueles enormes ombros. - Obrigada... - agradeceu. O homem sorriu e lhe deu as costas, seguindo seu rumo.
Thalita ficou observando-o por alguns minutos. Desejou ser amiga daquele homem. Ele parecia ser uma companhia tão agradável! Mas isso foi só um pensamento passageiro. Afinal, ele somente a impedira de cair e isto foi um ato comum, qualquer um faria isso. O homem fora conversar com um garoto mais novo, um pouco mais velho que That e que, mais tarde, em Hogwarts, ela veio a descobrir que tal garoto era irmão do homem que lhe ajudara. Veio a descobrir também que tal homem se chamava Gabriel e que já havia acabado a escola há muito tempo. A menina descobriu muitas coisas em seu primeiro ano de Hogwarts. Entre essas coisas, um poder de cura muito curioso.
-Fim do Flashback-
O tempo passou extremamente rápido e em pouco tempo, That se via formada, prestando exames para poder se tornar uma renomada auror. Estava em seus exames finais e agora faltava apenas o teste prático. Tal teste ocorreria quando algum caso necessitasse da ajuda de algum auror e tal oportunidade seria dada a That para que ela pudesse resolver. A natureza misteriosa da personalidade que havia se formado na garota deixava dúvidas quanto à sua capacidade de se tornar uma auror, mas nada a fez impedir de tentar tal até agora. E a oportunidade veio. Em uma noite como outra qualquer, Thalita acordara com uma irritante coruja arranhando o vidro de sua janela. Irritada e sonolenta, a garota abriu a janela para que a coruja entrasse. A coruja lhe depositou uma carta e logo se foi embora.
- GABE! Gabe, olhe! A carta chegou! - Thalita abrira a porta do quarto do apartamento de seu vizinho de modo totalmente brusco, acordando um homem que dormia ao lado de sua noiva. That viu os dois se levantarem lentamente e corou de modo constrangido, desviando o olhar para baixo e se dirigindo àporta.
- Sinto muito, eu... Vou sozinha. - A garota gaguejou, saindo do quarto do apartamento de seu vizinho. Gabe se levantou, ainda sonolento.
- Não! Eu vou com você, só... Só espere eu me trocar. - Gabriel lhe respondeu forçando os olhos a se abrirem. That olhou novamente para o garoto. Ele não havia mudado nada desde aquele dia em frente a Sorveteria Floreans... Ela, pelo contráio, crescera muito. E mesmo não tendo mudado muito, ele ficava cada vez mais atraente. Talvez fosse a fama de jogador de quadribol, ou ele estivesse começando a fazer mais exercícios, mas seu corpo ficava mais definido a cada vez que That tinha a oportunidade de olhar seu corpo nu.
- Te espero no térreo. - Thalita sorriu, animada, fechando a porta do quarto de Gabe e se dirigindo ao seu apartamento. Ao chegar à porta, receou... Seria muito metido dar uma espiada nos dois? Bem... Era uma curiosidade forte demais. Thalita voltou ao apartamento de Gabe e encostou o ouvido sobre a porta do quarto dele.
- Você vai mesmo, Bernard? - perguntou sua noiva e visivelmente irritada com a aparição repentina daquela pirralha.
- Eu prometi pra ela, Ângela. - Gabe sussurrou, fazendo um barulho que pareceu um beijo melado. Thalita fez um cara de nojo ao ouvir aquilo, mas continuou com o ouvido grudado a porta.
- Você não acha que da atenção demais pra ela? - Ângela perguntou de modo ciumento.
- Ah, Ângela, não comece. - Gabe disse irritado e o barulho da cama rangendo e passos se seguindo foram ouvidos. Thalita se afastou da porta com medo de que ele a abrisse e encontrasse-a lhe espiando, mas o barulho de água descendo pela pia foi ouvido em seguida. Ele fora ao banheiro lavar seu rosto.
- Ela só tem dezoito anos! - Gabe continuou, fechando a torneira.
- Idade o suficiente para saber se cuidar!
- Escute... - A cama rangeu e o barulho de línguas se encontrando foi ouvido novamente. That refez sua cara de nojo. - Eu te amo, ok? - o barulho de passos foi ouvido de novo. Desta vez, Thalita não quis se arriscar. Saiu do apartamento de Gabriel e se dirigiu ao seu, indo colocar as vestes mais confortáveis que tinha para a missão daquele dia. Não sabia exatamente o que pensar do que acabara de ouvir. Sabia que Ângela não gostava muito dela, mas não sabia que era ciúme... Claro que That já havia pensado inúmeras vezes na possibilidade de rolar algo entre ela e Gabe, mas era irreal demais... Gabe era muito mais velho e ela gostava de tê-lo como amigo.
