14
Capítulo 1
O Natal se aproximava e o Santuário ia ficando cada vez mais vazio. Os moradores da Casa de Peixes já tinham se programado:
-Eu, a Cibele, a Tharys, a Selene, o Luigi, o Shun e o Saga. Ufa! Quanta gente! E pensar que antes éramos só nós quatro! - riu Aphrodite. - Não quer levar o Retsu também, Sel?
-Não, obrigada. – respondeu brava.
-Faz tanto tempo que não vou lá! - Animou-se Aphrodite, abraçando uma almofada do sofá - Até o Lulu (?) concordou em ir! – exclamou sorridente.
- Lulu? - Estranhou Tharys, que acabava de entrar na sala.
-Não digo nada... - Falou Sel, cruzando os braços.
-Tomara que já tenham desmentido os boatos sobre minha pessoa... A primeira coisa que vou fazer quando chegar lá, é bater na Liebe até dividi-la no meio. - Cibele deu um maldoso sorriso.
-Quem é você e o que fez com a minha irmã? - riu Selene.
- Meninas, vamos logo arrumar as malas! E não seja assim com a Liebe, Ci, não vale a pena. – aconselhou Peixes, levantando-se.
- A Liebe é uma capetinha, mas acho que não tanto... Minto. Ela é sim. – disse Tharys.
-A Liebe não perde por esperar! - Cibele estava determinada.
-Por falar em loiras insuportáveis, Luna vai ficar no Santuário nesse Natal... - comentou Selene.
-E você se importa?
-Não, Cibele. Por que me importaria?
-Porque o Retsu vai ficar. - alfinetou Tharys.
-É aí que se engana! Ele vai passar o Natal com a família dele!
-É mesmo? Não sabia que você ainda gostava dele... – alfinetou, novamente, Tharys.
-Eu não... Não... Ah, cala essa boca que você não tem nada a ver com isso! – rugiu, o rubor visível nas bochechas.
-Huhu... Bom, por falar em levar alguém para casa... Vou ver se o Saga está psicologicamente preparado. – Brincou a moça.
-Acho melhor comprarmos pra ele um capacete e um colete a prova de balas...
-É melhor ele ir com a armadura de gêmeos, porque, mesmo que ele esteja preparado, D. Erinia e Seu Santiago, em especial, não estão.
-É... - suspirou - Vocês têm razão... Mas vai dar tudo certo, vocês vão ver!- exclamou Tharys, otimista como sempre.
-Só acredito vendo, mesmo. - comentou Selene.
-Vai sim... - pensa: "Espero..." - Bom, vou para Gêmeos agora, até logo, gente!
-Tchau! - exclamaram, em uníssono.
Tharys saiu da casa de Peixes em passos rápido, queria chegar logo a Gêmeos e o caminho era longo. Desceu as longas escadarias, quase tropeçando nas mesmas e depois de uns bons minutos bateu na porte da terceira casa.
-Só um minuto, cassilda! - reclamou alguém lá dentro.
-Kanon! - reprovou a outra voz.
Tharys riu das vozes, até que viu a porta ser aberta para a sua entrada.
-Oi, Tharys! Se eu soubesse que era você, tinha mandado meu culto irmãozinho vir abrir a droga da porta... - ele sorriu.
-Oi pra você também Kanon - riu mais uma vez Tharys - Posso entrar?
-Claro, a casa é sua. Ou vai ser, em breve. Só não pense que eu vou sair daqui quando você e o Saga trocarem alianças e começarem a descobrir o significado da palavra "inferno". Todo o bom inferno tem um cunhado pra ajudar a piorar, né não? - ele saiu do caminho dela.
Tharys pouco se importou com as palavras de Kanon, apenas passou por ele e atravessou a sala da Casa, indo na direção da cozinha, onde estava Saga sentado à mesa.
Assim que ela entrou, o cavaleiro tirou os olhos do livro e sorriu:
-Tudo bem, meu amor? (N/T: Que meloso! :P) - Cumprimentou a garota, indo para o lado dele e abraçando os ombros largos do geminiano.
