Sacred Jellicle Heart
Capitulo 1
Era uma noite sombria em meados de outubro. O silencio e a paz da noite reinavam para quase todas as criaturas, mas duas gatinhas, como de costume, não tinham a desejada temperança. Eram Jellicles desde seu nascimento e cada noite não significava ter paz, mas sim a chegada dos problemas. Glaciara, a gata cinza e preta, corria pelos becos procurando o esconderijo do perigo, Mystiara, a toda branca com orelhas avermelhadas, corria pelos telhados, verificando cada fresta de janela. Não. Não era necessário achar o inimigo, ele quase sempre as achava.
Não foi preciso procurar muito, logo se ouviu duas vozes distintas a ecoar pelos sujos becos. "Ellyleck" uma afirmou e outra quase imediatamente depois suspirou: "Maysta".
Num salto, duas sombras felinas tomam forma, cercando a pobre Mystiara. Não há fuga, parece tudo perdido. Glaciara tenta ajudar a amiga, mas sequer consegue escalar até o telhado, estava muito fraca, a dias não comia nada. Num suspiro de coragem, Mysti tentou atacar as felinas, foi jogada no chão pela terrível dupla, que logo pulou para terminar o trabalho de uma vez por todas.
Glacie correu para ajudar a amiga, Ellyleck logo se jogou sobre ela e as duas começaram a rolar ferozmente no frio asfalto. Mysti e May eram as sobressalentes e logo começaram a brigar, May arranha Mysti com suas ferozes garras tão afiadas quanto lanças, pouco restava para se fazer, a não ser fugir e arranhar, ocasionalmente, a inimiga cruel e mais forte. A batalha continuava, sangrenta. Ellyleck derrubou Glaciara, que se rendeu, e a arrastou para um balde de água gelada, onde iria morrer afogada. Maysta ia dar o golpe final no pescoço de Mystiara, já imobilizada. Parece o triste fim, quando um curioso som toma conta da cidade, os gatos todos o ouvem, apenas uma parcela entende.
Livres e aliviadas, as gatas guerreiras aproveitam o momento de ver as inimigas regressando. Glaciara logo se livrou do balde e saiu, molhada, ao encontro da parceira. "Mysti! Tudo bem?" Gritou. Nada ouviu como resposta, a gata branca caiu, muito ferida, no chão frio. Antes de poder socorrer a companheira, a gata cinzenta ouviu um miado tímido e preocupado.
"Spyn!" Ela saltou, sorridente, ao vê-lo. "Está vivo! Que bom!"
"Não há tempo!" Ele respondeu, sério, e se voltou para a gatinha caída. "Mysti... Tudo bem? Pode ficar de pé e lutar?"
"Cala a boca, Spyn! Claro que ela não pode!"
"Talvez seja hora de..." Spyn suspirou. "Ah, esqueça!"
"Hora de que, Spyn?"
"De... Encontrar os nossos parceiros, Glacie..."
"Jellicles..."
"Sim." Finalizou o gato. "Jellicles." Após a curta conversa, e com as decisões tomadas, ele ajudou Mysti. Partiriam na noite seguinte para encontrar os Jellicles, assim a dupla não conseguiria dete-los.
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Logo, outra noite ia surgindo, os planos do trio iam muito bem e no Junkyard, nenhum Jellicle sequer suspeitava dos visitantes. Munkustrap não conseguiria pensar nisso, no fim das contas. Soube que Macavity tinha novos planos, e muito bons. Os Jellicles estavam em perigo, o único meio de ajuda-los sem lutar é... Inviável. Demeter foi a causadora da luta sem fim, ela iria terminar. Mas como se livrar do grande amor que ocupa o coraçãozinho de um jovem felino? Não dá.
Este era o dilema de Munkustrap: Perder Demeter e ganhar paz, ou perder a paz mas ter sua amada sempre ao seu lado. Não sabia o que fazer, sentia raiva e medo, num misto negro de sentimentos que o faziam sentir essa angústia profunda. Pelo que ouviu, Macavity tinhas novas "armas" para combater os Jellicles, e eles não tinham nada! Munkus sentia que, desta vez, teria que entregar sua amada se quisesse sair vivo.
"Munkustrap?!" Uma vozinha o tirou de seus pensamentos. Se virou e a viu. Demeter, tão brilhante como cada estrela no céu. "Está tão pensativo, Munkustrap... O que há?"
