Naruto e seus personagens não me pertencem mais, perdi no pôquer para Masashi Kishimoto, mas quase posso provar que ele estava roubando. Afinal, quando eu penso em "vou ter aquele corpo", não é para os fins psicóticos de Orochimaru.
Essa é uma fic YAOI, e segue a linha de Adeus (ItaNaru), por isso contem informações sobre o Manga e Anime. É uma SasuNaru (mesmo eu não acreditando que fiz isso)
Contem Lemon, é by Li Morgan, esperavam o que?
Memórias da Retina
Estava andando sozinho pela floresta que protegia o esconderijo onde a Akatsuki se reunia, claro que a Taki não era realmente bem-vinda lá, por isso estavam em uma cabana mais afastada, e Sasuke agradecia por isso. podia ver o crescente desespero nos olhos de Karin e Suigetsu, a apatia enojada de Juugo. Eles ainda estavam cansados e se recuperando da luta contra o jinchuuriki no Hachibi e sua extração, e apostava que nenhum dos outros conseguia dormir tranqüilo depois daquilo. Por três dias e três noites haviam ouvido os gritos do jinchuuriki, haviam presenciado sua luta para viver enquanto a bijuu se recusava a deixá-lo.
Ele respeitara o jinchuuriki no Hachibi, era um guerreiro forte, equilibrado e fora generoso, por isso acabara capturado e morto, porque fora misericordioso. Das coisas sem sentido que fizera na vida, dos erros que cometera, esse estaria sempre em sua memória, como um marco de sua ingenuidade. Infelizmente não podia voltar atrás agora, sua vida corria perigo e somente um milagre o salvaria de ter que passar novamente por aquilo, dessa vez com Naruto. Por kami-sama, não poderia fazer isso com Naruto, não poderia olhar o corpo do loiro e o sacrificar, fora tolo por não perceber as manipulações de Itachi, fora idiota ao acreditar nas promessas de Orochimaru, e agora via que era fraco demais para proteger Naruto.
Foi então que sentiu fluxos de chakra, rapidamente suprimiu seu chakra e apagou sua presença enquanto acionava seu Sharingan e chegava o máximo possível perto das fontes daquele chakra, queria ver o que estava acontecendo.
Espantou-se ao ver os seis ninjas que chamavam de Pein, eles não deveriam estar aqui, deveriam estar procurando Naruto no país do Fogo. Foi então que viu ao centro da formação circular, os cabelos loiros, os olhos azuis, Naruto estava ali. Mas notou também que aquele não era o Naruto de que se lembrava, o Naruto que enfrentara no esconderijo de Orochimaru não era nem mesmo uma pálida sombra do Naruto que estava sorrindo entre os Pein. Aquele Naruto a sua frente tinha uma postura mais decidida, um chakra incrivelmente poderoso e Sasuke sentia que ele ainda nem mesmo libertara seu real poder. Naruto sorria, como se estivesse esperando exatamente aquilo, como se ele tivesse feito os seis ninjas que o rodeavam cair em uma armadilha perfeita. Notou então Naruto juntando as mãos em um selo que jamais havia visto, um selo diferente de todos os possíveis antes de falar com uma voz suave, uma voz sedutora que não deveria ser usada impunemente.
- Goukakyuu no Jutsu – Naruto falou.
Ele conhecia aquele jutsu, o usava, mas nunca o vira sendo usado assim, Naruto não somente ignorara os selos, como usara apenas o ar da fala enquanto um grande dragão de fogo se formava entrono dele, sem o ferir, antes de atacar os seis ninjas que queimaram sem nem ao menos se mover. Os seis corpos caíram carbonizados enquanto Naruto desfazia a posição das mãos e suprimia seu chakra.
- Por que não vem para perto de mim? – Naruto falou se voltando para a direção onde Sasuke estava – achei que não o veria aqui.
Sasuke estava quase saindo de sua posição quando um ninja de Konoha pulou do galho da árvore que usava para espreitar e pousou suavemente no chão, a espada de Kisame, a Samehada estava em apoiada em suas costas. Reconheceu o ninja da Re que fora enviado para lhe matar quando ainda estava com Orochimaru. O tapa-buraco, a cópia barata estava ali e Naruto sorria para ele, um sorriso que Sasuke sempre tivera como seu.
- Por que não me falou? – Sai perguntou tentando esconder a magoa – por que não me chamou?
