Saber amar

por RafaCarol

- Capítulo Um –

Amar pela primeira vez

Estava sentada na sala trocando os canais da tv. Nada de bom, tédio. Apertava compulsivamente o botão do controle até resolver desligar o aparelho. Deixou o controle sobre o sofá e foi até a sacada observar a cidade, a noite chegava, que horas eram? Algo entre seis horas, talvez.

Debruçou no parapeito olhando a cidade movimentada, pessoas voltando do trabalho, carros lotando as ruas, pedestres desatentos e apressados. Sinceramente nada daquilo lhe parecia interessante, ainda mais com aquele perfume espalhado no ar. Era o cheiro dele, não? Em todo lugar, afinal, estava na casa dele. Aquele perfume que vinha mais forte do corredor. Vinha dele.

O amava demais, tanto que chegava a doer, a sufocar. Talvez, se tivesse tentado resistir, mas pra quê? Se era maravilhoso estar com ele, se ele quebrava a sua rotina. Às vezes sentia-se um pouco insegura, mas ao estar com ele tirava forças de algum lugar. Era louca por ele e não dava para negar, nem evitar e muito menos resistir.

- Você viu isso?

A voz dele tirou-a de seus pensamentos, não ouviu quando ele saiu do banho. Caminhou pelo corredor, seu coração acelerando a cada passo. Parou na porta do quarto dele.

- Vi o...

Mal pode terminar, estava prensada entre o batente da porta e ele, que tomou seus lábios em um beijo quente, deslizando as mãos pelos seus braços, tocando-lhe a nuca e o queixo. O que fazer se estava paralisada? Deus! Ele controlava toda a situação, seus toques eram perfeitos.

- Você sabe... – disse encostando o nariz no dela, as mãos segurando seu rosto – que eu... – encostou suas bochechas, falando no ouvido dela, enquanto as mãos deslizavam pelos seus braços – te amo, né?

Ele sorriu, soltando o ar na orelha dela, que sentiu o tremor das pernas e o frio na barriga aumentarem. Colocou os braços sobre o ombro dele, tentando não desfalecer. Precisava mesmo responder? Se precisava, sinceramente não ia conseguir. Colocou os braços sobre o ombro dele, passando as mãos pelos cabelos que lhe caíam até os ombros. Céus! Ele estava de toalha, o corpo quente do banho, o cabelo molhado pingando, o cheiro másculo dele entorpecendo-a. Era tentação demais.

Procurou seus lábios, respondendo assim a qualquer pergunta, mostrando a intensidade do seu sentimento. A paixão atravessava sua alma e transbordava pelo seu corpo. Precisava dele.

- Também... te... amo... demais.

Sussurrou entre o beijo. Ele sorriu com os lábios colados, enlaçando forte a cintura dela, fazendo o espaço entre o batente da porta e ele mais apertado ainda. O que fazer a não ser se entregar? Curvou a coluna, mantendo os corpos mais próximos. Ele aproveitou separando os lábios, não antes de morder-lhe o lábio inferior, e desceu uma trilha de beijos até o pescoço dela, arrancando suspiros. Sentiu a mão dele deslizar por baixo de sua blusa e passar por sua barriga. Arranhou as suas costas, mordendo-lhe de leve o ombro.

Ele beijou-a novamente. E, segurando a barra da blusa, encarou-a sério:

- Você sabe que eu não te forçaria a nada, Rin.

- Eu sei. – ela abaixou o rosto – Eu... – olhou-o séria – também... – mordeu seu queixo – te quero... – mordeu o lábio inferior – Sesshou. – sorriu maliciosamente beijando-o.

Mal conseguia formular algum pensamento coerente, sua mente enviava-lhe pensamentos desconexos, seu corpo apenas reagia às carícias de seu namorado. Prendeu a respiração ao senti-lo tirar sua blusa, as mãos deslizando acima de seu corpo. Fechou os olhos, recebendo beijos no pescoço e colo. Soltou um gemido ao sentir a mão dele tocá-la sobre o sutiã e os dentes dele deslizando pelo pescoço.

Olhou-o com desejo, mas o medo podia ser notado em seus olhos chocolates. Sesshoumaru tomou-lhe os lábios, levando-a até a cama e a deitando gentilmente. Subiu sobre ela cariciando seu rosto e beijou-lhe a testa, os lábios, o queixo, o colo, o vale entre os seios. Encarou-a sério, como se pedindo permissão, e alcançou o fecho de seu sutiã.

Rin apenas curvou as costas, tornando a ação mais fácil, colando os corpos. Mais uma peça sua era tirada. Ele acariciou-a, as mãos deslizando pela pele nua, provocando gemidos. Debruçou sobre ela, mordendo-lhe os ombros, sugando-lhe o lóbulo da orelha.

- Sesshou...

