Titulo: Pimenta e chocolate
Autora: Ana Ackles
Fandom: Supernatural
Gênero: Lemon, Slash, Universo Alternativo
Rating: M
Beta: Word
Resumo: Jensen Ackles, filho do multimilionário Roger Ackles, foi seqüestrado, e um de seus carcereiros, tem uma mania particular e gastronômica, e descobre que o ingrediente perfeito para as suas receitas é o seu prisioneiro. E entre misturas e sabores, nasce uma apimentada paixão. Padackles? Leia e descubra!
Nota inicial: Ofereço está fic a Deany RS, um agradecimento carinhoso e hot, pela fic Entre Jabulanis e Vulvuzelas (amei, esta nos favoritos, senão leram, vão ler! Vale à pena.), que ela fez para mim. (viu? Ivys J2 (brincadeirinha, estou pensando numa para você))
Primeiro dia
Em um posto de gasolina, na estrada do Deserto de Mojave, de saída de Los Angeles a caminho de Las Vegas.
- O chefe acabou de ligar, ele mesmo quer acabar com a vida do garoto. – Suspirando. – Espero que Murray ainda não tenha feito nada, do jeito que é apressadinho, não ficarei surpreso se ele já não tiver enterrado o cara. – O homem de uma risada. – Mas se isso aconteceu, quem vai para o buraco é ele. Quando o chefe quer uma coisa tem de ser do jeito dele, senão ele vira uma fera.
- Então o playboy tem mais alguns dias de vida, até o chefe voltar de viagem? – Perguntou o outro.
- Não sei se é sorte ou azar. Detalhe vai ser tua prova de fogo!
- Prova de fogo?
- Sim, teste de confiança! Vai ficar encarregado de fazer ficarem um pouco desconfortável seus últimos dias, sem matá-lo, carta branca. Dependendo de sua atuação poderá tratar pessoalmente com o chefe.
- Carta branca, interessante. – O telefone tocou. – Entendo! – Respondeu para o homem do outro lado da linha. – Claro inspetor, mas estamos um pouco longe, resolvendo aquele caso... Suspender! Ok! Estamos a caminho!
- O que foi?
- Quer uns dias de folga? Jeffrey!
- O que eu tenho de fazer?
- Investigar o sumiço de Jensen Ackles, filho do milionário Roger Ackles.
Ambos caíram na risada.
Noite anterior
- Boa noite, Sr Ackles! – Cumprimentou o porteiro da boate.
- Boa noite, Armand! – Jensen tinha ido a essa boate para se despedir dos amigos, em 15 dias ele ia assumir a presidência das empresas na Europa, com sede na Suíça, antigamente era em Londres, mudou porque ele adorava chocolate, essa era a brincadeira que ele fazia, mas isso não tinha muito importância para a família e empresa, pois ele era muito competente e responsável e se pelos estudos que tinha feito a sede ficaria melhor em Zurique, sabia que estava fazendo.
O manobrista entregou a chave do seu carro, um Audi Q7 verde oliva, seu espírito aventureiro escolhia o seu carro. Jensen já estava afastado da boate, quando um homem encapuzado que estava escondido na parte traseira apontou uma arma para a sua cabeça e deu a direção que deveria ir.
Seguiram para uma estrada pouco freqüentada, onde se encontraram com um furgão e mais dois homens, também de capuz, algemaram suas mãos, vendaram seus olhos e lhe aplicara uma injeção fazendo-o dormir.
Numa casa do deserto de Mojave.
- Hey Jeffrey, hey...
- Sem nomes! - Disse o Jeffrey, interrompendo Murray. - Você é Ghost, e Tiger. - Apontando para o parceiro. – Eu sou Hunter. Ok?
- Ok! – Concordo aquele que agora se chamava Ghost.
- Por que ele esta amordaçado? – Perguntou Tiger, olhando para o homem jovem acorrentado em cima de um colchão, que estava colocado em um compartimento da casa, tipo um quarto com um pequeno banheiro. As correntes estavam presas no chão, o jovem estava de braços e pernas abertas, com os olhos vendados e uma fita tampando sua boca.
- Por que ele estava gritando muito e estava me dando dor de cabeça.
- Não avisou para ele que não adianta gritar! – Perguntou Tiger.
- Avisei, mas ele não acreditou. – Respondeu Ghost, rindo.
- Já têm em mente as brincadeiras para passar o tempo do garotão?
- Estou pensando. – Tiger estava desconfortável, com essa posição, mas não podia mostrar isso ao parceiro. Ele se aproximou do rapaz amarrado e sentou no colchão.
- Você esta me ouvindo? – Perguntou para o prisioneiro, que reclamou, demonstrando que estava ouvindo e nem um pouco satisfeito com a situação.
- Vou tirar a fita de sua boca, mas se gritar, a colocarei de volta e não tiro nem para você beber água. Ok? – O rapaz balançou a cabeça concordando.
Tiger puxou a fita sem nenhuma delicadeza e retirou o lenço que Ghost também tinha enfiado em sua boca para fazê-lo calar. Percebeu que o prisioneiro deveria esta com sede, pois ele estava engolindo seco e tentando molhar os lábios com a língua, sem êxito, aquele gesto mexeu com ele, se levantou e pegou uma garrafa de água e começou a dar devagar para Jensen.
-Hei, não é para facilitar a vida dele! – Exclamou Ghost, o mais nervosinho do grupo.
- Eu sei, mas também, não é para matá-lo!
Tiger ficou observando Jensen beber água, seus lábios iam se hidratando, e o seqüestrador pensou que nunca tinha visto boca tão perfeita, sensual, feita para dar e receber beijos. Ele ficou de pé e foi olhar com mais atenção seu prisioneiro.
O jeans escuro justo nas pernas marcava as coxas que tinham a medida certa, pernas charmosamente arqueadas, a camisa social de seda na cor verde e botões entre abertos prometiam braços musculosos e tórax perfeitos.
Apesar de venda, o rosto com certeza acompanhava a perfeição do corpo, queixo firme, boca sem descrição, e nesta situação, trêmula e entreaberta, qualquer um ia para o inferno apenas de olhar, davam para perceber algumas sardas onde a venda não escondia e no alto da cabeça cabelos curtos e loiros. Tiger começou a sentir certo desconforto dentro das calças.