- Não houve tempo – Naruto falou enquanto seu sorriso morria – tive que me infiltrar novamente no time sem ninguém perceber, então lutamos e quando voltamos a Konoha eu...
- Isso é por Itachi? Por Jiraya? – Sai perguntou – usou seu genjutsu neles por quem?
- Por mim – Naruto falou – pelos jinchuurikis, por Jiraya, um pouco para extravasar o ódio que eu sinto agora, estou com tanta raiva Sai, tanta magoa se juntou que não quero mais esperar, não quero mais perder nada, não vou permitir que mais nada seja tirado de mim!
- Pelo menos Itachi te deixou algo com que lutar – Sai falou – genjutsu era uma arma que você não possuía.
- Hai – Naruto sorriu – Nagato ainda não foi alertado de minha força, ele está embalado pelas doces imagens da minha humilhação. Agora só resta ele e Konan, estou errado?
- Não – Sai sorriu então – mas tem o Rin'negan a vencer ainda, e ele é mais forte em Nagato.
- Hai – Naruto falou – mas ele cometeu um erro Sai, um erro básico. Ele modificou um de seus olhos, queria se passar por Uchiha Madara e por isso perdeu parte do poder de um dos olhos ao envergar aquele Mangekyou Sharingan, isso será sua queda!
- Tem certeza? – Sai parecia preocupado – a Kyuubi...
- Itachi me legou imunidade – Naruto falou – junto com o genjutsu, me legou a imunidade perante o controle do Sharingan ou Mangekyou Sharingan.
- Você poderia tê-lo impedido – Sai falou baixo.
- Sai, se eu pedisse para ele quebrar a promessa que fez, eu seria o homem que você sabe que sou? – Naruto perguntou vendo Sai negar – se ele tivesse ficado porque eu pedi, eu sei que ele não seria o homem que eu amei. No final, eu simplesmente fui deixado para trás. Ele escolheu o caminho dele. Uchiha só vive por Uchiha, Uchiha só luta por Uchiha, eu fui avisado e ignorei isso.
Naruto se virou começando a caminhar na direção do esconderijo, Sai apenas o olhou por alguns segundos, falando baixo, mas Sasuke pode ouvir perfeitamente.
- Esse Uchiha aqui jamais o traíra Naruto – Sai falou – esse Uchiha que há em mim jamais o abandonará. Estarei sempre ao seu lado, mesmo se você não precisar mais de mim, meu irmão.
Sasuke os assistiu partindo e então levou a mão ao olho onde estavam todos os jutsus oculares de seu irmão. Madara, Tobi, eram apenas codinomes para um ninja sem qualquer gota de sangue Uchiha, Nagato foi o nome que Naruto usara para ele, Rin'negan era sua Kekei Genkai e pelo menos isso ele sabia o que era, assim como sabia que fora mais uma vez manipulado. A Akatsuki estava prestes a acabar, Nagato só tinha poucos instantes de vida. A cópia barata enviada para matá-lo era um Uchiha, e Naruto fora intimo de seu irmão, intimo o suficiente para ter o poder de impedi-lo de encontrar a morte. A pergunta era: que sentimento exatamente ligava Uchiha Itachi a Uzumaki Naruto?
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A Taki estava desfeita, Sasuke sabia agora que fora ingenuidade sua achar que somente eles poderiam contra Konoha, e não sentia dor alguma no fim daquela sociedade. A Akatsuki estava acabada também, ele mesmo vira os corpos de todos seus integrantes. Naruto e Sai não se dignaram a ocultá-los, aquela era a mostra do desrespeito deles, do poder de Konoha e do jinchuuriki da Kyuubi, desprezavam tanto aquelas pessoas que nem mesmo o fim ninja deram a eles. Sem som, sem cheiro, estava escrito com tinta na parede do esconderijo, sobre os corpos deixados para apodrecer. Ainda lembrava do riso histérico de Karin ao ver aquilo, e do choro compulsivo que se estendera depois enquanto ela era confortada por Suigetsu e levada para fora daquele lugar. Juugo olhara com apreciação macabra para cada um dos corpos, e então sorriu, estava dando as costas aquilo também, estava livre. Estranhamente Sasuke se sentiu livre também, livre pela primeira vez em sua vida.
Voltar para Konoha se tornou o único caminho que ele poderia seguir agora, era lá que estava Naruto e sabia que somente lá encontraria as respostas as perguntas que ameaçavam o enlouquecer. Sozinho cobriria uma distância maior em menos tempo, por isso se deu ao luxo de passar a noite em hospedarias, fora que se os espiões ainda trabalhavam logo Konoha saberia de seu retorno, de sua aproximação.