"N-Nada... Não é nada!"
"Não me engana! O que aconteceu?"
"Nada, Deme... Não foi nada!"
"Munku..."
"Tá bem... Eu soube que Macavity tem novos planos e..."
"É claro que são fáceis de driblar, como sempre!"
"É..." Ele mentiu para não preocupar a gatinha. "Fáceis..."
Um silêncio se seguiu. Demeter sabia que era mentira, sentia pela voz dele que era uma enorme mentira. Munkustrap não queria preocupa-la... Afinal, era tarefa dele se livrar de Macavity. O filho de Deuteronomy era ele, não ela.
"Munkustrap..." Disse, finalmente "Eu quero a verdade!"
"A verdade... Não podemos combate-lo. Ele vai te levar Deme..." As lágrimas teimosas caiam no chão, Demeter se apressou e o abraçou ternamente "Vai... Eu sinto."
Demeter não disse nada. O olhou, apenas isso. Seu olhar era único, representava uma coisa que olhar nenhum fazia. Era um olhar inocente de uma gata que muito sabia, um olhar doce de uma gata violenta, um olhar feliz de uma gata que viveu tanta tristeza, um olhar confiante de uma gata em perigo e olhar confiável de uma gata inconstante. Ele mergulhou no curioso olhar, não queria nada além daquilo a sua frente.
"Munkustrap... Eu juro que cuidarei de você. Sempre. Darei minha vida por você." Ela sorriu e completou "É uma promessa!"
"Eu é que deveria jurar, Deme. E juro. Também vou dar minha vida por você. Essa é a nossa promessa."
Sorriram e se abraçaram, a noite já chegava lentamente e um raio de luz laranja-avermelhada cortava os céus durante o mais doce abraço que tinha se visto no velho Junkyard.
"Que lindo, não acha Ellyleck?" Uma voz feminina ecoou, e o casal, aflito, começou a olhar ao redor buscando as donas das vozes, logo outra gritou em resposta: "Sim, Maysta. Lindo mesmo!"
Então, a dupla de gatas atacou novamente, num golpe rápido e certeiro prenderam os amantes numa lata de lixo vazia e velha. Demeter estava pronta para destruir a prisão enferrujada com suas garras quando a lata tombou. A visão chegava a ser espetacular: Três gatos desconhecidos enfrentando a dupla inimiga. Não acontece nenhuma luta física ou verbal, apenas olhares fulminantes e poucos gestos breves. A luta iria se iniciar, mas uma garra prateada cintilou no céu noturno e Macavity surgiu, com seu ar respeitoso e a crueldade escapando pelo olhar. Seu sorriso cínico fez Demeter se esconder, lentamente e sem ser notada.
Macavity procurou com os olhos seu prêmio. Não, ela não estava lá. Decepcionado, mas sem perder o sorriso malévolo, fez um sinal e a dupla se afastou dos Jellicles, se posicionando logo atrás de seu mestre. Era uma bela, mas terrível, visão.
"Onde ela está?" O maldoso felino sorriu ao perguntar "Ou é ela ou terei de mata-los!"
"Não." Munku retrucou "Ela não está aqui, Macavity."
A luta se iniciou, com um simples sinal com a cauda Macavity ordenou ataque. Aos Jellicles, pouco restava. Podiam apenas tentar se defender com todas as forças, porém garras diversas transferiam golpes e mais golpes nos pobre gatinhos. Mystiara já não estava bem, caiu muito depressa com ferimentos horríveis. Glaciara tentou lutar, mas fraca acabou por desmaiar. Spyn e Munkustrap eram os que haviam sobrado, e tudo estava indo de mal a pior. Macavity atacou e prensou o gatinho listrado no chão enquanto Spyn tentava, sem sucesso, fazer Glacie despertar. Era o fim... Como previsto, os bons Jellicles perderam.
"Sim... Acabou!" Macavity falou para Strap, preso no chão pelas unhas do inimigo "Mas, ainda há uma esperança, listrado... Ela!"
"Ela não está aqui!"
"Estou sim." Demeter saiu, corajosamente, diante da terrível visão "Estou aqui, Macavity. Vou com você, se quiser, mas poupe os Jellicles! Deixe-os em paz!"
