AVISO: Esta fic não me pertence. Originalmente essa fic é espanhol. Resolvi traduzi-la porque é uma das melhores fics que já li.
Titulo:I couldn't do it
Autora: Whitesand99
Casal: Grissom e Sara.
Categoria: NC-17
Disclaimer: Todos dos direitos reservados a CBS.
Capítulo 1
_ O que é que temos?
_Ah! Oi Sara!-disse David sobressaltado- Asfixia por estrangulamento.
_ Hora da morte?- perguntou olhando o corpo da garota.
_ Há aproximadamente 11 horas.
Sara levantou sua sobrancelha em confusão e se aproximou da mão esquerda do cadáver.
_Ei, David o que é isso?
O rapaz ficou olhando, no entanto não sabia o que responder-lhe.
_ Na verdade, não sei.
_ Bem – disse Sara - enquanto pegava um saquinho de amostras e colhia de debaixo das unhas da vítima uma substância amarela.
_ Parece que se defendeu. Levarei isso para a análise. Alguma teoria sobre a arma homicida?
_ Bem, pode ter sido qualquer ligamento de algodão. Encontrei estas fibras no pescoço e na garganta da vítima – disse entregando-as para Sara. – Parece que o que o assassino usou para asfixiá-la, usou também para tapar-lhe a boca.
_ Ok! Levarei isso para o Greg. Vemos-nos David. – disse saindo da sala.
_ Tchau!
Mal saiu da sala viu Grissom no corredor, vinha em sua direção. Queria evitá-lo a todo custo depois do que tinha ouvido detrás da sala de interrogatório... Eu não podia... Essas palavras se repetiam em sua cabeça uma e outra vez. Por que tive que vir para Vegas? Perguntava a si mesma, em São Francisco eu estava bem... Tinha amigos. Sara se deu conta de que o encontro com Grissom nesta ocasião seria inevitável.
_ Sara! – exclamou o chefe levantando sua cabeça dos relatórios que trazia em suas mãos. – Como vai o seu caso? – Ele parou. Grissom parou no meio do corredor e claro que Sara não ia seguir adiante o ignorando, ainda que realmente quisesse fazê-lo com uma expressão fria em seu rosto.
_ Já tem um suspeito?
_ Não, ainda não.
_ Ah!... Então quando tiver algo, você me avisa?
Estou desejando... pensou, mas na verdade só pode assentir.
Grissom continuou seu caminho e voltou a vista para os relatórios, mas poucos passos depois, saíram de sua boca umas palavras que ele não teve tempo de calar.
_ A propósito, como você está? – Neste momento sentiu como se um frio lhe corresse pelas costas. Por que eu disse isso?
_ É... Bem!
_ Oh! – Foi a resposta dele enquanto ambos tinham o olhar fixo um no outro. Logo se ouviu uma voz ao fundo.
_ Sara! Pode vir um momento? – Era Greg. Ela virou.
_ Já vou! – Enquanto caminhava lançou um olhar para trás, mas Grissom já havia entrado em sua sala.
_ O que você quer Greg?
_ Bom, estava me perguntando se no intervalo... enfim, você gostaria de comer comigo? Perguntou levando a mão à nuca.
Sara não sabia o que dizer, ele já havia pedido isso uma vez, mas seu caso pendente não ajudou muito.
_ Está bem, por que não?
A expressão de Greg era de pura felicidade.
_ Ótimo!
_ Até logo! – acrescentou Sara – olha, veja se você pode me dizer o que é isso que eu encontrei debaixo das unhas da vítima e compare com estas duas fibras.
_ Os seus desejos são minhas ordens – disse com um sorriso um pouco estúpido.
-o-
Greg entrou na sala comum com a esperança de que Sara estivesse ali esperando-o para comer, mas só encontrou Grissom metendo um de seus experimentos na geladeira comunitária.
_ Chefe, você viu a Sara?
_ Hum? Não, mas acho que ela está processando a cena do crime, parece que deixou passar algo.