-Melhor agora (N/TF: Me sinto grudenta com tanto melação!:P). – ele pôs s mãos em seus braços. - Mas, o que você veio fazer aqui? Eu sei que a saudade pode ser sufocante, mas não tanto.
A garota se afasta um pouco, sentando numa cadeira ao lado de Saga..
-Bom... Eu queria falar sobre a viagem...
-Ah, sim! A viagem que faremos em breve, para que eu possa conhecer minha futura sogra!
Kanon passa pela porta, dizendo:
-Pode conhecê-la, só não a traga para cá. Esse inferninho é pequeno demais para dois demônios.
-Cala a boca, Kanon. Voltando, o que queria me dizer sobre a viagem?
Depois de lançar um breve olhar ameaçador a Kanon, Tharys volta-se para Saga:
-Bom... Acho que já falei sobre isso com você, mas... - ela segura as mãos do namorado - meus pais não serão... Acho... Tão agradáveis...
-Nem seus pais, nem seu avô, nem seus outros dois tios... Di me falou que eles são bem rígidos...
-Sim... Eu só queria pedir que você usasse toda a paciência que você tem e a que você não tem, tá? - olhando carinhosamente e meio preocupada para o rosto de Saga.
-Ok. - ele sorri docemente. Logo o sorriso torna-se sarcástico - Devo levar minha armadura? Quais as possibilidades de eu levar um tiro?
Tharys prosseguiu com a brincadeira:
-Seriamente?Acho que a possibilidade é meio alta, hein... - Ri abertamente, buscando a mão de Saga com a sua própria.
-As estáticas não são boas... Ei, soube que Di vai levar o Luigi. O Shun não vai junto, vai? Isso está ficando meio cheio, não?
-Relaxa, a casa tem bastante espaço... - puxa a cadeira para mais perto dele
-Isso é um sim?
-É. Não que isso vá atrapalhar! - Tharys olha para Saga com um sorriso um tanto pervertido no rosto.
Saga ri, perversamente:
-De forma alguma, afinal, eu tenho uma carta na manga, lembra-se?
Tharys sorri igualmente olhando para ele. Inclinou-se para frente, dando um selinho no namorado e sussurrou:
-Já vou indo... Não quero causar mais incômodo...
-Nunca é um incômodo. - ele segurou as mãos da jovem.
-Bom... Ainda sim tenho que ir... Vou arrumar as malas e ajudar o povo lá de casa. - disse meio corada.
-Hm... Tudo bem, o que eu posso fazer? Se precisarem de ajudar, me chamem!
-Com certeza! Acompanha-me até a porta?
-Claro! Leu minha mente.
Junto com Saga, Tharys seguiu até a porta de entrada/saída.
-Até mais, meu amor! - e se despediu com um beijo.
-Até... - falou, carinhosamente.
...
Eles saíram do Santuário lá pelas nove e meia, em dois carros. Ficou dividido como: Aphrodite, Selene, Luigi, Cibele e Shun em um carro, e Saga, Tharys, Kanon - que levaria o carro do irmão de volta - e Aldebaran - responsável por levar o carro de Dido de volta ao Santuario - em outro.
Em cerca de meia hora, ambos os carros chegaram ao estacionamento do ajudou Saga e Tharys com as malas enquanto que Aldebaran e Shun carregaram as malas sob as injúrias de Selene:
-Me deixem carregar! Eu não sou uma donzela indefesa! Eu sou a amazon...
-Quietinha, Sel! - Aphrodite tapou a boca da sobrinha - Não queremos que ninguém descubra, né?
-Não tem problema, não é incômodo. - Comentou Shun, ao pôr algumas das malas no carrinho, deveras sem graça.
Após essa brevíssima confusão, o grupo chegou a um portão de metal pintado, com um grande número 3 desenhado.
-Vamos, vamos, vamos! - apressava Aphrodite, preocupado - Se vocês perderem esse voo (N/TF: Agora já não tem mais acento mesmo... '-') eu trucido todos!
Em poucos segundos estavam com as malas dentro do avião, prontos para entrar no veículo. Despediram-se de Aldebaran e Kanon, que voltariam ao Santuário com os carros que os trouxeram.