Macavity sorriu e lhe estendeu a pata. Ela foi se aproximando quanto sentiu uma terceira pata a segurar a sua e gotas a pingar sem dó, molhando seu pelo. Ela se virou e viu seu amado Munkustrap a olha-la, chorando.
"Desculpe, Munkustrap... Fizemos uma promessa! Preciso cumpri-la." A gata balbuciou pouco antes de se aproximar de verdade do inimigo. Finalmente, ele fez um sinal sinistro e dezenas de patas negras começaram a puxa-la, Ellyleck e Maysta riam muito enquanto ajudavam as patas a fazer Demeter desaparecer nas trevas, finalmente foi engolida pela escuridão com um grito.
Foi tudo tão sinistro que ninguém conseguiu se mover. Munkustrap tombou ao chão e não movia um bigode sequer. Era muito inacreditável. O clima terrível foi quebrado por risinhos e logo, duas sorridentes figuras foram avistadas: Tugger e Bombalurina. Seus sorrisos se desmancharam ao ver a aparência dos demais.
"M-Munku..." Balurina arriscou "Tudo bem? Quem são eles?"
"Ele finalmente a levou, Bomb... Ele levou Demeter daqui... Nunca mais vamos vê-la..." O gato respondeu, se encolhendo num cantinho. "Não há esperança para ela... Não há chance para sua irmã."
"O-O que?!" A gata vermelha quase desmaiou,mas foi segurada por Tugger "N-Não p-pode... Não pode ser verdade! Dem!"
"Calma!" Mystiara interveio "Foi apenas um imprevisto! Vamos recuperar sua irmã! Não existe barreira que Macavity imponha que nós não podemos ultrapassar! Nós somos Jellicles! Juntos, todos os Jellicles, podemos vence-los! Só precisamos de determinação e energia!"
"Vocês são Jellicles?" Tug estranhou "Nunca os vi nos Jellicle Balls!"
"De fato... Não viemos a nenhum! Macavity tenta atacar nessas datas, sempre tentamos impedi-lo. Nem sempre conseguimos. Cumprimos o trabalho de nossos pais: proteger os Jellicles a todo custo... Mas... Agora... Precisamos de ajuda!"
"Não sei bem se entendi..." Tugger estava pensativo "Mas já sei que estão do nosso lado. Bal, Munku... Vamos convocar os demais Jellicles! É uma emergência das grandes!"
Os Jellicles, lentamente, se arrumaram e se recompuseram. Dem estava em perigo e chorar não iria ajuda-la! A hora de agir chegou.
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A gata doirada acordou de súbito. Olhou ao redor lentamente: Era um quarto escuro com um grande carpete preto e as paredes sujas e amarronzadas. O lugar sinistro parecia abandonado, o coração da gatinha batia forte... Era tudo sinistro demais para ela. Se levantou, desprezando a tigela de leite e o pedacinho de pão deixados para ela. Toda aquela situação a fascinava, a assustava também, mas a fascinava muito mais. Deu um risinho pela sua ridícula posição. Um silêncio se seguiu, mas foi quebrado por risinhos maléficos vindos do grande nada! Estremeceu. Agora sim a situação a assustava bastante, mas isso não era suficiente para para-la.
Buscou, desesperadamente, uma porta. Nada. Parecia ter sido feito para nada nem ninguém entrar ou sair dali. Encostou na parede e ela, felizmente, deslizou para o lado... Uma porta! É claro! Sorriu e uma lágrima desceu seu rosto. Munkustrap... Ele teria descoberto isso bem mais rápido. Num suspiro, como se respirasse coragem, adentrou a porta.
Mal deu três passou e ouviu a porta bater por trás de si, se virou... A porta não tinha maçaneta por dentro. Ao olhar para baixo, avistou entre a escuridão corpos felpudos ensangüentados. Aproximou a visão: Eram gatos, alguns mortos, outros quase. Troféus de Macavity que fizeram suas entranhas se revirarem, olhou para trás... Era tarde.
Foi seguindo pelo corredor, atenta a detalhes. Cacos de vidro pelo chão e muito sangue formando desenhos e palavras nas paredes. Levou um susto e quase gritou ao ver escrito com puro sangue um nome conhecido até demais. Correu para a porta mais próxima. Sentia-se bem melhor longe daquele lugar.
