Título: Nôtre Clair de Lune (Nosso Luar)

Shipper: Edward Cullen e Bela Swan.

Classificação: Nc-18

Sumário:

"Eu havia prometido à Bella que se ela se casasse comigo, eu daria a ela aquilo que ela tanto desejava. Eu não queria que ela perdesse nada que sua vida humana pudesse lhe dar. Absolutamente nada. Não queria tirar sua humanidade antes que tudo que seu corpo nessas condições pudesse lhe oferecer, lhe oferecesse. É triste que ela tenha escolhido algo tão perigoso para nós dois. Algo que pudesse me fazer tirar a sua vida... Porém, o real problema era saber que eu não poderia voltar atrás agora; prometera.

E pior ainda era saber que mesmo se pudesse, eu não queria. Porque agora, sob a luz do luar, o nosso luar, vivendo o nosso sonho da nossa noite de verão, tudo o que eu desejava era dar a Bella o que ela queria, o que eu também queria.

A única coisa que eu era capaz de desejar mais do o sangue de Bella. Era o amor mais profundo e mais eterno em sua mortalidade... O ato de amor humano mais perfeito, a maior prova de amor de um coração ainda vivo.

E peguei-me refletindo em como anciava por aquilo. Mais do que qualquer coisa que eu já anciara em minha eternidade... A sede parecia completamente suportável agora... Diferentemente do desejo do meu corpo, que clamava por cada partícula da pela quente e macia de Bella... Bella... Nela se concentrava toda a minha vida eterna. Era ela a minha vida. Era ela o meu amor."

Obs: Essa fanfic é uma... digamos, parte mais completa da lua de mel de Edward e Bella. E é inteiramente dedicada a minha amiga Kelly, que está fazendo aniverário hoje. Parabéns, Kelly! Que Deus te dê muito mais nc's do Edward e Bella a partir de hoje! Só não se esqueça de me passar o link delas!

Twillight

Capítulo um:

É claro que eu a ouvi se aproximar. Estava ciente de cada gesto seu, meus ouvidos de vampiro não deixavam escapar nenhum detalhe, mas continuei olhando a lua, mirando-a na sua forma mais bela que ainda não conseguia ultrapassar a beleza de Bella, há uma distância mínima de mim agora.

- Linda - ela disse, seguindo o meu olhar e olhando para a lua também.

- É bonita - respondi obviamente não impressionado. Virei-me lentamente para olhá-la, pequenas ondas se formando com meu movimento e quebrando em sua pele macia. Resisti a tentação de observar a sua nudez como queria, pensando que talvez isso a constrangeria e virei a palma da mão para cima para que pudéssemos entrelaçar nossos dedos abaixo da superfície da água morna. O que eu menos queria naquele momento era que minha pele fria lhe causasse repulsa.

"Mas eu não usaria a palavra linda", continuei. "Não com você estando aqui em comparação."

Ela deu um meio sorriso, e levantou sua mão livre para colocá-la em meu peito de mármore. Incrível ver como a luz prateada da lua deixava sua pele tão branca quanto a minha. Estremeci ao sentir o calor que irradiava da sua pele... Tão macia...! Tão quente…! Minha respiração automática e desnecessária veio mais rápida agora, pensando no que estava por vir. Era melhor deixar tudo muito claro, quem sabe ela ainda desistisse?

- Eu prometi que tentaríamos - sussurrei e ela provavelmente percebeu o quanto estava preocupado. - Se… se eu fizer algo errado, se eu te machucar, você tem que me dizer de uma vez.

Ela assentiu, sem desviar nossos olhos. Não, ela não havia desistido, ela não se preocupava, ela não entendia o risco… Mas não adiantava discutir, eu havia prometido.

Indiferente ao conflito interno que acontecia comigo, ela se aproximou ainda mais e repousou sua cabeça em meu peito, os cabelos tão macios caindo como uma cortina sobre mim.

- Não se preocupe - ela murmurou. - Nós ficaremos juntos.

Para o meu coração morto aquelas palavras tão simples e ditas com tanta confiança pareceram bastar. Ele se acalmou, se aquietou, e eu sabia que ela estava certa.

