Anime: Weiss Kreuz
Casais: AyaxYoji + Omi
Classificação: Yaoi, Romance, Angst, Lemon
Iniciada: Out/2004
Em andamento
Autora: Litha-chan


Even so I still love you...
(Mesmo assim eu ainda o amo...)


Cap 1

Um barulho ensurdecedor é ouvido no andar de cima, uma porta batendo com toda força... Passos descendo as escadas e o rosto irritado de Yoji foi visto passando pela sala, sacando o cigarro e pegando as chaves do carro na mesinha para logo em seguida sair pela porta a fora.

Omi que estava em uma poltrona no canto da sala perto da janela, ainda pode observar o loiro parado em frente ao carro com um semblante pensativo passando as mãos nervosamente pelos cabelos. Yoji ficou um tempo olhando o céu antes de colocar seu óculos escuros e acabou se dirigindo para abrir a porta do carro, entrando e saindo logo em seguida com os pneus deixando marcas na frente da casa.

O loirinho que havia parado de ler um de seus novos livros, fitou as escadas atentamente. Seu coração estava tão descontrolado que seu corpo havia se movido sem seu consentimento e quando se deu conta, já estava parado em frente à porta do quarto de Aya.

Sabia que não deveria estar ali, sabia que se entrasse naquele quarto sem ser chamado, poderia ter grandes problemas, mas seu coração e seus sentimentos, foram mais fortes e acabou empurrando a porta. Seus olhos se fixaram na figura largada sentada na ponta da cama.

Aya estava com um ar distante visto daquele ângulo. Omi foi se aproximando e pode constar que os olhos do ruivo estavam sem foco, sem brilho, quase sem vida; a respiração também quase não era ouvida.

Apesar do quarto se encontrar com pouca luminosidade, Omi pode ver que no canto dos olhos do ruivo, corria um rastro... Eram lágrimas.

Sua única reação perante a isto foi a de simplesmente se aproximar mais de Aya e abraça-lo. O tempo neste momento parecia ter parado. Omi podia sentir o bater do coração do ruivo juntamente ao seu pequeno corpo, sentia também o soluçar que fazia o corpo de Aya tremer e a quentura vindo do corpo que estava ali junto ao seu.

Queria que Aya soubesse que podia contar com ele, que ele sempre estaria ali para ajud�-lo, que para ele, Aya representava mais do que sua família, que na verdade o ruivo era o seu desejo mais secreto, mas isto Omi não podia falar. Não deveria expor seus sentimentos ao ruivo uma vez que este já tinha um relacionamento com Yoji. Com tudo isto pairando em sua jovem mente, seus braços aos poucos foram se estreitando em torno do corpo a sua frente.

O loirinho se assustou quando sentiu seu corpo também ser envolvido pelos fortes braços do ruivo e se assustou ainda mais quando começou a ouvir os soluços se tornarem num choro baixo.

Nunca havia visto Aya chorar, ele nunca demonstrara possuir sentimentos e agora ele estava ali... Chorando copiosamente, soluçando, se agarrando ao loirinho como se estivesse se segurando ao último fio de vida.

Omi não sabia quanto tempo ficou ali em pé abraçando e sendo abraçado por Aya... Só se deu conta que estava ali há um bom tempo quando suas pernas fraquejaram fazendo-o se ajoelhar na frente do ruivo. Com este movimento seus olhos azuis fitaram os violetas chorosos que não se desviaram. Omi apenas passou a mão em uma leve carícia pelo rosto úmido do ruivo.

Reunindo forças conseguiu falar algumas palavras...

"Aya-kun... deite-se um pouco, vou trazer lhe um chá". Levantou-se ainda mantendo o contato com os olhos do ruivo e antes que pudesse dar um passo, sua mão foi segura impedindo o afastamento.

"Obrigado..." Deu uma pequena pausa suspirando e continuou a falar com uma voz carregada de tristeza. "Por favor,... volte".

Aya não disse mais nada, apenas soltou a mão do loirinho, fazendo com que a sua própria caísse em cima da cama como se suas forças tivessem sumido.

Omi sentia seu peito dolorido, sem pensar muito saiu do quarto às pressas fechando a porta atrás de si. Antes de descer as escadas encostou-se à parede deixando seu corpo escorregar até o chão enquanto sua mente rodopiava sem parar.

Seus pensamentos estavam todos voltados para o ruivo dentro do quarto. Não sabia o que poderia fazer para aliviar o sofrimento que Aya estava sentindo.

Desde que ele soube da relação dele com Yoji, sua vida que era solitária justamente pelo trabalho que faziam, se tornou ainda pior. O único que ainda se importava com ele era Ken, mas o moreno tinha seus afazeres e ficar dependendo dele não era uma coisa certa.

Foi uma bomba o dia em que ele presenciou sem querer Yoji beijando Aya...