Estava a três dias de Konoha, estava a três dias de Naruto, deitado no futon confortável, cansado pela marcha forçada que se obrigara a fazer. Antes de adormecer pensou em seu irmão, que o confundia tanto quanto Naruto, queria saber mais sobre Itachi, queria saber tudo. Queria compreender o irmão, e mais do que tudo saber o que ligara Itachi a Naruto. Foi com esses pensamentos que adormeceu.
O som da risada fez com que abrisse os olhos, uma risada baixa e macia, ainda sonolenta e então baixou o rosto para contemplar o loiro abaixo de si.
- Poderia me soltar? – Naruto perguntou sorrindo – tenho que ir ao banheiro.
Ele resmungou, sorrindo ao sentir que o corpo quente e macio não lutava contra ele, não o repelia. Naruto estava quase todo embaixo dele, os papeis haviam se invertido, em vez de Naruto dormir sobre seu peito, ele dormira sobre o de Naruto. Estivera tão cansado, tão machucado e sozinho, mal se lembrava de como conseguira chegar ali, mas lembrava do sorriso de Naruto ao abrir a janela e o deixar entrar. Lembrava da ternura e cuidado com que o loiro o despira e deitara para então se acomodar a seu lado, puxando-o para perto e acariciando suas costas e braços, tentando passar seu calor, sua presença.
Agora não estava mais cansado, agora não estava mais com frio ou ferido, agora estava completo e faminto. Seu corpo respondia ao corpo abaixo de si, instigando aquela fome eterna que sentia pelo menino abaixo dele. Nunca tinha o bastante de Naruto, cada novo beijo parecia mais doce que o anterior e ele precisava desses beijos como precisava de ar. Por isso envolveu o loiro com os braços e os rolou, fazendo Naruto acabar quase sentado sobre si. Guiando com rapidez e habito os quadris dourados, escorregou lentamente para dentro de Naruto, ouvindo o delicioso som de seu gemido.
- Ah...
Sim, aquilo era o que viera procurar, aquilo era o que o fazia viver, acreditar e ainda persistir. Por isso podia abrir suas defesas e procurar Naruto quando estava em seu pior, fraco como um filhote, porque era junto a Naruto que podia ser ele mesmo, era no corpo de Naruto que se curava, em seu regaço que descansava. Era na forma como ele ondulava os quadris o cavalgando lentamente, a forma como gemia de prazer, com aquele rosto brilhando, aquela boca aberta e arfante ao chamar seu nome que matava sua fome.
- Naruto – chamou sentindo sua voz rouca pelo prazer que sentia ao ser comprimido por aquele canal estreito – hum...
Os olhos azuis cheios de luxuria se abriram para ele enquanto o ritmo mudava, mostrando que dessa vez Naruto não lhe faria implorar, que dessa vez ele queria rápido e forte, quase brutal. Por isso se ergueu, abraçando o corpo menor e suado, passando os braços por debaixo dos de Naruto, que tinha as mãos enterradas em seus cabelos, prendendo as mãos nos ombros e o puxando para baixo enquanto erguia seu próprio quadril e arremetia com força e rapidez, sentindo a boca arfante gemer em seu ouvido. Doce e rouco, esse era o gemido de Naruto, o gemido na forma de seu nome, o gemido que lhe dizia que o loiro estava prestes a gozar, que estava ainda se controlando, esperando por ele.
- Meu – gemeu investindo com desespero enquanto Naruto mordia com força o lábio inferior para conter o grito de libertação e júbilo, enquanto o corpo dourado se convulsionava pelo gozo, enquanto seu próprio mundo se desvanecia no orgasmo.
Naruto sorriu arfante, o corpo inclinado para trás estava languido, ainda corado pelas intensas sensações, ainda mais macio, ainda mais adorável, enquanto o cheiro de Naruto se misturava com o cheiro de sexo e sêmen, tornando o ato quase primitivo em uma experiência sacro-santa. Tomar Naruto não era somente posse e libertação, era um exercício de adoração, era realmente um ato de amor. Por isso rosnou baixo ao sentir suas costas batendo no futon enquanto Naruto saiu correndo para o banheiro, a leve risada estava de volta.
