Yooo! Eu traduzi a fic maravilhosa da Pryotra-senpai, Hakumei! Estou tão feliz!
Disclaimer: Claro que isso aqui não é meu em nada. Os personagens são do Kishimoto-sensei, a história é da Pryotra-senpai... Só a tradução que é minha. Agora, as notas da nossa querida diva *tambores* Pryotra!
Canto do Autor: Isso provavelmente é algo que eu queria ter feito por muito tempo. Até mesmo antes de eu ver Naruto eu tinha uma história assim indo de um lado pro outro na minha cabeça, mas eu nunca conseguia associá-la a um grupo de personagens. Antes de tudo, eu direi que eu acho que Sasuke, Sai, Neji, Gaara e Naruto formam um grupo de amigos interessante. Segundo, eu acho que a Sakura era um personagem muito bom quando ela cresceu um pouco. Terceiro, eu realmente gosto da Hinata. Finalmente, eu acho que Haku e Kimimaru mercem muito mais do que eles receberam. Então eles são os personagens principais desta história.
Casais: Naruto/Hinata Sasuke/Sakura Sai/Ino Gaara/Matsuri, os outros estão de acordo com votos.
Avisos: Sangue, violência, referência a álcool, apostas, e muitas coisas que vão contradizer o mangá, contudo, eu farei o possível para deixar essas coisas acreditáveis.
Disclaimer: Pryotra não tem nenhuma conexão com o mangá ou o anime 'Naruto' ou nenhum de seus personagens.
Parte 1; Capítulo 1: Uma Noite Escura
"De todas as trinta e seis alternativas, fugir é sempre a melhor."
- Provérbio Chinês
Complexo Hyuuga 22h34
Hyuuga Hinata assistia com horror ao seu primo ficar de pé em frente aos anciãos. Parecia que a Família Principal Hyuuga inteira estava lá pra ver o julgamento dele. Para a garota de seis anos de idade, a coisa inteira era esmagadora. Ela se lembrava de quando viu o Selo do Pássaro Engaiolado ser ativado pela primeira vez, quando ela tinha três anos. Aquilo a assustou tanto que algumas vezes, ela ainda tinha pesadelos a respeito.
Não era como se Neji tivesse realmente feito algo errado, Hinata pensava, ele só tinha se esquecido de se dirigir a ela como Hinata-sama. Mas, aparentemente, os anciões usariam de qualquer desculpa para mostrar à Família Secundária o que a Família Principal era capaz.
Neji se mantinha de pé, desafiador, na frente dos anciões, encabeçado por Hyuuga Hiashi, o pai de Hinata. Os olhos brancos só demonstravam uma emoção: ódio.
- Você sabe a punição para insubordinação, - Hiashi estava falando recatadamente - já que você já a viu antes.
O estômago de Hinata se apertou.
Os olhos de Neji encontraram os de Hinata e mantiveram-se em contato. Ela conseguia sentir o rancor no olhar dele, mas por alguma razão, ela não conseguiu retorná-lo. Seu pai teria dito que ela era fraca, teria ficado bravo que ela o olhasse com tristeza, mas era impossível para ela não olhá-lo de outra forma. Neji era a coisa mais próxima de um irmão que Hinata tinha, e estranhamente, ele era o único que realmente entendia as emoções que ela sentia. Era por isso que ela não conseguia odiá-lo. Porque ele tinha sentido a sem esperança e frustrada raiva que ela sentiu por toda a sua vida. A raiva que às vezes reduzia Hinata a lágrimas quando estava sozinha depois de uma sessão de treino fracassada.
Ele era provavelmente o único que soube de seus sentimentos quando ela foi deixada de lado em favor de Hanabi, que agora estava ao lado de seu pai com uma expressão no rosto ilegível.
Ela olhou tristemente para Neji, desejando que ela não fosse tão fracassada.
Talvez se ela fosse forte, como ela deveria ser, ela poderia parar essa loucura.
- Tem algo a dizer antes que eu ative o selo? - Hiashi perguntou.
- Eu não tenho nada a dizer a você, seu assassino! - Neji cuspiu.
Os olhos de Hiashi estreitaram-se, e Neji caiu no chão, gritando e se contraindo.
Hinata sentiu a bile subindo na garganta. Era exatamente como a vez em que ela tinha três anos, e ela tinha observado o pai do Neji contorcendo-se de dor no chão. Ela sentiu lágrimas quentes queimarem seu caminho até seus olhos enquanto ela assistia àquilo. Hinata não tinha que olhar em volta para perceber que as expressões dos outros eram frias, duras e completamente indiferentes. Suas mãos se fecharam em punhos, e ela virou sua cabeça pra longe.
Hinata sabia que ela era fraca, e ela sabia que ela devia sentir satisfação porque seu primo estava sendo punido por sua insubordinação. Ela sabia que Hanabi nunca teria se sentido da maneira que ela se sentiu, e seu pai a olharia como se fosse ainda mais superior se ela tentasse pará-lo. Ela era fraca demais para ser realmente um membro da Família Principal. Ela permanecia sem selo simplesmente porque ela seria ainda mais inútil como membro da Família Secundária. Ela seria fraca demais para aceitar aquele tipo de vida mais do que o tipo em que ela nascera.
Mas era tão ruim assim ser fraca?
O pensamento surgiu em sua cabeça antes que ela pudesse reprimi-lo. Era tão ruim assim ter compaixão? Era tão errado assim ser gentil?
"Não," Hinata sussurrou, tão silenciosamente que ninguém ouviu. "Eu não consigo acreditar nisso."
Ela se lembrou de quando, antes que seu pai tivesse desistido dela, lhe foi perguntado algo durante uma sessão de treino.
