Heroes Fan Fic Oficial
Autor: Fic Coletiva, autores em ordem alfabética - Cayyan, Jonny-el, Mira, Zero0 (integrantes da equipe do site Heroes Brasil . org )
Título: Heroes Brasil - Fanfic Oficial – Vol.01
Capa: link no meu profile
Sinopse: O governo Americano descobriu a existência de especiais, e agora está atrás deles... Estejam onde estiverem.
Ship: -x-
Orientação: Hétero
Classificação: Geral
Gênero: Aventura
Spoilers: Volume 3, "Villans"*
*Isso significa que a fic contém informações e segue a linha de tempo até o término do Volume 3, informações posteriores a isso não são obrigatórias a fic. Cronologicamente, "Heroes Brasil - Fanfic Oficial - Vol. 1" se passa durante o 4º Volume da série, "Fugitives".
Formato: Long
Idioma: Português
Observação: Universo Alternativo
Heroes Brasil - Fanfic Oficial
Vol. 01 – Inimigos do Estado
Fic coletiva
Prólogo
A atmosfera sufocante dos países tropicais, somada ao agrupamento excessivo de pessoas nas ruas estreitas da pequena cidade costumava fazer com que estrangeiros como eles se sentissem muito mal, ainda mais vestindo roupas tão quentes como eram aqueles uniformes pretos. Mas, a equipe especial enviada à América Latina, por Nathan Petrelli, era altamente treinada, e com certeza não seriam 40 graus de temperatura, nem a agitação das ruas que os derrubaria. Talvez, a pouca roupa das belas anfitriãs brasileiras. Mas esta era apenas outra faceta da época pitoresca em que eles desembarcaram no país do futebol. Época essa, aliás, escolhida a dedo pelos seus superiores. "Ideal para passarem despercebidos...", diziam os homens de confiança do Senador Americano.
Isto era bem verdade, afinal ninguém parecia se importar muito com os tais uniformes pretos em meio à multidão que passava como uma avalanche pelas ruas estreitas da cidadezinha brasileira. Aliás, dos modelitos que desfilavam em meio aquela confusão regada à bebida, drogas e muito som de tambores, eles eram de longe os mais discretos. Afinal, era carnaval.
Porém, estes oficiais do Governo Americano não estavam no país para curtir todas as maravilhas que o carnaval brasileiro oferece. Muito pelo contrário. A permanência aqui estava condicionada a não chamarem a atenção das autoridades locais, o que poderia gerar sérios problemas diplomáticos. Além, claro, do cumprimento efetivo da missão principal que os trouxe até o Brasil: Localizar e capturar, a qualquer custo, um adolescente "especial" brasileiro.
E em meio a tanta confusão, o grupo de quatro agentes caminhava entre os foliões tentando disfarçar as armas em punho e com os olhares atentos a qualquer movimentação suspeita, até que, finalmente, avistaram seu alvo se dirigindo para um dos pequenos bares que se repetiam ao longo da avenida. Sem dúvida alguma, aquela era a chance ideal para pegá-lo.
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Capítulo I
Papéis, papéis e mais papéis. Ele sabia que o cargo que assumira implicava em muito nisso, mas Daniel Stulbach simplesmente detestava papéis. Se pudesse colocaria fogo naquele monte de fichas e faria uma fogueira digna do melhor São João do país... Mas a época não era propicia, era Carnaval, afinal.
Deixou as costas recostarem na poltrona que ocupava com um leve suspirar. Já nem se lembrava quando fora a última vez que curtira um Carnaval como qualquer brasileiro.
Largou os pensamentos saudosistas de lado e voltou ao trabalho que realizava. Não teria muito tempo para conhecer todos os especiais catalogados em anos ali, e agora que fora chamado de volta ao país para ocupar aquele cargo, ele teria que saber tudo... Nos mínimos detalhes.
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Após a morte de seus pais, André se sentiu um pouco desolado. Natural. Mas, no caso dele foi uma dor ainda mais intensa, pois não mantinha muito contato com o restante de seus parentes. Com seus pais tudo era mais colorido, por isso, sua vida se tornou mais difícil após a morte deles.
Porém, depois de alguns anos, André parecia ter aprendido muito com a vida. Cresceu. E descobriu que não tinha do que reclamar. Fora o amor, ele herdou outra grande coisa de seus pais: uma das maiores fortunas que o país possuía. Um império que ele comandava com mãos de ferro, tanto que lhe era difícil arrumar um tempo livre para simplesmente descansar... Felizmente ele tinha pessoas a sua volta que pensavam nisso por ele.
-O almoço está servido, senhor. – gritou uma voz do alto do iate.
André abriu os olhos e olhou para cima, enquanto aproveitava as marolinhas da água salgada do mar.
-Jane! Quantas vezes tenho que dizer, "não me chame de senhor"?
A ruiva não seu deu ao trabalho de responder a reclamação do patrão. Apenas sorriu e lhe esticou o roupão assim que ele colocou os pés dentro da embarcação.
-E pro carnaval? - perguntou - Tudo certo?
-Perfeitamente. Hotel, roupas, tudo conforme solicitado.
-O que seria de mim sem você?