- Para com isso. – Gritou Tiger saindo do transe em que se encontrava observando Jensen, quando Ghost se aproximou e deu um chute no prisioneiro, fazendo-o gritar e tentar se proteger, mas em vão, devido às correntes. – Não ouse tocar nele de novo. – Disse isso o segurando pela camisa para depois solta-lo de maneira violenta fazendo Ghost de desequilibrar. - Para o que pretendo fazer não me agrada em nada vê-lo cheio de hematomas, e como já disse temos que mantê-lo vivo.
- Mas o que você pretende fazer? – Perguntou Hunter que estava calado apenas observando. – Secá-lo aos poucos com os seus olhos de peixe morto.
Tiger não disse nada apenas lambeu a boca da garrafa que Jensen tinha bebido água.
- Não acredito! Você é gay?
- Eu sou, mas ele não é. – E apontou para Jensen, quem estava tentando entender à conversa. Para descobrir o que realmente queriam. - Não tenho carta branca? Então, isso não mata com certeza ele não vai gostar e eu vou amar. - Riu. – E Ghost longe dele, senão você vai virar um fantasma de verdade.
- Não esta exagerando? – perguntou Hunter.
- A bichinha é ciumenta! – provocou Ghost.
- Extremamente, apesar de que quem esta com ciúme aqui não sou eu! Tenho apenas uma curiosidade você queria esta no meu lugar ou no dele?
- Sonhaste! - Respondeu Chad, com ironia.
- E ai garotão! Quer ir ao banheiro? – Perguntou Tiger para Jensen que confirmou apenas balançando a cabeça.
Tiger soltou uma das mãos, ordenou aos outros que soltassem as pernas e colocando uma algema e soltou à outra mão, quando estava sentado com as pernas soltas e as mãos amarradas para trás, o seqüestrador o levantou e o levou para o banheiro.
No banheiro se posicionou atrás de Jensen, abrindo a sua calça, o loiro reagiu, mas o seqüestrador segurando-o firme, mandando-o ficar quieto, e continuou a operação, colocando a mão livre na boxer e tirou o membro de Jensen para fora.
Hunter olhava cena com um sorriso de incredulidade e os olhos de Ghost estavam escuros de prazer, confirmando a teoria de Tiger. Mas ninguém podia culpar Chad, pois a beleza loira de Jensen se completava com a beleza morena de Tiger, juntos pareciam duas peças de quebra cabeça que se encaixavam perfeitamente.
- Eu não vou conseguir. – Falou Jensen baixinho.
- Repita. - Pediu Tiger, que tinha ouvido muito bem, mas ele queria ouvir de novo a voz rouca de Jensen.
- Eu não vou conseguir desse jeito. – Repetiu um pouco mais alto e firme.
Tiger fechou os olhos e aspirou o cheiro de Jensen, pensando o quanto aquele ser era perfeito, corpo, rosto, voz, cheiro e estava ao seu dispor. A mão que segurava a cintura do loiro para ele não fugir começou a fazer leve caricias em sua barriga confirmando por cima do tecido a firmeza desta.
- Tenho planos para você, mas não agora, porém se você demorar muito acho que serei obrigado a apressar as coisas. – Disse Tiger no ouvido de Jensen, o apertando-o com mais força contra si fazendo-o sentir seu membro endurecido, e ao mesmo tempo deu uma leve mordida em sua nuca o provando. – Você é delicioso. – O desejo na voz de seu seqüestrador fez Jensen estremecer.
- Ainda estamos aqui! – Falou Hunter percebendo a viagem do parceiro.
Jensen com esforço fez o que tinha de fazer, e Tiger o vestiu e o prendeu novamente na cama e não resistindo massageou-o por cima da calça o membro do loiro lhe dando um beijo que em troca pegou uma mordida de Jensen, mas revidou dando outra mordida nos lábios do prisioneiro fazendo-o sagrar.
- Um aviso, faça qualquer coisa, mas nunca tire essa venda é sua garantia de vida. Ok? – Disse Tiger, Jensen apenas confirmou com a cabeça ainda sentindo a dor da mordida.
Todos saíram do quarto, Tiger fechou a porta, avisando que não queria ninguém lá dentro, não gostava de Chad, e por ele o loiro não estava naquele trabalho.
- Temos que ir, mas a noite estarei aqui. – Falou Tiger para Ghost que iria ficar de guarda durante o dia. – Não toque nele.
Quando Jensen se viu sozinho começou a refletir sobre o que tinha acontecido ainda podia sentir o gosto do seu sangue devido à mordida de Tiger, ele não queria acreditar nas suas conclusões, mas os fatos estavam ali, o seu seqüestrador queria fazer dele um objeto sexual, e ele não poderia ser morto por nenhum ali, qual seria a finalidade de tudo aquilo? E por quê?
Casa do milionário Roger Ackles.
Jim Beaver, inspetor chefe do FBI, na Califórnia, estava reunido com o Sr. Ackles quando seus principais agentes chegaram.
Jared Padalecki, Misha Collins, Tom Wellington e Jeffrey Morgan.
- Esses são os agentes que ficaram encarregados do caso, mais umas equipes de detetives farão de tudo para encontrar seu filho. – Explicou Jim para Ackles.
- O que o senhor acha que eles querem? – Perguntou Roger.
- Com sinceridade se fosse um caso de seqüestro por dinheiro, já teriam feito contato. – Falou Jim.
- Então ele pode está morto! – Exclamou Roger, se sentando pesadamente na cadeira com a cabeça entre as mãos.
- Não podemos perder a esperança, ainda está cedo para o desespero e além do mais, sua família é muito influente para matarem ele assim tão rápido. – Replicou Jim. -Vamos montar um esquema eletrônico, caso aja contato telefônico estaremos esperando. Esses agentes aqui ficaram na rua, investigando qualquer pista.
- O que eu posso fazer? – Perguntou Roger.
- Nós vamos trabalhar com a hipótese de vingança, e é nesse ponto que o senhor, sua família e funcionários ajudarão. Ok? Toda e qualquer informação é necessária.
- Comecem por Frederic Lehen. – Disse o milionário.
- Não se preocupe ele esta em nossa lista, mas temos que também procurar outras pessoas.
- Olhem. – Falou Jim entregando uma foto de Jensen e uma pasta com as primeiras informações a serem investigadas para cada um de seus agentes. - Fiquem em contato com a base direto, enquanto isso não for resolvido não terão folga. As instruções estão na pasta. Podem ir.
Além dessa pasta cada um dos agentes recebeu um dossiê onde constava um resumo da relação entre Jensen Ackles e Frederic Lehen.