Se permitiu permanecer deitado, aproveitando as agradáveis sensações do pós-gozo, sentindo aos poucos seu corpo voltar a responder a seus comandos, sentindo o bem estar e saciedade que o inundavam. Abriu os olhos somente quando sentiu que havia movimento perto dele. Abriu os olhos para ver Naruto ainda nu, de costas para ele, olhando a paisagem campestre da janela.
Os cabelos loiros estavam mais revoltos, culpa do sono e do sexo, úmidos na nuca, colando-se a ela e ele sabia que se passasse a língua ali agora, sentiria o gosto do suor de Naruto, e que não seria salgado em sua língua, sabia que se afundasse seu nariz ali, sentiria a essência mais pura de Naruto. Estava quase se levantando quando o loiro virou para ele, encostando a janela e o olhando com aqueles olhos cheios de amor.
- Não quer se unir a mim e saudar a manhã? – Naruto perguntou – o sol já vai nascer.
- Já saudei a manhã – falou sustentando seu peso sobre o cotovelo, deixando claro que estava mantendo o lugar de Naruto na cama – mas podemos saudar novamente, raio de sol.
Naruto sorriu fazendo um beicinho delicioso que simulava enfado, virando-se novamente para a paisagem.
Ele acordou assustado, aquele sonho havia sido tão nítido, tão absolutamente real. Seu corpo respondia a ele instintivamente, seu sexo latejava entre suas pernas, dolorosamente clamando por libertação. Foi então que sentiu a brisa matinal e ergueu os olhos para a janela aberta, assustado por ver a forma difusa de Naruto ainda em pé ali, nu, olhando para a paisagem enquanto o sol nascia.
- O que...
Naruto virou o rosto para ele, sorrindo maliciosamente.
- Por que não se junta a mim, Itachi? – Naruto perguntou e então riu – preguiçoso!
Sasuke piscou atordoado quando viu a forma meio apagada de Naruto caminhar até a cama, seu pênis latejou violentamente forçando-o há envolve-lo com a mão instintivamente enquanto Naruto se desvanecia com os primeiros raios de sol que inundavam o leste. Com o nome do loiro sufocado nos lábios, Sasuke gozou nos lençóis amarfanhados.
Ultrajado, confuso e irritado, ele se ergueu da cama como se as provas de seu prazer fossem cobras prestes a cravar suas presas nele. Passando a mão nos cabelos negros, ficou olhando o quarto, sentindo a solidão o envolver como um cobertor. Não sabia o que havia acontecido, mas uma coisa sabia: ninguém alem dele estivera naquele quarto desde que o ocupara. Mesmo assim passou os olhos pelo quarto, procurando um possível intruso ou nova alucinação e acabou se deparando com sua própria imagem no espelho, vendo seu Sharingan e o Mangekyou Sharingan que seu irmão lhe dera ativados o olhando, mas então o reflexo mudou e quem o olhava era Itachi, sorrindo sereno pelo reflexo, antes de virar o rosto, o mesmo ele fez e viu a janela aberta, os raios de sol e ouviu a risada baixa e maliciosa de Naruto.
Voltando o rosto para o espelho, viu seu irmão em vez de seu reflexo, a boca de Itachi se moveu e ele pode ouvir a voz do irmão em sua mente.
- Você deseja me conhecer? Me entender? Então entenda meu maior pecado, meu maior remorso. Veja onde fui eu mesmo e o que deixei por você.
A imagem se desfez e era ele novamente se olhando chocado. Deixou então o corpo cair, sentando no chão frio, confuso como nunca estivera antes. Naruto e Itachi estavam apaixonados?
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Kakashi resmungava baixo ao entrar em seu apartamento, malditas palavras vazias que mostravam que a Godaime não acreditava na informação que trazia.
Reagiu por instinto quando sentiu um corpo menor o pressionar fortemente contra a parede do apartamento escuro, sem pestanejar empurrou o invasor para longe, vendo-o cair sobre sua cama com um gemido surpreso. Iruka...
- Maldição Kakashi – Iruka falou sentando na cama – que demônios...
- Uzumaki Naruto não se encontra mais sobre a proteção da Montanha Myouboku – Kakashi falou se encostando a parede – um informante o viu seguindo na direção de Amegakure a mais de quatro dias.
