Título original: Dreams
Autora: rawrchelle
Sinopse Original: Sasuke/Sakura. "Come with me, Sakura." His words were so soothing, his touches so intimate, his kisses so real. Or, maybe, she just wanted them to be.
N/T: Essa foi uma das primeiras fanfics SS que eu li, e graças a ela eu acabei criando conta no só para favoritar, porque eu simplesmente me apaixonei. Espero que vocês gostem e comentem dando suas opiniões.
Lembre-se que essa fanfic foi escrita pela diva, rawchalle, e traduzida, apenas traduzida, por mim. E que quando essa estória foi criada o mangá nem pensava em terminar, portanto, muitas coisas não batem com o enredo original de Naruto.
Fanfic traduzida com a autorização da autora!
Explicações: Itálico=Pensamentos/lembranças/acontecimentos passados/Sonhos.
Avisos: "M" avaliado para referencias sexuais/cenas no futuro, e linguagem imprópria.
Sonhos
À primeira noite.
As pessoas veem os sonhos de formas diferentes. Alguns têm sonhos estranhos. Alguns têm sonhos agradáveis. Alguns, simplesmente, não têm sonhos.
Alguns disseram que os sonhos não eram nada. Alguns disseram que eles eram uma invenção de suas imaginações. Alguns disseram que esses sonhos representaram suas vidas a partir de uma nova perspectiva. Alguns disseram que era o que você queria ser, de fato.
Mas, Haruno Sakura disse que os sonhos eram tão reais quanto a sua própria vida.
X
Missão: Capturar Uchiha Sasuke por todos os meios possíveis. Mantê-lo vivo e trazê-lo de volta para interrogatório.
Sua equipe foi bem diferente do que ela estava acostumada. Era estranho para ela olhar para seu lado direito e não ver o cabelo brilhante de Naruto, mas, ao invés disso, os cabelos castanhos e longos de Hyuuga Neji soprando ao vento. Era incomum virar-se para o lado e encontrar o rosto mascarado de Nara Shikamaru ao invés da expressão estoica de Sai. E ela, certamente, não gostava de olhar para trás e encontrar Tenten em sua roupa ANBU substituindo o cabelo prateado de Kakashi em sua visão periférica.
Não que ela não gostasse da sua nova equipe. Ela só... Não estava acostumada a isso.
Ser um membro da ANBU, recém-nomeada, mudou bastante coisa em sua vida. Primeiro de tudo, aqueles que não fossem shinobis não deveriam saber quem você era. Em segundo lugar, você raramente tem que trabalhar com pessoas de rankings mais baixos. Mesmo que você fosse o capitão do esquadrão, você estaria numa equipe repleta de jounins.
Isso significava que até Naruto passar em seu exame ela raramente trabalharia com ele. E isso, por si só, era triste.
Sakura se sentia orgulhosa de ser capaz de se tornar um deles. A ANBU era a elite. O melhor em tudo. Porém, era difícil se adaptar. O que ela mais odiava era a sua máscara. Ela mal podia respirar corretamente, e sentia-se como se estivesse sendo protegida do mundo, ou talvez, protegendo o mundo dela. Entretanto, ela não podia deixar sua mente vagar agora. Ela havia sido atribuída a esta missão, e a missão era encontrar Sasuke e trazê-lo de volta. Ela não falharia desta vez. Ela não se permitira a isto.
X
Ela não acreditava nos sonhos que teve até completar seus dezessete anos. Na verdade, Sakura não era muitas coisas antes de completar dezessete anos.
Muitas pessoas disseram o quanto ela havia mudado nos últimos anos. Agora, com dezenove anos, ela era mais madura, e ela gostaria de pensar que era uma pessoa melhor agora do que antes. Mas, isso era questionável. Na verdade, um monte de coisas sobre ela era questionável.
