Hetalia © Himaruya Hidekaz e Crepúsculo © Stephenie Meyer, mas todo mundo sabe disso.
Martijn saiu do chuveiro e vestiu-se rapidamente, assim como sempre costumava fazer. Os cabelos mal-penteados ainda pingavam quando ele fechou a porta de seu quarto e dirigiu-se à cozinha, reparando no meio do caminho na garota super concentrada com um livro nas mãos.
Enquanto abria a porta da geladeira à procura da garrafa de Heineken que havia deixado ali na noite anterior, perguntou-se o que exatamente havia naquele estranho livro preto com uma maçã na capa que fazia Belle sentar-se e lê-lo calmamente, coisa que definitivamente não era de seu feitio. Certo, já tinha a escutado falar que o dito herói do livro era parecido com ele, mas não dera tanta importância.
Saiu da cozinha dando um gole na cerveja, mas parou ao ver a expressão de nojo da loira, que estava esparramada no sofá.
– Sério, o que foi que aconteceu com o seu cabelo? – ela perguntou, colocando o livro de lado um tanto quanto hesitantemente.
– Nada – e afastou uma mecha dos cabelos úmidos grudados na testa. – Só está molhado.
– Ah, que seja – revirou os olhos – Vem cá, deixa eu ajeitar isso aí.
O holandês deu a volta na sala e sentou-se na outra parte do sofá – indiscretamente vermelho, só para constar – enquanto a garota remexia sua bolsa, que estava jogada no chão, atrás do que se revelou ser um pente.
– O que seria de você se eu não tivesse reparado? Sabe, Martijn, realmente precisa tomar cuidado com a imagem que passa pros outros, sabe? Imagina sair por aí com esse cabelo, parecendo um... Sei lá! – reclamou, penteando-o furiosamente, até que parou de súbito. Ficou encarando o rosto do homem com uma expressão ensandecida que estava, no mínimo, deixando-o muito desconfortável.
– Bel...? – perguntou, sobrancelhas arqueadas, colocando a garrafa verde-escura sobre a mesa de centro.
Com um sorriso um tanto quanto perturbador, a loira pôs-se a pentear o cabelo dele novamente, só que mais para cima. Depois, olhou-o nos olhos como se nunca o tivesse visto antes.
– Martijn – falou, a voz trêmula – Você está igual ao Edward. Igual. Igual, igual, igual, igual, igual, igual, igual.
– E isso significa...? – Já estava seriamente pensando em começar a correr.
– Bem, você sabe o quanto eu gosto dessa série – Martijn encarou a capa estranhamente convidativa na qual era possível ler "Crepúsculo" em letras holográficas. – Talvez, só talvez, agorinha mesmo, sabe, você podai fingir que eu sou a Bella e-
– Mas você é Bel-
– Calado – parou, séria, rosto a não mais de um palmo do dele. – Bem, você podia fingir que eu sou a Bella e eu, que você é o Edward. Que tal? – e sorriu, deixando subentendido "Diga que sim ou vai perder a vida por isso" no tom de voz.
– E como seria isso?
– Assim – e chegou mais perto. Perto o suficiente para colar seus lábios aos dele, e foi exatamente o que fez.
Martijn ficou um tanto quanto surpreso, mas não demorou a retribuir, mesmo que isso significasse ter seu cabelo posto numa situação ainda pior que a original pela própria pessoa que, por assim dizer, o arrumara. E se um luxemburguês desavisado entrasse ali naquele exato momento perguntando como diabos todas aquelas roupas haviam ido parar no chão da sala tão rapidamente, Belle só responderia que fora culpa da supervelocidade vampírica.
E desde então, o holandês passou a usar o cabelo daquele jeito, sendo assediado – e até confundido por pessoas do próprio país, por deus! – com um tal de Robert Pattinson – de quem, ao ver a foto, sinceramente disse "Sou mais eu", muito para o desagrado da loira, que de vez em quando ainda lhe assanha o topete, sorri e vai embora falando coisas como "Me joga purpurina e me chama de Edward".
Vai entender.
[N/A] Não adianta perguntar o que estava se passando na minha cabeça quando eu dei à luz essa miniatura de capiroto no ano passado. Eu realmente não me lembro. E os chamei de Martijn e Belle porque sim, ué. *sai saltitando*
Reviews ou o Nosferatu te chupa -NNNNNN
