Eu estava sentada na areia com os pés na beira do mar, em frente de casa, quando meu pai me gritou.

-Atena!

-Sim, papai. – eu gritei, me virando para a casa.

-Seu tio chegou.

Eu sai correndo e encontrei meu tio sentado no sofá da sala conversando com o meu pai. Eu abracei meu pai e depois meu tio, que me ergueu e rodopiou.

-Oi tio. – Eu sorri.

-Oi boneca. – ele sorriu de volta. - Você quer passear comigo depois que eu terminar de conversar com seu pai?

-Posso papai?

-Claro que sim. – meu pai disse.

-Então eu vou subir e me arrumar. – eu subi as escadas correndo e fiquei no parapeito ouvindo a conversa dos dois.

'- Eu não sei mais o que eu faço com ela Poseidon. – meu pai disse. – O Ares cobra uma resposta todo dia.

'-Faz ela fazer o juramento. – Meu tio falou.

'- Mais ela é só uma criança. Ela pode se arrepender depois.

'-Ela não precisa jurar pelo rio Estige. Ela pode jurar somente perante a você, fazendo com que esse juramento possa ser quebrado com sua permissão.

Eu subi pro meu quarto e me arrumei. Depois eu desci para o parapeito para ouvir o final da conversa.

'-Eu vou pedir o divórcio – Meu tio disse.

'-Já não era sem tempo. – falou meu pai. –Até a Hera reclamava de vocês.

Quem raios é Hera? Eu não conhecia muitas pessoas fora meus irmãos, meu pai e meu tio.

'- Acabou faz muito tempo. Nós só estamos juntos ainda por costume.

'-Bem, então acho que nossa conversa acaba aqui. – disse meu pai.

'-Vou chamar a Atena.

Eu corri pro meu quarto e tinha acabado de me sentar e começar a pentear os cabelos quando meu tio entrou.

-Vamos. –Ele falou.

-Vamos sim.

Nós descemos as escadas, eu me despedi do meu pai e depois nós fomos para a cidade.

-Tio. – Ele me olhou. -Posso te fazer uma pergunta?

-Sempre. –Ele respondeu.

-Promete que não vai ficar bravo comigo?

-Por que eu ficaria Atena?

-Bem... – eu comecei. – É que eu ouvi a conversa que você e o papai tiveram. Vocês estavam falando de mim né?

Nós entramos em uma sorveteria e nós sentamos o mais afastado o possível dos mortais.

-Estávamos sim. – ele respondeu.

-O que o idiota do Ares quer?

-Às vezes eu esqueço que você é mais tão criança. – ele riu. –Ele quer se casar com você.

-Mais isso não é possível. – eu disse. – Eu só tenho 15 anos.

-Eu sei disso meu anjo.

-Que juramento era aquele que você falou pro meu pai?

-A única forma de fazer com que o Ares desista de você, e fazendo-o acreditar que você nunca poderá casar. A solução seria fazer o mesmo juramento que a Ártemis fez, mas em vez de fazer perante o Estige...

-... Que o torna inquebrável. – eu completei.

-Você faria perante o seu pai.

-Podendo assim quebrar o juramento com a permissão dele. – eu abracei meu tio. – Tio, você é quase um gênio. Até porque, o gênio sou eu.

-Quase? –ele perguntou divertido. – Tem certeza?

-Absoluta. – eu ri. – Na nossa família só tem espaço para um gênio.

-Vamos. – meu tio se levantou. – Eu vou te levar para casa.

-Nós dois temos que ter uma longa conversa com meu pai.

Nós fomos para casa, quando chegamos lá meu pai estava com uma mulher, sentada no sofá.

-Oi. – Disse o meu tio para a mulher.

-Oi. –Ela abraçou meu tio e depois se virou para mim. – Oi Atena.

-Oi. – Eu acenei meio de longe

-Atena. – começou meu tio, me puxando pra mais perto – Essa é a Hera.

Então essa é a tal da Hera? Será que ela é a namorada do meu pai? Devia ser mesmo, pelo jeito que ela a segurava pela cintura.

-Papai. – eu comecei. – Precisamos conversar.

-Sobre o que? –ele perguntou.

-Sobre o Ares. – eu respondi. – E a Afrodite tem que estar junto.

-A Afrodite? – meu tio perguntou. – Por quê?

-Ela pode ajudar mais do que vocês pensam. –eu disse. –Hera, se você prometer sigilo você também pode ficar.

-Eu juro pelo Rio Estige que não contarei nada do que eu ouvir aqui hoje. –ela disse.

-Qual é o assunto de hoje? - Afrodite perguntou entrando na sala. Ela tinha uma estranha mania de aparecer sempre que alguém fala dela.

-O louco/psicopata do Ares. – eu disse.

Todos na sala riram. Nós sentamos à mesa da sala de jantar.

-Papai, eu estive pensando e concordo que a única maneira de se livrar do Ares é fazendo o juramento.

-E se futuramente você se arrepender? –ele me perguntou?

-Pense bem pai. –eu disse. – Eu não preciso fazer o juramento pelo Estige, eu posso fazer ele para você e, se futuramente eu me arrepender, você pode retirar ele.

-Verdade, pense nisso Zeus. – disse Hera. – Eu sou totalmente contra esse casamento, mas você sabe que ele arranjará outro jeito de se casar com ela.

-Pai, larga de ser cabeça dura. – disse a Afrodite.

-Afrodite, posso saber como aquele idiota se apaixonou por minha sobrinha. - perguntou meu tio.

-Ele não está apaixonado, - ela começou. – Ele apenas quer tirar ela de perto do Zeus para que ele para de mimar ela e de atenção para os outros filhos também.

-Zeus. – Meu tio começou. – Faça ela fazer o juramento diante de todos na sala dos tronos.

-Eu acho que ela deveria sair do olimpo por um tempo, - disse Hera. –Sabe, para as coisas acalmarem.

-Poseidon? – Zeus olhou para seu irmão.

-A minha casa é meio vazia mesmo...

-Atena, arrume suas coisas. –meu disse. –Amanhã cedo você vai fazer o juramento e depois vai para a casa do seu tio.

Eu e Afrodite subimos para meu quarto e começamos a arrumar minhas coisas. Passamos o resto dia juntas. Depois de arrumar as malas, nós assistimos alguns filmes, com direito a muito sorvete e coca cola. Ela foi embora e eu dormi chorando, pensando em como a vida pode nos enganar.


Hey, eu resolvi começar a postar a fic desde o começo.

E eu sinto muito...

Sinto por ter abandonado vocês e não ter atualizado ela aqui. Foi bobeira minha.

E eu não vou reescrever ela. Essa fic é um marco pra mim, porque ela mostra a evolução da minha escrita. Ela foi a minha primeira e serve como lembrete sobre alguns fatos para mim.

Aproveitem...

-Barbara