Já no avião, acomodados em seus lugares, os casais acomodados um ao lado do outro, ouviam Selene dar um piti quase silencioso:
-Se alguém ficar se pegando aí na frente, eu mato! Ouviram bem? MA-TO! E se um velhinho pervertido vier sentar aqui do meu lado, eu MATO ele também!
Não deu outra, todos os que ouviram Sel riram, discretamente ou não.
-Seus desgraçados! Quando descermos desse avião, vocês vão ver só!
De repente, um belíssimo rapaz atravessa o corredor, sentando-se ao lado da amazona, que perdeu a fala completamente, quando ele sorriu-lhe, dizendo, com uma voz suave:
-Boa noite.
Aphrodite, Cibele e Tharys lançaram um mesmo olhar para a moça,como se dissessem: ' Mata ele agora.'
-B-boa noite... - gaguejou uma rubra Selene.
-Espero que não se importe em me ter como seu acompanhante.
-Não se incomode, será um prazer! Eu sou Selene.
-Sou Ludwigh.
Aphrodite riu alto da situação. Luigi olhou-o, assustado:
-Deixe-a... Não destrua a juventude da menina...
-Não fale como se eu fosse um velho, vovô Luigi! - o loiro piscou.
-Vovô Luigi... - Resmungou o canceriano,revirando os olhos.
-Ficou ofendido?Não creio.
-Vamos deixar esse assunto por aqui porque... - esclareceu MM, segurando a mão de Peixes - ...não tô a fim de brigar com você...
-Nhaaaaaa, que fofinho! - Peixes encostou a cabeça em seu ombro.
Enquanto isso, Cibele e Shun conversavam tranquilamente sobre a viagem e o que haveria de bom no Natal.
-Bem, acho que você já sabe que vai ser uma chegada meio conturbada, devido àqueles boatos que a Liebe espalhou... Não sei se seria uma boa idéia você chegar lá na casa dos meus avôs sem nenhuma proteção...
-Mas, nós sabemos que é mentira.
-Nós sabemos, eles não.
- É verdade. - Shun tombou a cabeça na poltrona, suspirando preocupado. - Mas eu vou fazer de tudo para desmentir, ok? - e sorriu docemente.
Ela segurou sua mão e sorriu.
Uma aeromoça passou ao lado deles e perguntou:
-Desejam alguma coisa?
-Cibele? - Perguntou Shun,deixando a amada[xD] pedir o que quisesse primeiro.
-Não quero nada, obrigada.
-Nem eu, obrigado. - Shun foi normalmente educado e doce, o que arrancou um discreto suspiro da aeromoça. Mas Cibele vira.
-Essas aeromoças... - resmungou, olhando para a janela a seu lado.
-Como? - Estranhou Shun,franzindo as sobrancelhas. - O que tem a aeromoça?
-Nada não. Não vamos brigar, sim?
-Claro que não! - Shun sorriu, em seguida depositando um leve beijo na face da garota, que se tornara corada.
-Ah... - ela sorriu timidamente, encarando o chão.
A mesma aeromoça parara ao lado de Saga e Tharys, fazendo a mesma pergunta de sempre:
-Desejam alguma coisa?
-O que tem pra comer? - apressou-se Tharys.
-Já vai comer? - Brincou Saga, que folheava junto com a namorada um livro.
-Claro! Não pretendo morrer de fome!
-Tá ansiosa? - Perguntou Saga, amaciando a voz ao falar baixo.
-Um pouco... Na verdade, muito...
-Não fique assim. Vai dar tudo certo, como você mesma disse.
-Bom, eu espero... - a garota suspirou, levantando o rosto.
-Vai sim. - Tranquilizou-a Saga,segurando sua mão.
-Se acontecer alguma coisa...
-Pára de ser boba, não vai acontecer nada. - E abraçou-a pelos ombros, puxando-a para dar-lhe um beijo na testa. Pôde-se ouvir um pigarro da poltrona de Sel.
-O que eu disse pra vocês? - o rapaz não estava lá - Sem pegação aí!
-Não estamos fazendo nada, sargentona!