"O que você faria com poder?"
Hinata tinha sido incapaz de responder à questão, mas Hanabi, que estava presente no momento, intrometeu-se, dizendo que ela esmagaria qualquer um que fosse seu inimigo. Seu pai pareceu satisfeito com o comentário da mais nova, e bravo com o silêncio pensativo da mais velha.
"O que você faria com poder?"
Agora a pergunta voltara para ela. Antes, Hinata não soube o que pensar a respeito. Ela não tinha permissão para ter suas opiniões, mas ela nunca tinha sido capaz de simplesmente papaguear os pensamentos de seu pai. Tudo que ela sentira fora confusão e um sentimento frustrado que agitava seu estômago. Agora, as palavras pareciam pesar mais até do que naquele momento.
Enquanto ela olhava seu primo, que estava começando a contorcer-se ligeiramente, sua resposta veio.
Eu pararia isto. Eu mudaria o clã Hyuuga. Eu ajudaria quem precisasse.
O mundo parou.
Hinata sentiu um calor gentil em seus olhos e os fechou por um momento. Quando ela os abriu, o aposento inteiro parecia diferente. Ela tinha ativado o Byakugan antes, e embora isto seja similar, algo nisto era totalmente diferente. Hinata conseguia não só ver o sistema de Chakra de sua família assim como quase tudo ao seu redor, ela conseguia ver o pequeno fluxo de Chakra que seu pai estava forçando no selo de Neji tão bem quanto o Chakra que estava forçando-se pra dentro do cérebro de seu primo. Ela também conseguia ver que o selo era somente um sinal físico de onde uma invisível camada de Chakra permanecia.
Era estranho como ela não tinha visto isso antes.
Hinata não estava nem pensando enquanto ela andava para frente. Ela nem notou os olhares de surpresa e choque que ela estava recebendo de sua família.
Hinata se sentiu quase como se observasse outra pessoa enquanto ela calmamente tocava o pequeno fluxo de Chakra. Ao seu toque, o Chakra dissipou-se, e Neji parou de se contorcer. Hinata virou para o seu primo e ajoelhou-se em sua frente. Cuidadosamente, ela delineou o selo na testa dele. Enquanto ela o tocava, o selo desapareceu, e a camada de Chakra começou a sumir também.
"O que você está fazendo?" A voz de Hiashi Hyuuga parecia mais fraca que antes.
Hinata olhou para seu pai, sem realmente entender porque ele a olhava com tanto choque e... medo.
"C-curando ele." Hinata falou, "O selo é ruim. Está matando ele."
"O que você fez!" Um dos Hyuuga clamou.
"E-eu tirei aquilo." Hinata disse. "Eu não quero vê-lo sofrer mais."
O silêncio no cômodo era completo até que Hiashi deu um passo à frente.
"Você não é minha filha." ele cuspiu. "Você não só criou uma deturpação da família do Byakugan, mas você quebrou nossa tradição mais sagrada. Você é afortunada que eu não a mate onde você está, mas eu vejo que você é fraca demais para ser uma ameaça. Saia da minha vista. Já que você se importa tanto com o garoto, ele deve acompanha-la no banimento. Eu não tenho nenhum uso para um covarde que não entende sua posição. Vocês dois estão proibidos de carregarem o sobrenome Hyuuga, e se eu ou qualquer um vê-los perto do Complexo Hyuuga, nós os mataremos. Vocês tem até meia-noite para reunir seus pertences e partirem."
Hinata estava tremendo com as palavras do homem que um dia fora seu pai. Lágrimas brotaram em seus olhos quando sua visão voltou ao normal. Ela ficou sentada lá, em choque enquanto o resto de sua antiga família partia, um a um, ocasionalmente lançando olhares em sua direção.
Um toque em seu cotovelo trouxe Hinata de volta à realidade. Ela olhou para trás para ver Neji, acordado, inesperadamente, e olhando pra ela com alguma emoção que ela não reconhecia.
"Por quê?" foi tudo o que ele disse, mas em sua voz faltava o ódio usual.
"E-eu não aguentaria ver mais daquilo..." Hinata murmurou, "E-eu queria parar aquilo. E-eu..."
Neji ficou de pé tremulamente e ajudou Hinata a se levantar.
Era o começo de um novo mundo.
Distrito Uchiha 22h39
Uchiha Sasuke não era um menino feliz. Não era justo que tudo o que ele fazia era ignorado ou menosprezado ou contado alguma história sobre o que Itachi tinha feito quando ele tinha a idade de Sasuke.
Não era como se ele odiasse seu irmão mais velho. Era impossível odiar a única pessoa que reconhecia sua existência, mas ele estava tão cansado de ter de competir com ele. Sua mãe e seu pai mal pareciam saber que tinham outro filho. Toda conversa era sobre Itachi. As missões de Itachi, os sucessos de Itachi, Itachi, Itachi, Itachi.
Sasuke sentou em sua cama e ouviu aos murmúrios de conversa do corredor. Seus pais tinham lhe dado algo para comer mais cedo e o mandado para seu quarto enquanto eles entretinham os convidados. Sasuke tinha idade o suficiente para sentar-se com companhia. Itachi tinha sido mostrado para convidados desde que ele tinha três anos, por que Sasuke era empurrado para um canto toda vez?
Itachi ainda estava fora em seus deveres de ANBU, e mesmo que ele estivesse aqui, ele teria sido simplesmente enlaçado em uma conversa com seus pais e os convidados.
Sasuke ficou de pé e olhou pra fora pela janela. Raiva percorreu por ele enquanto ele ouvia os sons de conversa do corredor. Ele havia escutado muitas vezes as conversas, e ouvido o que eles diziam a respeito dele.
