Alone

Em algum lugar de Tóquio, seis e quinze da manhã. Rin Nakamuru, saia mais uma vez atrasada para o seu emprego. Ela vestia uma saia rosa bebe, blusa branca social,um scarpan caramelo e suas bolsas, o único detalhe era, ela estava completamente amarrotada.

Chegando ao seu local de trabalho, logo comprimentou correndo seus amigos e subiu para o último andar.

Esta trabalhava em uma empresa multinacional, seu dono, uma pessoa muito solitária e que todos evitavam contato, Rin era sua secretária, e só tinha contato por telefone, para passar seus recados e compromisso, achava até estranho como trabalhava com uma pessoa a 2 anos e nunca tinha o visto,pois sempre ele era o primeiro a chegar e o último a sair, alguns diziam que ele até morava lá, mas isso era apenas boato.

Organizando suas coisas, Kohako secretário do senhor Jaken, a quem compartilhava o mesmo corredor.

- Bom dia Rin, novamente atrasada, sua sorte e que o Senhor Sesshoumaru nunca a viu.

Rin fez uma cara de mal-entendida.

- É... mas em compensação os esporros que ele me dar no telefone, nem preciso vê-lo.

Debruçou sobre a mesa desanimada. Não demorou muito o telefone do escritório ecuou.

_ Não falei..¬¬ aiai

- Boa dia Senhor Sesshoumaru, o senhor não tem nenhum recado no algo?

No outro lado da linha, uma voz estremamente grossa, mostrava uma certa irritação.

- Obviamente não tenho recados Senhorita Nakamuru, pois como teria se a minha secretária, que eu acho que você ainda é, não estava em seu devido lugar.

Rin engoliu a seco.

- Me desculpe Senhor

- Não quero suas desculpas, não pago por elas. Passe os relatórios imediatamente.

- Sim senhor! Já estou depositando no compartimento.

Rin respirou fundo, começou a trabalhar, a manhã foi muito tumultuada.

No horário do almoço encontrou com suas amigas Kagome e Sango.

Kagome trabalhava em uma firma de advocacia e Sango em uma funerária.

- Oi meninas como estão? - Rin comprimentava alegre

- Certamente melhor que você, tente trabalhar com mortos para ver se é bom.

- Pelo menos você vê seus cliente e eu que nem vejo meu chefe.

-Isso é realmente estranho...E você kagome, porque esta tão quieta?

- Hum...quem..onde??o.O

Todas começaram a rir e fizeram seus pedidos.

- Anda Kah não nos esconda nada, sei que tem algo ai nessa cachola... Sango se divertia com a cara da amiga

- CACHOLA?????O.O hum...e que sabe tem um ajudante novato lá, que sei lá sabe...

- Hum...sei lá sabe..kkkkkkkkkkkk..só vc mesmo Kah e você Rin, agora ficou quieta, vai dizer que também entrou alguém novato ou o Kohako aquele secretário te chamou para sair??Heinnn..

- Nada disso, e que estou cansada, trabalhar para o Sesshoumaru não é fácil.

- Isso porque você nem o vê..

- é...as vezes penso nisso, será que nunca ninguém o viu?

- Ele deve ser muito feio ou sei lá..rsrsrs

- Pára Sango, não sei, muito estranho.

A conversa estava ótima mas a responsabilidade chamava

- Então meninas até amanhã!!Vamos ver um filme, afinal somos filhas de Deus né!

Sango piscando os olhos.

- Ok - falou Rin e Kagome juntas.

Rin já chegou no escritório com a mesa cheia de papéis para revisar e passar para os expectivos donos.

- Ahhh que vida, nem acabei de ingerir a comida e lá vou eu, deve ser castigo por chegar tarde, só pode.u.U

O dia transcorreu tranquilo, até um certo momento.

Rin teve que comunicar com seu chefe que amanhã as seis, dois empresários canadenses chegariam para assinar os contratos.

- Só falta eu ter que trabalhar amanhã...é o fim...ò.ó

Ela telefone para ele, e o telefone toca..toca...toca...

