Eu Te Amo Você
- O Sirius ainda não acordou? – perguntou Remus à James ao vê-lo entrar sozinho no Salão Principal.
- Até a hora em que eu saí do dormitório, ele estava ferrado no sono.
- Por Merlim, assim ele vai acabar perdendo a primeira aula. Será que alguém pode ir acordá-lo?
- Vá você. Da última vez em que o acordei, ele me bateu tanto que eu terminei na enfermaria.
- Então se eu não aparecer na aula do Binns, vocês sabem onde me procurar. – disse Remus bem humorado indo acordar o amigo.
- Sirius, hora de levantar. – Remus disse entrando no dormitório masculino do 7ª ano.
- Sir... – o lobisomem não terminou o nome, pois viu algo que atiçou sua curiosidade.
Ao abrir as cortinas da cama de Sirius, Remus o amigo deitado sobre um caderno escrito com a letra do mesmo.
"Eu não sabia que o Almofadinhas tinha um diário..." pensou Remus contariado ao penceber que ainda haviam coisas que ele não sabia sobre Sirius.
"Domingo, 14 de novembro de 1977
Eu não sei mais o que fazer. As vezes sinto que estou sufocando-o, que não o deixo só nem por alguns minutos, mas não consigo evitar. É tão bom ficar perto dele. Ver seu sorriso, sentir seu cheiro. Eu compus uma música falando disso. Eu acho que explica bem o que eu estou sentindo. Não tenho mais conseguido me separar da minha guitarra. Quando não estou com ele, estou tocando. Alguém uma vez me disse que era uma boa forma de liberar tensão. Não sei. Na verdade, não me importa.
Acho que eu não sei não,
eu não queria dizer
Tô perdendo a razão,
quando a gente se vê
Mas tudo é tão difícil
que eu não vejo a hora disso terminar
E virar só uma canção na minha guitarra
Eu
te amo você,
já não dá pra esconder essa paixão
Eu
queria te ver, sentindo esse lance
Tirando os pés do chão, típico romance
Mas tudo é tão difícil
que era mais fácil tentarmos esquecer
E virar mais uma ilusão nessa madrugada
Eu
te amo você,
já não dá pra esconder essa paixão
Mas não quero te ver me roubando o prazer da solidão
Eu te amo
Eu te amo você, não precisa dizer o mesmo não
Mas não quero te ver me roubando o prazer da solidãoJá são 3:30 da manhã. Eu tenho que dormir ou vou perder a hora amanhã, tomar um esporro dele e ficar deprimido comigo mesmo pelo resto do dia.
Tchau!
Ps.: Eu não agüento. É mais do que necessário deixar registrado:
Remus Lupin, EU TE AMO!!!"
- Remus!! – Sirius acordou assustado ao sentir Lupin sentando-se pesadamente ao seu lado.
- Remus, você não podia, eu... eu... – o moreno tentava, em vão, explicar o que escrevera.
- Sirius. – Remus respondeu com um sorriso maroto e beijou o amigo.
- Você... você... – Sirius tentava, novamente, falar sem sucesso.
- Sirius, meu amor, você já não percebeu que não está conseguindo terminar uma frase? Então... me beija.
- Ok, então. – e o beijou.
- Sirius? Remus? Vocês estão bem? – James entrava no quarto... sem bater.
- Oi James. – disseram em uníssono da cama.
- O que vocês...
- Meu Merlim, isso é contagioso! Tchau James. – Remus disse expulsando o amigo do quarto.
- Eu acho que agora ele aprende a bater na porta. – comentou Sirius bem humorado, encostando a cabeça no peito de Remus novamente.
Fim
