Disclaimer: House MD e respectivos personagens não me pertencem. Se pertencessem, a Cuddy não teria feito aquilo com o House no dia de Ação de Graças.
Essa história não tem intenção de ferir direitos autorais.

Resumo: House descobre que tem uma filha de 23 anos de idade, fruto de uma noite que passou com uma estranha no último dia de uma conferência no Canadá. Ao se aproximarem, a garota resolve ajudá-lo a conquistar Cuddy. Ao mesmo tempo, Wilson é obrigado a lidar com uma inesperada atração pela filha do melhor amigo. (Summary sucks, i know)



Prólogo

Quebec, Canadá

-O senhor tem certeza que é câncer?

-A morfologia celular confirma as suspeitas que tivemos com os sintomas.

-E o próximo passo? Quimioterapia?

-Exato. Ele tem grandes chances de sobreviver, mas quanto antes começarmos, melhor.

Melissa remexeu-se na cadeira. Não se sentia à vontade em hospitais e menos ainda quando sabia que teria que fazer algumas perguntas meio... inadequadas.

-Doutor, o senhor acha que esse hospital é o melhor no tratamento de câncer? – ela sabia que não era. Apesar de ser muito bom, o Hospital Geral St. Mercy não era o mais indicado para tratar o padrasto de Melissa.

O Dr. Martin sorriu para a moça. Como médico da família dela há muitos anos, imaginou que ela estivesse sondando a possibilidade de uma transferência.

-Está pensando em levar seu padrasto pra onde, Melissa?

-Princeton-Plainsboro Teaching Hospital, New Jersey. – respondeu, sem hesitar.

-Ah, uma excelente escolha. Não é um hospital especializado, mas possui uma infra-estrutura excelente. O chefe de Oncologia é um amigo pessoal meu, Dr. James Wilson. Se quiser, posso entrar em contato com ele e providenciar a transferência.

-Isso seria ótimo, doutor. Mas eu tenho um pouco de medo da viagem. E se acontecer alguma coisa?

-Seu padrasto ainda está bem, Melissa, ele vai suportar a transferência sem maiores problemas.

-Ótimo! Vou pedir à minha mãe para falar com ele. Em quanto tempo você acha que ele poderá viajar?

-Em uma semana, acredito. Eu vou falar com o Dr. Wilson e acertar tudo, não se preocupe.

-Então é melhor eu ir antes deles. Tenho um apartamento em New Jersey, mas ele está fechado desde que eu voltei pra cá. Minha mãe poderá ficar lá comigo durante o tratamento.

Melissa se levantou e estendeu a mão para um cumprimento do médico. Ao sair do St. Mercy, soltou o ar ruidosamente, como um suspiro de alívio. Realmente não gostava de hospitais. A ironia de tudo é que o padrasto estava doente e precisava ser internado e a mãe era cirurgiã estética. Melissa balançou a cabeça. Talvez seu pai, fosse quem fosse, também tivesse aquela aversão a hospitais.

Dirigiu-se ao carro, pensando no pai. Como sempre, a palavra não vinha acompanhada de rosto. Essa era a maneira que ela tinha de explicar como sentia a falta de um pai: uma palavra sem imagem relacionada. As pessoas não acreditavam, mas ela não sentia tristeza ou revolta. Sua mãe nunca lhe deixara faltar amor e o marido dela também não.

Tudo o que sentia era curiosidade. Era tão diferente da mãe e do padrasto em alguns aspectos que só podia pensar que herdara geneticamente a personalidade do pai. Sua mãe, Ann-Marie, era gentil e suave enquanto Melissa só usava de gentileza quando muito lhe convinha. Geralmente era sarcástica e até manipuladora. Com certeza tinha herdado aquilo de seu pai. Ann-marie era tão responsável que a única loucura que cometera na vida fora dormir com um desconhecido naquele esquema de one night stand há quase 23 anos.

Ainda se lembrava de como ela ficara vermelha quando decidiu lhe contar porque não tinha contato com seu pai.

Desligou o carro na entrada da garagem e saiu. Encontrou a mãe e o padrasto, Charlie Harrison, na sala.

-Boas notícias, família! O Dr. Martin vai acertar a transferência e o tratamento no Princeton-Plainboro! Ele disse que é amigo do chefe de oncologia e que podemos ir em uma semana! O que acham?

Ver o sorriso do casal mais velho foi uma massagem no ego. Adorava vencer, mesmo as pequenas batalhas.

-Ah, filha, isso é ótimo! Quanto antes começarmos o tratamento, melhor.

Melissa sorriu. Achava fofo quando a mãe se referia ao problema de saúde do padrasto como 'nosso'.

-Eu vou antes pra arrumar meu apartamento, assim, ninguém fica hospedado em hotel. – ela sacou o celular da bolsa e ligou pra uma companhia aérea – Vou agendar meu vôo logo. Quero chegar em Jersey o quanto antes. – foi para o quarto e fez as malas enquanto falava com a atendente. Receberia a confirmação por email, mas já estava marcada para o vôo de 10 horas, no dia seguinte.

Na sala, Ann-Marie e Charlie conversavam sobre a empolgação da moça.

-Faz tempo que não vejo ela assim, tão animada. Esse maldito câncer tinha que trazer alguma coisa boa.

-Ela queria voltar pro apartamento dela há muito tempo... Imagino que vá trabalhar mais do que nunca agora...

No quarto, Melissa fechou o zíper da mala e apanhou o passaporte e as chaves do apartamento de NJ. Mal podia esperar pra voltar pra sua casa. Infelizmente, voltar pra Jersey significava lidar com mais pressão do seu chefe intragável. Mas as coisas iriam melhorar. Seu padrasto seria curado e ele e sua mãe voltariam ao Canadá. Ela poderia continuar em NJ e trabalhar muito. Queria estabelecer seu nome como estilista de moda e não existiam atalhos pra isso.

A própria imagem dela realmente morando em Jersey lhe deu tanta felicidade que se sentiu inspirada. Mas antes de pegar o bloco de desenho, abriu o notebook para fazer uma rápida pesquisa sobre o futuro médico do padrasto, James Wilson. Colocou o nome dele no Google e ficou surpresa com os resultados de imagens. Logo deu-se conta que James Wilson fora um dos signatários da Declaração de Independência Americana. Verificou o nome completo do médico – tinha um 'Evans' no meio – e tentou novamente.

Sorriu ao ver o rosto do doutor. Uma palavra passou por sua cabeça enquanto abria a imagem em tamanho grande: Fofo. O Dr. Wilson tinha um rosto super-fofo!

Percebendo a bobagem da situação, Melissa abanou a cabeça e fechou o notebook. Apanhou o bloco de desenho e concentrou-se na próxima coleção da loja pra qual trabalhava. Mas o rosto "fofo" do médico continuou rondando por sua cabeça.

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N/a: Hello, pessoas!

Cara, primeira fic de House, espero não estragar tudo...
Vocês devem estar se perguntando (ou não) cadê o House que nem sequer foi citado.
Bom, eu queria apresentar a Melissa antes, pra vocês sentirem ela um pouco. Sei que ela não parece ter nada de House ainda, mas vai evoluir aos poucos.

Bjão a todos e mandem reviews,pls!!

PS: Eu acho o Robert Sean Leonard muito fofo! Dá vontade apertar as bochechas!