"Você não tem outro filho, Uchiha-san?"
"Sim, mas ele não tem importância."
Isso tinha sido dito na noite passada, e mesmo agora as palavras doíam tanto quanto tinham doído quando elas tinham sido ditas.
A raiva de Sasuke estava atingindo seu pico quando ele fez sua decisão final.
"Se vocês não me querem..." Sasuke balbuciou, "Se eu sou tão sem importância... tão insignificante... então não lhes darei mais trabalho..."
A ação foi principalmente de raiva e desespero para ser notada. Havia malícia nela também, e um desejo de machucar seus pais, mas ele não tinha pensado em todas as razões. Ela era um ato de paixão, mas foi realizada de uma forma totalmente sem emoção.
Sasuke começou a empacotar suas armas, algumas roupas, e dinheiro na pequena mochila. Ele não tinha nenhum plano de onde ficaria ou o que faria, mas ele sabia de uma coisa.
Uchiha Sasuke estava fugindo.
Desconhecido por ele, havia um homem de uniforme ANBU que o estava o observando escorregar pra fora da janela.
"Otouto tolo, o que você está fazendo?"
Era o começo de uma nova vida.
Base RAÍZ 22h22
Sai tinha sido ensinado bem.
Tecnicamente, seu nome não era nem Sai. Isso era só um nome que, particularmente, ele gostava do som, e ele tinha lido que as pessoas precisavam ter nomes. Ele tinha escolhido Sai por um capricho, e não importava o que, ele começou a ter o hábito de pensar a respeito de si mesmo como Sai. Era simples assim.
Em todos os outros aspectos, Sai era um quase perfeito exemplo de um ninja RAÍZ. Ele nunca mostrava suas emoções ou opiniões a respeito de nada, e dessa vez não era uma exceção. Ele tinha retornado de uma missão apenas para ser informado que seu irmão tinha morrido da doença que ele já tinha há algum tempo. Sai aceitou a notícia sem titubear, e fora autorizado para voltar para seu quarto.
O quarto de Sai era tão prático quanto poderia ser. As únicas coisas além das vazias paredes brancas eram uma cama e uma escrivaninha. Sai sentou-se em frente à escrivaninha silenciosamente. Por alguma razão a morte de seu irmão fazia um sentimento estranho invadir seu peito.
Ele pegou o pequeno livro de imagens que ele mantinha consigo. Era um presente não terminado para seu irmão, mas agora ele não tinha certeza do que ele estava prestes a desenhar na última página.
Era estranho, ele nunca realmente tinha tido tanto tempo assim com seu irmão, e tecnicamente, ele não era realmente seu irmão, só outro ninja que tinha sido gentil com ele. Mesmo assim, de alguma maneira com todo seu treinamento RAÍZ, Sai conseguia sentir um vazio estranho em seu estômago que não tinha nada a ver com fome. Ele não conseguia parar com a imagem de seu irmão na frente de seus olhos, ou o sentimento maçante de que ele nunca o veria de novo.
Sai nunca tinha questionado nada que lhe era dito antes, mas agora, algo estava agitado dentro dele. Ele nunca tinha pensado nada contra Danzo, mas agora, pensamentos aperfeiçoavam-se em sua mente, e um estava mais definido.
É culpa dele.
Sai olhou a parede em silêncio total, e depois se levantou. Ele precisava clarear sua mente.
Ele iria dar um passeio.
Era o começo de uma nova forma de pensar.
Parquinho de Konoha 22h42
Uzumaki Naruto gostava de ir ao parquinho depois do anoitecer. Uma razão era porque era meio que legal brincar de noite, já que tinha um elemento de proibido. Outro motivo, ele não tinha que se sentir deixado de lado quando não tinha ninguém brincando em grupos.
Naruto sentou em um dos balanços e olhou para o céu. Na verdade, ele estava razoavelmente contente de estar assim. Em sua opinião, era inútil chorar por estar sozinho toda hora, e pra começar você não podia sentir saudades de algo que você nunca teve. Além disso, quando ele se tornasse Hokage tudo iria mudar. Ele sorriu com o pensamento.
"É! EU DEFINITIVAMENTE ME TORNAREI HOKAGE!" Ele gritou por nenhuma razão. Era um hábito seu.
Naruto não gostava de silêncio. Ele vivera nele por tempo demais, então ele o quebraria, não, estilhaçaria, se o silêncio se tornasse muito sufocante*. Foi daí que seu hábito de gritar coisas por nenhum motivo veio. Não era nada mais.
Algo se moveu nos arbustos na direita de Naruto, e ele pulou do balanço. Era provavelmente só a gata da esposa do Lorde Feudal local de novo. Aquela coisa tinha uma longa história de fugir de casa. Talvez se Naruto pegasse-o ele seria reconhecido como ninja e não teria que se importar com a Academia mais. Apenas no caso de ser outra coisa, Naruto pegou um galho que estava no chão. Ele se aproximou do arbusto e gentilmente cutucou-o com o galho.
"Venha aqui, gatinho" Naruto disse numa voz cantante, "Eu sou vou levar você pra casa."
"Vá embora!"
Naruto parou.
A última vez que ele tinha checado, gatos não falavam.
Naruto nunca tinha sido conhecido como alguém que faz as coisas que lhe pedem, a menos que seja Iruka-sensei ou o Velhote Hokage, e ele estava curioso. Ele se enfiou lá e piscou os olhos ao ver uma menina escondida entre os arbustos.
"Oi!" Naruto disse animadamente, "Eu sou Uzumaki Naruto, e eu vou ser Hokage!"
