Sweetencore
GЙnero: U.A/ Yaoi/ (provАvel) MPREG
Disclaimers: GW nЦo me pertence, se fosse assim, eu seria rica e compraria os direitos de Gravitation tambИm, e a vaca da Releka morreria atropelada por um caminhЦo cheio, de suas amigas, galinhas.
⌠Por trАs do Сdio infinito, hА sempre o mais puro amor.■
CapМtulo 1 - O comeГo de tudo
O pequeno garotinho de olhos violetas olhava tudo ao seu redor que, dono de uma beleza incomparАvel, atИ mesmo para uma crianГa de quatro anos, causava curiosidade a todos que passavam por aquela sala naquele momento.
A secretАria que estava sentada atrАs de sua mesa, de vez em quando olhava para o garoto, se perguntando de onde vinha tanta beleza. JА vira os pais da crianГa, e nЦo sabia dizer de que parte vinha tanta peculiaridade. и claro que os pais dela eram bonitos, mas nenhum deles tinha os olhos violetas e a pele tЦo branca, mas mesmo assim, ela ainda tinha algumas caracterМsticas dos pais, como as mЦos e os traГos finos.
A crianГa olhou para os lados, se perguntando o que poderia se fazer naquele prИdio para se divertir, talvez tivesse outra crianГa ali com quem pudesse se divertir, mas nЦo sairia dali, tinha sido ordem de seu pai. LanГou a secretАria um olhar brincalhЦo, seguido de um sorriso, que logo foi correspondido pela jovem moГa.
Ela olhou bem para a cara do ser pequenino que estava sentado a sua frente, balanГando as pernas na cadeira, que nem de longe conseguiam alcanГar o chЦo. Era impossМvel distinguir se era um menino ou uma menina. Os olhos, os cabelos, que eram meio compridos, quase encostando nos ombros, mas mesmo assim lindos, as mЦos, o pequeno corpinho que se balanГava de um lado para outro, pensando em algo com o que pudesse se divertir, tudo naquele pequeno ser era tЦo andrСgino.
Estava prestes a perguntar Ю crianГa o seu nome, quando, junto com um grupinho de curiosos, o pai da crianГa, Nicholas Maxwell, chegou, lhe dando um sorriso, antes de se dirigir Ю crianГa.
- Duo! √ o homem mais velho chamou e a crianГa sorriu, logo levantando e estendendo a mЦo para que seu pai a segurasse.
- Daddy! √ o garotinho disse, e a secretaria percebeu que se tratava de um garoto, muito lindo, diga-se de passagem, e ela pТs-se a imaginar como ele ficaria quando crescesse.
- Venha, Duo. √ o homem disse, levando seu filho pela mЦo atИ um dos corredores, que tinha uma Зnica porta no final do mesmo.
Duo nЦo falou uma Зnica palavra para contestar seu pai, apenas sorriu e seguiu curiosos para onde estava sendo levado.
Nicholas bateu na porta, e esperou por uma resposta, que nЦo demorou a vir. PТde-se ouvir uma voz rouca lА dentro, dizendo claramente que podiam entrar.
Duo nЦo esperou uma segunda vez, seguido pela sua curiosidade, assim que a porta se abriu, o pequeno correu porta a dentro, curioso para saber o que havia lА.
O pequeno Duo olhou curioso a sua volta, decorando cada detalhe, cada quadro, a cor das paredes, a mesa de mogno, e a grande janela inteiriГa, que dava visЦo plena ao lado de fora. NЦo podia-se dizer que era a melhor visЦo, jА que o prИdio em que se encontravam era localizado no centro de uma movimentada metrСpole.
Algo se mexeu na cadeira que ficava atrАs da mesa de mogno, chamando a atenГЦo de Duo. Os grandes olhos violetas se voltaram naquela direГЦo, achando lА um garoto. Com grandes olhos azuis cobalto, cabelo cor de chocolate, e a pele ligeiramente mais escura que a de Duo.
NЦo sabia por que, mas, olhar para aquele garoto lhe dava um certo desconforto. Talvez fossem os olhos calculistas que lhe olhavam com desprezo, ou o fato dele lhe encarar indiferente. NЦo sabia, sС sabia que sentia uma grande antipatia por aquele garoto. Algo que beirava o Сdio, e quem sabe nЦo fosse isso mesmo?
NЦo existia amor a primeira vista? Por quЙ nЦo podia existir Сdio a primeira vista?
Iria virar-se para correr atИ seu pai, que no momento estava cumprimentando o seu amigo, mas foi quando lembrou-lhe que seu pai havia lhe dito uma vez para nunca desviar os olhos de alguИm que lhe intimidasse, caso contrАrio seria considerado fraco. E fraqueza era uma palavra que nЦo existia no vocabulАrio dos Maxwell.