Abracei-a, trazendo-a para ainda mais perto de mim. Aquele momento era muito mais do que eu poderia pedir, era perfeito. Era sublime. Era humanamente inexplicável.

"Para sempre," concordei. No meio segundo em que a mantive em meus braços, tão pouco tempo para ela e pra mim tão infinitamente longo, refleti, surpreendentemente ansioso, em qual seria a melhor maneira de fazer aquilo. Era certo? Eu não sabia, apesar de já ter refeito a promessa de que tentaria. Se eu tivesse alguma esperança de que Bella mudasse de idéia, essa esperança já havia se esvaído por completo, o que era muito, muito ruim.

Ou talvez não.

Enquanto a tinha entre meus braços sólidos e perigosamente letais para a sua fragilidade humana, com seus delicados seios pressionados contra o meu peito, peguei-me assumindo o quanto eu ansiava pelo que estava por vir. Talvez mais do que qualquer coisa que eu já ansiara em minha… existência. Nem a sede pelo sangue humano, o sangue de Bella, especialmente, parecia comprável com a necessidade de unir-me também dessa maneira com Bella. Todo o meu ser já pertencia exclusivamente a ela como nunca pertencera a ninguém. Agora eu também queria que meu corpo humano pertencesse.

Eu estava súbita e urgentemente ansioso quando a puxei ainda mais para o fundo, até a água cobrir boa parte de nossos braços e chegar até os ombros de Bella. Queria que ela se sentisse mais quente, com o calor que meu corpo inutilmente não poderia lhe oferecer.

- Edward? – A voz dela soou baixa, hesitante.

- Sim, Bella? – interroguei distraído com os fios sedosos de seus cabelos entre meus dedos. Inalei profundamente sentindo a já antiga sensação de ardência na garganta, surpreendentemente fácil de ignorar frente ao diferente tipo de desejo que despertava no meu corpo.

- Você está tão nervoso quanto eu? – Ela perguntou com uma nota de humor. A sensação de suas palavras e sua respiração batendo em meu pescoço produziram uma corrente elétrica pelo meu corpo.

- Pode apostar que sim.

Depositei um beijo suave em sua garganta antes de afastá-la suavemente.

- Eu quero olhar você – respondi ao seu olhar interrogativo. Observei suas bochechas esquentarem e assumirem aquele tom de vermelho que eu tanto adoro, mas ela não se opôs.

Acariciei a lateral de seus braços até chegar em sua cintura, onde sem nenhum esforço a ergui centímetro a centímetro a cima de meus olhos para fora da água, parando quando as ondas chegavam a altura de seu umbigo.

Sorri, antes de descer meus olhos para a sua pele humanamente pálida e segui os traços das mais delicadas formas de seu corpo. Meu coração morto teria acelerado se pudesse e a minha respiração automática e desnecessária nunca pareceu tão importante.

Observei-a deslumbrado, nua… totalmente nua… Seios arredondados muito mais belos do que pude imaginar naqueles segundos que ela esteve pressionada contra mim, algumas gotas da água que as breves ondas jogavam na nossa direção ajudavam a enfeitar sua perfeição.

Estava fascinado. Deslumbrado. Maravilhado. Ver Bella dessa forma era muito mais do que já ousei imaginar.

Abaixei novamente meus braços inclinados até nossos olhos ficarem nivelados e mantendo-a segura com uma única mão, deslizei a outra até sua perna, dobrando-a ao redor de mim num único movimento.

Ofereci a ela um sorriso reconfortante.

- Você é Linda – disse sinceramente, enquanto ela enlaçava a outra perna em mim, deixando minhas mãos livres. – Eu amo você.

"No que está pensando?" murmurei, enquanto me inclinava para beijar seu pescoço, não resistindo e tocando seu colo o mais suavemente que pude com meus dedos de pedra.

Tínhamos todo o tempo do mundo...

- Estou… pensando em algo para dizer. Algo que consiga expressar o que sinto…

- E está conseguindo?

Minha voz saiu ainda mais baixa, eu não tinha certeza de que os ouvidos humanos dela foram capazes de ouvir. Estava mais atento aos meus dedos que agora seguiam uma trilha por entre seus seios, pousando sobre seu estômago e subindo mais uma vez.