A garota tinha cabelos rosa e curtos que estavam cobrindo a maior parte de seu rosto. Um olhar mostrou a Naruto que ela esteve chorando. Ela estava soluçando ligeiramente, e os olhos verdes que olharam para ele estavam avermelhados e sem foco. Ela fungou um pouquinho e secou os olhos. Finalmente, ela olhou para ele com medo.
"Qual o seu nome?" Naruto perguntou, com um sorriso enorme que destacava as marcas de bigodes em suas bochechas de modo glorioso, "Por que você está chorando? Seus pais se esqueceram de vir te pegar? Você tem pais? O seu cabelo é de verdade, ou alguém colocou corante de comida nele?"
"Eu... Eu..." a garota gaguejou, "Me deixe sozinha, POR FAVOR! Eu não posso evitar que minha testa seja grande!"
Naruto olhou para a testa dela com interesse. Ela parecia uma testa.
"Ela não é grande." Naruto disse um pouco desapontado, ele estava imaginando uma testa do tamanho da Montanha Hokage.
"Ela... não é?" a garota disse, parecendo confusa. "Mas todo mundo diz que ela é..."
"Ela não é grande." Naruto disse, assentindo com a cabeça pra confirmar sua afirmação.
"Eu sou Haruno Sakura..." Sakura disse suavemente.
Naruto estava excitado. Ele nunca tinha tido uma conversa com ninguém antes. A maior parte das vezes ele simplesmente andava por aí e incomodava as outras crianças até que elas o deixassem participar das brincadeiras delas, mas elas não gostavam muito dele. Naruto sabia disso, mas ele esperava que eventualmente elas começassem a gostar dele. Agora, ele estava falando com outra criança como se isso fosse normal.
Sakura se ajeitou da bola que ela estava anteriormente e sorriu timidamente para Naruto, que sorriu de volta.
O som de alguém falando suavemente trouxe ambas as crianças de volta de quaisquer pensamentos que elas estivessem tendo. Parecia alguém da mesma idade que eles, talvez um pouquinho mais velho, e estava se aproximando. Depois de um tempo, Naruto conseguia ouvir o que a pessoa estava dizendo.
"... Um apartamento para nós dois. Eu não tenho nem certeza se eu vou poder ficar na Academia agora. Eu nunca perguntei quem pagava por ela." A voz era definitivamente masculina.
"E-eu acho que é padronizada. Eu já o-ouvi uma vez pa-Hiashi-sama dizendo que era um desperdício gastar dinheiro e tempo em crianças que nunca se tornarão ninjas." Uma voz suave e feminina falou, ela aparentemente tinha um pequeno problema de gaguejo.
"Nós teremos que falar com o Hokage. Eu sei que ele não pode intervir em assuntos de clãs, mas ele pode ser capaz de ajudar."
"É!" Naruto interviu espalhafatosamente quando ele soube que os dois poderiam ouvi-lo. "O velhote ajudará vocês!"
Ele viu com interesse que era Hyuuga Hinata, uma garota tímida que ele conhecia na Academia e que sempre corava quando ela via ela, e Hyuuga Neji, um cara um ano mais velho que ele e que ele não sabia muito a respeito.
"O-o que você está fazendo aqui, Naruto-kun?" Hinata perguntou, como se ela estivesse chocada com sua própria ousadia.
"Falando com a Sakura-chan," Naruto disse alegremente, já adicionando o termo familiar ao nome da garota, "E vocês?"
"N-nós-" Hinata começou.
"Isso não é da sua conta." Neji disse abruptamente.
"Por que vocês precisam de um apartamento?" Naruto perguntou.
"Isso não é da sua conta." Neji repetiu.
"Vocês podem usar o meu!" Naruto disse alegremente, "Ele tem um monte de espaço!"
Hinata quase desmaiou com a ideia.
Neji parecia meio chocado que alguma criança que ele só tinha meio que visto como uma pessoa tinha oferecido para deixa-lo dividir um apartamento com ele.
"E os seus pai?" Neji perguntou.
"Não tenho nenhum."
Neji parecia surpreso.
"N-Naruto-kun é um órfão, Neji-niisan. Ele mora sozinho..." Hinata sussurrou.
Sakura estava olhando para Naruto com tristeza.
"Eu moro com a minha tia." Sakura disse, "Minha mãe e meu pai estão sempre em... negócios."
Ela disse a palavra depois de um momento pensando, tendo que lembrar o que sua tia tinha falado.
Foi possível ouvir o som de passos e um garoto de cabelos negros apareceu em meio a eles e parou, olhando para o grupo pequeno que tinha aparecido com um pouco de surpresa. Era uma noite muito movimentada no parquinho.
"O que vocês estão fazendo aqui?!" O garoto perguntou com raiva.
"Nós poderíamos perguntar o mesmo de você." Neji ressaltou.
Naruto reconheceu o recém-chegado como Uchiha Sasuke, um menino no seu ano na Academia. Eles nunca tinham se falado, principalmente porque Sasuke era o melhor da classe e Naruto era o eterno 'pior'. Tirando isso, Naruto sabia praticamente nada sobre Sasuke, além de que ele era um idiota com um monte de fangirls.
"Isso não é da sua conta." Sasuke cuspiu.
"Todo mundo tá dizendo isso." Naruto lamuriou.
"O que você tá fazendo aqui de qualquer forma?" Neji perguntou, parecendo aborrecido.
"Eu sempre fico por aqui à noite." Naruto disse em um tom que implicava exatamente o quão óbvio ele achava que o fato era.
"Por quê?" Sakura perguntou curiosa, mas quando todos olharam para ela, ela fez um pequeno som de "meep!" e deu alguns passos pra trás.