Foi um fato bem conhecido ela ter sido apaixonada por Uchiha Sasuke. A Godaime havia arriscado esta missão, colocando-a na equipe para encontra-lo. Ela não tinha certeza se esses sentimentos ressurgiriam novamente no meio da batalha. E, Sakura, realmente, realmente, esperava que não. Como se ela já não se sentisse desconfortável o bastante.
Ela não tinha certeza se poderia diferenciar seus sentimentos. Com os laços fraternos de Naruto – mesmo que fosse de um só lado – e as orientações, aluno-professor, de Kakashi, ela não poderia garantir que só sentiu amizade para com o membro ausente de sua equipe. "Será que os sentimentos vão além disso?" Ela não tinha certeza se ela queria saber ou não.
A vida era engraçada dessa forma, supôs. Um monte de coisas era engraçado, na verdade.
X
Na primeira noite, Sakura não esperava nada.
Quando sua equipe montou o acampamento, ela resolveu explorar os arredores. Esta missão era de extrema importância. Ninguém poderia cometer um único deslize. Quando Sasuke havia sido localizado na fronteira do País do Fogo com o País do Vento, foi uma surpresa para todos. Era como se ele estivesse deliberadamente a ser visto, e deixando rastros.
Houve uma alta probabilidade de ser uma armadilha, todavia, eles estavam indo até lá para leva-lo de volta.
À noite ainda estava clara quando ela pulava sobre os galhos das árvores. As fendas em sua máscara limitava sua visão, e ela a retirou, tendo quase certeza de que não encontraria nenhuma pessoa em seu caminho, de qualquer maneira.
Ela tomou uma respiração profunda, contente por poder respirar corretamente. Pendurou a máscara na cinta de seu quadril. Ela retornou pelo mesmo caminho, agora com a energia renovada. Foi uma noite agradável. Sua missão estava sendo boa neste início.
Ela brevemente se perguntou o que Naruto estaria fazendo. Não estava autorizada a dizer sobre o que sua missão era, e isso a deixava extremamente preocupada sobre como ele reagiria se soubesse, e o quanto Tsunade-Sama teria de explicar quando ele descobrisse a verdade e invadisse seu escritório, exigindo uma explicação do por que ele não foi atribuído a esta missão. Doía-lhe um pouco saber que não estava perseguindo o Uchiha com as pessoas que deveriam procura-lo, como Naruto, kakashi-Sensei e até mesmo Sai. Entretanto, ela supôs que não poderia ajuda-lo, porém, ela desejava poder fazê-lo.
Aterrissou silenciosamente sobre a grama, e viu um pequeno rato correr para longe de sua presença. Na verdade, agora que ela tinha notado, a área estava um pouco quieta demais. Não houve pios de coruja, ou silvos de grilos. Era como se alguém tivesse... Perseguido todos a fora.
Ela balançou a cabeça e riu internamente de si mesma. Talvez sua equipe tivesse assustado os animais. Talvez seu chakra fosse muito opressivo.
O vento agitava as folhas suavemente atrás dela, e ela ficou tensa. Sua mão abaixou até seu quadril para encontrar sua máscara e coloca-la de volta na face, porém, ela pensou melhor e puxou uma kunai, do seu coldre, no lugar. Desde o início da noite não havia vento na área.
Uma risada profunda ressoou através do ar, e ela não se moveu.
— Você acha que pode me vencer com isso, Sakura? — lamentavelmente, a voz era muito familiar. Ela não quis reconhece-lo. Ainda não, de qualquer forma.
Ela engoliu em seco. — Você está dizendo que uma kunai não vai me salvar... Sasuke-Kun?
X
Um dos sonhos favoritos de Sakura foi aqueles onde Sasuke realmente a amava de volta. Eles foram os que ocorreram com mais frequência.
Havia muitos cenários diferentes. Às vezes, ele iria lhe confessar um dia depois de uma missão de treino, depois que Naruto e Kakashi-Sensei fossem embora. Em seguida, eles iriam a um encontro juntos. Às vezes, ele apenas iria beijá-la sob o céu azul. É certo de que foi sempre melhor quando ele a beijou na frente da Ino.
