Primeiramente, gostaria de dizer que os personagens de Dragon Ball Z ,aqui citados, não me pertencem, embora eu realmente quisesse que um deles me pertencesse rs'
Gostaria de agradecer a algumas pessoas que me ajudaram com essa minha primeira fanfic, como a xXxLadyColdxXx, que revisou todos os capítulos, minha amiga Gabriela e meus amigos Lucas e Yukio pelo senso critico e sinceridade.
Eu não estaria postando aqui hoje sem vocês, muito obrigada.
1. Tudo o que ele queria
Acordara cedo, pois já não conseguia dormir; era como se algo estivesse ocupando seus pensamentos. Enquanto o céu ainda estava escuro, se levantou e dirigiu-se até a Câmara de Gravidade. Seus planos se resumiam a passar o dia todo treinando, já que não conseguiria pregar os olhos outra vez.
Entre chutes, socos e uma gravidade que seria capaz de esmagar um corpo humano em segundos, Vegeta treinava e tentava chegar ao máximo de exaustão, para que então pudesse fechar os olhos e dormir, e assim esquecer tudo aquilo que levava seus pensamentos para o mesmo lugar.
Notou que quando se levantou, todas as luzes da Corporação correspondentes aos quartos estavam apagadas, provavelmente estavam todos dormindo; gostaria de poder dormir só mais um pouquinho, mas seria impossível.
O dia passou, o Sol iluminou a manhã com seus mais belos raios, o senhor e a senhora Briefs já tinham tomado o café da manhã e agora estavam dedicando o tempo em suas atividades rotineiras. Na câmara de Gravidade, Vegeta ainda treinava com todas as suas forças para esquecer aquela discussão que ouvira na outra semana, discussão que acabou com a humana de cabelos azuis gritando de forma enlouquecida e depois chorando.
"Mas que maldição, ela é apenas uma reles humana!" – gritava para si mesmo, apenas em pensamento.
Ainda se lembrava de como ouvira a briga. Estava apenas passando quando ouviu os gritos da mulher. A segunda voz era facilmente reconhecível. Era o imbecil do Yamcha, o namorado de Bulma. Por algum estranho motivo, sentiu uma veia latejando em seu rosto quando reconheceu aquela voz. E por algum motivo, ainda mais estranho, sentia uma raiva interna enorme só de ouvir falar o nome daquele verme fracassado.
O namorado tentava se desculpar com a mulher por algum motivo que Vegeta desconhecia, e ela apenas continuava a gritar palavras de negação. Geralmente não ficaria ali ouvindo os gritos, geralmente não suportava aqueles gritos agudos e irritantes da jovem humana, mas não queria passar pelo corredor enquanto os dois estivessem discutindo, então se deteve apenas em continuar ouvindo.
- Está tudo acabado, entenda isso de uma vez – foi o ultimo grito de Bulma antes que sua raiva se transformasse em lágrimas e ela corresse para seu quarto e lá ficasse durante horas.
Apesar de não entender o motivo, uma coisa o saiyajin pôde compreender; aqueles dois já tinham brigado muitas vezes, mas aquela fora a gota d'água e ela finalmente havia terminado tudo com o imbecil do Yamcha.
Voltando os pensamentos para seu treino, pôde perceber o quão cansado já estava, não pelo tempo que passou, mas pela força com que estava lutando, apenas para ficar exausto.
Queria sair dali, mas seu orgulho o impedia de parar de lutar.
"Como o príncipe saiyajin pode querer se retirar apenas para ter tempo para pensar em tolices?"
Seu estômago roncava e seu corpo estava quase sucumbindo à pressão que a Câmara exercia sobre seu corpo. Tudo o que queria era tem um bom motivo para sair dali, sem derrubar o seu ego e admitir para si mesmo que precisava pôr os pensamentos no lugar.
Então um barulho veio da porta da Câmara, e pelo jeito que a pessoa batia na porta, ele já sabia exatamente quem era.
- O que você quer mulher? – exclamou com seu ar frio diante dos radiantes olhos azuis da humana.
- Bem, você já está treinando há algum tempo, e já passou a hora do café da manhã e você não foi comer. Meu pai trouxe um bolo de creme enorme para mim, mas estou sem fome, quer ir comer?
- Humm – apenas resmungou algo que julgava parecer um sim e se pôs a segui-la até a cozinha.
Ao adentrar a porta já pôde ver o grande bolo que a mulher havia mencionado. Com a fome que sentia podia ter devorado aquilo em minutos, mas preferiu esperar ela entrar e se sentar para não correr o rico de ouvi-la dizendo o quão mal educado ele era e outros sermões que lhe davam vontade de mandar a dona dos olhos azuis para o espaço.
- Ta aí, pode comer tudo se quiser - dizia todas as palavras sorrindo, porém seus olhos ainda demonstravam um pouco de cansaço
Após comer um grande pedaço do bolo em poucos segundos, deteve os olhos na mulher que o observava, e assim que terminou de engolir o delicioso doce, olhou-a com curiosidade.
- Você não vai querer não?
- Ah... não, eu sempre odiei bolo de creme e sempre tive que comê-lo, durante toda minha vida. Meu pai trazia sempre, mas nunca parou um segundo para perguntar se eu gostava ou qual era meu sabor preferido. Apenas trazia e imaginava que me faria feliz.
- Humm – deteve o olhar nela mais uma vez e pôde ver que ela olhava para o chão, e depois o encarava também com curiosidade
Pensou se ela ainda estava chateada com a briga com o namorado, ou deveria dizer, ex-namorado.
Pensou em perguntar apenas para parecer educado, mas se deteve enfiando mais uma fatia do bolo na boca.
"Como eu poderia perguntar sobre a vida dela? Não é da minha conta saber da vida desses infelizes..."
- Você gosta desse bolo? – seu olhar se iluminou outra vez, e ele pôde notar o quão belos eram aqueles olhos.
- O que você quer? – perguntou frio, mas sem apagar o brilho do olhar de Bulma.
-O que eu quero... Bem... Eu quero pessoas mais atenciosas, quero um mundo melhor, quero ser tratada mais como adulta e menos como um objeto que não pode ser tocado e precisa de cuidados especiais.
Ele a olhou com um olhar curioso, e viu que os olhos dela brilhavam ainda mais enquanto ela dizia tais palavras.
- Eu só queria saber por que ainda está aqui, o que queria aqui.
- Ah... – de essa vez seu olhar apagou, e ela desviou a atenção do homem ao chão, até olhar para ele outra vez, com um ar renovado – Acho que ao invés de falar de mim eu deveria também saber o que você quer... Mas acho que isso é bem previsível.
- Então eu sou previsível? – ele exclamou com certa curiosidade, afinal, quem ela pensava que era para chamá-lo de previsível.
- De certa forma sim. Seus objetivos se limitam a treinar e ficar mais forte que Goku. Treinar para ser o mais forte de todo o mundo, ou além. Honrar o nome de príncipe que carrega, não é mesmo?
- Você não sabe nada sobre mim – fechou a cara novamente, e apesar de negar, ela sabia sim, sabia seus objetivos e também sabia da necessidade de honrar o seu sangue real.
O que ela não sabia era que ele tinha também outro objetivo, mas era algo que se encontrava tão profundo em seu ser, que talvez ele mesmo nem desse conta.
E esse objetivo tinha um nome.
