Ela olhava as trevas perdidamente. Estava com medo com frio e queria ir para casa. Não sabia o que estava fazendo ali somente sabia que queria ir para casa. Ela tremeu involuntariamente quando uma brisa cortou seu corpo magro e cinzento. A única coisa que ela queria era ir para casa.
Sua casa não era um lugar feliz. Sua mãe costumava cortar a cabeça das pessoas quando achava que não tinha ninguém olhando. Ela mandava colocar as cabeças em um corredor e quando seu pai perguntava de onde elas tinham vindo ela respondia que tinha achado no lixo. Seu pai não acreditava mas tinha medo que ela falasse alguma coisa de Narcisa pra todo mundo e ele ficava com vergonha. Narcisa morava atrás da porta da sala e saia de lá toda noite para falar com seu pai no seu quarto. Ela gostava de ficar parada do lado de fora na porta escutando o que eles estavam falando. Seu pai dizia que Narcisa era sua filhinha e que ela nunca cresceria nem mesmo quando ele estivesse velho e morrendo e Narcisa dizia que sim que ela nunca iria crescer que seu pai podia amar sua filhinha quanto ele quisesse. E então eles começavam a fazer barulhos estranhos e seu pai começava a chorar e Narcisa começava a cantar baixinho. Ela ainda lembrava da canção de Narcisa. Não era uma canção feliz.
Ela queria ir para casa.
A mesma casa onde as sombras falavam a noite e ela conversava com elas. As sombras diziam não não se preocupe nós só queremos conhece-la e ela dizia mas vocês crescem do nada durante a noite e ocupam meu quarto e eu fico com medo de vocês e elas respondiam nós ficamos no seu quarto porque ninguém gosta da gente e ligam luzes para nos expulsar. Ela ficou com tanta pena das sombras que deixou elas dormirem na cama junto com ela.
A partir daquele dia ela prometeu que sempre estaria junto as sombras e promessa é dívida mas agora as sombras não conversavam mais com ela engolem ela e ela está com medo.
Quando eles a levaram de casa ela pensou que ficaria feliz porque sua mãe não ia mais ameaçar seu pai com Narcisa. Mas a levaram num lugar onde era pior ainda tinha grades e as sombras não falavam com ela. Ela estava fraca com fome com frio e com medo e ninguém escutava ela só a morte mas ela era que nem as sombras e não respondia. Ela sentia que a morte drenava sua energia mas não tanto diziam que era pior. Talvez porque ela não fosse feliz ela lembrava que falaram que a morte só destrói quem é feliz. Sua casa não era um lugar feliz.
Mas mesmo assim ela daria qualquer coisa para ir para casa.
Ela estava em sua prisão e nunca poderia sair de lá nunca poderia visitar Narcisa nem seu pai nem sua mãe.
Todos estavam presos em suas próprias prisões e não sabiam. Pelo menos ela sabia ela podia sentir medo sentir frio e sentir qualquer coisa que quisesse menos felicidade. Felicidade além de impossível ela iria morrer se sentisse.
Porque tinham dito uma vez que a morte só leva quem é feliz.
E ela não era feliz. Ela era Bela.
NA) Caraca, faz qnto tempo q eu não escrevia uma fic... Essa aí ficou bem angst, do jeito que eu costumo escrever. Dá meio pra perceber que "ela" é a Bellatrix, desculpe pela falta de virgulas, eu só achei que ia dar uma impressão maior de solidão se eu tirasse elas. A fic é bem curta, bem sem sentido e sem começo nem final. Escrevi ela em (olha o relógio) 37 minutos mais ou menos. O resultado nem ficou tão ruim, então por favor, deixem um comentário, alguma crítica ou qualquer coisa. Te a próxima, sabe-se lá Deus qndo vai ser isso.