- Ué será que o Senhor Sesshoumaru não esta na sala, mas que eu saiba não tem outra porta, será que tem? Rin falava lembrando o único dia que havia entrado naquela sala, isso quando a decoração estava mudando e o Sesshoumaru estava viajando.

Continuou insistindo e nada dele atender.

Arriscou bater na porta, e nenhum sinal.

Começou a ficar preocupada, pois não fazia nem trinta minutos que havia falado com ele.

Sentou e esperou um tempo, às vezes ele estava ocupado no toillete.

Passaram-se mais trinta minutos ela retornou.O telefone continuava tocando e ele nada de atender.

Bateu na porta de novo, respirou fundo e abriu lentamente.

É hoje que eu perco meu emprego - pensou Rin

Entrou no sala e não viu ninguém, chamou e nada, andou pela sala até que algo chamou sua atenção.

Um perna estirada no chão

- SENHOR!!!

Ela chegou perto e viu um homem desmaiado, longos cabelos prateados, e umas marcas no rosto.

Rin sabia que seu chefe era youkai, só não imaginava que era tão bonito, ou diria lindo.

Abaixou e começou a chama-lo, pegou um pouco de água e umideceu seu rosto, passou um pouco de wisky em seu nariz como via nos filmes..

Não demorou muito, grandes olhos dourados abriram lentamente.

Rin abaixou a cabeça, afinal era ordens de nunca entrar naquela sala enquanto ele permanece-se ali.

- Mil des..desculpas Se..Senhor, e que eu achei estranho o senhor não me responder ...ten..tentei por horas..

Sesshoumaru nessa hora já estava sentado no chão.

- Não sabia que minha secretária gaguejava. - usava sempre o tom habitual, frio.

- OH não é ...que...

- Tudo bem, pode se retirar.

- Mas senhor quer que eu chame o médico, o senhor ainda parece abatido?

- Já disse para sair.

Rin saiu com muito contragosto da sala, estava realmente preocupada.

Voltou a fazer seus serviços e de hora e hora ligava para saber se ele estava bem, lógico que nunca perguntava, mas sempre inventava alguma coisa para ele atender o telefone.

Foi assim o resto do dia, até a hora de ir embora.

Rin já permanecia no em casa, agora não conseguia parar de pensar no que aconteceu, o que o seu chefe tinha e porque ele se escondia daquele jeito, sendo este tão bonito.

- Ahhh será que agora eu terei um relacionamente melhor com ele em Wish?

Wish era seu gatinho.

- Miau... - lambendo as patinhas

- E também acho que não - desmostrava desânimo

Rin tomou seu banho e foi relaxar, afinal era sexta e não trabalhava no sábado.

Em outro lugar de Tóquio

Sesshoumaru descansava em sua poltrona.

O que ela deve esta pensando agora...maldição, tinha que acontecer isso justo lá...

pensava com seu copo de wisky na mão.

Não tem importância,segunda eu a demito.

E foi tomar seus rémedios e deitar.

Segunda...

- Milagre acontece hein, Rin... - falava Kohako com ar brincalhão.

- Não enche..

- Ihhh tpm é..rsrs

- Cala boca Kohako..

Ao meio da discurssão dos dois, Sesshoumaru pedi para Rin entrar em sua sala.

O espanto foi tanto que ela acabou deixando cair o telefone de suas mãos.

- Sim, Sim, já estou indo. "Será que ele esta passando mal de novo?" - pensava a jovem

Bateu na porta e entrou.

- Sim senhor Sesshoumaru?

- Tome.

- O que o senhor que que eu faça com isso?

- Essa é sua carta de demissão, acho que agora você sabe o que fazer, tenha um bom dia.

Rin estava espantada, tanto, a ponto de continuar no mesmo lugar.

- Vai continuar ai senhorita?

- E...e ...senhor..mas por que? acabou que ela perguntou sem perceber.

- Por que? Este arqueava a sombrancelha

- É nada, deixa...muito obrigada por tudo.