Puxou ar para os pulmões quase vazios. As costas arqueadas, os corpos quase completamente nus, as mãos dele abrindo sua calça jeans. E apenas pensou como a toalha dele ainda continuava enrolada em sua cintura. Agora era apenas uma peça em cada um.

Sesshoumaru observou o corpo quase nu de sua namorada, em seus olhos o dourado de desejo mesclou com um olhar apaixonado. Ia comentar a beleza dela quando Rin beijou-o.

- Xiu... - suas mãos desceram pelo peito dele - não fale nada... - passou as unhas pela barriga - é a minha vez.

Mordeu o ombro, arranhando costas, tórax. Alcançou o lóbulo da orelha sugando-o. Passou levemente a ponta dos dedos pela barriga trabalhada dele e o arranhou antes de finalmente segurar a barra da toalha. Mas, ele segurou suas mãos, beijou a palma de cada uma e segurou-as sobre a cabeça dela.

- Nada disso, mocinha.

Não pode protestar ele calou-a, beijando mais ardentemente, intensificando as carícias. Tocando-a na parte interna da coxa, ele beijava-lhe a barriga. Ela, com as mãos livres, enroscava os dedos nos cabelos dele.

- Sesshou...

Um som ensurdecedor assustou-os, o telefone acabara de tocar. Ele rosnou, com a calcinha dela entre os dentes, quando ela se esticou para alcançar o telefone.

- Não... – tentou segurar os braços dela, mas ela já estava com o fone no ouvido – atenda. – acabou por completar baixo, fulminando-a com o olhar.

- O Sesshou? – ela ria marotamente, provocando-o – Ahn, deixa eu ver se ele não está ocupado... Sesshou... é pra você, a Kagura.

Estendeu o fone para ele, mostrando um sorriso como o de uma criança que fez arte. Sesshoumaru respirou profundamente e arrancou o telefone das mãos dela.

- Oi, Kagura?

Rin respirou fundo, Kagura era ex-namorada de Sesshoumaru. Não queria ficar ali ouvindo a conversa dos dois, tentou sair debaixo dele, mas ele segurou-a com seu peso.

- Onde pensa que vai? – falou tampando o fone.

- Deixar você falar mais à vontade... – respondeu tentando livrar-se dele.

Sesshoumaru segurou as mãos dela novamente sobre a cabeça, chupando o pescoço dela.

- Claro que estou ouvindo, Kagura... – sorria ironicamente para Rin – Certo, fim de semana que vem?

Ouvindo isso Rin tentava se desvencilhar do namorado, soltou as mãos, empurrando-o pelos ombros. Ele sorriu, achando lindamente engraçado o ciúmes dela. Ainda mantendo-a presa com seu corpo, buscou com a mão livre sua intimidade, acariciando com firmeza a parte interna das coxas e deslizando a mão por dentro da calcinha.

- Seshou... – Rin gemeu alto com o toque íntimo.

- Barulho? Deve ser o rádio...

Sesshoumaru mantinha o sorriso, encarando Rin. Beijou-lhe os seios, ainda massageando suas partes. Ela não se debatia mais, estava totalmente entregue, precisava tê-la, queria senti-la.

- Está certo então, preciso desligar. Tchau. – nem esperou a resposta e desligou o telefone – E você, não ouse mais fazer isto. Este momento... – mordiscou um dos seios – é... – mordiscou o ombro – só... – o pescoço - nosso... – mordeu e chupou o lóbulo da orelha.

Rin nada pôde responder, além de murmúrios e gemidos. Logo já não havia roupas separando os corpos. Nada, além da vontade deles, poderia terminar com aquilo. Ele encaixou-se entre as pernas dela, acariciando-lhe as coxas.

- Tem certeza, Rin? – olhava-a nos olhos, tentando transmitir segurança.

- Sim... – sorriu, um pouco nervosa e tímida.

- Te amo. – disse ao ouvido dela, num sussurro rouco.

- Sesshou...

Falou o nome dele mais uma vez aquela noite. Apegava-se a ele, agarrando-lhe firme as costas. Fechou os olhos, tentando ignorar aquela dor incômoda. Sentiu Sesshoumaru acariciar-lhe o rosto e os cabelos, olhou-o, ele parecia preocupado. Respirou fundo e deu um pequeno sorriso, mostrando que ele podia continuar.

- Eu não quero machucá-la, Rin.

- Você não está... Só preciso me acostumar...

- Se você... – continuava acariciando o rosto dela.

- Não tem outro lugar que eu quisesse estar, senão aqui com você... Esse momento é só nosso, Sesshou. – sorriu puxando-o para mais um beijo.

Ele sorriu ao perceber que ela utilizara as mesmas palavras que ele. Amava Rin demais, não se importava com o que pensassem ou falassem deles. No começo não tinha sido fácil, fazer Rin acreditar nele, os dois ficarem juntos, convencer a família dela, mas, agora tinha a certeza de que tudo valera a pena. Aprofundou-se nela, desejava-a tanto.

Rin soltou um gemido de dor, arranhando as costas de Sesshoumaru.