"Por que não?" Naruto perguntou dando de ombros, pela primeira vez, aparentando um pouco de seriedade. "Ninguém se importa realmente."
O silêncio depois disso era tão completo que todos foram capazes de ouvir o suave som de alguém andando calmamente para onde eles estavam. Um garoto de idade próxima à deles andou até seu campo de visão. Ele tinha cabelos e olhos negros, como Sasuke, mas seu cabelo era cortado curto, e tinha algo nele que era... arrepiante. Ele estava usando uma roupa negra de ninja, e ele não parecia ter notado a presença deles. Quando ele finalmente olhou pra cima e notou as cinco crianças olhando em sua direção, ele parou e sorriu.
"Olá."
Eles só meio que o encararam.
"É normal se encontrarem aqui?" o menino perguntou, parecendo que ele realmente não sabia que um grupo de crianças no escuro era estranho. "Me desculpem se eu interrompi algo."
"Não, só uma conversa estúpida sobre o que estamos fazendo aqui." Naruto disse, seu sorriso de volta ao lugar de sempre. "O que você está fazendo aqui?"
"Eu saí pra passear." O menino disse.
"Passear?" Sasuke repetiu parecendo cético.
O menino assentiu com a cabeça com aquele sorriso meio irritante no rosto.
Até Naruto estava parecendo cético agora. Ele sabia que a maioria das crianças não eram autorizadas para sair depois do por do sol, na verdade, esta era a primeira vez que ele tinha visto alguém depois de escurecer.
Naruto era muitas coisas, mas um completo idiota não era uma delas. Ele sabia perfeitamente bem que havia algo de errado naquela explicação. Ou esse cara não tinha parentes ou ele estava mentindo.
Antes que Naruto pudesse pensar em algo inteligente para dizer, todos enrijeceram quando perceberam mais som de passos e vozes. Dessa vez eram as vozes de dois homens adultos. Todas as seis crianças olharam umas pras outras e se embrenharam nos arbustos. Naruto supôs que era pela mesma razão básica. Eles não queriam ser pegos e ter problemas por estar fora de casa tão tarde da noite. Todos sabiam que tinha um toque de recolher não oficial.
"Eu não vejo porque nós não poderíamos ter nos encontrado em uma localização mais conveniente." A voz do Sandaime Hokage, Sarutobi alcançou-os.
"Eu peço desculpas por tê-lo trago aqui fora, Hokage-sama, mas eu não desejo ser espiado." Uma fria, breve voz disse.
Naruto notou que o garoto que tinha acabado de aparecer se endureceu.
"Você conhece ele?" Naruto perguntou.
"Sh!" Vieram quatro resposta, até Hinata tinha silenciado-o.
"Danzo-sama" foi tudo o que o garoto disse.
Os falantes andaram até estarem em seus campos de visões. O primeiro, um homem velho em um longo, branco robe com um chapéu largo, era o Hokage, um homem bem-amado que retomara sua posição depois que o Quarto morreu no ataque da Kyuubi. O outro era um homem que Naruto nunca tinha visto na vida. Metade de seu rosto e de seu braço estava enrolada em ataduras, mas tinha algo nele que fazia Naruto inquieto. Mesmo que ele parecesse inofensivo, ele emanava algo perigoso e de alguma forma, imundo. Naruto não sabia como ele sabia disso, mas algo dizia que esse homem, Danzo, era uma ameaça.
"Bem, aqui estamos." Sarutobi disse, de alguma forma soando cansado. "O que era tão importante para me pedir para vir ao parquinho às dez e meia?"
"Hokage-sama, você está ficando velho." Danzo começou.
"Eu acho que ainda tenho mais uns dez anos." O velho homem disse com um sorriso.
"Eu não acho que essa é uma boa ideia." Danzo disse calmamente. "Enquanto você envelhece os inimigos da Folha começam a ver uma fraqueza. Mais cedo ou mais tarde, haverá um ataque, e você está envelhecendo, e até os melhores ninjas não podem derrotar o tempo. Haverá um oponente que você não poderá derrotar. Eu sei que nós fomos rivais para a posição de Hokage por décadas, e que nossos ideais se diferem, mas eu sinto que seria melhor se você considerasse um novo candidato para Hokage."
"Você deseja minha abdicação para eu proclamá-lo meu herdeiro." Sarutobi disse, sua voz adquirindo frieza.
"Eu me sinto como se fosse o único candidato." Danzo disse calmamente. "Nenhum dos mais novos apresenta o potencial do Quarto, e eu sou o ninja mais poderoso desta vila além de você. Eu também tenho a experiência necessária para um líder."
"Sinto muito, Danzo-san." Sarutobi disse suavemente. "Eu não posso considerar essa solicitação no momento, as coisas estão agitadas demais na vila para haver uma mudança de poder."
"...Entendo..." Danzo disse, e Naruto sentiu algo, mas antes mesmo que ele pudesse pensar claramente sobre o que era, ele viu o Hokage cambalear e cair de costas, sangue saindo de sua boca.
"Eu lhe disse que você encontraria um oponente que não pode derrotar." Danzo disse suavemente, um sorriso pequeno se formando em seus lábios. "Que pena. Eu até pensei em dar-lhe uma chance de viver. Você ficou fraco e estúpido em sua velhice, Sarutobi, para permitir que alguém que sempre tem sido um rival e inimigo fale com você sozinho. Não se preocupe com a sua preciosa vila. Ela será muito mais poderosa me servindo do que você ou o quarto poderiam sonhar. É realmente uma pena, que ninjas da Pedra eram capazes de passar pelos ANBUs para assassiná-lo... Eu serei o único candidato na guerra para vingá-lo..."