Em vários sonhos, até mesmo Naruto e Kakashi-Sensei estavam presentes como testemunhas. Ela ficaria corada, brincando com os dedos e não saberia para onde olhar, enquanto ele lhe confessaria seus sentimentos, em seu costumeiro jeito frio, completamente impassível.
Mas, claro, isto eram apenas sonhos. Eles não se tornariam realidade.
X
Ela não esperou por sua resposta. Ela não queria ouvir sua resposta. Ela estava com medo do que ele poderia fazer a ela.
Girando na sola de seus pés, ela levou a kunai em direção a ele, apenas para ouvi-la colidir com o metal de sua katana. Ela teve o cuidado de deixar de olhar para o rosto dele, não por causa de seu sharingan, mas por causa dos sentimentos que podiam se agitar dentro dela. Sakura, não tinha muitos pontos fracos, mas quando ela tropeçou em um, ele funcionou muito bem contra ela.
E Sasuke era sua maior fraqueza.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou ela, pressionando a lâmina dura contra a dele. O guincho de arma contra arma era desagradável para seus ouvidos, e qualquer harmonia que costumava ter no ar havia desaparecido. — Você foi visto pela última vez 20 milhas a partir desta área.
Ele ignorou completamente a sua pergunta, e perguntou uma de sua autoria. — Onde está Naruto?
Seus olhos se estreitaram e ela saltou para longe, olhando para seus pés, porque, pelo amor de tudo o que ela amava, ela não poderia encarar qualquer outro lugar. — Por que isso importa para você?
— Eu imaginei que se você estivesse aqui, então o resto deles também estariam.
O resto deles. Foi assim que ele se referiu a eles. Não a equipe, nem o Time Sete, nem o Time Kakashi – mas sim, o resto deles. Ela mordeu o lábio inferior em frustação. Só de ouvir a voz dele, uma onda enviou pequenas vibrações para o seu estômago, e ela repreendeu-se por ser tão facilmente influenciável. Foi estupida, pensou. Fazia seis anos, e ele ainda poderia afetá-la de uma maneira que ninguém mais poderia.
— Estou com uma equipe diferente. — respondeu ela, com a maior indiferença que pôde. — Naruto está de volta à vila.
— Olhe para mim, Sakura. Meu sharingan está desativado. — seu tom era um comando, e algo lhe dizia que poderia haver consequências sérias se ela não lhe desse ouvidos.
Então, ela olhou.
Ele estava tão bonito como ele sempre foi. Pele pálida, cabelos negros e espetados, maçãs do rosto aristocrático, olhos obsidianas rígidos, e delicados lábios. Sua testa estava vazia, onde deveria conter sua hitaiate sempre que precisasse usar. Ela não pôde deixar de notar o quão bem ele amadureceu ao longo dos anos. Ele era tão perfeito que doía.
— Você... Mudou. — ela finalmente disse, deixando seus braços tombarem quando ele embainhou a própria katana. Sua kunai permaneceu frouxamente presa em seus dedos, pronta para ir a qualquer momento.
Ele anuiu com a cabeça em direção a ela. — Como você.
Ela considerava-se exatamente igual, e se perguntou o que de tão significante poderia ter mudado em si, tirando sua roupa ANBU. Ela manteve-se, relativamente, a mesma ao longo dos anos, tinha certeza. Ela parou de crescer fisicamente um bom tempo atrás...
Ele riu levemente quando notou sua ligeira confusão. —Seu cabelo. — ele disse a ela. — Está diferente.
Sua mão livre subiu, inconscientemente, para seu cabelo cor de rosa. — Oh. Eu tentei deixa-lo crescer um pouco, eu acho, embora ele ainda não seja tão longo quanto antes. — algo nela não podia acreditar que ela realmente estava conversando com um nukenin, mas, outra coisa lhe disse que estar ali era algo muito maior, que isso era tão certo como a terra era redonda.