Sem desviar o seu olhar do outro garoto, ele andou de costas atИ seu pai, segurando-lhe a mЦo bem firme na dele, querendo chamar-lhe a atenГЦo.
- Daddy! √ Duo chamou, com a voz firme nЦo ia demonstrar fraqueza na frente de outras pessoas. Orgulho era o lema mor da famМlia Maxwell.
- Duo, este И Saito Yuy, И um antigo colega de faculdade meu. √ disse enquanto carregava-o no colo. Duo desviou a atenГЦo do garoto por um segundo para cumprimentar o senhor Yuy. EducaГЦo tambИm era um dos fortes dos Maxwells.
- Como vai, Sr. Yuy? √ Duo perguntou sorrindo de um jeito muito infantil e gentil, o que fez Saito lhe dirigir um sorriso imperceptМvel. NЦo era de ficar demonstrando seus sentimentos por aМ.
- Muito bem, obrigado, Duo. √ Duo sorriu mais uma vez e voltou a estabelecer contato visual com o garoto. Por outro lado, o outro garoto tambИm nЦo estava gostando nada disso. Aquele garoto estranho parecia um imbecil. NЦo gostara nada dele. Talvez compartilhasse do mesmo sentimento de Duo quanto a ele: Сdio.
- Como vЦo os negСcios, Saito? √ Nicholas Maxwell perguntou, deixando o filho de volta no chЦo. Havia um tempo que nЦo tinha notМcias de Saito. Os dois e mais outro amigo, Abu Raberba Winner, haviam sido amigos de infБncia e sempre haviam andados juntos. Eles sempre haviam tido o mesmo interesse, os trЙs haviam se interessado por farmacЙutica, genИtica e biologia humana.
Sempre haviam almejado fazer coisas que ninguИm mais alИm dos trЙs podiam, foram os trЙs melhores alunos que a Universidade de Michigan jА havia tido em dИcadas. Depois de completarem a universidade, haviam comeГado uma pesquisa genИtica, que provavelmente agradaria maior parte da populaГЦo, mas esta era segredo. E pela falta de recursos na Иpoca, e falta de colaboraГЦo, tanto por parte dos investidores tanto quanto do departamento de pesquisas genИticas, a pesquisa teve que ser deixada de lado.
ApСs o fechamento temporАrio de tal pesquisa, cada um foi para seu lado, voltando para seus paМses natais. E de tempos em tempos, a comunicaГЦo entre eles havia ficado cada vez mais escassa, atИ que desaparecesse. юs vezes ainda tinha notМcias de Abu, e foi por meio desse que teve notМcias sobre Saito. Soube que ele havia se casado e tido um filho, e soube de quebra tambИm que Abu havia se casado com a irmЦ mais nova de Saito, e que tambИm havia tido um filho com ela, Quatre, que logo a primeira vista, havia se tornado o melhor amigo de Duo.
As duas crianГas, Quatre e o filho de Saito, Heero, se davam maravilhosamente bem, tanto quanto Duo e Quatre, e a aparЙncia deles tambИm nЦo os diferenciava muito, jА que os dois tinhas grandes olhos azuis, com a pequena diferenГa que os de Quatre eram claros e os de Heero cobalto, jА que a mЦe dos Yuys era alemЦ.
- Daddy! √ Duo puxou mais uma vez a mЦo do pai, para chama-lo. Nicholas olhou para o filho com um sorriso de curiosidade, querendo saber o que tanto incomodava o filho. Duo apenas olhou para ele e apontou com o pequeno dedo indicador o garoto que se encontrava sentado na grande cadeira giratСria, que ainda continuava olhando-o.
- Esse, creio eu, И Heero? √ perguntou ao outro homem que tambИm olhava curioso para onde Duo apontava.
- Sim! Heero, venha cА, cumprimente os Maxwells. √ o pai disse em tom firme, de forma que Heero nЦo contestasse-o. Heero chegou perto das duas figuras estranhas, cumprimentou o Sr. Maxwell, mas nЦo fez o mesmo com o outro garoto. Apenas o fitou, assim como Duo o fazia.
- Hn... √ o garoto grunhiu em desaprovaГЦo. O garoto a sua frente era simplesmente odiАvel. Nem mesmo poderia dizer se era um menino ou uma menina. E isso incomodava Heero profundamente, jА que seus olhos calculistas e sua mente sempre lСgica, eram capazes de perceber tudo ao seu redor, atИ mesmo o menor detalhe.
- ... √ Duo se silenciara. Apenas continuava olhando o garoto com o Сdio estampado no seu rosto, o mesmo Сdio que tinha desde que entrara ali.
- Duo James Maxwell, cumprimente-o. √ o pai disse quando viu que seu filho estava disposto a continuar desafiando o outro com o olhar.