Iruka se ergueu rápido, mas Kakashi segurou seu braço, impedindo-o de sair, conhecia os sentimentos de Iruka por Naruto, sabia exatamente como o chunnin se sentia, sentia a mesma coisa. Por isso podia entender a necessidade de Iruka, a vontade de abraçar Naruto e o proteger de tudo e todos, porem o menino estava alem da proteção dos braços deles. Tinham que respeitar isso, e tinham que estar inteiros e fortes para poder amparar Naruto quando ele os procurasse, quando desejasse mostrar as feridas, e prontos para quando a Godaime ordenasse que formassem um grupo de busca e salvamento.
- Sai está desaparecido também, nem mesmo Danzou sabe onde ele está – Kakashi falou – estão todos preocupados, Naruto não estava agindo normalmente quando saiu da vila, eu sabia que ele estava escondendo alguma coisa, mas eu...
Iruka então abraçou o jounin, entendendo a dor que ouvia na voz do outro.
- Você só é responsável por seus atos, Kakashi – Iruka falou – também notei que Naruto estava diferente, estava diferente desde que retornou a Konoha, era como se algo não encaixasse, como se ele estivesse sempre ocultando alguma coisa que estava louco para mostrar. Também não falei nada, mesmo quando vi nos olhos dele que ele não ficaria passivo diante da morte de Jiraya.
- Mas Naruto...
- Você o conhece Kakashi – Iruka falou serenando – ou parou de confiar nele, na força dele?
- Que pergunta – Kakashi falou confuso – é claro que não, eu...
- Sabe que ninguém pode impedir Naruto quando ele se determina a fazer algo – Iruka sorriu orgulhoso por isso – você sabe, como eu sei, que ele pode conseguir o impossível. Não pode protegê-lo de si mesmo Kakashi, nem o impedir de fazer o que ele acha que deve fazer. Assim como eu não posso, achei que sabia disso, afinal, foi você que me mostrou essa realidade.
Kakashi riu abraçando Iruka, aspirando o cheiro dele, aquele cheiro de amadeirado que o alucinava. Carvalho, pensou Kakashi, cheiro de carvalho, forte e resistente, como o homem em seus braços. Sorriu então ao sentir a mão calejada de Iruka baixando sua máscara. Sentiu um arrepio de antecipação ao sentir o hálito quente de Iruka roçando sua pele, e gemeu ao sentir os lábios macios sobre os dele, já entreabertos para que deslizasse para dentro daquela cavidade quente e unida.
Beijou Iruka com desespero, com ânsia, com necessidade enquanto as mãos calejadas começavam a abrir sua jaqueta, tirar suas armas que caiam sonoramente no chão. Adorava quando Iruka tomava a iniciativa, embora também adorasse quando ele era tímido.
- Kakashi – Iruka chamou manhosamente quando as mãos de Kakashi impediram as suas de abrir a calça do jounin – não...
- Só se você tirar também – Kakashi falou malicioso.
Iruka sorriu em resposta, baixando um pouco o rosto quando deu um grande passo para trás. As mãos morenas foram para as presilhas de sua própria jaqueta, abrindo uma a uma enquanto seus olhos estavam fixos nas presilhas abertas da jaqueta de Kakashi. Aceitando o desafio, Kakashi tirou sua jaqueta, vendo que Iruka fazia o mesmo. Juntas as jaquetas caíram no chão enquanto Kakashi levava as mãos a sua malha e a erguia, Iruka abria sua camisa e ambos as tiraram rompendo minimamente o contato dos olhos. Foi Iruka quem tomou a liderança ao abrir a calça e a empurrar para baixo e a tirar, junto com a cueca branca. Nu, o chunnin ergueu as mãos e tirou da testa seu hitaiate, jogando-o sobre a cômoda próxima, a outra mão libertava os cabelos negros que caíram lisos pelos ombros morenos enquanto o chunnin andava para trás até a cama, onde se sentou com as pernas abertas.
Kakashi salivou tirando sua calça, mas não a cueca negra justa que usava, Iruka sorriu por isso e estendeu a mão, indicando que ele deveria se aproximar, havia urgência libidinosa naquele olhar.
As mãos calejadas envolveram seu corpo ao se aproximar de Iruka, que o manteve em pé a sua frente enquanto a boca do chunnin distribuía beijos e mordiscadas em seu ventre, Kakashi apenas acariciou aqueles ombros fortes, aquelas costas macias, suas mãos deslizando pela pele morena, revendo os contornos que já conhecia tão bem, mas que nunca cansava de explorar. Gemeu fechando os olhos quando sentiu os dentes de Iruka baixando o cós de sua cueca, aquele demônio, sempre inventando algo novo, depois ele era o pervertido ali!
