N/A: Olá!
Essa história é a continuação de "Por linhas tortas". Se você não leu a história anterior, essa vai ficar meio sem sentido.
De qualquer forma,obrigada pela leitura!!
E suas reviews serão muito bem-vindas!!
Beijos,
Padma
NOTÍCIAS
"Enquanto você não vem
Ensaio dizer 'meu bem,
Enfim chegou a nossa hora'
Fiz castelos pra um rei
Me vesti, me guardei
Porque é em mim que você mora
Num lugar desse meu futuro
Eu vou te encontrar
O que acontecerá, na hora a gente vai saber...
Deixa o tempo passar, dar voltas o mundo
Ser possível o impossível
Sei que sem esperar um dia,um segundo
Você vai então aparecer
Como mágica no ar..."
O sol da manhã entrou lentamente pela janela da estranha casa circular. Seus moradores, adormecidos, ainda não tinham dado as boas vindas ao novo dia.
Um raio de sol foi se movendo até alcançar os cabelos louro-sujos de uma jovem bruxa que dormia serenamente. Ao alcançar seu rosto, ela começou a despertar, piscando e esticando-se. Em seguida sentou-se na cama e disse alegremente para o nada: "Bom dia, dia!"
Luna Lovegood sentia-se bem por estar em casa. Não tinha sido muito feliz em Hogwarts. Agora, então, é que se sentiria mal, se tivesse que voltar para lá, com todas as lembranças do seu ex-quase-namorado desaparecido.
Ela estava mais animada e leve do que se sentira na época do sumiço de Theodore Nott. Já fazia mais de um ano e as lembranças do que tinham vivido juntos ainda a machucavam. Ela evitava voltar ao assunto.
Somente com seu amigo Rony ela tinha forças para falar. Mas ele era tão radical com relação ao que havia acontecido que, na maioria das vezes ela preferia ficar quieta e guardar a dor para si.
Luna desceu as escadas e foi tomar seu café, encontrando seu pai à mesa.
-Bom dia, querida!
-Bom dia, papai! Cadê 'O Pasquim'?
-Aqui! – e passou para ela revista.
Luna lia, satisfeita. Após concluir seus estudos em Hogwarts, passara a escrever para a revista, em uma coluna sobre coisas em que ninguém acreditava, mas muitos juravam ver. Chamava-se "O que ocultam os olhos dos bruxos".
De repente, Luna ouviu um barulho. Era o correio coruja.
Como ninguém nunca lhe escrevia, a não ser Rony, com um ou outro bilhetinho, espantou-se ao ver uma carta endereçada a ela. Pegou o envelope, curiosa. Não havia remetente. Ela o abriu e quase caiu da cadeira ao ver a carta. Era a letra de Theodore Nott.
A loira deu uma desculpa qualquer para o pai e foi para o quarto, com a boca aberta e os olhos arregalados, espantada.
Em seu quarto, já sem conseguir conter o nervosismo, sentou-se, abriu a carta apressadamente e leu:
"Minha amada Luna,
Espero que você esteja bem.
Sei que lhe causei muito mal, e que minhas atitudes lhe trouxeram muito sofrimento. Acredite, verdadeiramente me arrependi, e se pudesse voltaria no tempo para não fazer de novo o que fiz.
Querida, embora eu não tenha o direito de lhe pedir nada, gostaria de te ver. Vou partir em breve e gostaria muito de me despedir de você antes de ir embora.
Se você puder me dar esse voto de confiança, me espere do outro lado do morro que fica em frente à sua casa, na encosta, no próximo sábado, às quatro da tarde.
Um grande beijo,
Amo você,
Théo."
Luna permaneceu em silêncio por uns dois minutos, olhando a carta. Ele ia voltar! Ela reveria Théo! Poderia falar com ele depois daquele vendaval de emoções, poderia ouvi-lo ... E tentar entender o que havia realmente acontecido entre eles.
O que sentiu naquela hora, nem ela soube dizer - um misto de alegria, saudade...
Estava muito feliz! Apertou a carta contra o peito e sussurrou, com os olhos fechados: "Meu lobisomem!"
Theodore finalmente ia voltar.
Ela poderia, enfim, reencontrar alguém que dera algum sentido à sua vida.