Resumo do dossiê
Há dois anos, a noiva de Jensen, Danneel Harris foi assassinada e o principal suspeito era Frederic Lehen.
Danneel era uma ativista do Green Peace e recebeu uma denuncia anônima de vários containers de lixo hospitalar sendo enviado para o Havia, de maneira clandestina e junto com companheiros de luta, foram para o porto impedir o embarque dos containers no navio, se amarrado neles.
Enquanto os ativistas atrasavam o embarque, Jensen usando toda sua influência conseguiu uma liminar para abrirem um dos containers suspeitos, e assim foi feito, com a constatação que a denuncia era verdadeira, Lehen perdeu muito dinheiro, essa empresa fechou, causando desempregos, ao saber desse fato as empresas Ackles absorveu alguns empregados, mas não todos, uns por falta de qualificação e outros por serem suspeitos de fazerem serviços não muito honestos.
As vésperas do casamento, Danneel apareceu morta em seu apartamento, estrangulada com uma mangueira de soro, mas esse fato em vez de condenar Lehen, o absorveu, transformando-o em vitima, afinal, se ele fosse o responsável não iria usar algo que pudesse incriminá-lo.
A polícia conseguiu prender um homem, era um de seus empregados, que perdeu o emprego no fechamento da empresa. Ele sempre alegou inocência até o dia em que foi morto na prisão. E apesar de tantas evidências nunca conseguiram provar nada contra Lehen.
Frederic Lehen também tinha algo pessoal contra Jensen, seu único filho Paul Lehen, se apaixonou por ele, com a recusa, Paul, que era médico ingressou na organização médicos sem fronteiras, buscando a admiração de Jensen, indo para a Colômbia, morrendo em um ataque das Farc. Lehen culpou Jensen pela morte do filho.
Fim do resumo.
Esse resumo apontava mais uma vez para Lehen, porém o principal suspeito estava na Europa por motivo de saúde, sua mãe tinha sofrido um acidente.
Na escada de acesso a casa de Roger. Jared, Tom e Misha esperavam Jeffrey que tinha ido ao banheiro.
- Cara! Esse homem é muito lindo! – Exclamou Misha olhando a foto de Jensen. – É até sacrilégio fazerem mal para ele.
- Essa boca! É uma loucura. – Disse Tom, olhando encantado com a fotografia.
- Queria ver esses olhos pessoalmente, e se o Beaver nos vir falando assim, é suspensão. - Afinal estamos aqui para investigar o paradeiro dele, não ficar admirando-o e desejando-o, onde estão os nossos profissionalismos? – Falou Jared.
- Meu irmão sempre causa esse tipo de reação nas pessoas, se encantam com a sua beleza e depois se apaixonam pela sua pessoa. – Falou Mackenzie, que logo em seguida começou a chorar.
- Não se preocupe apesar dessa falta de profissionalismo, somos bons no que fazemos e o encontraremos. Tenho certeza que ele esta vivo. – Falou o parceiro de Jeffrey.
- Vamos lá. – Disse Jeffrey para os três que se despediram da irmã de Jensen.
No esconderijo.
- Ainda bem que estamos trabalhando na rua. - Disse Hunter.
- Mas não podemos esquecer que temos relatório para entregar. – Replicou Tiger. – Eu vou ficar a noite aqui.
- Falei com o chefe ele gostou da tua idéia, disse que é melhor que uma surra por dia, afinal ele não sabe por quanto tempo terá que ficar longe.
- O que você trouxe ai! – Perguntou Hunter olhando para uma sacola com compras.
- Você sabe!
- Não acredito! Isso não é um encontro romântico para você cozinhar para ele.
- Eu não vou cozinhar para ele, vou cozinhar para mim, você sabe que eu gosto de fazer isso, afinal a noite vai ser longa, e ele vai comer comigo, claro, e no mais isso não vai mudar em nada o efeito da coisa.
- Como não muda nada! É para ele ser humilhado! No mínimo. – Disse Chad se intrometendo na conversa.
- Você quer humilhação pior que ser possuído por um desconhecido que não pode nem ver o rosto.
- É tem razão! Como aqui não precisa de tanta segurança, vou sair tenho alguns negócios extras para resolver. – Falou Ghost.
- Que negócio! O chefe não gosta disso! – Disse Tiger, mas no fundo feliz por que o loiro não estaria ali.
- Fica na tua! Essa transação é coisa antiga, e eu não esperava que fosse se desenrolar agora. Está tudo acertado e organizado, não posso sair fora, além de dinheiro, minha vida também está em jogo, Fuller, também não é brincadeira. – Disse Ghost, tentando convencer os dois a lhe deixarem ir.
- Não sei como você tem coragem de trabalhar para dois chefões ao mesmo tempo. – Disse Tiger.
- Caso o cozinheiro tarado não se incomodar por mim tudo bem. – Falou Hunter.
- Deixa ai cara! Assim você pode brincar de casinha sem ninguém para atrapalhar! – Disse Ghost, esperando a resposta de Tiger.
- Tudo bem, mas só me aparece aqui pela manhã, não quero ninguém atrapalhando e isso vale para ti também, Hunter.
- Ok! Estamos indo! Vamos Ghost, te dou uma carona até o teu carro. – Falou Hunter saindo junto com Chad.
Tiger trancou a casa e foi em direção ao quarto onde se encontrava Jensen, ele sabia que não podia falar muito, afinal ele estava em observação, nem conhecer ou falar com o chefe ele podia e poderia, então com certeza tinha escuta no local, pois o chefe era muito precavido.
- Enfim sós! – Disse Tiger assim que chegou perto de Jensen.
- Minha família tem muito dinheiro, poderá ajudá-lo a ir embora para longe daqui! – Começou Jensen desesperado. – Fez a proposta de certa maneira se sentia melhor próximo desse que era chamado de Tiger, o outro tinha ficado com ele durante o dia lhe dava medo, Ghost chegou a se aproximar de Jensen, o tocando, por sorte o telefone tocou, e ele se distraiu resolvendo alguma coisa em relação a uma negociação. Foi o tempo da chegada de Tiger.
- Eu sei que tua família tem dinheiro, e até tenho planos de ir embora daqui, mas para quem eu trabalho, nem fugindo para o inferno ficarei em paz. Então teu dinheiro não me interessa. – Respondeu Tiger, sentando no colchão e desabotoando aos poucos a camisa de Jensen, a curiosidade de ver aquele tórax era mais forte que qualquer coerência da parte dele.