- Kakashi – o som de seu nome saiu abafado pelos dentes travados e pelo tecido, mas imensamente erótico e Kakashi abriu os olhos para ver Iruka baixando sua cueca e libertando seu pênis, que pulou quase euforicamente para fora da prisão de tecido – olhe.
Kakashi não podia nem piscar ao ver Iruka abrir a boca e colocar seu pênis todo na boca, com os olhos fixos nele, mais abaixo de seu pênis e do rosto de Iruka, que pareciam querer se fundir, podia ver e sentir uma das mãos calejadas manipulando seus testículos enquanto a outra mão de Iruka começava a alargar a si mesmo.
- Iruka – Kakashi gemeu em desespero pelo apelo erótico e sensações deliciosas, Iruka o pegava por todos os lados.
Iruka sorriu apertando quase maldosamente seus testículos, salivando todo seu pênis antes de se atirar para trás, caindo sobre a cama sem quebrar o contato dos olhos, nem mesmo quando se virou de costas para Kakashi, colocando-se de quatro sobre a cama.
Com um rosnado forte Kakashi puxou os quadris morenos e estreitos e o penetrou com uma firme e profunda estocada que fez Iruka gemer longamente, instigando-o a continuar o movimento, afundando-se cada vez mais naquele ânus que o recebia quase sem resistência, que parecia o sugar para dentro para prendê-lo ali.
- Ka...ka...shi...
Ah, Kakashi gemeu, como era delicioso possuir Iruka, sentindo seu pênis ser pressionado quase dolorosamente pelas paredes intestinais do moreno enquanto os cabelos longos caiam pelas costas suadas e sobre o ombro forte. Iruka tinha um corpo perfeito, ombros largos e quadris estreitos e aquela bunda redonda que o fazia desejar morder, ainda mais quando se empinava como agora, recebendo-o enquanto os músculos das costas oscilavam pelas investidas violentas.
Iruka gemeu ainda mais rouco quando Kakashi começou a investir repetidamente em sua próstata, as mãos morenas agarrando a madeira da cabeceira da cama enquanto o torso se erguia e a bunda se movia para ajudar no ritmo.
Os sons e cheiros do quarto eram puro sexo, pura luxúria e era assim que os protagonistas daquele ato gostavam. Kakashi se deleitava pelos gemidos roucos e cada vez mais altos de Iruka, enquanto Iruka apreciava os gemidos rosnados e baixos de Kakashi. Iruka era um gato lânguido e voluptuoso, Kakashi era um cachorro brutal.
- Ah...Kakashi – Iruka gemeu olhando para seu amado por sobre o ombro, vendo a forma possessiva com que ele segurava seus quadris ondulantes enquanto investia quase febrilmente nele – onegai...eu...
- Hai – Kakashi rosnou segurando os quadris de Iruka com ainda mais força e investindo violentamente, rosnando o nome do chunnin com desejo óbvio enquanto investia na próstata de Iruka e o fazia gozar sem nem ao menos ser tocado, sujando os lençóis com seu sêmen.
Iruka gemeu delirante enquanto Kakashi o fazia gozar, soltando então a cabeceira da cama e apoiando-se nos braços trêmulos, lânguido enquanto Kakashi ainda se movia, ampliando seu orgasmo. A sensação do sêmen de Kakashi dentro dele lhe fez gemer mais uma vez, assim como o peso do jounin caindo sobre ele e os fazendo deitar na cama, suados e ofegantes.
Kakashi sorriu desenterrando seu rosto dos cabelos negros, as mãos apalpando as costelas de Iruka antes de beijar a nuca do chunnin, que soltou um estrangulado lamento. Rolou para o lado, vendo Iruka tirar calmamente os cabelos do rosto enquanto virava para ele, como amava aquele rosto, aquele corpo, aquele homem. Como precisava daquela presença e calor.
Iruka sorriu satisfeito, como um gato que se fartou com uma travessa de creme fresco, empurrando os cabelos para as costas antes de deixar sua mão cair maciamente sobre o peito de Kakashi, acariciando com a ponta dos dedos e subindo. Como adorava aquela pele áspera e pálida, seus olhos e dedos subiram mais um pouco, acariciando a linha do queixo e maxilar, aproveitando a pele sensível até chegarem à linha da boca rosada e bem desenhada, Kakashi era lindo. Uma beleza clássica, e era ainda mais lindo porque poucos conheciam sua face, sempre escondida pela máscara. Os lábios rosados de Kakashi fingiram morder o dedo que os traçavam e Iruka se ergueu um pouco e se inclinou, beijando Kakashi enquanto seus cabelos caiam como um véu sobre o ombro do jounin, que os enrolou em sua mão para mantê-lo ali e aprofundar o beijo. Roubando assim o resto de fôlego que Iruka tinha recuperado e deixando-o completamente rendido a Kakashi.