- ... - Duo continuou calado. Nem mesmo o aviso que Saito deu a Heero para que o cumprimentasse funcionou. Dispostos a ignorar os filhos, certos de que eles sС queriam chamar a atenГЦo, os dois adultos sentaram-se um de frente para o outro em algumas poltronas que tinham ali, para conversarem. Duo, cansado de ficar ali em pИ, mas sem quebrar o contato visual, foi atИ um pequeno sofА, que ficava a frente de uma enorme televisЦo, e sentou-se ali, finalmente olhando para frente e nЦo para Heero, que voltou atИ sua mesa, mexendo em alguns papИis que o seu pai havia lhe dado para que pudesse se distrair.
- Hn. √ Heero resmungou, fazendo Duo olhА-lo de soslaio. Voltou sua atenГЦo para a televisЦo. A essa hora nЦo havia nada que lhe agradasse, tudo o que passava eram programas femininos, telejornais, ou filmes antigos e chatos. Heero soltou outra reclamaГЦo, chamando a atenГЦo de Duo, fazendo-o olha-lo, mas desta vez, completamente. Duo encarava o garoto com um olhar que sС uma crianГa poderia fazer, tЦo inocente e cheio de sentimentos honestos, era lindo, mesmo que os sentimentos no olhar dele fossem Сdio instantБneo e raiva.
- Chato! NЦo faГa esse resmungo pra mim. √ Duo disse em tom de desafio, mas mesmo assim, sua voz saiu muito infantil, o que fez Heero olhА-lo feio. Duo ia reclamar, se algo nЦo tivesse chamado sua atenГЦo. Em cima da mesa onde Heero estava, perto de algumas pilhas de papИis, havia uma foto de Heero e de Quatre, seu melhor amigo, brincando no parquinho. AtiГado pela curiosidade, que sempre estava presente perto de Duo, o garoto se aproximou mais da mesa, sob o olhar desaprovador de Heero. Ao notar que daquela altura nЦo poderia nem mesmo ver a foto de seu amigo, Duo olhou ao redor, Ю procura de algo que pudesse usar de apoio. Encontrou uma cadeira com rodinhas perto da janela, que ele prontamente puxou pelo braГo, a fazendo ficar perto da mesa.
Seus pequenos bracinhos escalaram a cadeira, que Ю sua vista, era muito maior que ele. Heero apenas olhava o que aquele garoto idiota fazia, e na sua cabeГa, apenas um pensamento passava: ⌠Caia, seu baka!■.
Como se lendo os pensamentos de Heero, Duo o olhou, em um sinal claro para que Heero o deixasse em paz. Quando Duo estava jА em cima da cadeira, tratou de se segurar na mesa, para que nЦo perdesse o equilМbrio e caМsse. Se inclinou em cima da mesa e esticou seus bracinhos brancos e finos na direГЦo da foto, querendo pegА-la.
Ao ver que o suporte da cadeira nЦo seria suficiente para deixa-lo pegar o porta-retrato, uma vez que seus braГos eram muito pequenos para alcanГar o objeto, Duo teve que procurar algo a mais para se apoiar, olhou para o lado e achou exatamente o que queria. Ignorando o olhar furioso de Heero, Duo apoiou seu pИ na cadeira em que Heero estava sentado, tendo apoio suficiente para quase se deitar na mesa e alcanГar a foto com as mЦos.
Heero olhava indiferente aquele idiota inclinado sobre a mesa. Nunca tinha achado outra crianГa tЦo odioso como aquela, e uma das Зnicas coisas que ele queria era nunca mais ver aquela crianГa na sua frente de novo, mas algo bem lА no fundo dizia que essa nЦo seria a Зltima vez que se viam.
Duo olhava feliz a foto, se orgulhando da sua pequena ⌠aventura■ que acabara de completar. Seu riso se aumentou, logo se transformando em uma risada, muito infantil e verdadeira, o que fez Heero odiА-lo mais.
Duo se mexeu mais nas cadeiras, procurando por mais apoio, chamando a atenГЦo dos olhos calculistas de Heero, que logo teve uma idИia. Saiu da cadeira em apenas um pulo, e a agarrou pelo braГo, a puxando de uma sС vez, o que fez Duo cair estatelado no chЦo, com o porta retrato quebrado do seu lado, pedaГos de vidro espalhados perigosamente pelo chЦo, com sua cabeГa latejando com a batida forte que levara quando caiu com a cabeГa no pИ da cadeira que havia pego, o que lhe deixaria um grande galo depois, se nЦo algo pior.
O barulho foi alto o suficiente para fazer os dois adultos no canto se sobressaltarem e irem ao socorro de Duo.