- Achei que estava óbvio – ela soltou num suspiro entrecortado. Pude ouvir o seu coração acelerando mais a cada segundo, então sorri.

- É, eu acho que está.

Sempre delicado para não quebrá-la ao meio, provoquei-a com beijos no pescoço, descendo aos ombros, subindo até a pulsação abaixo do queixo... Testando seus prazeres... Testando meus limites...

- Edward.

Não foi um chamado. Foi um suspiro. Foi um pedido implícito. Por isso eu não respondi com palavras. Meus lábios foram parar sobre os seus enquanto minhas mãos tomavam caminhos ousados, arrancando suspiros entrecortados e abafados quando ousei um pouco mais e apertei levemente um de seus seios, usando a outra mão para acariciar o seu quadril, descer pela coxa e subir novamente por sua parte interna. Ela desprendeu os lábios dos meus, soltando um suspiro mais alto, quase um gemido.

Observei fascinado seus olhos se fecharem, ela estava gostando daquilo tanto quanto eu, então a provoquei novamente, ouvindo outro daquele som melodioso e agradável e percebendo uma inquietação repentina em meu corpo que nada tinha a ver com sede. Era urgente, e me fazia tremer.

Sem pensar, apertei meus dedos em sua perna e teria pedido desculpas depois se Bella – sempre Bella – não inventasse de me retribuir as carícias e me fizesse apertá-la com mais força quando deveria tê-la soltado.

Estava sendo mais humano do que pensara ser capaz. Meu corpo reagia mais ao instinto humano do que a minha natureza predadora.

- Vá com calma, amor – Segurei sua mão que já estava abaixo do meu umbigo e que parecia perder altitude a cada instante.

- Eu fiz alguma coisa errada? – ela perguntou, confusa.

O tom de sua voz fez-me rir.

- Não. Você está fazendo certo demais, esse é o problema.

Ela esperou dois minutos para responder.

- Não entendo.

Trouxe o seu rosto para mais perto do meu, frente a frente, para que ela olhasse em meus olhos e visse a sinceridade neles.

- Para quem nunca fez isso você está me fazendo perder o controle cedo demais. Eu é quem deveria estar seduzindo você, não acha?

Bella me encarou por um instante, antes de abrir um sorriso malicioso que fez um arrepio subir por minha espinha.

- Então eu estou seduzindo você?

Retribui o sorriso sem o que dizer. Não respirava mais; simplesmente esquecera dessa necessidade humana idiota, enquanto observava um brilho estranho chegar até os olhos chocolate do anjo de cabelos escuros entre meus braços, quando suas mãos soltaram da minha e continuaram a explorar o meu corpo de onde haviam parado.

Eu literalmente vi estrelas quando joguei minha cabeça para trás e encarei o céu brasileiro, a boca aberta sem forças para dizer qualquer coisa e sem vontade para fechar.

Estava ciente apenas de que ainda apertava com força uma parte do corpo de Bella, então tentei afrouxar os dedos. Estava difícil.

Mordi os meus lábios e tive certeza de que parte do som que eu omitia escapou por eles antes de o fazer, simplesmente porque Bella parecia confiante engajada na nova descoberta de como me fazer perder o controle.

E eu tinha que reconhecer que ela estava obtendo mais sucesso do que eu esperava.

Segurei suas mãos reunindo todo o restante do meu auto-controle para isso. Encarei-a.

- V…

Fechei a boca outra vez.

- Voc…

Vasculhei minha mente atrás de alguma coisa para dizer, mas meu cérebro estava estranhamente nublado.

- B...

Balancei a cabeça, confuso. Sentia meu corpo pulsar com a lembrança do seu calor sobre mim.

Encarei-a mais uma vez e tive certeza de que ela estava ciente da intensidade de minha excitação ao olhar em meus olhos. Sem dizer mais nada, agarrei em sua cintura, ajeitei-a em meus braços e o mais lentamente que alguém em minhas condições poderia conseguir, encaixei-a perfeitamente em meu corpo de mármore.

- Edward… - ouvi seus suspiro entrecortado, meio dolorido, meio entorpecido.

