Ele
abriu os olhos, estava começando a despertar, tranqüilo e
calmo, se espreguiçando sob suas cobertas como um gato. (o que
ele nunca deixou de ser) O quarto ainda estava escuro, com certeza
seus colegas de quarto ainda não haviam aberto as cortinas.
Cobriu a cabeça com o pesado cobertor verde e prata, se
encolheu; estava frio demais para levantar cedo, era sábado,
podia ficar na cama. Não, ele não podia. -Bom
dia, Draco! – as suas cobertas foram puxadas violentamente de cima
dele e o barulho das, cortinas se abrindo o alertaram, fazendo com
que fechasse os olhos para a claridade, tanto a pouca claridade que
entrava pela janela quanto a claridade que a enorme quantidade de
velas em volta da cama produzia. -Nossa! O Draco dorme só
de cuecas! – outra voz aguda o tirou do silêncio de seu
dormitório. –Olha, gente! Ele não dormiu a noite!
Está cheio de olheiras! -Não! Eu não
estou! – ele perdeu a calma, ainda lutando para permanecer envolto
pelas suas cobertas fofas, pesadas e quentes. – Vamos me
deixem! -É, ele realmente tem bastante bumbum! -Vocês
não tem nada de mais importante para fazer não? Eu
queria dormir! – ele abriu os olhos novamente e olhou na direção
das pessoas que o acordaram de seu sono. Pansy e suas
"amigas". Todas elas riam debochadamente dele, ele se
sentia completamente vermelho, envergonhado e... acabado. Queria
dormir e fazer com que aquelas garotas parassem de olhar seu
bumbum. -É melhor se levantar, e agradecer ao Goyle por
nos deixar entrar no dormitório e te acordar, aliás,
você precisa convencer a Weasley, ou você se
esqueceu? -Mas eu ainda tenho duas semanas! Vocês acham
que em duas semanas eu não conseguiria convencê-la? –
Draco se sentou na cama enquanto pegava suas calças no encosto
da cama. -Se quer saber a verdade. Eu acho que você não
conseguiria nem em dois anos! – elas deram mais risinhos
chatos. -Tudo bem! Tudo bem! Eu vou procurá-la! Agora
saiam do meu dormitório antes que eu estupore todas vocês!
E parem de mexer no meu malão, não tem cuecas aí
dentro! – ele berrou para uma garota de cabelos pretos que, junto à
uma garota de cabelos tão brancos quanto o de Draco, fuçavam
sua mochila. -Ok, Draquinho! Todas aquelas "loucas
de pedra", pelo menos era assim que Draco se referia à elas,
saíram do dormitório, e Draco se levantou de sua cama,
em direção ao banheiro. Um banho, era o que ele mais
precisava, não conseguira dormir direito na noite anterior,
estivera pensando em um jeito de convidar a Weasley para o baile. Se
ele conseguisse convidá-la, pelo menos uma aposta estaria
ganha. Saiu do banho secando seus cabelos e ainda enrolado
somente pela toalha; certamente, aquela aposta fora uma tentativa de
suicídio. Um cara como ele não poderia sair por aí
com uma "traídora-de-sangue" ao lado. hr Estava
caminhando sem rumo pela escola à um bom tempo, foi aí
que se lembrou do dia no lago. Lembrou-se do exato momento em que ela
o beijou, e ele sabia que ELA havia o beijado, se lembrou das
sensações de tê-la entre seus braços, era
diferente do que ter qualquer outra garota. Mas, o que ele estava
pensando! Homens são iguais, mulheres... cada uma é de
um jeito diferente. Mas ela, era diferente ao ponto estremo.
( lembrança
de Draco ) Ela
espalmou as mãos no peito dele, sem parar de beijá-lo.
Ele investiu com a língua na boca dela. Ela resistiu. Ele se
inclinou um pouco sobre ela, e os corpos se aproximaram um pouco
mais. Ele se irritou com a resistência da ruiva e mordeu o
lábio dela. Ela soltou um gemido de dor e tentou se afastar.