Ela podia ouvir o sorriso besta em sua voz. — Ainda acredita nesse rumor?
Ela mordeu o lábio, nervosa. Nervosa de como ele a viu, ou o que pensava dela agora. — Que rumor?
— Que Uchiha Sasuke gosta de meninas com os cabelos longos.
Ela permaneceu em silêncio por um momento, contemplando o que dizer, e como seria tão agradável ficar apenas aqui, para sempre, sem dizer absolutamente nada um para o outro. — Não, isso é mais em nome dos velhos tempos, eu acho.
A grama debaixo de seus pés se agitou, e ele virou-se. — Está boa. A sua franja, quero dizer.
Ela ouviu sua Inner rir de todo o coração para ela quando suas bochechas ruborizaram. Esse elogio foi de mais. Sasuke nunca a elogiou. — Obrigado... Eu acho.
Ele não disse mais nada, então ela fechou os olhos e respirou fundo. Ela estava tentada a largar sua kunai e deixar suas memórias flutuarem para anos antes... Entretanto, ela supôs que ela não poderia fazer isso, ou poderia?
— Sasuke-Kun, eu vou ter que terminar a conversa aqui. — seu tom de voz era duro novamente, e ela segurou em sua kunai ainda mais forte.
Ele riu secamente. — Você está aqui para me matar, não é? Tem certeza que você pode fazer isso? — suas costas ainda estavam de frente para ela, mas não havia duvidas de que ele estava tão alerta como ela estava agora.
Seu tom era amargo. — Hokage-Sama nos permitiu mantê-lo vivo. Você terá que nos seguir de volta a Konoha tranquilamente, se não quiser ser levado à força. — ela viu quando a mão lentamente subiu para o punho de sua katana amarrada às costas, e ele puxou-a para fora, a lâmina mais comprida do que todo o seu braço.
— Não vai chamar seus companheiros de equipe? — ele perguntou ironicamente a ela. Todo o calor em sua voz esvaeceu-se, se é que havia algum calor lá para começar.
— Eu não sou obrigada a responder isso. — em qualquer circunstancia normal, onde ela estaria trabalhando com o Time Kakashi, ela teria chamado por eles imediatamente, no momento exato em que o viu. Entretanto, para ser honesta, Sakura estava com medo do que poderia acontecer se ela pedisse ajuda a seus atuais companheiros de equipe. Ela tinha certeza de que eles não iriam pegar leve com ele, e ela odiaria vê-lo à beira da morte. Ela estava confiante em si mesma. Tinha certeza de que ela poderia, pelo menos, imobilizá-lo.
Pelo menos, ela esperava que pudesse realizar tal feito. Ela tinha que fazer.
A cabeça do Sasuke de repente foi empurrada para trás e seus olhos se fecharam por um breve momento - verde contra carmesim – as sobrancelhas franzidas de Sakura quando ela parou um pouco mais à frente, com sua kunai em mão.
Os médicos, geralmente, eram os melhores no taijutsu, e foram treinados para evitar o máximo de danos possíveis. É assim que funciona. Se o médico for morto, a taxa de sobrevivência de sua equipe cairia drasticamente. Sakura poderia se esquivar dos golpes e balanços de sua katana, bem o suficiente, mas ele não estava ferido, e isso era o problema.
— Eu realmente não quero fazer isso, Sasuke-Kun. — disse ela, com os dentes cerrados, chutando a katana de sua mão. Ele fez o mesmo com a kunai, e os punhos dela começaram a brilhar com chakra. Sakura cambaleou para trás com a força do soco, certa de que ele iria quebrar, pelo menos, um ou dois ossos. Ela poderia ter causado um dano maior se quisesse, mas... Bem, ela não queria.
O momento parecia estar durando para sempre, mas deveria ser apenas alguns segundos. Sakura jogou o punho em direção ao rosto dele, e errou.
