Dirty Little Secret

I go wild cause you break me open
Wild cause you left me here
I go wild
...

Wild when the waves start to break
And God knows they're breaking in me now...

Wild 'cause it doesn't make sense
For me to cry out in my own defense
Wild 'cause I would do anything
To tear you off your precious fence

~ Poe - Wild

"Saia daqui antes que eu te jogue nos ombros e carregue eu mesmo." Firme, mas ainda com cuidado para não machucá-la, Damon agarrou o antebraço de Elena.

"Não." Uma pequena palavra, carregando grande riqueza de determinação temerária que ele admirava. Quando Elena percebu a sua aderência inabalável, ela lutou, lançando-lhe um soco desesperado, embora desajeitado, com o seu braço livre.

Então ele percebeu, tão fácil que poderia rir - se cada célula em seu corpo não estivesse gritando para ele jogá-la em seus ombros e carregá-la para casa, para sua cama, e a manter lá, acorrentada, se necessário, enquanto ele lhe mostrava exatamente porque ela não podia sacrificar sua vida preciosa.

Não por Stefan. Não por Jeremy. Não por Jenna, ou Bonnie, ou por ele.

Por alguma razão insondável, ele estava na legião de pessoas para quem ela ligava; ele percebeu aquilo, mesmo não entendendo. Isso significava muito para ele - mais do que jamais admitiria. Elena tinha encarado tanto vampiro quanto bruxa para preservar sua existência despresível. Ele arrancaria seu próprio coração para fora do corpo antes de deixá-la continuar nesse bem-intencionada missão suicída.

Não havia nobreza alguma da parte dele, apenas egoísmo. Ele não poderia tolerar um mundo em que ela não existisse. Não toleraria. Um dia ela morreria, com um mapa de sua vida escrito na pele de seu rosto e mãos, mas hoje não era aquele dia, e, quando esse dia chegasse, ele já estaria pronto para ir junto com ela ou mantê-la consigo por toda a eternidade.

Com certeza, faria de sua não-vida muito mais simples, ainda que menos interessante, se Elena tivesse um pigo de auto-preservação. Mas ele gostava do fogo que ela possuía, do âmago de aço escondido por suas curvas suaves, doce sorrisos e antigos olhos da alma da cor de um amável antigo whiskey.

Ainda segurando o seu pequeno punho, superando-o com o seu próprio, Damon inclinou-se, seus movimentos deliberados, deixando que Elena sentisse sua força controlada. Até a respiração dela saia em arquejos irregulares de bruma quente contra o seu rosto. "Nunca faça isso outra vez," ele disse em um sussurro áspero, engolindo em seco no que seus olhares se encontraram e fixaram-se um no outro, até que os cílios dela, pretos como carvão, feicharam-se e depois abriram outra vez. Eles estavam tão próximos que o coração dela era como um martelo batendo em seu próprio peito. Por um momento ilusório, Damon se sentiu vivo. Verdadeiramente vivo.

Cada respiração desnecessária que ele respirou levou o cheiro dela para ele: uma nota amarga acima do medo, uma nota média de adrenalina, e uma nota baixa que fez com que ele pressionasse seus quadris nos dela antes que ele pudesse pensar melhor: a excitação.

Ele sabia o segredinho dela agora, e ele o guardaria tão bravamente quanto guardava o seu próprio. Relutantemente, ele se afastou, marcando-a com os olhos.

Elena Gilbert o queria.