Era uma noite escura e negra, com o pouco de luar existente a não iluminar nada, numa velha zona da cidade, mal frequentada, passava uma jovem apressada, uma jovem com cabelo rosa cor de pastilha elástica e uns olhos dourados, uma rapariga que trajava umas vestes pouco adequadas à cidade por onde avançava.

No entanto essa jovem não podia deixar de se sentir emocionada, finalmente conseguira, finalmente viera à América, o seu sonho cumprira-se. Havia sonhado com viajar durante vários anos e esta era a primeira paragem, Nova Iorque, uma terra de maravilhas, e…a seguir, Londres, ou Paris, tinha ouvido dizer que a Rússia também era bonita, São Petersburgo, Moscovo, já lá tinha estado para um campeonato mundial, mas não tivera oportunidade de viajar propriamente, nem de fazer turismo.

Iria conhecer o mundo todo

Estava numa zona consideravelmente velha, e tinha noção de que tinha que arranjar um lugar para ficar, não tinha muito dinheiro, por isso aventurara-se para uma zona que lhe parecera ter hotéis e estalagens mais baratos, mas, não obstante, ainda não encontrara nada.

"Amanhã, amanhã vou ver o Empire State Building" - Pensou determinada, estava perfeitamente ciente da sua respiração barulhenta e do barulho que fazia, os seus passos pesados a arrastarem o lixo e a gravilha que se encontravam no solo, a pouca luz dos postes de iluminação a iluminar-lhe a cara.

"No entanto, pelo que vi, isto não é muito bom, estou desapontada, do avião a cidade parecia brilhar, à medida que passávamos pela estátua da liberdade, e por vários prédio, mas de perto as ruas cheiram a mijo, o metro está apinhado, nem tenho espaço para respirar, acho que me apalparam, e os arranha céus, apesar de mais altos do que alguma coisa que eu alguma vez tenha isto, estão sujos, já para não falar nos pombos, que enchem tudo de branco

"Mas, apesar disso, estou aqui, e isso é que importa" - O seu sorriso felino apareceu ligeiramente, ao pensar no seu amado, Ray, que estava à espera dela no Japão, e em todos os seus amigos, que lhe tinham desejado felicidades, e uma boa viagem, fora tão boa a festa surpresa que lhe tinham feito, não estava nada à espera dela, a sua surpresa fizera os outros rirem-se, mas não dela, com ela, sim, Mariah tinha bons amigos.

- Tu… - Disse uma voz, vinda de algures

"Mas….mas quem é que poderá ser? Não conheço ninguém, e porque está a sussurrar, quem quer que seja?"

De súbito teve uma enorme vontade de fugir, e de olhar à volta, mas não via nada, nem ninguém, para além das paredes sujas de tijolo de um edifício ao seu lado, e esse não podia ter feito esse som, Mariah agarrou-se a uma parede, cautelosamente, tentando camuflar-se nas sombras, o que quer que fosse aquela voz dava-lhe arrepios,

- Sim…Aproxima-te, vem ter comigo – Voltou a dizer a voz, num sussurro rouco, parecia mais próxima, como se se estivesse a aproximar.

Ela correu….

Infelizmente fora para o lado errado, em direção à voz, e…quando finalmente percebeu o seu erro, o seu grande erro, já era tarde demais, sentiu a sua respiração ficar mais pesada e mais fraca à medida que ficava cansada, sentiu que não conseguia correr mais, sentiu a pedra, e sentiu a dor ao cair de joelhos, tentou levantar-se, mas não conseguira, uma mão agarrou-a de trás, tentando metê-la por debaixo da sua saia….

NÃO!

Isso era para o Kay, dando uma cotovelada ao seu captor correu para longe, usando forças que provinham da adrenalina, mas era tarde demais, não conseguia correr por muito mais tempo, soltou um grito, abafado por uma mão nojenta que havia sido posta por cima da sua boca, e foi arrastada, a sua resistência não serviu de nada, tornando-a apenas mais fraca, uma mão agarrou-a pela garganta, impedindo-a de respirar, depois uns lábios imundos tocaram nos seus, e, num gesto desesperado, ela mordeu a língua do seu captor, conseguiu correr mais alguns metros até que senti uma coisa fria e gelada na sua barriga, olhou para baixo, aterrorizada, ao ver o sangue vermelho a sujar-lhe as vestes, sentiu-se fraca, sabia que ia morrer, não tinha dúvidas quanto a isso, agora a única opção dela era rezar, e mesmo isso só lhe daria entrada no reino celestial, ela ajoelhou-se, mãos sobre o ventre, a tentar manter o sangue dentro dela e começou

"Pai nosso…que estás no Céu"

A sua respiração estava a enfraquecer, mas conseguiu acabar a sua oração, o seu ultimo pensamento foi sobre Kay, e o que pensaria ele quando ela não aparecesse na altura indicada, e depois, apenas se deixou cair na inconsciência, eterna, até que por fim, já nada restava dela exceto uma carcaça, as luzes azuis e vermelhas da policia apareceram, e o assassino foi apanhado, antes de ter oportunidade de fazer alguma coisa ao corpo de Mariah, mas já era tarde demais para ela…

O FIM

Credo, sou doente não sou, já li tantos thrillers que decidi tentar fazer eu um mesmo, e sendo honesto, precisava disto depois de tantos romances seguidos, o que posso dizer, neste universo não existem beyblades, ou talvez existam, mas não havia tempo para eles na minha história, pobre rapariga, enfim, acho que até ficou aceitável, digam-me o que acham numa critica também conhecida como review, e não tenham medo de me dizer que não consegui captar bem a personalidade dela, do que me lembro do beyblade, ela era muito mais viva.

Inspirado por vários livros da "Buffy a caçadora de vampiros"

Até à próxima história!

Sild-San