Nicholas tirou o filho do chЦo, o colocando no colo, vendo Duo esfregar o crБnio dolorido, desatando a chorar copiosamente nos braГos do pai. Saito olhou para o filho com olhar de desafio, que dizia claramente que ele iria ficar de castigo depois. Heero continuou olhando indiferente para o pai, mas por dentro estava tremendo. Seu pai era a pessoa que ele mais temia √ e a Зnica - no mundo.
Duo olhou desafiadoramente para a figura que esta indiferente e que agora cruzara os braГos. Duo apoiou novamente a cabeГa no ombro do pai e se pТs a chorar mais.
- Saito, eu sinto muito, mas eu tenho que ir agora, pode ter acontecido algo com Duo quando ele bateu a cabeГa. Eu acho que devo levА-lo ao hospital. √ Nicholas disse apertando a mЦo de Saito com a mЦo livre.
- NЦo se preocupe, por que nЦo vЙm jantar na minha casa na semana que vem? Podemos chamar Abu, e tenho certeza de que Heero ficara muito feliz em ficar com Duo mais um dia. √ disse, firme, se dirigindo diretamente a Heero na sua Зltima frase, embora seu rosto estivesse voltado para os Maxwells.
- Claro, eu adoraria. √ disse, dando mais um aceno com a cabeГa para ele e se dirigindo para a porta.
Duo olhou para o pequeno japonЙs que lhe olhava triunfante. Realmente, aquilo seria Сdio, e dos mais fortes.
Duo sorriu cМnico, um jantar, huh? Seria a oportunidade perfeito para se vingar de Heero, e deixou isso bem claro no seu olhar, que apesar de infantil, tinha um desejo de vinganГa enorme.
Heero tremeu discretamente por dentro, temendo a vinganГa do garoto de olhos violetas.
Aquele sim, seria o comeГo de um Сdio profundo, e talvez eterno.
:3 :3 :3
10 anos depois...
Duo saiu da sala de aula. Olhares curiosos e admirados o fitavam.
Sorriu. Sabia que tinha uma grande beleza, mas nЦo se importava com os olhares, muito menos saia por aМ se gabando. Andou pelos corredores, de vez em quando acenando para alguns colegas e se despedindo. Seguiu atИ o final de um corredor, parando em um banco e se sentando, esperando por Quatre.
Seria triste quando o loiro fosse embora daquele colИgio.
A famМlia de Quatre iria se mudar, voltando para a arАbia, e Quatre, que nЦo queria ir junto, praticamente havia implorado para que o pai deixasse-o entrar para a Academia PossЙidon, um importante internato na Inglaterra. Se o pai aceitasse, o tio de Quatre ficaria como responsАvel dele jА que este estava mais acessМvel a ir para a Inglaterra por causa da distБncia, uma vez que estavam na FranГa, e se o pai de Heero aceitasse, ele poderia ir passar as fИrias com eles, o que o manteria perto da famМlia e de Duo.
No inМcio, Abu relutara muito em deixar seu filho partir, mas com uma pequena forГa de sua mЦe, seu pai havia aceitado. ComeГaria a freqЭentА-la no ano seguinte.
NЦo demorou muito e o loiro chegou correndo, ofegante, se desculpou pelo atraso e Duo sorriu.
Algumas garotas de seu fЦ clube acenavam e algumas atИ tiravam fotos. Ele havia mudado muito nos Зltimos nove anos, havia ficado mais bonito, se tornando o garoto mais lindo do colИgio. Continuava odiando Yuy profundamente, tanto que toda vez que se encontravam, uma bateria de insultos e palavrУes eram ouvidos, e de vez em quando atИ saiam no braГo. E quando os dois finalmente acabavam, saiam seriamente machucados.
Quatre sorriu lindamente para algumas garotas que passavam soltando alguns sorrisos e acenos para os dois. Os dois continuaram andando atИ a saМda do colИgio, durante o caminho, olhares de admiraГЦo os secavam, junto com os de cobiГa e inveja. Duo realmente era um deus, e Quatre tambИm nЦo ficava atrАs. юs vezes Duo se perguntava como Quatre poderia ser primo do imbecil do Yuy.
Alguns garotos mais velhos passavam e secavam os dois, o que deixou Quatre mais envergonhado e Duo simplesmente sorriu mais, chamava tanta atenГЦo entre os homens quanto entre as mulheres, talvez atИ mais.
- Hey, Qat. Vamos para minha casa, agora? Solo jА voltou da viagem. √ Quatre corou e o americano gargalhou alto, atraindo mais olhares. O pequeno Quatre tinha uma queda pelo vizinho de Duo, Solo. Mas nada que fosse comparado a paixЦo ou algo do tipo.
- Duo... por favor... √ Quatre pediu, corando mais, quando Duo comeГou a fazer piadinhas sobre como Quatre parecia muito com um bonequinho quando ficava extremamente vermelho e encabulado.