Ele continuou à segurando, e deu outra investida com a língua
na boca dela. Dessa vez ela deixou. O que interrompia os dois agora
era outra coisa." /i Se sentiu um completo idiota, é
claro que ela o beijou por que viu o irmão por perto, e
infelizmente ele não reparou que o Weasley estava por ali
junto com o Potter. Olhou para o lado, lá estava ele, o
lago, o encarando com a sua imensidão marinha. Tão...
chamativo. Caminhou até bem perto e parou em sua margem,
queria entrar, mas não queria encontrar outra sereia de saia e
ainda por cima cínica. Se ele encontrasse, não seria
nada interessante. Ela tinha uma mão bem pesada, e não
estava com vontade de levar outro soco dela. -Perseguição!
Isso é impressionante! Você me acha em todos os lugares,
garoto! – ele ouviu uma voz berrando. – Viu? Culpa de sua loucura
de ficar me agarrando, vamos ter um baile idiota entre sonserinas e
grifinórias. -É. – ele apenas falou, quando se
virou na direção da voz e viu que era Ginny quem
berrava com ele. -Como assim: "É"! Fala alguma
coisa, ta passando mal, Malfoy? – ela continuou, agora parando ao
lado dele. -Weasley, calada, ok? – ele pediu. -Você
é um idiota como qualquer outro, Malfoy. Não fica por
aí dando ordens em todos que aparecem na sua frente, um dia
você pode se dar mal e levar um soco de uma garota tão
forte quanto eu. – ela falou séria. -Você não
sabe o quanto você é irritante! -Ah! É
claro que eu sei! Sou tão irritante quanto você! Quer
dizer, um pouco menos por que ser igual a você, ninguém
merece. -Por que você veio me irritar? Eu estou tentando
pensar em uma coisa, e para pensar nisso, preciso estar em paz! -Eu
queria perguntar se não quer me convidar pra o baile. Sabe
como é né? Eu não tenho ninguém para ir e
duvido que você tenha, então pensei que talvez você
quisesse ir comigo, acho que eu acabei com a sua vida, não que
isso fosse concertá-la mas, sei lá, melhoraria? Ele
ficou feliz! Nossa, de onde ele tirou tanta felicidade ele não
sabia, ficou tão feliz que perdeu a noção de
seus atos fez uma coisa inesperada: -Não! É
claro que não. -Tudo bem! – ela sorriu simplesmente.
– Eu vou embora e a gente finge que nada aconteceu. -Sua
Weasley idiota! Olha só o que você fez! Quer dizer, que
você fez eu fazer! Eu fiz besteira, sua estúpida!
Idiota! Imbecil! Ginny o olhava assustada. O que ela realmente
tinha feito de tão mal à ele? -Tapada!
Retardada! Nunca vi alguém tão crucialmente louca! Eu
quero que vá ao baile comigo! -Ãh! – agora
sim ela estava assustada, depois de xingá-la tanto como
ninguém havia xingado antes, ele à convida para o
baile? – Nem morta, Malfoy, pode esquecer! Dizendo isso, ela
virou as costas e começou a caminhar em direção
ao castelo. Sim, aquela foi a coisa mais burra que Draco já
fizera na vida. Desperdiçou sua chance de ganhar a aposta num
piscar de olhos. É, ele estava ferrado.
i "Draco sentiu-se sendo agarrado e
puxado, logo após, sentiu a boca dela tocar na sua. Tocar não
seria a palavra certa; talvez tentar engolir caísse muito bem.
Draco à envolveu pela cintura e seguindo o ritmo acelerado da
garota, começou a beijá-la. As bocas se acariciavam tão
ferozmente que talvez estivessem sentindo dor, ou não, talvez
seus lábios estivessem dormentes demais para sentir qualquer
coisa a não ser um desejo de continuar se beijando.