- Tenho que fazer algumas coisas com você. Sinto-me até culpado com prazer sentirei com isso, mas será melhor para você, fisicamente tentarei não te machucar é só cooperar.
- O que você vai fazer comigo? – Perguntou Jensen com medo da resposta.
- Acho que você sabe! Apenas não quer aceitar a realidade. – Tiger abriu a camisa de Jensen totalmente, passando a mão pelo peito e abdômen do prisioneiro, que começou a chorar desesperado.
- Não faz isso! Por favor! – Jensen implorava enquanto as mãos de Tiger percorriam seu corpo indo em direção ao cós de sua calça. Apenas seu dedinho mínimo entrou encontrando a barra da boxer. – Posso te dar dinheiro para você ir mais longe que o inferno.
- Como falei, vou tentar não te machucar fisicamente, se por algum milagre você escapar vivo, afinal enquanto houver vida há esperança, seu dinheiro vai dar para pagar os melhores psicólogos. Agora vou prepara o nosso jantar! Você gosta de macarronada é minha especialidade. – Antes de se levantar deu um selinho nos lábio de Jensen que ainda estavam trêmulos.
A cabeça de Jensen rejeitava a idéia que seu corpo seria violado, por isso não conseguia parar de chorar.
- Já cortei os temperos, coloquei o macarrão no fogo e fiz o molho. Enquanto o macarrão cozinha, hora do banho.
Jensen ficou tenso.
- Não preciso de banho!
- Deixa de ser porquinho, não irei fazer nada que não queira. Prometo!
- Não! Obrigado assim mesmo!
- Isso não é um convite. - Disse sério.
Com cuidado e ameaçando caso tentasse fugir, Tiger soltou as correntes do chão das mãos e dos pés, tirou a roupa de Jensen, deixando completamente nu, e depois prendeu as mãos na costa.
O loiro queria esconder suas partes intimas, mas não tinha como, se ele não tivesse vendado, se sentiria bem pior.
No box do chuveiro também tinha uma banheira, Tiger tinha deixado a torneira aberta, a água já enchia a metade da banheira, ele fez Jensen sentar, começou a ensaboá-lo com uma esponja, primeiro as costas, pescoço, braços, peito, abdômen, pernas. largando a esponja e vez o caminho inverso com as mãos, o loiro estava tenso, apesar da maneira carinhosa que lhe era dado banho.
Tiger ainda não tinha o tocado em suas partes intimas, mas ele aguardava o golpe.
- Quero que você saiba tudo que acontecer aqui, será necessário para te manter vivo e inteiro. – Disse Tiger em seu ouvido, sua voz estava rouca, Jensen conseguia sentir a excitação que o moreno estava sentindo.
Enquanto falava suas mãos desceram pelo abdômen de Jensen e não resistindo segurou seu membro, com o toque o loiro quase pula da banheira. – Calma! Tenho que deixar bem limpinho, afinal é a minha boca que vou colocar ai.
- O que? – Foi a primeira palavra que Jensen pronunciou desde que tinha começado o banho. – Você é louco! – Tentava fugir se revirando na banheira.
- Você está fazendo tanta onda por causa disso, imagine se eu fosse isto. – E Tiger tocou em sua entrada, Jensen ficou imediatamente quieto. – Agora já sei como te deixar comportado. – E o moreno começou a rir de maneira divertida sem ser debochado. – Acabou o banho garotão.
Com uma toalha, Tiger, começou a enxugá-lo ali mesmo no banheiro e depois o levou para o quarto, onde o acorrentou novamente, mas agora de maneira que as pernas ficaram juntas e os braços também. Era um pouco mais confortável e mais simples de manipular o corpo do loiro.
- Minhas roupas? – Perguntou Jensen quando se viu acorrentado novamente completamente nu.
- Não tem necessidade, ninguém vai sair para jantar. – Respondeu Tiger. – E os planos que tenho, roupas apenas atrapalhariam. Tive que tirar as minhas, você me molhou todo, até a cueca. Ainda bem que trouxe meu avental, assim teu parque de diversão fica protegido.
Nu, Jensen se sentia mais desprotegido, humilhado, envergonhado, ele queria acorda desse pesadelo, o moreno não tinha feito nada que de fato o machucasse, mas as promessas contidas em cada palavra, em cada toque o deixavam apavorado.
Tiger se perguntava o que estava acontecendo com ele, não era assim que deveria agir. O certo era acabar logo com aquilo, mas a desculpa que dava para si mesmo o convencia do contrário e por isso continuava, principalmente quando olhava para Jensen, que exibia toda a sua beleza, ali naquele colchão, totalmente indefeso e ao seu dispor, teria de se controla e não cometer uma loucura.
- Macarronada a quatro queijos, Parmesão, Roquefort, Gorgonzola e Stilton, minha especialidade. – Falou Tiger, ajeitando uns travesseiros deixando Jensen meio sentado, foi pegar o prato e um garfo e se sentou ao lado do loiro.
Jensen percebeu pela a proximidade que Tiger não estava realmente vestido, quando a primeira garfada chegou a sua boca recusou a comer.
- Deixa de bobagem, tenho certeza que você não come nada desde que veio para cá, não faça desfeita é falta de educação, tive trabalho e gastei dinheiro, para te dar o melhor. Come! – Essa ultima palavra foi dita de maneira firme demonstrando que não aceitaria recusa.
Jensen comia silenciosamente, e realmente estava deliciosa a macarronada apesar das misturas de queijos de sabores salgados, em outra situação ele realmente estaria apreciando a comida.
Tiger estava fascinado com o loiro, e em uma distração olhando para o corpo do prisioneiro, errou a direção de sua boca, sujando o canto dos lábios de Jensen com o molho, ele ia limpar com o guardanapo, mas não resistiu e passou a língua, achando que ficou com um gosto bem melhor do que com o macarrão e para confirmar sujou de propósito os lábios de Jensen, limpando-o novamente com a boca.
Não satisfeito jogou um pouco no peito próximo ao mamilo, e quando foi limpar passou a língua, bem no bico dando uma leve mordida, nesse momento o loiro estremeceu e suspirou mordendo os lábios para não deixar escapar o gemido que tinha se formado na garganta.
Algum tempo depois uma taça encostou-se a sua boca, e ele reconheceu o líquido sendo um vinho, e pelo sabor era tinto com um forte teor alcoólico.
- Obrigado, mas não quero mais vinho. Apenas água.