Omi estava voltando do colégio mais cedo, já que um dos professores havia faltado. Era uma boa oportunidade cegar mais cedo e poder treinar com Aya. De fato ele aprendera muito estando ao lado do ruivo, mas quando Aya dizia que eles iriam começar a meditar para controlar melhor mente e corpo, o loirinho nunca conseguia se concentrar. Afinal, ficar sentado de frente a Aya era impossível de se manter meditando.

Logo chegando em casa notou que a moto de Ken não estava na garagem, presumiu que o moreno deveria ter ido fazer alguma entrega, mas o carro de Yoji estava ali do lado de fora. Como não queria ser notado pelo loiro, entrou sem fazer barulho, afinal, isto fazia parte de seu trabalho... O ato de não ser notado.

Foi andando devagar passando pela sala e constando que ninguém estava ali. Direcionou-se a cozinha e não estava esperando pelo o que viu.

A sua frente estava Aya e Yoji aos beijos e amassos literalmente. O loiro estava imprensando o corpo de Aya contra o armário enquanto suas mãos percorriam em carícias por todo corpo do ruivo que de olhos cerrados se entregava deliberadamente aquilo.

Omi estava sem ação, não conseguia se mover e nem emitir nenhum som, só sentia seu coração sendo apartado a medida que aos poucos escutava alguns gemidos baixos de Aya, que a esta altura, já se encontrava de camisa aberta tendo um de seus mamilos sugado e mordido pelo loiro mais velho enquanto que a outra mão de Yoji acariciava por cima da calça a ereção do ruivo que já se encontrava desperta e ainda presa.

Aquilo tudo era demais para Omi suportar e a muito custo e em um rompante só, impulsionou seu corpo para fora daquela porta, para longe daquele lugar.

Subiu correndo as escadas sem se importar se estava ou não fazendo barulho e se trancou em seu quarto, jogando-se na cama e se abandonando em choro.

O barulho todo foi ouvido pelo casal na cozinha e mesmo estando ambos ainda sob efeito da excitação, se colocaram alertas indo ver quem era o causador daquilo tudo.

Foi passando pela sala que Aya notou os sapatos de Omi na soleira e deduziu que o loirinho ou tivera algum problema para estar em casa mais cedo, ou além disto, ele tinha acabado de presencia-los em atos não muito decorosos para um adolescente ver.

Yoji acabou por entender o que se poderia ter se passado e foi até o quarto de Omi para tentar saber o que estava acontecendo, mas sua tentativa de contato não teve sucesso, pois o loirinho apenas se deixou escutar avisando que não desejava falar com ninguém naquele momento.

Os dias se passavam e Omi não mais era o mesmo menino alegre de todas as manhãs. Apenas fazia o que tinha de fazer e na maioria das vezes quando não estava conversando com Ken, estava absorto em leituras e claro em seus interesses no computador.

Depois de um tempo Yoji e Aya resolveram comentar de sua relação tanto para Omi quanto para Ken. Enquanto Ken estava com uma cara de assustado não acreditando que o gelo da casa poderia ter se interessado pelo "louco" da casa, Omi nada se alarmou, apenas antes de sair da mesa de jantar, olhou para Aya e depois para Yoji e desejou que ambos fossem felizes. Basicamente ninguém havia entendido nada, exceto Ken, pois este sabia que o loirinho amava Aya há muito tempo.

Omi foi lavar seu prato e logo assim que terminou pediu licença polidamente e saiu do local. Não tinha motivos para ficar ali presenciando aqueles dois mais do que já tido a infelicidade de presenciar.

Depois daquele dia, as coisas mantinham-se apenas em questões de trabalho. Omi pouco falava com Aya e Yoji e quando falava era para passar os planos das missões. Sua relação com Ken se tornou mais forte. Ken era o amigo para todas as horas e para qualquer momento.

Ken sabia atentamente quando devia alegrar de alguma forma o loirinho. Sempre aparecia com um novo livro, ou a opção de cinema e pipoca, ou levar Omi para ver uma simples partida de futebol ou qualquer outro esporte. Ken tentava sempre manter Omi longe de casa e dos outros.

E agora ali parado no chão encostado a parede, havia presenciado aquilo tudo... Era diferente do que havia ocorrido antes. Agora ele estava vendo um Aya que decididamente nunca havia visto. Não aquele que estava na cozinha se entregando a luxúria, e sim um que estava aos prantos precisando de carinho, de amor... Será que este é o verdadeiro Aya? Aya não... O verdadeiro Ran?

Levantou-se correndo e desceu as escadas o mais rápido possível. Era nestas horas que desejaria que Ken estivesse ali por perto, mas infelizmente o moreno havia viajado em uma missão individual e teria que agir e pensar por si só. E isto era difícil, pois sentimentos não era algo lógico e Omi não sabia o que deveria fazer. Na verdade ele sabia, mas será que ele deveria ousar? E quanto a Yoji, o que o loiro faria?

Foi com este pensamento que Omi voltou ao quarto de Aya, levando para o ruivo um chá de camomila para deixa-lo mais calmo, e ao abrir a porta para adentrar o quarto quase deixou a bandeja cair no chão quando visualizou o ruivo segurando sua katana contra um dos pulsos...

CONTINUA...


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