-Não muito, senhor... - disse ela com um tom sarcástico e um leve sorriso no rosto.
-Jane!... – reclamou ele também sorrindo, e saiu em direção ao seu quarto.
Tomou um banho e caiu exausto na cama, dormindo logo em seguida.
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A correria do hospital não parecia abalá-la, nem tão pouco os gemidos das pessoas que eram carregadas em macas, para cima e para baixo. Aquele era mais um dia comum na emergência do maior Hospital da capital. Acidentados, esfaqueados, vítimas de balas perdidas, acontecimentos corriqueiros na vida da Dra. Santana e dos quais, sua amiga Carolina pretendia afastá-la por alguns dias, finalmente.
-Rafa! – gritou a enfermeira - Rafaela! Espera caramba!
A médica parou de andar muito a contra gosto, era visível na sua feição carrancuda, Carol não ligou a mínima para isso, porém. Estava empolgada demais com o folheto que trazia nas mãos para se importar com a cara feia que a amiga fazia, até porque Rafaela fazia cara feia para tudo mesmo.
-Olha só isso! Não é demais?
Sem o menor interesse Rafaela passou os olhos nas fotos coloridas da propaganda que a amiga enfiara em sua mão.
-Você vai passar o carnaval aqui? – perguntou apontando para o papel, se referindo a cidade que promovia o fantástico e animado carnaval de rua intitulado "o melhor da região".
-Eu, não. Nós vamos! – diante do contorcer de sobrancelha, feito pela morena, ela continuou – Já esta tudo certo, o hotel é bem localizado, dará para pegarmos muita praia e curtir os blocos à noite toda! Você tem biquíni? Preciso comprar um. E uma canga que combine também. Você tem protetor solar? Se bem que o seu não vai servir pra mim, melhor eu comprar um mais forte e...
-Como assim, "nós" vamos? – Rafaela a cortou antes que a outra enumerasse o enxoval de casamento também. Ela falava demais! - Eu não vou para porcaria de cidade nenhuma, Carol.
-Lógico que você vai. É o seu primeiro carnaval sem plantões em anos, Rafa! Você mesma disse isso quando conseguiu trocar a escala.
-Exatamente, e eu pretendo passá-lo em casa...
-Sozinha?
-O Luca...
-... Vai viajar com os seus pais, eu já estou sabendo.
-Hei, quem te contou isso?
A loira abriu um sorriso exagerado, respondendo de forma muda à pergunta da amiga. Só uma pessoa contaria para a boca aberta da Carol sobre seus planos de ficar sozinha no carnaval, e, provavelmente as duas arquitetaram acabar com essa possibilidade juntas.
E quando sua irmã Mônica e sua amiga Carol juntavam forças para tirá-la de casa, era impossível fugir.
-Muito bem... Que horas saímos? – perguntou, desistindo de brigar.
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Casa do Dr. Alex Oliveira.
Laboratório particular.
Sábado de Carnaval, fim da manhã.
O auxiliar entrou pela porta principal do laboratório segurando sua tradicional prancheta de anotações, onde rabiscava algo sobre os experimentos que realizavam.
-Progressos, Dr. Alex! Os ratos reagiram bem à fórmula injetada na noite passada.
-Ótimo Igor, aumente em 0,25 a dosagem, tranque bem as salas e pode ir para a casa. Quero o resto do dia para radicalizar! - brincou o jovem pesquisador.
Alex sempre teve uma relação inexplicável com a natureza, e isso resultava em um costume que sua ex-mulher considerava maluquice, a paixão por esportes radicais, sempre voltados à natureza. Quando os praticava era o único momento em que se sentia verdadeiramente livre.
Bungee Jump, Vôo Livre, Canoagem, Escalada, Mergulho, Montanhismo, Mountain Bike, Parapente, Rapel, Snowboarding eram apenas alguns dos seus hobbys... Hoje ele se dedicaria ao pára-quedismo, e seu auxiliar sabia bem disso.
-Tome cuidado doutor... Ainda quero meu emprego amanhã, hein?!
Os dois caíram na risada, como sempre, e logo se despediram.
Alex vestiu sua roupa de pára-quedismo, pegou seus equipamentos, entrou no seu Captiva cheirando a novo e foi em direção ao aeroporto local, onde se encontraria com alguns amigos.
Dentro do carro, ao som de Aerials – SOAD, Alex cantava alto sua canção favorita. Seria a primeira vez que saltaria sozinho, estava animado. Testaria o novo equipamento, recém-adquirido.
Já dentro do avião, ele fez sua oração habitual e, quando alcançaram a altitude planejada, saltou.
Vento no rosto, a sensação de liberdade que vinha com a queda livre... Mas algo não saiu como deveria, as alças que disparam o pára-quedas emperraram e mesmo com toda sua experiência em saltos, Alex ficou em pânico. Notou seu corpo caindo numa velocidade assustadora, sua adrenalina elevada ao extremo, fechou os olhos bem apertados, já esperando o inevitável e torcendo apenas para que fosse rápido.
De repente algo realmente inexplicável aconteceu... Como em um passe de mágica ele, de alguma forma, não estava mais caindo.
Continua...