- Vamos tomar um banho – Kakashi propôs quando o beijo acabou, ainda mordendo de leve o lábio inferior carnudo de Iruka.
- Hai – Iruka sorriu lambendo seu lábio inferior quando libertado – você ensaboa minhas costas?
- Provocador – Kakashi falou ao ver o chunnin sair da cama e seguir para o banheiro, não teve outra saída a não ser o seguir. Afinal, Hatake Kakashi não era um tolo!
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Estava em uma clareira qualquer, em um lugar qualquer, com o corpo dourado nu de Naruto se quatro a sua frente, seus dedos estavam dentro dele e já podia sentir antecipadamente o prazer que teria ao o tomar.
- Logo, logo estarei dentro de você, kitsune –falou sorrindo de lado – e então será meu.
Acariciou, mordeu, apalpou e lambeu aquele corpo dourado que se entregava submisso ao seu toque, enquanto seus dedos alargavam cada vez mais aquele delicado ânus rosado, onde queria mais do que tudo se enterrar.
- Quando foi que perdeu sua virgindade, raio de sol? – perguntou sem realmente se importar.
- Quando falei com você, no dia em que fiz quatorze – Naruto falou e então gemeu ao sentir os dedos dentro dele se separando e girando, isso doía e gerava prazer, em igual medida – a última vez foi há seis meses.
Sorriu ao ouvir isso, pelo menos Naruto não vinha com a posse de outro homem ao se entregar a ele, isso mostrava também que o pequeno não era promiscuo, embora tivesse se esforçado bastante para sê-lo, mas não podia se passar outra coisa, pois seu sensei era ninguém menos que Jiraya. O Sannin fizera bem em treinar a mente e o corpo daquele menino, mesmo assim ele caia em sua sedução, logo depois disso, poderia o levar facilmente para a Akatsuki e então sua missão estaria completa e ele poderia ir atrás do irmão e matar Orochimaru.
Tirou os dedos antes de virar Naruto e o puxar para seu colo, penetrando aquele corpo. O pequeno deveria estar sentindo dor, mesmo que tivesse lubrificado seu pênis, era estreito demais, delicioso demais. Sentiu ainda mais prazer ao ver Naruto abrindo mais as pernas enquanto jogava o corpo para trás, apoiando parte de seu peso nos braços ajudando-o a penetrar ainda mais profundamente.
Esperava sentir prazer, e esperava ter cooperação, assim como sabia que Uzumaki Naruto, o filho de Namikaze Minato era belo, como o pai fora, mas não esperava aquele rosto banhado pela luz da lua, brilhando dourado e quase místico, enquanto a boca entreaberta deixava um gemido lascivo soar, movendo os quadris arredondados para mais perto, para tomar mais. O corpo de Naruto puxava seu pênis para dentro, por mais estreito que fosse, e então parou, sentindo todo seu pênis dentro daquele ninho quente e firme, que vibrava envolvendo-o antes de fechar os olhos pelo prazer súbito que sentiu quando Naruto começou a se mover, empurrando-se contra ele para depois se afastar.
- Demônio – gemeu, ouvindo Naruto rir entre gemidos enquanto aumentava o ritmo dos movimentos deixando-o sem fôlego, atordoado pelo prazer.
O maldito se movia como se tivesse nascido para fazer aquilo, instigando-o quase até o limite para então se agarrar a ele e diminuir os movimentos.
- Se vai me usar, como aqueles renegados queriam – Naruto falou sentindo os dentes do moreno se cravarem em seu ombro em represaria pela frustração gerada pela quebra no ritmo – e depois vai me levar para seu líder, então pelo menos vai me dar mais prazer do que qualquer outro. Já aviso, Uchiha Itachi, isso não será rápido, mas será muito, muito prazeroso, por isso finja que é um bom ninja e me deixe comandar.