Calmamente, como se nada tivesse acontecido, Danzo andou por cima do corpo do homem que ele tinha matado, e caminhou pela rua, desaparecendo em alguns momentos.
A mente de Naruto parecia que tinha sido congelada. Nada que pensava tinha coerência. O Velhote não podia estar morto... Ele era irrefreável... Ele... Ele era Hokage!
"Velhote." Naruto sussurrou.
Os outros estavam em completo silencio, um silencio morto.
"Nós somos sortudos por estarmos vivos." O garoto estranho disse suavemente. "Danzo-sama não estava prestando atenção... Nós... Nós não deveríamos estar vivos..."
"Velhote!" Naruto gritou, correndo para o corpo do homem de idade que, tirando Iruka-sensei, tinha se importado se ele estava vivo ou não. "Velhote... Por favor... Acorda... Você não pode morrer... Você é Hokage..."
Naruto não sentiu as outras correrem com ele. Ele não ouviu os avisos sussurrados para ficar quieto. Ele verdadeiramente não poderia ter se importado menos se Danzo tivesse voltado e os matasse. Tudo que importava era que o homem que ele considerava um avô estava morto. Lágrimas corriam por sua face enquanto ele soluçava.
Lentamente, os olhos do Sandaime se abriram e processaram os seis rostos olhando para ele.
"... Vocês viram..."
Eles assentiram com a cabeça.
"... Leve estes... vocês devem partir... leve-os para algum lugar seguro... Não o deixe tê-los..." Ele ofegou, sangue saindo de sua boca. "Naruto... eu... te proclamo... meu herdeiro... como deveria ter sido... se o conselho não tivesse me proibido... se torne um Hokage como nenhum antes de você..."
Lentamente, o Hokage levantou suas mãos e realizou uma série de selos. Houve um pequeno pop, e um grupo de pergaminhos apareceu na frente deles.
"Esses... Não podem ser encontrados por... Danzo... Poderosos demais... Leve-os... Para algum... Lugar seguro... Eles tem... Segredos... Uchiha... Hyuuga... Perigosos demais... Linhagens sanguíneas secretas... Tenshi Byakugan... Selamento... Mantenham-nos seguros... Parem... Danzo... Naruto... A Kyuubi... Selada... Naruto..."
Vagarosamente os olhos do homem idoso começaram a embaçar. Naruto o chacoalhou tão forte quanto podia, mas finalmente, ele se estreitou, seus olhos opacos.
Finalmente, ele se tornou ciente do seus arredores. Hinata estava soluçando silenciosamente no Neji enquanto ele a suportava, parecendo chocado e amedrontado enquanto lágrimas não derramadas ofuscavam seus olhos brancos. Sasuke estava encarando o corpo com horror maçante. Sakura estava soluçando alto em medo e pesar.
"Eu quero ir pra casa." Ela arfou entre soluços.
"Nós não podemos voltar." O recém-chegado disse subitamente. "Danzo-sama nos matará se ele souber sobre isto, e eventualmente, ele saberá."
"Por que você está chamando aquele assassino obsceno da sama?!" Naruto cuspiu com raiva. "De qualquer forma, quem diabos é você?"
"Sai." O garoto disse. "Eu sou um membro da RAÍZ."
"O quê?" Sasuke perguntou.
"Não é importante." Sai disse, balançando a cabeça. "Nós devemos partir imediatamente. Danzo matará a nós todos."
"Além disso," Naruto disse suavemente, olhando para a pilha de pergaminhos. "Velhote Hokage nos deu uma ordem. Nós temos que tirá-los daqui."
"Eu não tenho certeza." Neji disse. "Ele estava delirante. Como nós poderemos proteger esses pergaminhos? Somos apenas estudantes da Academia."
"E-eu acho que..." Hinata começou, então ela respirou fundo. "N-nós não temos uma escolha."
Sakura solução em medo.
"Mamãe e Papai..."
"Perderão a filha deles de qualquer maneira." Sasuke disse bruscamente. "Ou você foge e vive, ou você fica e morre."
"Eu não me importo com o que vocês farão. Eu farei o que o Velhote me disse pra fazer." Naruto disse a todos. "Ele disse pra deixar estes a salvo, e eu farei isso como Futuro Hokage de Konoha. E daí eu vou voltar super forte e mata-lo e me tornar Hokage."
Naruto se virou, não olhando para trás, reuniu e pegou os pergaminhos também e correu tão rápido quanto podia na direção dos portões.
Sai o seguiu sem pensar duas vezes. Ele foi criado para ser uma ferramenta de Danzo, mas ele não queria morrer. Além disso, Naruto lembrava Sai de seu irmão... Talvez fosse um presente...
Hinata parou por um momento e correu atrás dele. Sua queda tinha mudado para admiração.
Neji seguiu sua prima, não querendo perder a família que ele tinha acabado de ganhar.
Sakura ficou aterrorizada, olhando para o corpo e para as figuras batendo em retirada.
"Me desculpem... Mamãe... Papai... Tia... Eu espero que eu volte logo... Eu não quero morrer..." ela sussurrou enquanto seguia os outros.
Sasuke olhou para os outros, não querendo realmente seguir o 'dobe' já que ele sabia que se ele seguisse seria igual a aceitar a liderança dele. Finalmente, ele decidiu que de qualquer forma ele não queria ser um líder e que ele era ainda muito mais poderoso que Naruto jamais seria. Conflito resolvido, Sasuke correu atrás deles.
Era o começo de uma lenda.