- Toma mais um gole, ajuda relaxar. – Disse Tiger de maneira insinuante, fazendo Jensen beber mais um pouco. – Sei que não é um dos mais caros, mas não é dos piores. – E sempre dando vinho para Jensen, que se recusou a continuar bebendo virando o rosto para o lado.
- É horrível esse vinho, nem os empregados de minha casa bebem esse vinagre. – Respondeu Jensen querendo provocar o seqüestrador. – Mas me parece que você gostaria de ter coisas boas, posso te dar essa oportunidade, peça quanto você quer, minha família fará de tudo para conseguir. – Falou o loiro em mais uma tentativa de comprar a sua liberdade.
- É bom ter dinheiro, mas morto do que adiantaria, tem apenas uma coisa que me faria pensar em correr esse risco.
- O que? -Perguntou Jensen esperançoso.
- Além do dinheiro, um mês de lua de mel com você.
- Lua de mel?
- Sim, um mês sem sair do quarto, te amando a hora que eu quisesse e sem reclamações, totalmente disponível. Topa?
- Tudo bem! – Falou Jensen depois de um tempo calado. O importante era tentar qualquer coisa para sair dali.
- Mas vou ter que saber se vale à pena, tenho que experimentar primeiro, afinal a minha vida está em risco. – E deu um beijo em Jensen, que correspondeu ao beijo numa tentativa de seduzir Tiger, as línguas se enroscavam e loiro esqueceu onde e com quem estava.
- Você é muito saboroso. – Uma voz arfante lembrou Jensen da situação em que se encontrava. – Realmente deve valer a pena qualquer sacrifício para ter você.
- E então? – perguntou Jensen também ainda tentando recuperar o fôlego.
- Mais um beijo para tirar a prova. – Desta vez Tiger que estava deitado de lado no colchão abraçou o corpo do loiro e iniciou um beijo calmo, onde as línguas se exploravam sem pressa e novamente Jensen correspondia totalmente entregue.
- Você sabe como seduzir e convencer. – Falou Tiger depois de muita força de vontade para interromper o beijo. - Mas nunca conseguíramos sair vivos daqui. E além do mais vou te ter comigo por pelo menos duas semanas, claro que ira reclamar, mas o que é algumas reclamações diante do prazer que vou ter e se cooperar serão mutuo. Beba um pouco de vinho, pois eu sei que ele não é ruim.
- Não! Você quer me deixar porre! – E Jensen se recusou a beber sem acreditar no que tinha acabado de ouvir, e além do mais o vinho já tinha mexido com seus sentidos, pois a maneira que correspondeu ao beijo de Tiger não foi normal na circunstância que se encontrava e pensando bem em nenhuma outra ocasião seria também.
- É apenas para você relaxar! Você esta acorrentado, vendado, sozinho aqui comigo no meio do deserto será que eu preciso te deixar bêbado para fazer o que quiser com você? Bebe. – E o fez beber no gargalo da garrafa.
Jensen não engoliu o liquido cuspindo na direção do seqüestrador torcendo para ter acertado, e acertou em cheio o rosto de Tiger, que indignado derramou uma parte do vinho na cabeça de Jensen, causando uma reclamação indignada deste e quando ele abriu a boca para reclamar o moreno o fez beber a força o restante do vinho, fazendo-o se afogar.
- Saindo uma respiração boca a boca. – Surpreso Jensen não reagiu, Tiger sorriu. – Não vou me cansar de repetir você é simplesmente saboroso. Seu sabor se misturou de maneira perfeita com o molho, e agora com o vinho. Não é apenas sua boca, sua pele também. – E para provar a sua teoria, começou a traçar com a boca os locais por onde tinha caído vinho, pescoço, peito, abdômen, sempre sugando, lambendo, saboreando como se fosse a melhor comida.
Quando chegou ao umbigo tinha um pouco do vinho acumulado, Tiger passou a ponta da língua em movimentos circulares absorvendo o liquido, fazendo Jensen soltar um gemido de prazer que estava preso desde o momento que o moreno começou a explorar seu corpo.
Tiger viu que Jensen estava excitado, ele procurou a garrafa de vinho e verificou que ainda continha um pouco do liquido, que derramou no pênis do loiro, antes de colocar a boca passou a língua por toda a extensão, nessas alturas Jensen gemia e se movia tentando mais contato com a boca de seu carcereiro.
O moreno estava extasiado, Jensen era um show para os cinco sentidos. Ele poderia ficar todo tempo do mundo olhando sua beleza, escutando sua voz, sentindo sua pele, seu cheiro era mais embriagante que o vinho e o principal seu sabor era único, e pensando nisso sugou o membro de Jensen, fazendo movimento de vai e vem até o loiro gozar em sua boca, bebendo cada gota do sêmen de Jensen, que simplesmente apagou depois de atingir o orgasmo.
- Você é um egoísta sabia disso? – Falou Tiger para um loiro adormecido, o moreno se deitou ao lado de Jensen e começou a se tocar olhando para aquele ser adormecido que estava sob a sua proteção, sentindo o cheiro de sua pela misturada com o vinho, quando atingiu o orgasmo, chamou o nome do loiro, que respondeu apenas com um gemido.
Segundo dia
Ainda de madrugada, Jensen acordou assustado tentando se orientar, até que lembrou onde estava e o que tinha acontecido horas antes, ele não acreditava que tinha sentido tanto prazer com uma pessoa totalmente estranha, isso sem levar em consideração que essa pessoa era um homem, e numa situação que sexo era a ultima coisa a passar pela cabeça, resolveu por a culpa no vinho de vez.
Tiger acordou, olhou para aquele corpo ao seu lado e ficou buscando motivos para tocá-lo novamente, ele sabia que estava abusando, mas a sua mente sempre dava boas desculpas para continuar. O loiro mordia seus lábios e parecia perdido em pensamentos.
- Você fez uma coisa muito errada ontem comigo?- A voz de Tiger tirou Jensen de seus pensamentos. – Gozar e virar para o lado, me deixando na mão, a tua sorte que apenas de olhar para você me deixar satisfeito. Pena que não chegamos à sobremesa.
- O que tinha naquele vinho? – perguntou o loiro de maneira acusadora.
- Agora a culpa é do vinho? Você gemer como uma vadia! – Tiger adorava provocar o loiro.
-Ora... Seu... - Explodiu Jensen.
- Seu... Gostoso! Pelos menos, foi o que você disse ontem a noite.