O quarto em que estava era similar ao seu, mas com alguns arranhões nas paredes e carpete. Ali vivia um prisioneiro? Quem sabe Macavity não tenha feito isso num momento de raiva? Não. A resposta atingiu Demeter derrepente: Filhotes! Brincando e arranhando tudo que conseguiam alcançar. Riu. O lugar lhe passava muito mais calma que qualquer outro naquela casa. Fechou a porta e se sentou, logo uma multidão de gatinhos a rodeou. Uma bem pequena e vermelha chamou sua atenção.
"Qual é seu nome?" A única gata adulta dali fez questão de se aproximar da miúda gata avermelhada "Você se parece com a minha irmã, sabia?"
"Me chamo Castally." Respondeu, tímida "Você é linda! É nova?"
"Sou."
"Bem-vinda! Mestre Macavity trouxe varias gatinhas esses dias... Só para servir aquela imunda!"
"Imunda?!"
"A nova 'rainha'... Demeter!" Ao ouvir isso, Dem quase desmaiou, mas permaneceu quieta, atenta "Ela é o motivo de nosso mestre ser tão infeliz... Ela está aqui! Veio servi-la, não veio?"
"Vim... Ela não... Me parece tão má... Ou mesmo imunda!"
"Como?! Todos os Jellicles são imundos! Matam nossos guerreiros sem motivo! Queria saber por que existem gatos assim... Gatos como aquela nojenta!"
Demeter não disse mais nada. Saiu, contrafeita, para a saída mais próxima. Era uma larga escada bege bem suja de sangue velho e apodrecido, como tudo por ali. Subiu poucos degraus até ouvir duas vozes. Uma pertencia a Macavity, a outra... Onde ele tinha ouvido aquela outra? Se aproximou, vagarosamente e logo avistou uma sala muito iluminada, dali vinham as vozes. Entrou, sorrateira, e se ocultou atrás de uma mesa onde um belo vasinho repousava, dali viu Ellyleck entrando e identificou a segunda voz: Maysta.
"Conforme eu disse, mestre..." Ellyleck começou, com um discreto sorriso "Ela fugiu.", contradita, Maysta se afastou e se calou.
"Droga! Aquela peste imunda!" Macavity derrubou uma mesa pequena no chão, desmontando-a, Deme engoliu seco e se ocultou ainda mais "Ela quer me enlouquecer de novo! Como tem feito desde que a vi pela primeira vez!"
"Acalme-se, mestre!"
"É um horror! Não posso mata-la! Não posso feri-la! Mal consigo prende-la! Eu a amo, droga! Amo! Queria que morresse... Para nunca mais ver a carinha dela! Mas... Eu sentiria a dor no coração como senti sempre que a deixei partir por descuido... Eu não queria... Mas a amo!" Macavity, bem mais calmo, se sentou na lata de lixo. Nem nessas ocasiões era comum vê-lo chorar.
"A ama tanto assim?" Maysta sussurrou, abaixada e de olhos baixos.
"E a outra gatinha vermelha com que se encontrava? Era muito bela!" Completou Ellyleck.
"Bombalurina..." Macavity sorriu, Dem, surpresa, estremeceu e se encolheu. Sentia-se sozinha "Era linda... Mas não... Iria me cansar e mata-la alguma hora... Não. Demeter é a única Jellicle que aceitarei aqui. A única que terá meu coração sempre."
Macavity se afastou, como se fosse embora. Maysta, com ódio, pensou em jogar-lhe algo na cabeça... Algo pra matar! Mas, a Jellicle dourada foi mais rápida, o vaso quase o atingiu, errou por centímetros. Por acaso, Maysta o defendeu por acidente com um livro. O defendeu de uma ação que ela teria praticado.
"Finalmente..." Macavity riu, sem se virar "Maysta... Leve-a para o alojamento das gatas."
"Sim, mestre!" Ela se recompôs rapidamente e sorriu "As gatinhas vão adorar conhece-la!"
Sem mais palavras, puxou Deme delicadamente pelo braço e ela foi sem resistir, mas também... Por que resistiria? Estava nos domínios de Macavity q sabia que não sairia dali na força. May a levou para uma estreita escadinha e a colocou de frente para ela, se afastando um pouco. Antes que pudesse até mesmo pensar, Dem foi empurrada escada abaixo, se perdendo no breu do andar inferior.