- Vamos, Quatre, vocЙ nЦo tem nada do que se envergonhar. √ Duo disse, enquanto dava palmadinhas confortadoras nas costas de Quatre, ajeitando melhor a mochila que ele levava, pendurada em apenas um dos ombros.
- Er... mesmo assim, Duo. Eu nЦo posso, eu vou almoГar com o meu tio. √ Duo franziu a fronte ao ouvir aquelas palavras saМrem da boca de Quatre. Ele iria largar ele √ e Solo √ para almoГar com o boГal do Yuy?
- Eu nЦo acredito, Quatre! Como vocЙ pode me deixar pra se encontrar com o boГal do Yuy? Aquele garoto parece que enfiou uma geleira no c...
- Limpe a boca para falar sobre mim, Maxwell. √ Quatre levantou os olhos, olhando na direГЦo em que Heero estava. Duo franziu o rosto ao ver Heero. Era impossМvel Duo nЦo ter raiva daquele garoto. O odiava desde a primeira vez que o vira.
- Por que deveria, Yuy. Tudo o que vocЙ merece sЦo insultos. √ Duo disse com um olhar desafiador, o que fez os olhos de Heero gelarem mais.
- Maxwell, sabe, se vocЙ quer partir para os insultos tudo bem, estaria honrado em lhe dizer o que merece. √ Duo sorriu sarcАstico, ele tambИm ficaria feliz em partir para os insultos. Ao longo dos anos, ele havia se tornado muito bom naquilo, mas infelizmente, Heero tambИm.
- Seria uma honra, Yuy. √ Duo falou com um sorriso cМnico, comeГando o joguinho logo em seguida. √ Sabe, Yuy, neste momento eu estou me perguntando o que vocЙ estА fazendo aqui, se vocЙ nЦo percebeu, as plantas abaixo de vocЙ estЦo morrendo. √ Duo apontou para a grama, onde se encontravam os pИs de Heero.
- Desculpe, Maxwell. Estou poluindo seu territСrio? Talvez tambИm queira brigar sobre o seu fЦ clube, que estА acenando e gritando para mim. √ Heero apontou com um dos dedos as meninas que estavam gritando para ele atrАs de Duo, mas o moreno dourado nem sequer se deu ao trabalho de olhА-las, muito pelo contrАrio, sorriu de um jeito cМnico e se dirigiu a Heero.
- NЦo se preocupe com as garotas Yuy, se quiser pode levА-las... Oh, me desculpe, Yuy, talvez queira levar meu fЦ clube masculino, jА que eu soube que isso era mais sua praia. √ Duo disse, apontando para os garotos que viam a briga em silЙncio.
- Mesmo, Maxwell? Posso mesmo levar sua legiЦo de homens? NЦo vai ficar sozinho de noite, quando nЦo tiver ninguИm para te comer? √ Heero perguntou desafiador, vendo Duo estreitar ligeiramente o olhar.
- Pode levar Yuy. Sei que tens mais necessidades do que eu. Deve fazer algum tempo que vocЙ nЦo leva um trato, nЦo И? √ Duo desafiou, fazendo um movimento obsceno com ambas as mЦos e um segundo depois, Quatre estava tentando separar Heero de Duo, que estavam no chЦo. Heero havia sido rАpido demais para Duo perceber que o outro havia partido para cima dele.
Ao ver Heero partir para cima de Duo, as pessoas comeГavam a se aglomerar ao redor deles para assistir a briga. Quatre gritava desesperado para que os dois parassem, mas ambos nЦo ouviam, continuavam a trocar socos e chutes.
Heero socou mais uma vez a cara perfeita de Duo, enquanto este deu uma joelhada no abdТmen de Heero. Gemeu de dor, mas nЦo saiu do lugar, imobilizando Duo no chЦo prendendo suas pernas a cada lado do garoto de olhos violetas.
Duo olhou para Heero, segurando-lhe os pulsos, e com um impulso, trocou de lugar, nЦo deixando tempo para Heero pensar, para logo lhe dar um soco no nariz.
Quatre soltou um gritinho quando viu o sangue escorrer da narina esquerda de Heero. As outras pessoas gritaram mais alto, incentivando os dois a continuarem a briga. Os dois se levantaram, encarando um ao outro. A mochila de Duo estava jogada em um canto, e logo foi apanhada por um Quatre choroso.
A narina esquerda de Heero sangrava e a regiЦo do abdТmen doida terrivelmente, junto com as costas, que foram machucadas com o impacto da queda. JА Duo tinha o lАbio inferior terrivelmente inchado e sua testa comeГava a ganhar um leve tom arroxeado, exatamente da cor do tom escuro de seus olhos raivosos.