- Eu não falei nada disso. – Na verdade Jensen estava em dúvida se tinha falado ou não. Por isso se calou.
- Você esta fendendo que nem bar de quinta. Irei te dar outro banho. – Disse Tiger soltando as corrente que prendiam suas mãos do chão.
- Que mania de banho.
- Que mania de reclamar de tudo!
-Senta. – Falou Tiger assim que chegaram ao banheiro.
- Prefiro ficar de pé.
- Tudo bem.
- Mudei de idéia, quero sentar. –Jensen percebeu que o moreno ele também estava nu e sentiu arrepios com a proximidade do outro, mas colocou a culpa na água fria, porém não quis arriscar.
Dessa vez o moreno lavou seus cabelos que estavam com o cheiro do vinho, retirou sua venda, para trocar por outra, com a recomendação de não abrir os olhos, coisa que o loiro não poderia fazer por causa da luminosidade, que feria sua vista desacostumada com a luz.
Quando umas das mãos do moreno começou a percorrer o seu abdômen, e foi em direção ao seu membro o apertando, Jensen tentava se revirar, para fugir do contato, mas Tiger o beijou calando qualquer protesto do loiro, língua do moreno, invadia sua boca explorando cada cantinho, enquanto essa mão explorava membro, testículos, o acariciando. A outra mão o segurava pela cintura de maneira tão firme que com certeza deixariam marcas na pele do loiro.
Tiger POV
Espero ter forças para resistir, afinal uma vida dependia disso. A vida daquele que de maneira insólita tinha invadido toda a minha existência e bagunçado minha missão.
Minhas mãos parecem ter vida própria, e meu corpo já aquecido de prazer pega fogo quando sinto que minhas caricias não são recusadas, se fossem seria tão mais fácil, cumprir meu dever, mas o beijo correspondido, o sabor daquela boca, o cheiro daquela pele, nem essa água fria que caia do chuveiro está me acalmando. Eu tenho de acabar com esse banho, antes de tudo vá pelo ralo.
Tiger POV - Fim
- Acho que você ainda esta porre. – Disse Tiger com um esforço sobre humano para se afastar de Jensen, que soltou um gemido de protesto, não pelas palavras, mas pela interrupção do beijo.
- Vou continuar nu? – perguntou Jensen depois de se ver novamente preso a cama.
- Acho um pecado mortal cobrir obras de arte! Vamos comer a sobremesa do jantar.
- Não gosto de comer doce, quando acordo.
- Você não manda em nada aqui! Vai comer a sobremesa! E depois vou comer você. – Tiger sentiu Jensen ficar tenso, mas aquelas palavras ali eram necessárias.
- Por que você tem que fazer isso?
- Já te expliquei. Na verdade quero brincar!
- Brincar?
- Sim de sabores!
- Como é isso?
- Eu coloco coisas na sua boca e você diz o que é!
- Eu não quero brincar, quero ir embora! Me solta, por favor!
- Deixa de ser desagradável! Eu também queria está mergulhado bem fundo dentro de você, coisa que posso fazer, mas estou aqui te paparicando, o chefe vai querer a minha cabeça, era para te fazer sofrer! – Tiger não sabia de onde saia essas loucuras, o chefe realmente ia acabar com ele.
- E você acha que não estou sofrendo?
- Esta sim, os gemidos que você deu ontem, fariam qualquer mortal morrer de inveja, de tanto sofrimento, mas chega de conversa, vamos começar antes que os outros cheguem e acabe com a minha alegria e o teu "sofrimento".
O moreno sentou ao seu lado, colocando uma bandeja com várias espécies de coisas comestíveis, do outro lado de maneira que para pegar qualquer coisa dela, tinha que passar o braço por cima do loiro, que estava meio, sentado.
- Vamos começar!
- Se eu ganhar você me deixa ir?
- Você que apostar?
- Quero!
- E se você perder? O que eu ganho?
- O que você quer?
- Eu já disse o que quero e posso ter sem apostas, mas é legal, fica mais interessante a brincadeira, não posso te soltar, porém posso deixar de te fazer "sofrer", mas se perder, você será meu sem lutar! O que acha?
- Tudo bem. – Jensen tinha um paladar apurado, por isso topou, não tinha nada a perder, estava a mercês de Tiger, de qualquer maneira.
- O que é isso? – Começou o moreno colocando algo na boca do loiro.
- Morango.
- Parabéns! – Disse Tiger, dando um longo beijo no loiro. – Você combina muito bem com morango.
- E isso?
- Morango com chocolate. – Respondeu recebendo outro beijo.
E assim foi acontecendo, com cada comida colocada na boca de Jensen, seus lábios já estavam inchados com tantos beijos, por conseqüência estavam mais tentadores.
- O que é isso? Pra terminar.
Tiger colocou algo pequeno envolvido em calada de chocolate, Jensen acho que era uma fruta mordeu com gosto.
- Desgraçado! – Exclamou quando sentiu a ardência da pimenta tomando conta de sua boca e antes que pudesse reclamar de novo, Tiger o beijou.
- Que delicia! Prova de novo! – Jensen se recusou a morde a pimenta novamente.
- Não! Você tem que provar de novo é a combinação perfeita, nunca imaginei que a mistura desses dois sabores tão diferentes se completavam. – Falava Tiger empolgado.
- Você é louco!
- Pega! – Agora era uma colher que o moreno colocava na boca de Jensen, e de novo a mistura chocolate, pimenta e beijo. – Mas quer saber, é gostoso! Porém a perfeição só existe quando o teu sabor se mistura aos outros dois. – Tiger repetiu a dose, para o desespero do loiro.
- Não quero mais brincar.
- E a nossa competição. Vou lhe dar mais uma chance e sem pimenta. – Disse isso e levou outra coisa a boca do loiro que aceitou.
- Morango com creme de leite. – Falou Jensen depois de outro beijo.
- Qual a marca do creme de leite?
- O que?
- A marca do creme de leite?
- Não tem como saber!
- Perdeu!
- Você nunca me deixaria ganhar. – E Jensen deixou o corpo cair pesadamente no travesseiro que estava sob seu corpo, foi um gesto de desesperança, e ficou tão desolado que Tiger ficou com pena.
O Moreno tentou beijá-lo, Jensen virou o rosto, Tiger sentou sobre o quadril de Jensen, com uma perna de cada lado de seu corpo.