No fim, todo mundo segurou um pergaminho. Os pergaminhos eram enormes, e todos estavam surpresos que Naruto conseguiu segurar todos eles por tanto tempo quanto ele o fez. Todos supuseram que tinha algo haver com a excitação deles.
Os seis se agacharam nas sombras de uma construção, observando os portões com cautela. Eles estavam planejando fazer uma corrida para a liberdade, mas os guardas Chuunin não pareciam dar nenhum sinal de não estarem prestando atenção. Na verdade, um ANBU tinha decidido passar por ali e estava ajudando os dois Chuunins na vigília.
"Isso é simplesmente ótimo." Sasuke murmurou sarcasticamente.
"Cale a boca!" Neji sibilou.
"Você ouviu algo?" um dos Chuunins perguntou ao ANBU.
Houve uma rápida inspiração de seis respirações.
"Não." O ANBU respondeu em um tom entediado.
Naruto expirou e mudou de posição um pouquinho. Tinha que haver uma maneira de passar por esses caras. Eles só precisavam pensar em uma. Talvez ele pudesse distraí-los. Ele nunca tinha tentado nada em guardas, mas havia uma grande chance que as coisas não mudariam muito. Eles o perseguiriam, e eventualmente o perderiam. Talvez ele teria tempo pra sair de Konoha antes que eles voltassem.
Logo antes dele pular pra fazer algo que poderia tanto ser considerado tanto incrivelmente corajoso ou incrivelmente estúpido, ele ouviu um som de rodas se aproximando. O grupo se virou para ver uma carroça coberta movendo-se na direção deles, dois homens movimentando-a para os portões, e eles estavam pausando frequentemente.
"Essa coisa pesa uma tonelada." O mais novo dos dois se queixou.
"É." O outro concordou. "Vou te dizer uma coisa, nós viajaremos a maior parte da noite de qualquer forma, então vamos pegar uma bebida antes de a gente partir para nos dar alguma energia."
"É!" O primeiro disse entusiasmado.
Ambos os homens levaram a carroça até um canto e se afastaram para um bar próximo. Naruto sabia que eles estavam quase sempre abertos. Até a loja de ramen onde ele sempre comia fechava eventualmente, mas essas coisas pareciam estar abertas toda hora. Vagamente, Naruto se perguntou o que exatamente essas 'bebidas' que os adultos bebiam eram de verdade. Ele tinha tido mais experiências que a maioria das pessoas com pessoas que tinham tido demais dessas 'bebidas'. As pessoas que viviam embaixo dele sempre pareciam estar tomando umas, e eles faziam as coisas mais estranhas. Eles iriam rir, chorar, abraçar um ao outro, socar um ao outro sem nenhuma razão e... falar sobre suas mães.
"Hey, eu tenho uma ideia." Naruto anunciou.
"O que?" Sai perguntou.
"Esses caras tão saindo de Konoha, certo?" Naruto perguntou.
"Sim." Sasuke assentiu com a cabeça.
"Eles tem uma carroça grande que está coberta, certo?" Naruto perguntou.
"Certo." Neji tinha um pequeno sorriso de lado quando viu aonde ele queria chegar.
"Bem..." Naruto começou.
"N-nós poderíamos nos esconder lá." Hinata sussurrou.
"Certo." Naruto sorriu.
Lentamente eles rastejaram até a carroça. Naruto tinha certeza que o som de seu próprio coração batendo iria avisar os guardas. Ele estava batendo tão rápido. Ou e se ele espirrasse, ou algum outro espirrasse. Naruto pisou em falso, mas antes que ele caísse, Hinata agarrou a parte de trás da camisa dele. Pareceu uma eternidade antes que eles conseguissem alcançar a carroça, e até mais longo antes que eles se ajeitassem lá dentro. Naruto percebeu rapidamente que seria uma longa, inconfortável viagem.
A carroça estava cheia de recipientes largos, que pareciam pesados. Mal havia espaço para eles seis se espremerem juntos, e com os pergaminhos, se algum deles movesse um cotovelo, todos os outros teriam que se mover, e alguém provavelmente acabaria no colo de alguém.
O pequeno grupo se ajeitou o melhor que podiam em um círculo com os pergaminhos no centro. Ninguém se arriscava a falar enquanto os minutos se arrastavam, todos provavelmente estavam com medo demais de serem descobertos, Naruto pensou, já que esta era a única chance que eles tinham de fugir.
Em algum lugar no fundo de sua mente, ele se perguntou porquê tudo estava indo tão bem. A coisa toda começou a ter um sentimento de irreal, como algum tipo de sonho, mas as palavras de Sai o assombraram.
"Nós não deveríamos estar vivos."
Naruto suprimiu um tremor.
Depois de terem esperado por volta de uma hora, vozes altas demais e de alguma maneira arrastados passos de dois homens se tornaram audíveis.
"Cara, aquilo foi ótimo!" a voz do mais homem mais novo estava de alguma forma arrastada e obscena.
"Sake de Konoha é o melhor!" o outro proclamou.
"Você disse isso sobre o de Kumo também." O primeiro lembrou.
"Eu disse?"
"É."
"Quem se importa!"
Houve um solavanco enquanto a carroça começou a se mover, ambos os homens amaldiçoaram alto sobre o peso e as crianças ficaram sentadas, congeladas com o medo.
"Boa noite." Uma nova voz se pronunciou. "O que vocês estão fazendo?"
"Partindo." O homem mais velho disse. "Nós sabemos que não está no itinerário nos deixar sair a essa hora, mas nós estamos meio que atrás do planejamento, e nós precisamos ir indo, ou o nosso chefe vai nos matar."
