Pela primeira vez me sinto livre. Com meu mais novo emprego como chefe do departamento de comércio exterior em uma multinacional sul coreana, minha mais nova residência em Seul (muito, muito longe das obrigações sociais que eu tinha quando morava com meus pais) e meus recém completados 29 anos. Nunca fui mais completa.
Talvez por isso eu tenha começado a fazer coisas só porquê eu quero ou posso. Coisas que nunca foram do meu perfil. E ai nossa história começa, porquê estou terminando a maquiagem para cair na balada com mais duas garotas do meu departamento Lin (24) e Jessy (25).
Não me lembro a última vez que eu fui para uma noitada. Talvez uns 3 ou 4 anos atrás? Bom. Não importa. O meu pretinho básico e olhos esfumados eram clássicos. Não tinha como errar. Ao menos eu espero que não.
As meninas ficaram de passar aqui de taxi, já que a boate Eden ficava do outro lado da cidade. Estou ansiosa. Estou suando frio.
(...)
Depois de passar mais de meia hora na fila eu insisti para que fôssemos para a área vip. Eu sabia que eventualmente ia precisar me sentar e não pensei duas vezes antes de cobrir essa extravagância com parte do meu futuro salário.
Peguei meu terceiro drink colorido e fui para a pista com as meninas. Os coreanos olhavam meu corpo tipicamente brasileiro e riam. Eu sou branquinha dos cabelos negros mas minhas curvas não negam minhas origens.
Estava concentrada em algo que Lin dizia quando o vi. Alto, forte, todo de preto e máscara. Caminhando em direção a área VIP, ele me olhou e causou uma reviravolta no meu estômago.
- Certo S/N. Você precisa sentar. - disse para mim mesma e também caminhei em direção a área VIP. Dessa vez as meninas não me seguiram. A única coisa que eu sabia era que precisava de água.
(...)
Após tomar minha água e me refrescar no banheiro resolvi voltar para a pista. Mas fui impedida por mãos grandes.
- Oi. Como você se chama? - ele perguntou em seu inglês de sotaque forte
- S/N - respondi e perguntei pelo seu nome.
Ele riu e perguntou minha nacionalidade. Vi a malícia em seus olhos quando disse brasileira.
- Posso te pagar uma bebida? - perguntou com a voz rouca apontando uma sala privada com a cabeça.
Provavelmente em outro momento da minha vida eu não tivesse ido. Mas nesse momento louco eu arrisquei. Algo nele era tão familiar e excitante.
Ele pediu uma bebida para nós e me olhou. Estávamos em uma sala privada com sofás fazendo um U e uma mesa no centro. Sentei um pouco distante dele. Era estranho ele não ter tirado aquela máscara.
- Você pode me dizer seu nome? - perguntei enquanto a garçonete voltava com as bebidas.
Ele a viu sair, levantou e trancou a porta.
- Park Chanyeol
- Park Chanyeol? - eu perguntei. Eu, como toda boa fã do EXO, sabia muito bem quem era Channy. E eu sabia que ali na minha frente, aquele orelhudo não tinha mentido. Abri minha boca e o encarei perplexa. Eu não sabia o que falar.
Ouvi sua risada rouca e tão familiar. Ele levantou, segurou minha mão e me puxou para dançar com ele. Eu estava dançando com Park Chanyeol.
Sai do meu transe e resolvi que ia dar o melhor de mim. Encostei minhas costas em seu peito e rebolei um pouco. Ele me virou pra ele com força. A forma como ele me olhava. Tinha tanto desejo. Tanta sensualidade. Com uma mão ele tirou a máscara do rosto e me encarou.
Não levou mais que um segundo para seus lábios se colarem aos meus, nem muito mais para que ele me colocasse contra a parede. Ele era enorme. Mesmo com meu salto ele tinha que dobrar os joelhos para me beijar. Seus braços eram longos e fortes e passeavam da minha cintura para as costas. Nunca descendo demais.
Quando ele pensou em se separar o puxei para mim e mordi seu lábio inferior. Tão gostoso. Eu estava ardendo, queimando por dentro e pelo visto ele também.
Chanyeol me puxou pelas pernas e as envolveu em volta de sua cintura. Ao me pressionar contra a parede eu pude sentir seu membro indo de encontro a mim.
Soltei o ar pela boca surpresa e ele riu maroto. Pelo jeito que ele me olhou sabia muito bem o que ele tinha dentro das calças.
Voltou a me beijar enquanto suas mãos passeavam pelas minhas pernas. Arranhei suas costas e subi as mãos para sua nuca onde puxei levemente seus cabelos.
Ele desceu os beijos pelo meu pescoço e empurrou seu membro de encontro a mim. Rindo quando eu gemi.
- S/N, você quer ir comigo para outro lugar? - perguntou devagar enquanto me olhava. E eu não quis saber se ele fazia isso sempre, nem se eu ia estar segura, nem que ele era mais novo. Olhei Chanyeol na minha frente e me perdi em seus olhos.
Respondi que sim em meu coreano infantil e ele voltou a me beijar.
Após colocar a máscara novamente e pagar nossas contas me puxou por uma escada ao fundo do bar. Seu carro estava parado no estacionamento privativo da boate e ele olhou muito bem em volta antes de me empurrar para dentro.
Ouvi ele falar com alguém ao telefone. Aparentemente entrariamos em um hotel pelos fundos. Definitivamente ele já tinha feito esse tipo de coisa antes.
Mandei uma mensagem para as meninas enquanto ele falava amenidades. Eu estava focada demais em suas mãos em minha perna para prestar atenção. Ele riu ao perceber o efeito que tinha em mim.
Depois dele colocar o carro nos fundos do hotel e eu ser guiada por um funcionário para um quarto vazio, onde fiquei por uns 15 minutos, ele apareceu.
- Desculpe por isso. Tenho que ser cuidadoso para não ser visto. - ele disse andando em minha direção
Eu não disse nada. Eu sabia. Apenas esperei que ele me beijasse e me levasse para um mundo onde só existia Park Chanyeol e eu.