- Fique calma... – beijou-lhe o ombro.

Sesshoumaru era realmente tudo o que ela sempre quisera. Teve tanto medo no começo, não queria se machucar como tantas outras vezes, mas ele era diferente, confiava nele. Confiava tanto que agora estava ali, desejara aquilo e ele estava sendo mais incrível do que ela poderia ter imaginado. Procurou-lhe os lábios, enroscando os dedos em seus cabelos, aproveitando cada momento, movendo-se embaixo dele.

Ele intensificou o movimento. Corpos suados deslizavam ágeis entre gemidos, sussurros roucos e, acima de tudo, o desejo de serem apenas um.

- Me ame... - sussurrou rouca no ouvido de Sesshoumaru.

- Com todo prazer...

Os dois riram. Sesshoumaru mantinha um braço ao lado do rosto de Rin e o outro, hora apoiado ao lado do corpo dela, hora deslizando por ele. Rin passava as unhas pelas costas dele, às vezes dando-lhe leves mordidas no ombro. Sugou-lhe o lóbulo da orelha, enroscando as pernas na cintura dele, que rosnou.

- Rin...

Pronunciou o nome num gemido rouco, o que ela adorou ouvir, passando a língua pela orelha dele. Sesshoumaru segurou-lhe firme a cintura e afundou o rosto no cabelo dela, apoiando o queixo no ombro. Os movimentos cada vez mais rápidos.

Rin soltou um gemido alto, abraçando-o forte e mordendo-lhe o ombro.

- Te quero... tanto... – sussurrou quase sem ar.

- Eu também... minha Rin...

Ela sorriu, agora era dele e ele dela, nada poderia mudar aquilo. Jogou a cabeça pra trás soltando um gemido rouco, assim como o dele. Chegaram ao êxtase.

Sesshoumaru deitou ao lado dela, puxando-a para si. Segurava-lhe a cintura e acariciava o rosto, admirando-a próximo.

- Meu anjo... – depositou-lhe um beijo na testa.

Encostou a cabeça no ombro dele, passando a mão pelo tórax. Não tinha palavras, preferiu ficar quieta naquele momento a dizer besteiras, como sempre. Olhou-o nos olhos, tão perfeito. Segurou-lhe a mão e beijou os dedos.

A noite finalmente havia chego, o quarto estava mais escuro, ficaram um tempo ali abraçados, descansando e curtindo um ao outro.

- O que a Kagura queria? – não resistiu, precisava saber.

- Me chamar pro aniversário dela. – respondeu olhando para o teto.

- Você vai? – deitou sobre ele, com os braços ao lado de seu rosto, encarando-o.

- Nós vamos. – encostou a testa na dela.

- Eu não sei se quero ir... – fez biquinho e uma cara que Sesshoumaru achou muito fofa.

Ele não respondeu e ela também não falou mais nada, não era uma boa hora para brigar. Encostou a cabeça no peito dele, sentindo o seu perfume, agora impregnado nela também. Ficaram ali deitados, ele acariciando as costas e o cabelo dela. Agora sua Rin.

- Está ficando tarde, tenho que ir... – fez uma cara triste, as mãos sobre peito dele e o queixo sobre as mãos.

- Você quer ir? – passava as mãos no cabelo dela.

- Eu preciso... Por mim eu ficaria aqui com você...

- Ainda vamos dar um jeito. É cedo para pensarmos nisto...

O que? Como assim? Ele queria... Ficar só... Com ela? Morar? Morar com ela? Casar? Será? Tolices de adolescente. Encostou a testa nas mãos, escondendo o rosto. Como ele podia gostar de alguém tão boba quanto ela?

- Você me leva? – voltou a olhá-lo.

- Não queria...

- Oras! – ela riu, dando um tapa no braço dele.

- Além de folgada é violenta.

- Seu... – preparou-se para levantar quando ele segurou seus braços e ficou sobre ela.

- Seu o que? – brincava encostando o nariz no dela.

- Seu... seu...

- Seu? – distribuía beijos pelo seu rosto.

- Ahh, eu te amoooo! – e beijou-o.

Não importava se fossem diferentes, eles se completavam.

(Continua...)

- ♥ -

Olá!

Bom, esta é uma fic que eu já estava planejando há algum tempo, mas só agora senti segura para realmente postá-la. Espero que gostem e me enviem reviews.

Pretendo sempre evoluir a história, contando a vida e complicações de um casal com suas enormes diferenças, mas que sabendo amar poderão se completar perfeitamente.

Ainda tem muita coisa pela frente: romance, ciúme, distância, saudade e algumas surpresas...

Obrigada a quem acompanhar.

E principalmente obrigada à Anna que começou me ajudando e me apoiando e à Lih que sempre me dá idéias brilhantes (sim, sua "Mente Brilhante") e fica suportando minhas crises. Muito obrigada amigas.

Beijos,

Rafaela Caroline.