_ Certo... – olhou ao seu redor – E você sabe quando ela voltará? É que... eu havia marcado com ela de comermos no intervalo.
Se não fosse por estar de costas, Greggo teria percebido a mudança na expressão facial de Grissom. Estava enciumado. De Greg? Pensou, mas só lhe vinham imagens dos dois juntos, o que lhe deixava doente.
Sem se virar lhe disse com um tom mais ou menos controlado que não sabia quando ela voltaria. Assim Greg voltou ao laboratório e Grissom pensando que estava sozinho deu um murro ao fechar a geladeira.
_ Grissom, calma! Não desconte na geladeira! – disse uma voz a suas costas.
Ele voltou-se surpreso.
_ Sara! – ficou olhando-a sem saber o que mais poderia dizer, porque tudo o que se passava pela sua cabeça não era apropriado.
_ Sim, sou eu... se quiser eu volto em outro momento, de qualquer modo havia combinado... – Grissom não a deixou acabar a frase.
_ Não, não me diga – disse rapidamente.
_ Bom, eu vinha colocá-lo a par do caso como você havia pedido...
_ Sim, é claro, encontrou algo novo?
_ Na verdade sim; havia sêmem no banheiro da vítima. Ia agora ao DNA para compará-lo com o suspeito, Robert Ruskin.
Ao DNA, para ver Greg... disse Grissom para si mesmo, porém não podia evitar, além disso, estava realmente disposto a dar a ela o que Greg podia lhe dar? Disse isso ao dr. Luriee por mais que no fundo quisesse outra coisa, a situação não era a adequada. Por fim disse algo:
_ Bem, você logo vai me dizer.
_ Sim, o farei.
Quando ia sair pela porta se deteve.
_ Grissom, eu queria falar com você, tem um momento?
_ Sim, claro. De que se trata?
Sara não sabia como lhe dizer, porém já não podia simplesmente permanecer calada. Fazia duas semanas que vinha tentando evitá-lo e na realidade era impossível fazê-lo, assim sendo tinha que contar para ele. Entrou na sala e fechou a porta.
_ Bem... como eu digo? Eu ouvi você.
A confusão na cara de Grissom dizia tudo.
_ Você me ouviu? Do que você está falando?
_ Lurie. Eu ouvi você. Estava detrás do vidro.
Griss ficou quieto, olhando-a nos olhos, sem pestanejar, nem um só movimento. Não sabia o que dizer. Um suor frio correu pelo seu corpo, se sentia vulnerável, algo que sempre havia tentado evitar.
_ Sara, eu não sei o que dizer para você.
_Por que será que você nunca sabe o que dizer? Sempre fechado nos seus... medos, não acha que é hora de superar tudo isso? Grissom, eu não sou a Debbie!... Estava realmente aborrecida, mas precisava de explicações.
_ Sara... eu sei que você não é a Debbie, mas eu me sinto como o ... entenda, eu não posso oferecer nada para você, não há nada em mim que possa fazer você feliz.
Ela o interrompeu:
_ Você não acha que eu deveria decidir?
_ Você é jovem e tem toda uma vida pela frente, não deixarei que você a desperdice comigo.
_ Grissom, você não vê? Você está se antecipando aos fatos e está decidindo por mim, quando eu mesma posso me cuidar sozinha. Sei distinguir entre um erro e um acerto e posso afirmar para você, que se algum dia você chegasse a ver o que realmente quero e não o que você acha que eu preciso você perceberia que a nossa relação não seria um erro.
-o-
Sara ia ao DNA para levar para Greg a amostra de sêmem. Ela havia esquecido seu acordo com ele. Entrou no laboratório.
_ Sara! Onde você estava? Achei que tínhamos combinado de comer!
_ É verdade! Sinto muito Greg, esqueci. Estava... na cena do crime unindo pontas soltas.
_ Sim, Grissom já me disse. E agora você tem tempo?
Grissom? Sara não tinha vontade para nada depois da conversa com o chefe, dessa forma adiou uma vez mais seu encontro com Greg.