"Vocês estão com aquela companhia de entrega, certo?" a voz do segundo Chuunin perguntou. "Bem, nós estivemos trabalhando com vocês por tempo suficiente para saber que vocês não estão com nenhum plano. Nós só faremos a checagem de rotina e vocês podem partir."
"Eu o farei." Uma voz calma e jovem disse. Provavelmente o ANBU.
Sasuke se contraiu de alguma forma.
Naruto olhou para ele de maneira e estranha, e reparou que os olhos dele estavam enormes.
A aba abriu antes que Naruto pudesse pensar em algo, e um homem uniformizado com uma máscara de fuinha estava os encarando. Todos os seis encararam de volta com horror.
O ANBU fez um sinal de mão rápido e um pergaminho apareceu no colo de Sasuke. Não houve nenhum bang, ou nenhum outro som para expor a ação. Sasuke encarou o homem com um tipo de espanto.
"Boa sorte, Otouto." Naruto mal ouviu o sussurro. "Está limpo." O homem disse em um tom normal. "Prossigam."
Houve um outro solavanco quando a carroça voltou a se mover.
"Boa noite, e boa sorte." Um dos Chuunin disse.
Era o começo de um novo dia.
Uchiha andou rapidamente de volta ao Distrito Uchiha. Tudo considerado, ele se sentia meio orgulhoso de si mesmo. Ele não tinha nenhum amor verdadeiro por sua família além de seu irmão mais novo, e se Sasuke estava finalmente farto com o modo com que era tratado e fugiu com alguns amigos, Itachi não iria fazer nada a respeito. Sasule era o único membro de sua família que tinha olhado para ele com amor. O resto do clã, incluindo seus pais, o viam simplesmente como uma ferramenta para ganhar mais poder. Até mesmo seu melhor amigo, Shisui o olhava com total inveja algumas vezes.
Ele não dirá nada para seu clã, talvez eles notariam que um pergaminho valioso que continha cópias dos movimentos originais dos Uchiha tinha desaparecido. Eles notariam aquilo antes que notassem que Sasuke tinha sumido.
Ele virou numa esquina e estava tão envolvido com seus próprios pensamentos que ele não viu a figura de um homem nas sombras.
"Uchiha Itachi?"
Itachi se virou.
Era o começo de um pesadelo.
Hyuuga Hiashi não era um homem cruel. Ele amava sua filha mais velha mais do que ele jamais diria. Ela o recordava tanto de sua esposa morta com seus jeitos gentis e personalidade quieta. Tinha quebrado seu coração desonra-la.
Neji tomaria conta dela. Ele se assegurou. Não havia nada melhor que Hinata podia ter feito do que remover o selo de seu primo. Ele era forte e dedicado. Quando ele tinha algo em que acreditar, ele seguiria isso até morrer. O Conselho nunca teria a deixado ser a nova líder, de maneira nenhuma. Eles teriam passado por ela e escolhido Hanabi, que era melhor em esconder seus sentimentos e se comportando da maneira que eles achavam que um Hyuuga deveria.
Se ele só tivesse o poder que as pessoas pensavam que ele tinha.
Os pensamentos de Hiashi foram interrompidos pela porta se abrindo abruptamente.
"Hiashi-sama!" Um membro da família principal estava na porta, parecendo sem folego. "O Hokage está morto!"
"O QUE!" A máscara fria de Hiashi instantaneamente desapareceu.
"Ele foi encontrado no parquinho, assassinado, todos os sinais indicam ninjas da Pedra. O Conselho pediu uma reunião de emergência, mas Danzo já foi nomeado próximo Hokage."
Era o começo do terror.
Era o começo de Hakumei.
Pryotra:
Notas finais:
Sobre Sai: Eu gosto do Sai, e eu acho que seu personagem foi negligenciado no mangá. Além disso, ele está um pouquinho fora de seu personagem porque ele é mais jovem e ainda não passou por todos os mesmos treinamentos que seu eu mais velho. A razão pela qual ele não matou todos os outros e disse a Danzo que ele tinha matado todos os testemunhas é bem simples: Danzo o teria matado de qualquer forma. Ele não permitiria que ninguém, inclusive seus seguidores, soubesse o que ele tinha feito.
Sobre Itachi: Eu tinha que ter alguém checando a carroça, já que realmente, se eles não checassem não faria sentido. Além disso, isso é UA (Universo Alternativo) e eu já disse que teria algumas diferenças entre isto e o mangá.
Sobre casais: Eu estou de braços abertos para qualquer casal, mas eu me recuso a escrever qualquer casal yaoi. A coisa mais próxima de yaoi que eu consigo escrever é aquela coisa "Lee" "Gai-sensei" com o pôr-do-sol atrás deles, então por favor, não peça yaoi.
Os personagens principais que precisam de um casal são:
Kimimaro
Haku
Shikamaru
Konohamaru (ele vai ter sua parte nessa história)
Kiba
Eu estou aberta para mais sugestões.
Por favor mandem um review e me digam o que vocês acharam desta história, e se eu devo continuá-la,e votem nos casais. Todas as críticas e ideias são bem-vindas.
- Pryotra.
Minhas Notas:
Esse cap demorou pra caramba pra traduzir. Eu ainda não tinha pegado o ritmo da tradução, então demorou muito .
Bom, a votação dos casais não está mais aberta, óbviamente. Esses caras já tem casais, e eu VOU continuar essa história. Isso aqui foi na verdade um pedido de um amigo meu, e eu fiz disso minha obrigação. Lembrem-se também, até agora só há 31 caps na história original, e não está terminada. Ou seja, depois do cap 31, tudo dependerá da nossa querida Pryotra!
Ja ne :3
Kissus de Brownie,
Ano Aoi Sora
