Notas: Essa é minha primeira fanfic de Harry Potter. Encurtando a história: estava com a ideia na cabeça há meses e tive que colocar pra fora. Escrever como uma criança de 11 anos é difícil e pretensioso, mas não ganharei nenhum dinheiro ou reconhecimento com isso, portanto estou tranquila.
Sobre a nomeclatura, acho sensato esclarecer alguns pontos. Li o primeiro livro da saga aos 11 anos. Isso significa que cresci lendo a tradução oficial da série. Desde o princípio nunca vi a necessidade da tradução dos nomes, fossem de personagens ou não, PORÉM mais de 10 anos sob a influência da obra traduzida não podem ser simplesmente apagados mesmo com a leitura dos originais. Como não sou uma leitora de fanfics de HP, não sei como os autores de fics brasileiros lidam com essa questão, mas optei por manter a tradução de todos os nomes, exceto dos personagens da nova geração, já que o contato com eles foi muito breve.
É isso. Comentários serão sempre muito bem-vindos. Boa leitura.
Olá, papai!
Acabei de chegar à sala comunal. É claro que o chapéu seletor me colocou na Sonserina! Não entendi o porquê, no entanto demorou mais de um minuto para ele se decidir...
Papai, é tudo exatamente como você me contou! Eu entrei no dormitório apenas para pegar pena e pergaminho, mas já pude ver que os móveis lá são tão sofisticados quanto os da nossa casa. As janelas do salão comunal são incríveis, estou muito curioso para vê-las durante o dia... Alguns alunos do terceiro ano confirmaram o que você disse, papai: dá para ver todo tipo de criatura do lago por nossas janelas!
Papai, preciso lhe contar a coisa mais maluca que aconteceu: o Albus Potter veio para a Sonserina! Não é inacreditável? Ele também está escrevendo uma carta. Acho que todos os primeiranistas estão...
Voltando ao Potter, eu já estava na mesa da casa quando aconteceu. Na hora que o chapéu gritou "Sonserina!" o salão todo ficou mudo como se tivesse sido enfeitiçado... E de repente nossa mesa explodiu. Todos ficaram em pé e fizeram tanto barulho que eu pensei que fosse ficar surdo. Também me levantei e aplaudi, mas não vi motivo para tanta comemoração, papai. Só achei estranho o chapéu demorar tão pouco tempo para selecioná-lo...
Você precisava ver a cara do irmão dele lá na mesa da Grifinória. Foi uma das coisas mais engraçadas que eu já vi. Ele estava com a boca aberta feito um idiota, como se tivesse sido petrificado. Aliás, tirando a gente, da Sonserina, a maioria dos alunos estava com cara de surpresa. A bagunça na nossa mesa continuou até a diretora se levantar e nos mandar parar.
O Potter veio andando direto, sem olhar para os lados. O rosto dele estava mais vermelho que o brasão da Grifinória, papai! Quando ele se sentou vários alunos vieram o cumprimentar. Parecia que ele tinha acabado de ganhar a taça das casas... Como se fosse possível um aluno conseguir isso sozinho, não é?
Quando o jantar acabou e o monitor estava nos trazendo pra cá, o irmão do Potter veio falar com ele. Só que ele ficou gagejando, papai, foi patético. O Potter falou que não era pra ele se preocupar e deixou ele lá, plantado!
Papai, eu não conversei com ele, mas acho que isso será inevitável já que, além de sermos da mesma casa e do mesmo ano, nossas camas são uma do lado da outra... Ele também entrou no quarto para pegar suas coisas, por isso eu percebi.
Bom, agora eu tenho que dormir, pois não quero chegar atrasado logo no primeiro dia... Nosso primeiro tempo amanhã será poções. Vou tentar ser o melhor da turma como você foi, papai. Aguardo sua resposta.
Com carinho, do seu
Scorpius
