"N/A: Arranjei um tempinho e fiz uma shortfic... Bah, eu não sei se deu pra passar o que eu realmente queria passar, mas está aí: rápida e direta. E pra não perder o costume, é D/G".
Raios de Escuridão
O sol batia radiante em seus cabelos, deixando-os quase alaranjados, de tão brilhantes. Draco deslizou seus dedos pelo emaranhado de fios, encantado com tanta luminosidade. Quis dizer que achava aqueles cabelos ruivos a beleza mais acentuada de Gina, mas achou uma coisa pequena para se falar naquele momento. Mesmo assim, sem nenhuma palavra, ao vê-lo com os olhos fascinados de contentamento, Gina sorriu.
-Você parece contrariado... – ela comentou.
Ele soltou aquele olhar de malícia, comum a ela, estreitando os olhos e arquejando a boca em um sorriso a meio fio. Falou sem interesse, querendo provocá-la:
-Eu ainda não sei se digo que te odeio profundamente ou se nunca te amei...
-Bom, se te ajudar, eu iria dizer que sempre amei o profundo ódio que tenho por você – ela deu um sorriso – E que mais tarde, odiei a transformação desses sentimentos...
Ele se aproximou mais um pouco e abaixando-se, abraçou-a carinhosamente. Gina começou a lhe sussurrar coisas que fizeram com que, aos poucos, seus olhos começassem a se encher de água, ao mesmo tempo em que se formava um sorriso genuíno nos seus lábios.
-Eu lhe odeio, Weasley. Mesmo. – falou, a voz saindo fraca. Virou a cabeça e encontrou os lábios de Gina, quentes e doces. Beijou-a por um longo tempo, ainda com as palavras sussurradas pairando em sua cabeça.
-Eu sei... – disse, fazendo careta.
-Humf...
-Sabe, - ela disse com os olhos marejados – minha infância inteira, eu sonhei com alguém que demonstrasse seus sentimentos com toda intensidade e pureza. Sempre desejei ser agraciada com palavras de amor e juras de fidelidade... Mas agora, eu posso me contentar em ver seus olhos brilhando, e sentir sua mão em meu rosto toda vez em que você quer me dizer alguma coisa e não consegue. Eu não preciso ouvir nada... Simplesmente sei, sinto. E guardo cada palavra não pronunciada dentro de mim.
Draco observou os olhos castanhos ficarem mais brilhantes à medida que as lágrimas escorriam dos olhos de Gina, e viu que elas também brilhavam com a radiação do sol.Virou-se alguns instantes, olhando pelas janelas de onde entravam os raios solares. Quando se voltou novamente, viu que Gina tinha os olhos fechados. A maldição, pouco antes jogada por inimigos, fizera efeito.
Os raios de sol ainda a iluminavam como se ela tivesse um brilho próprio, e Draco achou que poderia ser isto mesmo: seu brilho próprio. Afinal, ela sempre fora uma luz no fim do túnel para ele, uma esperança de tempos melhores.
Mas apesar da luminosidade de Gina naquela hora, ele sabia. Estava na escuridão, não havia mais nenhuma luz para iluminar o fim...
Sem lágrimas ou pesares, como ela lhe pedira, Draco se levantou e foi até as janelas. Com gestos que pareciam automáticos, ele puxou as cortinas e impediu o sol de iluminar a sala. O corpo de Gina permaneceria na escuridão. E o dele também. Por mais que caminhasse por lugares brilhantes, sempre estaria na escuridão; sempre estaria vivo. E por isso a odiava.
"N/A 2: Pois é... A fase melodramática ainda não passou. E enquanto eu continuo a escrever minha D/G/T, eu espero que vocês mandem uma review desta aqui. Nem que for pra dizer que não está nada boa e que não teve graça nenhuma... Bom, graça num era pra ter mesmo...=b".