- Não fica assim! – Disse o moreno segurando em seu rosto. - Prometo que serei cuidadoso. – E Tiger não resistindo se aproximou e lhe deu um beijo profundo, sua língua tentava invadir a boca do loiro que tentava resistir, mas devido à insistência e a habilidade de seu seqüestrador, se entregou novamente aquelas sensações insanas que tomavam seu corpo quando Tiger o tocava.
Ao ver seu beijo correspondido, Tiger também se entrega ao desejo e ao interromper o beijo, atacou o pescoço de Jensen, mordendo, sugando, de maneira violenta deixando marcas, como estivesse marcando território e o loiro não se importava, a única coisa que o incomodava era esta com as mãos presas, pois ele queria explorar aquele corpo que estava sobre o seu.
Devido Tiger está sentado sobre os quadris do loiro, ele começou a sentir o membro duro de Jensen em seu traseiro, deixando-o louco, ele se deitou, colando seu peito com o tórax de Jensen, sentindo seus músculos, os suores dos dois se misturavam.
De repente o moreno interrompeu o beijo e saiu de cima do Jensen que ficou confuso e perdido sem o contato, quando ele ia protestar sentiu seu membro ser melado por algo gelatinoso, e Tiger voltou para a posição que estava, apenas que agora o moreno sentava sobre seu pênis ereto.
- O que esta fazendo? – Perguntou o Jensen quando sentiu seu membro penetrar em algo quente, apertado e sem duvida muito gostoso.
- Perdendo o que resta de minha sanidade. – Respondeu Tiger com dificuldade.
Depois de sentir o loiro todo dentro de si, respirou e ficou quieto para se acostumar com aquela invasão, se deitou sobre o corpo de Jensen, o beijou e segurando a cintura de seu prisioneiro, começou a fazer um movimento de cavalgada acompanhado pelo loiro na medida em que as correntes permitiam, numa sincronia perfeita, a pequena casa se encheu de gemidos, suspiros e sussurros incompreendidos.
Tiger alcançou o orgasmo primeiro, ao sentir o moreno esmagando seu pênis por causa das contrações violentas da hora do gozo, o loiro também chegou ao limite derramando seu sêmen dentro do seu seqüestrador, que jazia prostrado e realizado sobre seu corpo.
O moreno ficou mais um pouco por cima do loiro, procurando aprender a respirar novamente. Jensen ficou calado, tentando assimilar o que tinha acontecido.
- Sabe fico com fome depois que transo. – Falou Tiger, agora sentado ao lado de Jensen com a cabeça apoiada em seu ombro e pegou um morango, quando uma idéia totalmente insólita lhe ocorreu.
- Prova! - Quando o moreno gozou sujou o abdômen de Jensen e por conseqüência o seu também, e observando isso colocou sua idéia louca em prática. Pegou um morango e melou de sêmen e colocou na boca do loiro. – Gostou? Diz o que é? – O moreno sentiu que seu corpo reagia novamente com a visão de Jensen comendo o morango, sem nenhuma resistência, pois ainda estava tentando se recuperar fisicamente e psicologicamente.
- Não sei, é diferente. – Jensen não reconheceu o sabor e como cheiro de sexo estava recente, não conseguiu reconhecer nem pelo olfato.
- Mais uma chance. – E Tiger deu outro pedaço de morando do mesmo jeito. – É gostoso?
- É bom, gostoso, o que é?- Se Tiger não tivesse tido um orgasmo há pouco tempo, com certeza teria tido um agora.
- Pega mais um, ultima tentativa.
- Hum... É muito bom! Mas o que é? – Falou Jensen realmente saboreando o morango com aquele creme desconhecido.
- Você não vai querer saber!
- Eu quero saber!
- Tem certeza?
- Tenho! Quando sair daqui posso querer comprar, e vai ficar estranho e cansativo, ficar sentado horas provando tudo que é creme para descobrir qual é esse, eu gostei realmente.
- Você não gastaria nem um tostão para comer esse creme novamente, te daria de graça, toda vez que quisesse, mas acho melhor não contar.
- Me diz logo. – Jensen estava já preocupado, pois o moreno tinha certas brincadeiras e mudanças de humor preocupantes.
- Meu esperma. – E Tiger passou nos lábios de Jensen um pouco de sêmen, quando respondeu, deixando o loiro de boca aberta, sem coragem de fechar e provar novamente e ter certeza que o seu seqüestrador tinha dito e verdade sobre o creme. – Qual é? Ontem eu bebi todinho o seu, sem deixar uma gota para remédio, e agora você tai cheia de frescura, quando já disse que gostou.
Jensen tomou coragem e resolveu provar novamente o "creme". Olhar aquela boca inchada, vermelha por causa de tantos beijos trocados, melada com seu esperma e uma língua sendo passada de maneira tão sensual sobre os lábios, fez Tiger atacar novamente o loiro num beijo longo, cheio de lasciva e paixão.
- Acho que acabou nossa festa. – Disse o moreno se afastando de Jensen ao ouvir um carro chegando. Tiger rapidamente limpou Jensen e o vestiu, não queria ninguém olhando para o seu loiro.
O cheiro de sexo estava no ar quando Ghost e Hunter chegaram.
- A festa foi boa. Espero que tenha forças para trabalhar, temos que ir até o QG, ver o andamento das coisas. – Falou Hunter.
- Tenho que ir? – Perguntou Tiger contrariado, principalmente por causa do olhar de desejo que Ghost direcionava para Jensen, apesar de que o moreno não podia culpá-lo, a visão era um presente dos deuses, acorrentado, sem camisa, marcar de mordidas no pescoço e tórax, lábios inchados, o loiro era um convite para o sexo, e isso deixou o moreno preocupado.
- Não quer deixa o loirão sozinho, eu tomarei conta dele direitinho! – Disse Ghost, e na voz um desejo não contido.
Antes de sair Tiger preparou o café para todos, inclusive para Jensen, dando em sua boca, o moreno se controlava para não beijá-lo e assim não dá idéia ao Ghost, que não parava de olhar para o prisioneiro.
Quando ele saiu trancou a porta do quarto onde estava Jensen com um grande cadeado.
- Hey? – Chamou Ghost. – Não vai deixar a chave?
- Não tem necessidade!
- E se ele quiser alguma coisa, água, ir ao banheiro, coisas assim!
- Ele agüenta! Não vou demorar!
- Droga! Deixa essa chave. – Falou Ghost visivelmente irritado.