Terminou de se trocar e tentou esquecer o que acabara de ouvir. Bem, aquilo não importava agora, importava? Ela suspirou. Tinha que se concentrar mais em sua missão. Se ela falhasse, uma nova oportunidade de se tornar uma auror seria apenas dali a cinco anos e a garota não suportaria ser sustentada pelos pais por mais tanto tempo. Enquanto descia as escadas do prédio ela mentalizava todos os feitiços possíveis em sua cabeça, caso ela precisasse utilizar algum. Quando chegou na entrada do prédio, Gabe já estava ali, vestido com seu típico casaco de frio enorme. Ninguém o reconhecia quando ele usava aquilo e isso era bom para ambos. Quantas vezes eles já não foram interrompidos por alguém querendo um autógrafo? A menina se aproximou, agitada e saltitante.
- Eu pensei que não viesse de verdade! - Ela sorriu, aproximando-se do garoto e lhe dando um beijo no rosto de cumprimento.
- Eu tinha prometido! - ele sorriu de volta, abrindo a porta do prédio para que os dois começassem a caminhar rumo ao local indicado na carta. - Vamos?
- Quando você disse que queria ver eu me tornando auror, não pensei que fosse verdade... - ela comentou duvidosa, mas realmente feliz pelo homem lhe acompanhar em seu último teste. Quando ela havia comentado o desejo ao seu amigo, ele dissera que a acompanharia em cada passo que houvesse para lhe dar um apoio moral. Lógico, ela amou a idéia, mas duvidou muito que ele estaria do seu lado... Mas enfim, em todos os testes ele esteve lá e isso lhe ajudou muito.
- Ora, é divertido ver minha pupila se formando!
- "Minha" pupila? Desde quando eu sou sua pupila? - That lhe deu um empurrãozinho com um riso divertido.
- Hora, desde que a senhora apareceu em frente a minha casa com a desculpa de que queria um autógrafo meu! - Gabe comentou de jeito esnobe.
- Hah! - That exclamou boquiaberta com o comentário do amigo. - Não me humilhe deste jeito! - A garota arqueou as sobrancelhas de modo nervoso, mas ainda com um sorriso no rosto.
- Só falei a verdade! - ele riu, continuando a andar. - Onde vamos? - perguntou.
- Benckiser. - ela respondeu, tentando acompanhar o passo largo de Gabe.
- Benckiser? O que aconteceu dessa vez? Qual a sua missão, afinal?! - perguntou Gabriel de modo confuso.
- Alguma coisa explodiu naquele vilarejo. Talvez eu terei de pegar o culpado... - ela suspirou um pouco nervosa com sua primeira, e talvez única, missão.
- Missãozinha fácil a sua hein! - Gabe disse.
- Mais difícil que voar de vassoura, Chudley Cannons! - That lhe respondeu, zombando da posição do garoto.
- Ah, como você e engraçadinha, ha-ha. - Gabe respondeu ironicamente. O sarcasmo de Thalita às vezes lhe irritava... Quanto a esta questão a garota era realmente infantil...
- Eu quis dizer que você tem capacidade de fazer mais. - completou ele, abrindo um cercado enferrujado de um beco escuro do qual eles haviam chegado. That corou levemente, constrangida e os dois chegaram a uma clareira mal posicionada ao fim do beco. Gabe depositou um galeão num buraco estranho da parede e no mesmo instante, uma bandeja cheia de um pó escuro saiu de um dos tijolos. Gabe apanhou um pouco e esperou que Thalita fizesse o mesmo. A menina depositou uma moeda com uma cordinha e assim que engolida, ela puxou a cordinha de volta. A moeda não estava ali... Suspirou e pegou um punhado do mesmo pó.
- Desculpe... - ela se arrependeu de ter sido grossa anteriormente com o garoto. O mesmo fez um sinal negativo, mas mal-humorado, com a cabeça.
- Deixe de ser egoísta, é só um galeão! Você sabe que eles sempre vão cortar essa linha! - Gabe repreendeu Thalita em um misto de humor e impaciência.
- Você diz isso porque não lhe falta dinheiro. Sem contar de que seria legal ver uma idéia trouxa superar a magia. - ela riu divertida, tentando amenizar o clima do local. Não sabia se deu muito certo, porque no mesmo momento, Gabe entrou na clareira e lhe deu um sorriso de incerteza.
- Benckiser! - ele jogou o pó aos seus pés e chamas verdes subiram com labaredas fortes e quando as chamas se apagaram, Gabe não estava mais ali. Thalita deu um suspiro.
Seria sempre assim? Ela estava um tanto cansada de ficar brigando com Gabe por idiotices... Mas tinha certeza de que na maioria das vezes era culpa dela... Ah, porque ela tinha que ser tão imatura? Seria por isso que Gabe nunca havia ficado com ela? Hum... Curioso. Achava improvável, Gabe não era de julgar as pessoas pela idade. Mas Thalita era tão infantil! Ah, se não fosse por essa pirralhice, os dois poderiam estar juntos e deixar aquela Ângela rabugenta de lado! Mas enfim... Gabe era só um amigo... Só isso.
- Benckiser! - a menina repetiu as ações de Gabriel e no instante seguinte, não havia mais ninguém naquele beco escuro do qual eles haviam entrado ha pouco.