_ Sinto muito, você se importaria de deixá-lo para outro dia? Estou bastante cansada e se esse sêmem coincidir com Ruskin, nosso suspeito passará a ser assassino e concluirei o caso.
_ Ok! Tudo bem. Vou comparar as amostras. Quando eu souber ligo para você.
_ Obrigada Greg.
Sara começava a sair.
_ Ah! Sara – ela se virou – Não vou desistir de comermos juntos.
Ela lançou-lhe um olhar desses que derretem qualquer homem, mas desta vez era dirigido para ele, e ele era um homem.
-o-
Já era quase dia e o sêmem havia coincidido com o suspeito. O haviam interrogado confessando tudo. Sara teve que armar-se de coragem para levar os resultados ao seu supervisor. Aproximou-se da porta do seu gabinete. Estava fechada. Sara bateu e ouviu uma voz que lhe permitia entrar. Entrou e ele a olhou incômodo por cima de seus óculos.
_ Grissom vim trazer os relatórios do caso para que você os assine e os envie ao fiscal. – Colocou os resultados sobre a mesa e sem o olhar na cara, se dirigiu de novo à porta para sair do escritório.
_Quem era o assassino? O marido?
Na verdade não tinha que perguntar, porque tudo isso estava explicado nos relatórios, mas não queria que ela fosse embora. Havia pensado e queria esclarecer tudo.
_ Você pode ler nos relatórios.
Grissom não queria dar-se ao trabalho de olhar para os relatórios, dessa forma Sara desistiu.
_ Sim, foi o marido.
_ Que razões ele deu?
_ Você não diz sempre para a gente que o porquê não importa? Que é realmente o como que deve interessar a um cientista?
Grissom não respondeu, continuou olhando-a nos olhos, mas ela desviou o olhar, sem saber onde fixá-lo. Odiava que ele a olhasse dessa maneira. Parecia que um só olhar seu poderia dizer tudo e nada ao mesmo tempo.
_ O marido achava que ela tinha uma aventura com seu chefe.
Essa resposta deixou Grissom mais desconfortável do que já estava. Não esperava essas razões e não sabia o porquê, mas se sentiu mais incomodado com a situação e desejou no ter-lhe feito essa pergunta.
_ Sara... queria falar com você.
_ Sobre o quê? Acho que as coisas já estão bastante claras, não?
Seu nome voltou a sair como um breve sussurro de seus lábios enquanto se levantava e se aproximava dela.
_ Eu gostaria realmente de conversar com você sobre tudo isso. Você merece uma explicação, mas quero que entenda que esse não é o lugar adequado para isso. Houve uma pausa. Grissom respirou e se armou de coragem.
_ Sara, você gostaria que nos encontrássemos dentro de... – olhou seu relógio – uma hora mais ou menos e tomássemos café juntos?
Sara estava petrificada. Grissom me convidando para tomar café da manhã com ele? Tentando não dar tanta importância ao assunto respondeu com um sim seco.
_ Está bem. Às 7 horas na cafeteria abaixo da sua casa? Como já acabou o turno suponho que você irá direto para casa... a não ser que você tenha marcado com Greg...
Greg? Por quê? E como ele sabe que tem uma cafeteria abaixo da minha casa? E mais como ele sabe onde eu moro? De toda forma Sara queria aproveitou a ocasião para ver a reação de Grissom.
_ Tudo bem, acho que marcarei com ele um dia para jantar, agora estou cansada.
O sangue lhe fervia por dentro, queria encontrar o Greg para lhe encarregar um turno dobrado todos os dias que pudesse; realmente estava com ciúmes.
_ Ok! Às 7 horas está bom. Nos vemos lá – disse por fim Sara. Vendo a mudança de expressão na cara de Grissom, sorriu para si mesma.
Nesse momento Cath entrou no escritório.
_ Grissom tenho para você uma... Perdão! Interrompo algo?
_ Não, já estava de saída. Nos vemos amanhã Catherine – disse Sara saindo pela porta.
_ Até logo... Me diga, o que você tem para mim?
Catherine olhou para ele um pouco confusa, mas não disse nada.