Duo olhou mais uma vez para Heero antes de se aproximar o bastante para lhe dar um chute na regiЦo da barriga. Heero recuou para trАs, mas nЦo caiu. Nem fez questЦo de olhar para Duo, e antes que este percebesse, jА levava uma joelhada na altura do queixo. Por mais que quisesse, por mais que treinasse, Heero era √ e sempre seria √ o mais forte entre os dois.
E isso o frustrava, o feria seriamente em questЦo de orgulho. O Сdio crescia cada vez mais, Yuy era tudo o que ele mais odiava e evitada: frieza, precisЦo, perfeiГЦo, desprezo e indiferenГa, mas esses eram apenas alguns dos muitos motivos que ele tinha para odiar Heero. Nada que lhe dissessem o faria mudar de idИia. O Сdio por Yuy era uma coisa que ele nЦo podia evitar, muito pelo contrario, ele alimentava.
Duo partiu na direГЦo de Heero mais uma vez, iria atingi-lo com um soco, mas Heero segurou seu pulso, e com um movimento de mЦo, ele o torceu, trazendo seus braГos para suas costas e forГando-o impiedosamente, enquanto a sua face nЦo se alterava, continuando na mesma expressЦo fria de sempre.
Duo refreou um gemido de dor, Сtimo, agora, alИm de tudo, tinha um braГo torcido. Se inclinou levemente, e ainda de costas, deu uma rasteira em Heero, que logo largou seu braГo, para se equilibrar, teria caМdo, se nЦo fosse Quatre que havia o segurado, ainda suplicando que ele parasse.
Heero ignorou as lАgrimas que caiam dos olhos do primo, e voltou-se para Duo, preparando seu novo golpe, mas foi impedido por uma forte mЦo em seu braГo, que lhe impediu de bater em Duo, que olhava o que acontecia com Heero calado, ainda com o braГo dolorido.
Um dos professores, atraМdo pela multidЦo que se formava lА fora, foi em direГЦo ao aglomerado, para encontrar uma briga com ninguИm menos que Duo Maxwell, e com Heero Yuy. Mesmo Heero nЦo fazendo parte aquela escola, jА era conhecido lА pelas constantes brigas com Duo, e nЦo ficava difМcil localizar seus pais jА que seu primo Quatre tambИm estudava lА.
Mas desta vez nЦo havia sido necessАrio nem mesmo leva-los para a diretoria, jА que o pai de Heero o observava a pouco tempo com o olhar indiferente, provavelmente havia visto o final da briga, atraМdo pelo fato de que seu filho e seu sobrinho estavam demorando demais.
Qual foi sua surpresa ao notar Heero brigando com o menino Maxwell, para ser logo detido por um dos professores do colИgio.
Andou direto atИ seu filho sem desviar o olhar e o pegou pelo braГo, o guiando para o carro parado na rua depois de agradecer ao professor por tЙ-lo parado.
Quatre correu atИ Duo lhe entregando a mochila para depois dizer:
- Nunca mais faГa isso de novo. Tome conta de seus ferimentos, e depois eu te ligo. √ Quatre disse apressado para logo seguir seu tio enfurecido, nЦo queria contrariА-lo, sabia que ele poderia ser bem intimidador quando queria, por isso limitou-se a apenas segui-los sem dizer uma palavra.
- Muito bem, Sr. Maxwell. Acho que o senhor jА sabe o caminho da diretoria, nЦo И mesmo? √ o professor disse em um tom severo, repreendendo Duo, que sС limitou-se a olhА-lo com um olhar assustador, o que o fez se calar. NЦo estava para brincadeiras agora.
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- O QUE DEU NA SUA CABEгA PARA VOCй FAZER AQUILO! √ Saito gritava para o filho, que o olhava aterrorizado. Era a primeira vez que seu pai elevava o tom de voz, geralmente contava para a mЦe de Heero e essa lhe daria a bronca, nunca enfrentara o filho dessa forma, e apenas por isso, Heero sabia, que dessa vez, nЦo teria argumento que o salvasse.
- Aquele imbecil do Maxwell, ele И um idiota, filho de uma p... √ Heero comeГou inconformado, aumentava o tom de voz gradualmente, e estava para xingА-lo quando foi interrompido por seu pai.
- NЦo fale assim da mЦe de Duo, eu a respeito muito, e se vocЙ sequer pensar em chamА-la disso de novo, eu esqueГo meus princМpios e vocЙ vai levar uma boa surra. √ o pai de Heero levantou a mЦo em sinal de que ele realmente estava disposto a fazer aquilo com ele. Seu pai abaixou a mЦo, mas sua voz continuava extremamente alterada. √ O que vocЙ e o menino Maxwell tЙm, hein? Mal podem se ver que jА brigam, nЦo podem ser como ele e Quatre? NЦo podem se dar bem uma vez na vida! ME DIGA! √ o pai de Heero gritou a Зltima frase, o que fez Heero se sobressaltar.