Bem, não errou. Tinha certeza de que ela teria o atingido se ele não conseguisse pegá-la. Ela encolheu-se quando sentiu e ouviu muitos ossos fraturarem na mão dele. E, no entanto, de alguma forma, o aperto dele em seu punho era tão forte como se ela não já tivesse sido danificada.
— Então não faça. — ele respondeu simplesmente.
Ela piscou. Parecia uma conclusão tão fácil. Quase fácil demais. Ela sentiu o punho cerrado começar a tremer, e ela deixou cair o braço. — Mas eu não posso. — ela sussurrou, estremecendo quando sua voz falhou. — Você não vai voltar voluntariamente...
— Você se lembra da citação shinobi número vinte e cinco? — Sasuke perguntou sem cerimônias, inspecionando sua mão machucada. Ela reparou como a pele estava vermelha; alguns hematomas estavam prestes a se formar se não fossem corrigidos imediatamente.
Ela engoliu a seco. — Um shinobi nunca deve mostrar suas emoções. A missão vem sempre em primeiro lugar.
O nó na garganta era doloroso e, apesar de si mesma, ela estendeu a mão e agarrou seu pulso. Os dedos se mexiam, uns sobre os outros, quando ela se aproximou e inspecionou os danos. — Eu vou curar isso para você. — ela murmurou, esperando que ele não fosse ouvi-la. No entanto, tinha certeza de que ele ouviu.
O chakra na palma de sua mão serviu para um propósito diferente agora; não para machucar, mas para curar. Era uma tarefa simples para ela; encontrar os ossos quebrados e moldá-los de volta juntos. Em menos de um minuto sua mão estava com era antes que ela o tinha acertado.
— Vejo que você se tornou uma boa Iryō-nin. — Sasuke observou enquanto ele flexionou os próprios dedos. — Combina com você.
— Eu não quero os seus elogios. — ela sussurrou, afastando-se dele. — Você me manipulou o suficiente no passado.
— Eu nunca te manipulei. — foi sua resposta imediata. — Você manipulou-se. — e ela estava relutante em admitir que ele estava certo. Ele nunca fez realmente nada; ela apenas seguiu cegamente ele, como um filhote de cachorro pequeno e indefeso.
— Cale a boca. — sussurrou ela, sentindo as lágrimas arderem em seus olhos. — Cale-se. — ela levou as mãos para cima, aproximando-se de seus olhos e secando-os antes que elas rolassem por seu rosto.
— Você me atacou, mas ainda assim você não quer me machucar. Você quer falar, mas você não quer os meus elogios. Bastante contraditório, eu vejo. — disse ele secamente. — O que é que você quer, Sakura? Você realmente quer que eu volte para Konoha, ou você apenas quer-me?
Ela endureceu. Ela odiava quando ele a fazia adivinhar-se.
"A ignorância é a felicidade." Inner Sakura bufou, revirando os olhos.
— Eu... Não sei. — ela finalmente conseguiu dizer com a voz trêmula. — Eu só sei que a minha missão é levar você de volta. Seja ou não, eu quero que isso não tenha nada a ver com a missão. — ela sentiu a mão em seu ombro, e ela ficou imediatamente tensa. As palavras "não me toque" ficaram apenas penduradas em sua língua, porém, de alguma forma, não iriam deixar sua boca.
O "Hm" usual que ela sempre costumava ouvi-lo dizer deixou os lábios dele. — Não me diga que você ainda nutre esses sentimentos inúteis comigo.
— Talvez eu ainda continue. — ela retrucou, indignada, imediatamente lamentando sua decisão.
Ele virou-a, seu sharingan ativado. Ela estava perto o suficiente para ver e contar todos os três tomoe, reunindo-se num impasse nessas, aparentemente, poças de sangue. Ela estremeceu quando se lembrou de como eles se assemelhavam ao selo amaldiçoado que Orochimaru o deu anos atrás.
— Você é fraca. — ele disse a ela, simplesmente, sem qualquer expressão.
Ela lutou para manter a compostura. — Apenas para você.