Saiu cabisbaixa, sabia que andava chegando muito atrasada, mas que ia mudar,não pensava que ter ajuda-lo, daria em sua demissã que haviam avisado ela quando entrou, mas ele estava estirado no chão!

Pegou suas coisas,passou no RH, não se despediu de ninguém e saiu.

Agora tinha que pensar no que fazer, afinal o dinheiro uma hora iria acabar.

No escritório

Sesshoumaru achou melhor ir para casa, já que estava sem secretáém não se sentia muito bem, pegou o elevador particular que levava a garagem, uma área restrita.

Dirigia tranquilamente, mas como seu médico havia avisado...

Em uma das estradas, um enorme barulho foi ouvido de freios, por sorte ele estava com cinto de segurança, que amenizou o efeito da batida no poste.

Meia hora depois, ambulância e policias estavam no local.

Em seus pertences, seus documentos e seu celular.

Como procedimento, um dos policias vasculhou a agenda, sendo que esse só havia um número.

Em casa

Rin já estava com os classificados de emprego na mã seu celular toca.

- Alô?

- Senhorita Nakamaru?

- Sim é ela mesma. O que deseja?

- Me desculpe encomodar e que estou com um jovem rapaz aqui no Hospital Central, e este só tinha seu número no que sejam conhecidos.

Nesse momento Rin estava desesperada, "quem seria?"

- E poderia me dizer o nome?

- Ah sim, espere só um minuto..

Um minuto depois..

- Sesshoumaru Taisho

-QUE??Sim, sim, já estou indo, qual a sala?

- Sala 47, estamos esperando senhorita..

--Sim, sim, tchau.

Rin pegou sua coisas e saiu desparada atrás de um táxi.

"Senhor, mais o que ele estava fazendo essa hora na rua, que eu saiba ele só sai de noite"

Chegando no hospital, Rin atropelava a todos até chegar na recepção.

- Sou Rin, é Nakamuru, o Senhor Sesshou...

- Calma Senhorita, uma voz atrás de si pronunciou

- Oi, sou a Rin .. então como ele esta?

- Calma ele esta bem, não aconteceu nada grave, só um pequeno corte, mas nada demais..

-Ahhh sim - respirou aliviada

- A chamei aqui pois percebi que você é o único contato dele, por acaso é ou conhece algum familiar dele?

- Hum, que eu saiba o senhor Sesshoumaru é sozinho.

- Foi o que suspeitei, então gostaria que a senhorita, se não for encomodo, ficar uns dias na casa dele.

- Na casa dele?O.O

- Sim!! Não é por causa do acidente e sim pelo estado de saúde dele.

- Estado de saúde?

- Venha senhorita, acho que deve saber.

Rin acompanhou o médico até o escritório, algo dizia que não era nada bom.

- Sente-se aqui por favor, então como estava dizendo o estado dele não é nada bom.

- Nada bom,como assim?Ah eu sei que ele não se alimenta muito bem, vai até ser bom eu passar uns dias com ele, deve ser isso né, anemia?

- Não, não é anemia, é muito mais complexo o caso dele, o que ele tem é câncer.

- CÂNCER??Não pode ser..

- Pelo que vi ele sempre conviveu com isso, e os diagnósticos mostraram uma evolução muito rápida na doença e como ele não faz quimioterapia.

- Mas ele tem cura né?

- Não senhorita....Sesshoumaru... tem pouco tempo de vida.

- Que?? O.O

Nessa hora Rin não aguentou, mesmo não tendo contato com ele, sentia triste, pois agora entendia porque ele ficava tão sozinho e o quanto ele devia sofrer, chorava por sua tristeza.

- Claro doutor, ficarei o tempo que for preciso.

- Saiba que não será fácil, pois pelo que percebo ele distanciou de todos..

- Tudo bem, pode deixar, sou teimosa...

Ainda com algumas lágrimas rolando

- Muito obrigada doutor, quando eu irei acompanhá-lo?

- Hoje mesmo, assim que ele acordar.

- Certo.