- Heero, querido, vocЙ nЦo pode continuar assim. O que Duo fez de tЦo ruim assim? √ foi a vez de sua mЦe se pronunciar, ela, tanto quanto seu marido, nЦo sabia o que Heero havia contra Duo, ele era um menino tЦo encantador, e se dava tЦo bem com Quatre, por que eles nЦo podiam ser iguais?
- Acho que vamos ter que tomar uma decisЦo importante, se vocЙ nЦo consegue ficar no mesmo paМs que Duo Maxwell, entЦo talvez devЙssemos te mandar para outro! √ o pai de Heero disse em tom severo e Heero se surpreendeu, mesmo que nЦo demonstrasse. O que ele queria dizer com isso?
- Heero, eu e seu pai tomamos uma decisЦo, nСs dois andamos conversando e chegamos a uma conclusЦo. √ a mЦe de Heero falava, sempre calma, seu olhar demonstrava tristeza e... saudade? √ NСs achamos melhor, por causa de seu comportamento, que vocЙ talvez ficasse melhor longe de Duo Maxwell e para isso nСs achamos melhor que vocЙ vА, junto com seu primo Quatre, no prСximo ano para a Academia PossЙidon.
- O QUй? MAS... √ Heero se revoltou, nЦo lhe agradava nada a idИia de entrar para um internato, tudo bem que seu primo estaria lА, e ele realmente adorava Quatre, mas ele nЦo queria ir, e estava disposto a mostrar a seus pais isso.
- SEM MAS, Jа ME CANSEI DE VOCй, VOCй VIAJARа DEPOIS DO NATAL, JUNTO COM SEU PRIMO, E EU NцO QUERO DISCUSSцO, OU EU O MANDAREI AINDA ESTA MADRUGADA! √ Saito gritou alto, alto o suficiente para que sua mulher se assustasse, geralmente seu marido nЦo dizia uma frase com mais de quatro palavras.
Heero se deu por vencido, nЦo iria poder fazer nada, nЦo adiantava, seu pai era cabeГa dura. Aborrecido, subiu para seu quarto e pТs-se a ligar para Quatre para lhe dar as boas novas.
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Duo estava sentado no sofА, com o olhar reprovador de seu pai em cima dele e o de compreensЦo e preocupaГЦo por parte se sua mЦe, afinal, nЦo И todo dia que vocЙ И chamado na escola de seu filho, com o aviso de que ele entrou em uma briga e quando chega lА vocЙ encontra-o com a testa roxa, o maxilar deslocado, um braГo torcido e com a cara tremendamente inchada.
Se contorceu de raiva no sofА. Aquele imbecil do Yuy o havia deixado assim, enquanto ele provavelmente sС teria algumas irritaГУes no abdТmen, uma perna ligeiramente roxa e o nariz sangrando. Iria xingА-lo e pensar em mil formas de se vingar quando foi chamado de volta por seu pai.
- Por quЙ vocЙ fez isso, Duo? Por quЙ vocЙ sempre se mete em confusЦo com Heero? Eu nЦo consigo entender, nada do que eu faГa faz vocЙ mudar de idИia, nada! √ apesar da severidade nas palavras do pai, tambИm pode notar um tom de tristeza.
- Mas foi ele que comeГou, eu nЦo fiz nada a nЦo ser me defender. √ Duo foi calado por seu pai, que fez um gesto com a mЦo, sinal claro para que ele parasse de falar.
- Eu nЦo quero saber quem comeГou, isso И irrelevante agora, nЦo И mesmo? √ Duo reparou que a voz de seu pai comeГava a se alterar ligeiramente, sinal claro de que logo ele iria perder as estribeiras. Notando isso, Elisa Maxwell tentou, com sucesso, acalmar o marido.
- Nick, por favor, sabe que Duo nЦo mente, se ele disse que apenas tentou se defender, nСs nЦo podemos culpА-lo, apesar disso, podemos lhe aplicar um castigo, seria o mais ideal nesse momento. √ Elisa falou, olhando diretamente para o marido, enquanto apontava Duo com um gesto de mЦo.
- Esse nЦo И o caso! JА perdeu a conta de quantas vezes fomos chamados na escola dele por causa de brigas com o filho de Saito ou quantos machucados! NЦo И o fato de que ele brigou, muito menos que ele se defendeu! O ponto aqui И a maldita rixa que ele tem com Heero Yuy! √ Nicholas falou, em tom agravante, o que fez Duo ficar com medo do que viria depois.
- Papai... eu sei que errei, eu sei que nЦo deveria ter feito aquilo, se fosse com qualquer outro eu teria evitado, mas aquele bastardo do Yuy nЦo, aquele imbecil merece, no mМnimo, a morte.
