Retratação: A obra a seguir trata-se de uma fanfiction inspirada na série de animação japonesa Saint Seiya, com fins exclusivos de entretenimento, sem lucro algum de minha parte. A série e todos os seus personagens aqui citados são de propriedade de Masami Kurumada.
o.O.o
A resposta de Milo para Hyoga:
Você diz que sente pelo o que fez. Eu não duvido. Só não me peça pra te perdoar, porque isso é algo que eu acho que nunca vou conseguir, mas não odeio você. Eu já teria te matado se te odiasse, não se deixe enganar pela maneira como agi no dia do enterro do Camus, eu sempre acabo levando os meus sentimentos á extremos. Amor, ódio... Quando e sinto alguma coisa de verdade, não é da boca pra fora. Eu levo até o fim.
Minha dor me fez querer sua morte, mas foi só no momento. Te vendo lá, parado, sério, indiferente por fora, eu sai do sério. Eu não levei em consideração que mesmo sem vínculos de sangue com ele, você é o último pedaço do homem que ele foi. Lembrando de você eu vejo o quanto vocês dois são parecidos...
Mas não me venha comparar o que você sentiu por ele com o que eu senti. Você veio ao funeral dele, e voltou para o Japão, ainda levando a dor dentro de si, mas foi continuar com sua vida. A minha vida era o Camus, moleque, e quando jogaram a terra por cima do caixão, tudo o que eu já tive de importante estava ali.
Você não foi ao cemitério, dia após dia, pra ficar ao lado dele. Você não deitou na cama a noite e esperou durante horas que ele aparecesse.
Você pode tê-lo amado e estar sofrendo também, mas não, nunca vai ser a mesma coisa.
Já perdi a conta de quantas vezes amaldiçoei o momento em que te salvei a vida, pirralho, livrando seu corpo do meu veneno. Mas se eu tivesse te deixado morrer, ele me odiaria, eu perderia a minha vida de qualquer jeito. Vocês dois lutaram, Camus jamais trairia o Santuário, e imagino que você não trairia sua devoção. Um dos dois ia ter que morrer, e, mesmo que você fosse, as coisas não ficariam bem de qualquer forma.
A mão dos deuses já havia escrito um final trágico pra nós três, Cisne... Acontecesse o que acontecesse.
Você me vem falar que fez o que fez por uma causa mais elevada do que sentimentos, enquanto eu fiz o que fiz por você em nome APENAS dos meus sentimentos. Não sou ninguém pra dizer quem tem a razão, tampouco pra decidir quem morre e quem vive.
Sinto raiva de você, mas não ódio. O Camus não ia querer que eu te odiasse.
Desculpe se esta carta está confusa, são apenas sentimentos que vou deixando aflorar a cada linha escrita, sem muito controle. Nisso eu não sou tão bom quanto o Camus. Acho que os opostos se atraem mesmo, não?
De qualquer maneira, minha raiva, talvez com o tempo passe, e ao longo dos anos eu até seja capaz de te perdoar, embora eu ache isto pouco provável.
Fico grato pela comiseração, apesar de tudo...
Milo
o.O.o
Aconselho lerem minha fanfic "Lírios", para um melhor entedimento desta, posto que se trata de uma continuação.
Agradecimentos especiais á minha amada Ran, por escrito as respostas do Hyoga.
Um abraço como sempre, amo todas as minhas leitoras...
Dark Lupina