Bateu naquelas nádegas redondas, mas o demônio só riu e começou a se mover cada vez mais rápido, usando de mais força e o enlouquecendo. O diabinho estava os provocando, sempre os conduzindo até o limite, até a beira do precipício e então retrocedendo, como uma criança que brinca com o perigo. O fazia com uma segurança lasciva e o olhava cheio de luxuria, com um sorriso na boca vermelha, que roçava a sua, oferecendo-os. Aceitou aquele convite, assim como já aceitara os comandos daquele loiro. Beijou-o com crescente paixão, toda sua experiência era nada agora.
- Você é muito gostoso – Naruto falou contra seus lábios, empurrando-o para se deitar sobre o chão enquanto começava mais uma vez os crescentes movimentos, apertou suas nádegas por isso – quando eu permitir que você goze, vai me agradecer por ter te feito esperar, Itachi.
Gemeu em concordância, sem ignorar a arrogância com que Naruto falara aquilo. Quem diria que o loiro que observava atentamente desde que deixara Konoha, que há quase um ano não conseguia esconder nenhum de seus sentimentos, que falava com o desconhecido oculto por causa de sua solidão. O menino humilde que conhecera em uma hospedaria a mais de um ano, e que acatara o pedido de seu ototo e não o atacara, estaria agora com aquele sorriso, com aquela confiança. Não que ela fosse desmerecida, Naruto o estava enlouquecendo de prazer.
- Itachi, Itachi – Naruto chamou baixinho puxando seus ombros e o abraçando, colando os corpos enquanto chegava mais uma vez ao liminar antes de suprimir e retornar ao começo.
- Preciso...- falou já trêmulo, chegava a doer, seu pênis latejava, desejando gozar, desejando o prazer completo.
- Hai – Naruto falou e então pegou cada um dos braços do outro e acomodou as pernas sobre eles enquanto espalmava as mãos pálidas em suas nádegas – me sustente, me mostre como.
- Vou gozar dentro de você – rugiu e Naruto sorriu antes de gemer, sustentava aquele corpo pequeno enquanto investia com força e o mantinha imóvel. O corpo de Naruto vibrava pelas estocadas fortes e violentas, quase gritando de prazer, sentiu o menor puxando seus cabelos com força, quase os arrancando enquanto gozava em seu ventre, seguiu-o então, gozando dentro daquele corpo estreito.
Se sentiu trêmulo, ofegante, deitado sobre o chão de terra, com uma lua cheia imensa a os iluminar enquanto sentia que não conseguiria se mover tão cedo. Nunca tivera um orgasmo tão intenso, quase pudera imaginar que morria. Naruto estava quase igual, ofegante, esparramado sobre ele. Debilmente, ergueu seu braço, sentindo-o pesado demais, como nunca estivera, nem mesmo depois dos piores treinos, e acariciou os cabelos dourados que se espalhavam por seu peito e ombro, então o loiro ergueu a cabeça, roçando os lábios aos dele antes de sorrir.
Sasuke acordou com o som estrangulado de seu próprio orgasmo, frustrado por sua mão ser uma substituta indigna para Naruto. Aqueles sonhos, aquelas memórias estavam transformando suas noites em tormentos e ele já entendia muito. Não sabia se teria forças para se levantar, estava ainda trêmulo, os lençóis manchados pelas outras lembranças que vivenciara. Era a quinta vez que acordava gozando naquela noite, vira Naruto em lugares e épocas distintas, o tomara em posições pensara ser impossível.
Não, não tomara Naruto, jamais o tocara dessa forma, Itachi tomara Naruto, Itachi fizera Naruto gemer e gritar, rir e gozar. Itachi era o protagonista dessas lembranças, ele era o espectador. Era o usurpador das memórias do irmão, só não entendia o porquê dessas memórias, o que seu sádico, sim já começava a achar que seu irmão era sádico, queria mostrando aquilo para ele? Entendia que Itachi realmente amara Naruto, que era completamente apaixonado pelo loiro, e mais, confiava cegamente em Naruto. Entendia que o irmão abrira mão de Naruto, então porque essas memórias não paravam de assolar sua mente? O dia nem amanhecera ainda e ele se encontrava mais cansado do que quando fora dormir.
Nota da Li:
Eu sei que o Sasuke não merece meu Naru-chan, mesmo assim essa fic tinha que acontecer, já que nenhum outro seria aceitável depois de Adeus. Já aviso que não sei como vai terminar, sei que terá lemon, porque eu realmente me divirto escrevendo isso, e sei que vai haver muito ItaNaru camuflado.
Espero que mesmo assim vocês gostem. Obrigado por terem lido,
Beijos da Li