- Olhe a boca, mocinho, nЦo admito insultos em minha casa, nЦo depois da boa educaГЦo que eu lhe dei. √ falou, alterando mais a voz. O que deixou Duo com bastante medo, seu pai sС alterava a voz e o chamava de mocinho quando ele iria tomar uma decisЦo de que Duo nЦo iria gostar nenhum pouco.
- Nick, o que pretende fazer? √ Elisa perguntou, tendo o mesmo pressentimento que Duo, quando seu marido ficava do jeito que estava, significava que ele iria aplicar um castigo sИrio em Duo.
- NЦo sei, eu realmente nЦo sei. Eu acho que Duo precisa de disciplina, e muita, e essa, И uma coisa que ele nЦo vai achar nesta casa. √ Duo se assustou, o que seu pai pretendia com aquilo?
- Nick, vocЙ nЦo estА pensando em...
- Estou, acho que И a melhor coisa para Duo neste momento, vai ajuda-lo a pensar e tambИm vai mantЙ-lo longe de Heero.
- Daddy? √ Duo perguntou e sua mЦe olhou para ele, Duo nЦo chamava seu pai assim desde os sete anos.
- Duo, acho que seria melhor vocЙ ir para um internato! √ Duo se sobressaltou, aquilo nЦo podia se verdade, ele nЦo queria ir embora, nЦo por uma coisa que Yuy havia provocado, ele que pagasse o preГo sozinho.
- Mas... o senhor nЦo pode fazer isso comigo, como И que eu vou ficar? Me diga, nЦo me entende, nЦo entende que eu nЦo preciso disso? Que tudo o que eu quero sЦo meus amigos e a morte prematura de Yuy?
- Entendo, entendo sim. √ Nicholas disse, ignorando o que Duo havia dito sobre Heero. √ Entendo que vocЙ precisa de seus amigos, afinal, ninguИm cresce sozinho. E acima disso, tambИm entendo que vocЙ precisa de disciplina e ficar longe de Heero. E И por isso que eu estou te mandando para a Academia PossЙidon, vai poder ficar perto de Quatre e longe de Heero, ao mesmo tempo que vocЙ vai aprender a se comportar. Irei inscrevЙ-lo ainda hoje.
- Academia... PossЙidon? √ Duo parou em choque. Ele iria para o mesmo lugar que Quatre, ia poder ficar com seu melhor amigo, e melhor de tudo, longe do boГal do Yuy? Esse era o melhor dia de sua vida. Parou um instante e logo correu para abraГar seu pai, lhe dando um abraГo apertado e um muito obrigado.
Por aМ ainda vinha muita confusЦo, e antes que Duo corresse para o quarto e ligasse para Quatre, se virou e gritou a plenos pulmУes que ele queria partir o mais rАpido possМvel.
Duo subiu as escadas correndo, entrou no seu quarto, se jogando na cama e agarrando o telefone e discando o nЗmero de seu amado amigo.
:3 :3 :3
Quatre por outro lado, havia acabado de desligar o telefone. Ficara muito feliz ao saber que seu primo tambИm iria com ele. Estava tudo perfeito, sС faltava Duo tambИm ir junto que ele se sentiria a pessoa mais feliz do mundo.
Foi quando o telefone tocou e do outro lado da linha, seu amigo sorridente lhe contava as boas novas aos gritos e berros de felicidade. Lhe contando como o pior dia de sua vida havia se tornado o melhor. Mas Quatre finalmente se lembrou de Heero. Deveria contar a Duo sobre ele, era seu dever, mas antes que o loiro pudesse falar qualquer coisa, Duo jА dizia que teria que desligar e que se veriam no ano seguinte, no internato, jА que este estava partindo nesse momento para suas fИrias de final de ano.
Quatre encarou o aparelho em suas mЦos, tambИm nЦo adiantaria nada avisar Heero, jА que esse nЦo atendia mesmo os telefonemas quando estava colИrico. Suspirou conformado, os prСximos anos seriam muito cheios e confusos, nisso ele poderia acreditar. SС nЦo queria estar perto quando aqueles dois se vissem no internato e descobrissem que ele sabia de tudo. Realmente, ele nЦo queria ser parte do Сdio profundo que rondava aquelas duas pessoas. Mas o que ele nЦo sabia, И que por trАs de todo Сdio, havia sempre o amor.
CONTINUA...
Aviso: A partir do segundo capМtulo, essa fic serА totalmente em POV.
JА de imediato eu peГo, pacientemente que tenham paciЙncia com essa fic, por que eu tenho total idИia de que o verdadeiro yaoi vai demorar um pouquinho. Mas prometo que toda a espera vai ser recompensada.
Comentem, por favor.