Esperei pacientemente. Ela tremia em meus braços e eu já estava começando a pensar que tinha ido longe demais quando ela moveu seu quadril em direção ao meu. Poucos milímetros.

Então Bella abriu os olhos outrora fechados, encarou-me quase envergonhada como para se certificar de que eu tinha notado sua reação instintiva e quase imperceptível. Porém eu estava ocupado tentando recuperar o controle, o qual desisti de vez ao mirar os olhos chocolates brilhantes de desejo e a quantidade excessiva de sangue nas bochechas.

O movimento instintivo dessa vez fora meu, e a reação de Bella, entreabrindo os lábios em surpresa e prazer fez-me mover novamente, lentamente, desfrutando de cada nova reação, de cada expressão nova de prazer que eu via a cada novo movimento.

Lábios abrindo-se. Olhos revirando, se fechando. Suspiros. Dentes sobre os lábios...

E um gemido que soou, obtendo um meu em resposta. Como ecos.

Novamente e ainda seguindo meu instinto humano, segurei mais forte em sua cintura e a movi junto comigo dessa vez, tornando tudo mais intenso. Mais forte.

Um novo gemido escapou. E outro meu o seguiu. Bella agiu por si própria dessa vez e se moveu sem esperar meu comando seguidamente. Várias vezes. Jogou a cabeça ligeiramente para trás e isso fez com que seu corpo colasse mais e inteiramente ao meu.

Aquele som que deixei escapar poderia ter parecido um rosnado. Um pré-ataque. Mas não foi. Foi um som de rendição. Bella não se contentava em tirar parte do meu controle. Ela o queria por inteiro. Ela me queria descontrolado pela busca do seu prazer como eu já estava por sangue, por sua mente, e por seu coração.

Inclinei-me para beijar o seu ombro. Com as duas mãos servindo de apoio em sua cintura, movi-me freneticamente dessa vez. Forte, do jeito que ela me fazia querer. Rápido, intenso. Sem parar. A água ondulava furiosamente ao nosso redor. O barulho que meu corpo de mármore fazia ao se chocar com o seu era intimidador, o que Bella não parecia notar, porque ela só sabia se mover o quanto podia junto comigo e fazer aqueles sons que estavam me deixando maluco.

- Ah, Bella…

Tirei os lábios de seu ombro antes que eu acabasse por mordê-la para liberar um pouco da força que eu não podia impor em meus braços. Encostei a testa em seu pescoço e aumentei a intensidade, de uma maneira que eu julgava humanamente impossível. O suor escorria pelo rosto de Bella. Ela ainda respondia com aqueles sons incoerentes. Eu rosnava. Essa era a única definição para o ruído que vinha diretamente da minha garganta.

Creio que entre esses rosnados o nome de Bella estava mais presente do que eu poderia contar... Se quisesse. Eu não queria. Estava ocupado demais para números.

Então, quando eu achava que não poderia ficar ainda mais perfeito, quando eu achava que não havia como melhorar, Bella gritou. O corpo entre meus braços tremeu. Braços apertaram meu pescoço com tanta força que se eu fosse humano corria o risco de sufocar. Quando pensei em parar para saber se estava tudo bem, se eu acabara por machucá-la com a força que impus em minha busca intensa por um prazer nunca antes alcançado por mim, senti o interior de Bella me apertar de uma forma... inexplicável. Era insuportável de tão maravilhoso…! Era intenso demais… Era…

Era impossível de se pensar em como descrever, porque eu simplesmente já não pensava. Um turbilhão de cores, sentidos e sensações me invadiu. Antes que eu entendesse o que estava acontecendo, senti-me como se explodisse em vários pedaços na intensidade de um foguete... Pousando temporariamente na galáxia, no espaço sem fim, e voltando a Terra... Numa velocidade que nem mesmo um vampiro como eu alcançaria nem em um milhão de anos.

E quando voltei a mim, o corpo de Bella estava mole entre meus braços e um sorriso pairava em seus lábios enquanto me encarava com os olhos semi-abertos.

- Uau – ela disse apenas.

– Uau - concordei, antes que começássemos a rir a toa.

Apenas porque estávamos felizes.


Essa fanfic vai ser continuada. Em capítulos independentes. Só não sei a data de atualizão... xP