E o que a surpreendeu mais foi o fato de que ele se inclinou para baixo, ainda mais perto do que antes. Ele deveria estar muito desesperado para coloca-la num genjutsu. A respiração dele fez cócegas em seus lábios, e ela simulou o impulsou de engolir, com medo de quebrar o momento. Sua respiração engatou quando ele inclinou-se, ainda mais perto.
E então ele a beijou.
Ela não tinha certeza se desmaiou pela sensação de ter os lábios pressionados aos dele, ou se ele pressionou um ponto de pressão na parte de trás do seu pescoço.
X
Aquele que possuía o sharingan tinha o olho da visão, e o olho da hipnose. Sakura soube disso em sua primeira missão rank-C.
Quando ela viu Kakashi-Sensei colocar seu olho em ação, ela achou incrível. Usando o olho da visão para copiar imediatamente os movimentos de Zabuza e, em seguida, o olho da hipnose para controlar seus pensamentos e mostrar-lhe uma ilusão. Ele tinha abaixado à guarda do nukenin, e quase o matou.
Ao longo dos anos, Sakura tinha quase se esquecido da capacidade do sharingan em copiar os movimentos e criar ilusões na mente. Foi mais conhecido por criar ilusões. Até mesmo agora, não tinha duvidas que seu ex-sensei continuou copiando movimentos, porém, ela raramente viu seu olho em ação, por isso, manteve-se ligada a isso até certo ponto.
Ela se perguntou se Sasuke nunca usou seus olhos assim. E então, ela percebeu que talvez, ela não quer saber.
X
Os olhos de Sakura se abriram para encontrar-se olhando para o céu estrelado. Ela piscou uma vez, duas, três vezes, antes que ela descobriu estar deitada de costas, com um fogo crepitante à sua esquerda.
Grogue, sentou-se, estremecendo quando uma pontada na cabeça lhe atingiu. Ela olhou em volta. — Shikamaru? Tenten?
A kunoichi das armas sorriu para ela. — Você não voltou para cá, por isso ficamos um pouco preocupados. Neji usou o byakugan e te encontrou dormindo contra uma árvore. Se você estivesse se sentindo cansada, poderia ter nos dito, você sabe. Nós poderíamos revisar a guarda, alguém olharia por você.
Ela colocou a mão na parte de trás de sua cabeça, e com um pouco de chakra, cautelosamente, sua dor de cabeça desapareceu. — Então, onde está Neji agora?
— Patrulhando. Ele disse que está um pouco preocupado porque você não é o tipo de pessoa que se sentaria e dormiria assim... Numa missão.
Sua mente ainda encontrava-se turva pelo sono, bloqueando as informações que precisava reunir em seus pensamentos. — Bem, sim, eu estava muito cansada. Eu não tive uma boa noite de sono na noite passada. — ela sentiu os olhos escuros de Shikamaru piscar em sua direção, porém, ele não disse nada. Ele estava deitado de costas, com os braços por baixo de sua cabeça como um travesseiro. Ele observava as estrelas brilharem no céu sem um pingo de vontade.
Lentamente, as lembranças vieram de volta para ela. Sasuke... Sharingan... Beijo...
"Você realmente está ferrada desta vez". Inner Sakura riu, com as mãos nos quadris. "Apenas espere até você ser presa".
Entretanto, sua mente ainda estava nebulosa. Mesmo quando ela superou o sono, ela não conseguia garantir que realmente havia visto Sasuke. Levando sua mão até seu coldre, ela tirou todas as suas ferramentas ninjas, e descobriu que não estava falando nenhuma. Se ela realmente tivesse encontrado ele, ela deveria estar com uma kunai a menos, uma vez que ele chutou sua ferramenta ninja de sua mão.
X
Na primeira noite, Sakura não esperava nada. Mas, no final dela, ela estava muito alerta.
N/T: Espero que gostem da tradução. Dá um cadinho de trabalho, mas eu quero que vocês leiam essa fic maravilhosa *-*
