Simples mente Gemial
Molly Weasley sentou-se no sofá, esgotada. Ela tivera um dia duro de trabalho, cuidando da casa, preparando a comida e brincando com os filhos. Tudo isso, mesmo com a pequena ajuda da magia, acabam com uma pessoa.
Ela passou a mão na barriga levemente grande. Já estava grávida de quatro meses, e esperava que finalmente fosse uma menina. Depois de cinco meninos, uma menina não seria pedir demais!
Molly passava a mão pela barriga carinhosamente, pensando na sua bebê e relaxando depois do duro dia de trabalho. Seus olhos passaram preguiçosamente pela casa limpa e arrumada, orgulhosa de ser a mulher de Arthur Weasley e mãe de seus filhos. Ela sabia que Arthur não era exatamente um príncipe extremamente rico e lindo, como ela havia sonhado de pequena, mas ele era bonito e a fazia feliz. Afinal, dinheiro não era mais importante do que a felicidade e o carinho de Arthur.
Seu olhar parou em dois bebês gêmeos, ruivos idênticos, que brincavam perto da lareira. Molly não sabia explicar como, mas desde que tinham um ano, os dois já conseguiam se comunicar de uma forma especial, através de "dah"s e "guh"s. E até parecia que os dois mantinham uma conversa séria e duradoura quando estavam a fim.
Dois anos depois, os gêmeos Fred e Jorge continuavam tão inteligentes e fora do comum como antes. Molly não tinha dúvida de que seus filhos teriam um futuro brilhante pela frente. Talvez, Ministério da Magia ou St. Mungus... A mulher suspirou.
-Fred, não jogue seu irmão na lareira. – Disse Molly cansada. Ela ainda não sabia como fazia para diferenciar os dois agora que ambos tinham cabelo. Quando eram bebês era mais fácil, Fred tinha um tufo de cabelo ruivo que parecia um topete e Jorge era quase careca.
Com uma última olhada na direção dos gêmeos, Molly foi para a cozinha preparar uma xícara de chá.
-Fred, se a gente mistura isso com a poção de barba do papai vai sair um pó de pica-pica. – Disse Jorge olhando para o gêmeo com um olhar cúmplice.
-O aniversário do Percy tá chegando... – Disse Fred sentando na frente da lareira em que tinha empurrado Jorge e examinando o pó verde que tinha lá dentro.
-E ele vai adorar nosso presente. – Disse Jorge recolhendo a maior quantidade de pó de Flu que conseguiu.
Molly voltou para a sala com sua xícara de chá de camomila e se sentou na poltrona mais confortável. Ligou o rádio e deu a sorte de escutar as notas de sua música preferida de Celestina Warbeck.
"Que sorte eu tenho." Pensou Molly observando Fred e Jorge. "Meus anjinhos são tão novos e quietinhos! Até ajudam a limpar a lareira!"
Com um sorriso, a mulher fechou os olhos e adormeceu.