-... Inveja mata! - Brincou Tharys, deixando a amazona sem graça, pois o seu belíssimo acompanhante novamente se sentara ao lado.
-Tem outras coisas que também matam, querida prima! - retorquiu, seca.
Mas Tharys nem ouviu. A aeromoça já estava de volta, com o pedido da cliente.
-Obrigada. - Agradeceu Tharys, servindo-se.
-Por nada... - Respondeu a aeromoça se retirando, não sem antes dar uma bela olhada no grego ao lado de Tharys.
-Tharys, te cuida, ou o seu namorado não volta inteiro. - murmurou Cibele, inclinando-se da poltrona de trás.
Tharys somente olhou para Cibele, mas antes que respondesse ouviu uma risadinha de Saga.
-Ela tem razão, sabe.
A sueca puxou-o pela gola da camisa.
-Quando chegarmos lá, EU não vou deixá-lo inteiro. - E soltou-o, fazendo uma cara de segundas intenções.
-Olha a pouca vergonha aí! - grunhiu Selene, ao fundo. - Ou eu...
Ouviu-se uma risadinha, e Selene calou-se. Era o rapaz, afinal.
-Acho que vou levá-lo para a Grécia na volta. - comentou Di.
-O quê?
-Calma, amore, não é nada disso! Eu vou levá-lo pra ver se a Sel se comporta agora...
MM riu pelo nariz.
-Você é quem sabe, a sobrinha é sua!
Shun e Cibele ouviram o comentário de Peixes e riram também.
-Bem que a Sel podia desencanar do Retsu... - Comentou Cibele.
-Quem sabe muda o humor dela!
-Eu estou ouvindo tudo. Shun, o que você está fazendo com a minha irmã, seu desgraçado? Ela está falando gírias! - se pudesse, ela teria se levantado.
-A senhorita é bem enérgica, não?
-Ah, chame-me de você, por favor.
Aphrodite lançou a Cibele um olhar de amiga fofoqueira, na intenção de que Selene visse e ficasse "pê da vida". Selene não viu porque estava entretida demais conversando com Ludwigh.
Como já era noite, o sono os fez cochilar, pelo menos a grande maioria.
Selene dormiu nas nuvens, em vários sentidos. E não dormiu sem antes alfinetar os casais da frente. Parecia que ela e o rapaz já eram bastante amigos.
Acordou no meio da noite quando sentira um ligeiro peso sobre o um dos olhos para constatar o que imaginava que fosse e acertou na mosca.
"Acho que morri e fui pro céu!" - pensou, fechando os olhos novamente. Ela não havia morrido, mas estava no céu, com certeza (N/TF: Estou amando essas infames piadinhas sobre aviões! xD).
Shun e Cibele também cochilavam. Dormiam de mãos dadas; Cibele com o rosto encostado no ombro de Shun.
Na poltrona ao lado, estavam Tharys e Saga; ele dormia, mas ela não. Esperava o sono chegar, mas o rosto que observava era tão perfeito que o sono lhe passava longe.
Outra coisa que lhe tirava o sono era pensar na reação da mãe... Ela teria um ataque, faria o maior escândalo!E sem contar o pai... A mãe podia ser quase o "cão", mas seu pai conseguia ser ansiedade disfarçava o medo da reação de seus pais...Isso certamente lhe tirava o sono!
E o avô então? Ela tinha medo de que conseguisse matá-lo de vez!
Em meio a esse turbilhão de pensamentos, o sono abriu um espacinho e ficou de vez. Tharys tombou lentamente a cabeça perto do rosto de Saga, que estava voltado para o seu lado.
Y-Y-Y-Y-Y-Y-Y-Y-Y
N/TF: Olá! Sou Tenie F. Shiro!
Eu andei pensando quando é que eu iria escrever alguma coisa sobre Saint Seiya de novo! Bem, estou escrevendo agora, hm?! E sobre a minha adorável família (com exceção do Dite e da Tharys, que não são meus) Reinfeldt!
Bem, espero que tenha gostado da fic e aguardo comentários!
Obrigada por ler!
Abraços,
Tenie F. Shiro.