Zonza e ferida, a Jellicle se levantou lentamente e caminhou um pouco. Logo, várias velas foram acesas ao mesmo tempo e gatas diversas passaram a olha-la com espanto. Mesmo com a luz das velas, o recinto ainda era escuro e sinistro. Vários olhos pequeninos e brilhantes a envolviam, uma gatinha branca e vermelha se aproximou, autoritária. Ao passar, demais lhe faziam pequenas reverencias.
"Quem é você?"Ela perguntou, dura e cruel "Não é aquela imunda Jellicle, é?"
"D-De forma nenhuma!" Mentiu, sorrindo "Sou... Sou... Ma... Maly... Maly... maya! Sim... Malymaya!" O nome inventado de imediato convenceu a gata branca e vermelha e sorriu.
"Sou Redrea... Sou, digamos, o braço esquerdo de Maysta. A autoridade máxima dentre as gatinhas." Todas as outras subiram levemente os olhos e os direcionaram a Redrea "Tirando a grande Maysta! Princesa dentre nós! Por nós seria até mesmo uma rainha!"
"M-Melhor que aquela imunda como rainha!" Deme balbuciou, os olhos espantados voaram sobre ela "Não acha?"
"Hummm... Gostei de você! Tem minha permissão e proteção." Ao falar isso, se virou, anunciando para seu público, gatas amedrontadas, seu veredicto "Ela é muito bem vinda aqui. Recebam-na!"
O silêncio reinou até Redrea sair do local. Logo Demeter foi atacada por uma chuva da gatas falando todas ao mesmo tempo, muito felizes. Deu um risinho. As discípulas de Macavity eram exatamente como as Jellicles. Se afastou, satisfeita ao ver que, de qualquer modo, eram todos gatos. Caminhou um pouco, explorando o lugar, até encontrar uma porta entreaberta. Como sempre, curiosa resolveu se aproximar e o que ouviu a retirou bruscamente da ilusão que tinha sobre o lugar.
"Ela vai morrer! O veneno em seu sangue há de secar! Maysta não tem mais chances!" Uma voz feminina falou, dura e maldosamente. Ela não conseguiu vê-la "Vai funcionar! Maysta vai murchar como uma velha flor... Ela e a Jellicle imunda que o mestre trouxe. Enfim, a rainha serei eu!".
Assustada, Demeter caiu na realidade: Tinha que sair dali ou iria morrer! Mas... Como? Correu sem rumo, não buscando uma saída, mas sim um esconderijo. Encontrou, por acaso, uma varanda. Não estava longe de casa! Estava perto do Junkyard! Como ultima esperança, soltou um miado desesperado até uma pata negra retira-la da varanda, a levando para longe do luar uma vez mais.
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Munkustrap estava tristemente olhando para lua quando escutou, por acaso, o miado de Demeter seguido por outro inda mais desesperado. A seguir, o silêncio. Gritou e tendo sair, mas Mystiara o impediu se jogando sobre ele.
"Pare! Munkustrap! Ficou louco?"
"Preciso salva-la!"
"Nós vamos salva-la!" Glaciara o abraçou "Eu juro, tá legal? Eu juro."
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Balurina e Tugger estavam abraçados num beco escuro. Ela chorando e ele a consolando como podia. Os dois miados de antes passaram batido pelo casal, cada vez mais triste.
"Tug..." Bomb balbuciou, após horas de silêncio "O que farei sem minha irmãzinha? Já a perdi uma vez para ele... Desta vez, vai ser para sempre!"
"Não Bal... Nunca nada é pra sempre..." Fez algo que não é de seu costume, acarinhou a gata vermelha e sorriu. Tudo muito sinceramente "Eu só quero que isso aqui seja."
"Isso o que?" A pergunta ficou sem resposta, um grito de terror, o ultimo apelo da gatinha, ecoou pelo beco "Tugger! É ela, Tugger! Está viva!"
"Pelo grito... Não por muito tempo se não agirmos... E depressa!"
Sem responder, Bombalurina puxou-o pelo braço e seguiram na direção do grito. O prédio era mais próximo que aparentava ser.
Comentários da autora: Gente... Deu um trabalhão escrever esse capitulo... Fui pesquisando e me inspirando demais! Espero que gostem porque me matei fazendo esse!
Jellicle Kisses v