- Não vou deixar a chave, por que não quero matar ninguém, nem mesmo um fantasma. Longe dele, isso aqui é apenas para o teu próprio bem. – Completou mostrando a chave e guardando no bolso.
Casa dos Ackles.
- Como anda as investigações? – Jim Beaver perguntava para seus principais agentes.
- Como sempre nada nos liga a Frederick Lehen, viajou as pressas com a esposa para a Europa devido a sua mãe ter sofrido um acidente, coincidentemente foi na mesma noite em que Jensen desapareceu. – Explicava Padalecki.
- Não podemos nos concentra apenas em Lehen. – Falou Jeffrey. – O diretor responsável pela filial das empresas Ackles em Zurique, não ficou nem um pouco feliz com a mudança de sede, parece que ele esta sob suspeita de desvio de dinheiro.
- E o diretor de Londres, também não esta satisfeito com a perda de status, tornando a sede em apenas uma filial. – Falou Misha.
- Mas Jason Manns é amigo de Jensen. - Explicou Tom.
- Você não tem idéia de como amizades acabam, quando o poder e o dinheiro entram no jogo. – Disse Jeffrey. – Acho que é uma boa pista investigar os dois diretores.
Quando Jeffrey e seu parceiro saíram, passam por uma sala que estava com a porta aberta, ao olhar para dentro, viram uma grande tela, onde exibia um filme cujo ator principal era um belo loiro de olhos verdes, de sorriso perfeito numa boca tentadora. Eram cenas de Jensen junto da família e amigos, ele brincava, sorria, dançava e cantava. Se não fosse Jeffrey, o moreno tinha ficado ali vendo aquelas cenas.
- Pra que ver em DVD, se o artista está a tua disposição. – Falou Jeffrey baixinho e puxando o parceiro.
Enquanto isso no esconderijo...
Jensen Pov.
O que esta acontecendo comigo, não reconheço meu próprio corpo. Como pude corresponder àqueles beijos, ter prazer com mãos estranhas sobre a minha pele e quando meu membro foi envolvido por sua boca e sem falar das sensações que tive ao penetrá-lo de maneira tão intima.
Nunca me interessei por um homem, será que esses tempos de abstinência, estão cobrando seu tributo, é, deve ser isso, muito tempo sem sexo.
Você quer enganar a quem, a falta de sexo nunca te fez cometer loucuras, nem mesmo com Dan, quando ela voltava das longas viagens feitas com Green Peace, a relação era cheia de saudade, muito carinho, paixão, mas nada como essa insanidade que estou envolvido, e o pior de tudo isso é a vontade de novamente provar seus beijos, de sentir sua boca, o peso de seu corpo sobre o meu, seu gosto... Eu provei o sêmen dele, e gostei, na verdade quero mais. Estou pirando!
Fim Jensen POV
Um tiro fez Jensen sair de seus pensamentos.
- Não sei o que aquele otário pensa o que é! – Falou Chad se aproximando de Jensen. – Se ele pensa que vai se divertir sozinho está muito enganado.
Ghost se sentou ao seu lado e o colocou novamente sentado.
- Você realmente é uma tentação, espero que ele não tenha te estragado muito, afinal ele é grande. – Jensen ficou quieto, não reagiu quando Ghost começou a passar a mão em seu corpo, e desabotoar suas calças, ele queria saber se sentiria as mesmas sensações que tinha com Tiger.
Com a falta de reclamação do loiro, Chad se empolgou e começou a beijar Jensen, que também permitiu, mas em vez de prazer, sentiu náuseas tão profundas que lutou para interromper o beijo para não vomitar na boca de Ghost.
- O que foi? Não sou tão gostoso quanto o Tiger? – Perguntou Chad, e como resposta Jensen vomitou tudo que tinha comido, parou apenas quando saiu apenas a bílis, o esforço o deixou esgotado, mas pelo menos Ghost se afastou com nojo, sem antes agredi-lo com um chute, presenciado por Tiger tinha acabado de entrar.
O moreno partiu para cima de Ghost, mas Hunter o segurou.
- Calma! Tiger. O chefe concordou com essa tua loucura, mas não disse que ele era exclusividade tua, quem quiser pode se divertir um pouco com o garotão, eu só não participo por que não é a minha praia, entendeu?
Tiger se acalmou, se ele perdesse o controle agora, estaria tudo perdido.
- Eu quero participar da festa. – Disse Ghost de maneira desafiadora para Tiger. – Limpa o gostosão ali, afinal você gosta de dar banho nele, e depois me chama. – E saiu da sala rindo debochando da situação.
- Você quer participar da festa? Então você vai participar! – Tiger falou para si mesmo.
- Cuidado! Com esse teu sentimento de posse! Não coloca a tua vida nas mãos de nenhum sentimento, pois é uma estrada sem volta. – Falou Hunter antes de sair do quarto, ele estava preocupado com o seu parceiro, afinal gostava dele.
Tiger com carinho limpou Jensen, depois o soltou, levando-o para o banheiro.
O loiro tremia e dava para sentir que estava apavorado, nem a água do chuveiro que caia em sua cabeça acalmava-o.
- Não vou deixar que nada de ruim te aconteça! – Fala Tiger o consolando-o. – Quero apenas que confie em mim?
- Por que deveria? – perguntou Jensen entre soluços.
- Não posso te dizer! Eu nunca te machucaria, qualquer coisa que aconteça aqui será somente para te manter vivo.
- Então você vai deixar ele me possuir? – O pavor na voz de Jensen, fez Tiger o abraçar.
- Nunca! Eu o mato antes! Peço apenas que confie e além do mais você é só meu. – E para provar a sua teoria o moreno lhe deu um beijo tão violento, mostrando a quem ele pertencia.
- Fique calmo, confie! – Pediu Tiger novamente quando lhe acorrentou novamente na cama e nu.
- Ghost! Vai começar a festa! – Chamou o moreno tirando também a sua roupa, em seu rosto um sorriso diabólico.
N.A.: Essa fic era para ser uma brincadeira estilo você decide. Quem seria o Tiger, recebia algumas sugestões, entre as opções, Misha, Jared ou Tom. A maioria combinou com a minha opinião. Quando estou escrevendo preciso imaginar a cena, então a história foi feita em cima do meu eleito. Quem será?
Ainda não identifiquei o Tiger, para todas as leitoras e leitores, imaginarem o seu próprio seqüestrador. Espero que tenham gostado da idéia.
Peço comentários como sempre, mas agora queria muito que me enviassem quem é o Tiger na mente de vocês.
