Uma curta história, dividida em 6 capítulos para quem aprecia romances jovens e bobos feitos por adolescentes apaixonadas que desejam mais do que tudo que o que escreve virasse realidade. Essa provavelmente não vai ser a melhor, mas espero que a apreciem.


Então quer dizer que você gosta de mim?

Pois é.

Pensei que gostasse do seu primo.

É, eu também.

Me mexi desconfortável.

Por que os armários de vassouras são tão pequenos aqui em Hogwarts?

Acho que Godric Gryffindor queria se agarrar com Rowena Ravenclaw longe de Salazar Slytherin, e convenhamos, quanto mais próximo, melhor, não acha?

...

Era segunda feira de manhã quando tudo começou. Como sempre eu acordei cedo, me arrumei, fui para o salão Principal tomar café da manhã. Estava vazio, mas em 15 minutos a mesa da Grifinória se encheu com alunos, principalmente Weasley.

– Animada Rose? Soube que hoje começa o ensaio para aquela sua peça em Estudo dos Trouxas – James disse de frente pra mim. Como sempre, do jeito que fico retardada perto dele, deixei cair a faca que eu passava geléia na torrada. Ia me abaixar, mas desisti. Da ultima vez que tentei pegar a bendita faca eu bati a cabeça e todo o salão deu risada. Olhei para James e dei um sorrisinho. Alguns amigos dele do time de Quadribol riram.

– Hã... Claro – minha voz saiu falha. Ele mandou aquele sorriso sedutor e seus amigos riram mais ainda.

– Disse alguma coisa, Rose? – James puxou a minha mão por sobre a mesa.

– Sim, James, estou ansiosa. Quer dizer, não é sempre que fazemos isso, não é? Vai ser legal, vão ter outros alunos de outras casa e tal – falei rápido.

– Apenas relaxe, RedRose.

Sempre odiei aquele apelido. Era como meu avô me chamava quando pequena 'rosa vermelha' pelo meu cabelo extremamente ruivo. Esse apelido sempre gerou piadinhas chatas que eu nunca gostei. Apenas 4 pessoas me chamavam de RedRose: meu avó, meu pai, James e aquele loiro chato do Malfoy, que desde que ouviu James me chamando assim vive gritando isso pela escola para me irritar.

– Preciso ir, Jimmy, até mais – levantei-me da mesa, quase levando algumas coisas junto e sai correndo pelo corredor.

Jimmy era golpe baixo, mas isso era apenas para James parar de chamá-la de RedRose.

A manhã passou tranquila, não aconteceu nada demais. Passei a aula de poções e transfiguração com meu primo Albus. Na verdade eu não havia feito muitos amigos em Hogwarts porque sempre andei muito com meus primos. Se eu precisasse de um ombro amigos falava com Albus e se precisasse de conselhos falava com Dominique que era apenas um ano mais velha.

Depois do almoço me despedi de Albus e fui aos jardins. Hoje começaria o ensaio que faríamos de uma peça trouxa para a aula de Estudo dos Trouxas. A peça de Agatha Christie, uma autora trouxa que mamãe sempre disse que era meio pirada, mas a minha professora a adorava. Não posso culpá-la, os livros de Agatha Christie são realmente muito bons. Nós faríamos a peça de 'Noite sem fim'. Eu faria o papel de Ellie Guteman e meu par romântico seria Dave Mathews, um Corvinal alto, moreno, forte, jogador de quadribol que uma vez me disse que só fez o teste pra teça porque sabia que eu seria a atriz principal.

Passamos alguns minutos sentados na grama ouvindo a professora falar. Dave ainda não tinha aparecido na aula, o que me deixou preocupada.

– E agora, só para completar, sentem-se com seus companheiros para conversar e se conhecerem melhor, ok? E antes que eu me esqueça, Rose Weasley, Dave Mathews desistiu da peça, então em seu lugar ficara Scorpius Malfoy. Emmy Parkison você precisa melhor essa postura…

Prendi a respiração e fechei os olhos. O Malfoy não! Por que, Merlin, por quê?

– Eae RedRose, beleza? Pronta para ensaiarmos? O Mathews me disse que até vai rolar um beijo… – ele abaixou, até ficar a minha altura. – Espero não ter desperdiçando meu dinheiro.

Aproveitando meu momento pensativo, ele me deu um rápido beijo nos lábios, levantou rápido e saiu caminhando.

Foi assim que começou tudo. Nas próxima duas semanas passei mais tempo com Malfoy do que queria. Ficamos meio que 'amigos', se é que pode chamar assim uma pessoa uma pessoa que você não consegue conversar sem chamá-lo de idiota, egocêntrico e prepotente. Descobri que Malfoy era, na verdade, uma garoto legal e inteligente, não tinha amigos em Hogwarts, era meio fechado, mas simpático até.

Ele também era um bom ator. Tinha responsabilidade e era profissional. Vivia falando que nosso beijo iria ser bem quente, o que me deixava constrangida.

– Hey, RedRose, sabe a cena do beijo? Encontrei um jeito de fazer você me beijar sem se constranger – ele disse em uma tarde de sábado enquanto andávamos em Hogsmeade.

Senti minhas bochecha queimarem.

– Fale, Malfoy – disse.

– Você gosta daquele seu primo burro e popular do 7º ano, não é?

– Como você sabe?

– Eu descobri – ele deu um sorrisinho malicioso. – Até a gata do zelador sabe que você gosta do Potter, RedRose. – Ele piscou. – Bom então, imagine que está beijando-o, quando estiver me beijando, apesar de eu odiar que você me imagine como aquele idiota.

– Jay não é idiota – ralhei.

Ele apenas revirou os olhos.

– Não vou imaginar que estou beijando ele – falei.

– Porque eu beijo muito melhor – ele disse.

– Duvido – brinquei.

– Espere e verá, Rose Weasley – ele deu uma piscadela.


Espero que consiga postar tudo essa semana.

Mereço Reviews talvez?