Title: Enigmas do Passado
Author name: Ana Jully Potter
Category: Drama/ Romance
Shippers: Harry e Hermione/ Gina e Draco/ Rony e Luna
Disclaimer: Harry Potter infelizmente não é meu, se fosse eu seria rica e provavelmente não estaria escrevendo esta fic e sim o sexto livro da serie e já contando os milhões que ganharia com ele... Ai mais chega de besteira e vamos logo pro que interessa.
Sinopse: Os hormônios estão à flor da pele, claro afinal eles são adolescentes "comuns", mas o que importa é que muitos encontros e desencontros amorosos vão acontecer, o passado e o presente vão se entrelaçar e muito pode ser revelado durante uma simples viagem, mas o melhor de tudo é que a confusão vai rolar solta.
Capitulo 01
Gotas de Esperança
Era uma noite fria e chuvosa, pelas ruas de Londres, ela corria sem direção, suas lagrimas eram levadas pela chuva fina que caia sobre o seu rosto, ela estava em completo desespero, como isso foi acontecer? Ela se perguntava. E quanto mais se perguntava o porquê menos sua mente parecia querer lhe oferecer uma resposta, ou talvez doesse demais e ela apenas não a quisesse enxergar.
Dor, apenas dor era o único sentimento que a movia naquele momento, por varias vezes ela se sentiu tropeçar e cair no chão, mas seu corpo se encontrava entorpecido e apesar das feridas que se formavam em seu corpo a cada queda, nenhuma machucava mais do que aquela que sangrava em seu coração.
Então ela apenas corria, queria se livrar daquilo, não agüentava mais aquela angústia, todo esse sofrimento estava matando-a por dentro.
Quando finalmente parou de correr percebeu que estava em frente à casa de seu melhor amigo, estava em Grimmauld Place, Número 12A antiga Residência da Família Black apareceu em sua visão embaçada pelas lagrimas do espaço entre os números 11 e 13.
Não sabia como conseguira chegar até ali, mas isso já não era importante, pois mesmo à noite estando tão sombria ela sabia que sempre poderia contar com ele.
Eenquanto caminhava em direção, a entrada da casa pela primeira vez pode sentir o frio invadir seu corpo.
As horas que ela passara correndo na chuva finalmente a estavam afetando.
Harry olhava entediado para a chuva que caia do lado de fora da janela. A noite estava perfeita apesar do toque melancólico que a chuva lhe dava, definitivamente era uma noite perfeita para estar ao lado dela pensava ele.
Neste momento, penso em você
Ele suspirou fundo e se afastou da janela, deixando-se cair no sofá, não queria pensar nela, mas isso era algo que ele já havia desistido de tentar fazer. E se assim fosse,
Ainda conseguia se lembrar do glorioso dia em que recebera a fortuna Black que herdara de seu padrinho e isso só o fazia ficar mais deprimido, agora Harry era considerado o bruxo mais rico da atualidade já que a fortuna estava intocada quando este a recebeu e a de seus pais sempre aumentava já que provinha de uma teia de aplicações que geravam mensalmente enormes lucros, bom, mas isso não o fazia feliz afinal de contas ele era rico, mas sua fortuna provinha da morte de todos os que eles amava primeiro herdara a de seus pais e agora a de seu padrinho e ultima família que ainda possuía(os Durshley não podem ser considerados exatamente família), como ele trocaria tudo isso sem nem ao menos pensar duas vezes só para tê-los ao seu lado. Ele nunca havia se sentido tão só e como esse sentimento doía e comprimia seu peito, apenas ele conseguia imaginar. Apenas ela fazia com que a vida valesse a pena, todos os seus momentos juntos eram tão perfeitos, tão especiais que ele chegava a desejar que nada mais existisse, tudo parecia melhor quando ela estava por perto.
Mesmo quando, Voldemort estava no poder e o mundo era repleto de caos, quando os conflitos e os sofrimentos nunca tinham um fim, e pessoas morriam sem um propósito, onde os sonhos eram esquecidos ou não passavam de meros desejos ela o deixava desistir, ela sempre esteve ao seu lado. Flash back Você tem certeza de que não tem escolha? É uma das poucas certezas que eu ainda tenho, não agüento mais viver com medo, ou melhor, já não agüento mais não poder viver por causa da sombra de Voldemort. Eu não quero te perder Harry. Dizia Hermione com lagrimas nos olhos. Eu vou voltar, prometo. Sem pensar mais, ela se atirou em seus braços, chorando. Sabe Harry, eu sempre soube que esse dia chegaria você teria que partir e eu não poderia te impedir. Eu tentei me acostumar com isso, mas a verdade é que só a idéia de nunca mais te ver me apavora, eu sei que eu deveria estar sendo forte e dizendo palavras corajosas para te ajudar, mas eu não consigo, não consigo ser forte se eu posso te perder, a única coisa que eu posso fazer é te esperar. Não esquece Harry eu vou sempre estar aqui por você. Hermione da mais um abraço apertado em Harry e coloca o rosto em seu ombro. Harry enlaçou Hermione afundando seu rosto nos cacheados cabelos da menina, inspirando todo o cheiro de rosas que eles possuíam, queria poder levar com ele, todo aquele calor que a menina emanava e que aquecia o seu coração se ele viesse a morrer naquela batalha pelo menos levaria um pouco dela com ele. Queria gritar que a amava que o simples fato de estar perto dela fazia o mundo parecer todinho novo, mas claro estava consciente que ela nem ao menos desconfiava da importância que tinha na vida do garoto, ele nunca se sentira tão amargurado por ter um destino tão cruel à única coisa que queira era se declarar a quem ele amava, as coisas seriam bem mais fáceis se ele fosse uma pessoa comum, mas ao mesmo tempo não seria justo impor a ela esse amor que talvez não tivesse futuro algum, se ele morresse ela ficaria remoendo a tristeza e isso ele não agüentaria, preferia ser infeliz do que vê-la sofrer e só o fato de ver tanta dor naqueles olhos cor de mel já fazia seu coração se comprimir dolorosamente em seu peito imagina pensar em perde-la. Não isso ele não agüentaria. Foi por ela e apenas por ela que ele não tinha desistido, apesar de estar ensangüentado e de ter tido quase todas as suas forças sugadas por Voldemort, a imagem dela chorando não saia de sua mente. A batalha estava sendo mais dura do que ele tinha imaginado, muitos aurores já haviam perecido diante de tão terrível guerra que já duravam três dias e três noites, corpos estavam espalhados pelo campo que antes verde agora se encontrava manchado pelo sangue das vitimas inocentes ou não daquela infame disputa entre o bem e o mal. Ele caminhava lentamente entre os corpos em direção a uma clareira. Lá estava seu destino, mas não apenas o seu o de todos o que ele amava também dependiam do seu desempenho naquele momento. Uma parte dele queria seguir em frente e acabar logo com aquilo tudo já a outra desejava ardentemente poder escapar para bem longe de tudo, afinal ele nunca desejara lutar, por que ele o tinha que fazer? Não isso não importa. O que me adianta negar o meu destino se ele vai continuar a me perseguir, se lutar eu terei assim o farei, mesmo que seja apenas por aqueles que amo, não, não é apenas por eles é por mim também, eu quero viver para quem sabe um dia dizer que a amo e mesmo que ela nunca venha a me amor eu me conformarei em ser apenas seu amigo. Quando chegou ao local encontrou um vulto encapuzado com uma longa capa negra de costas para ele e apreciando a carnificina que se encontrava aos seus pés. Corpos não só de homens, mas também carcaças de animais e plantas completavam o terrível cenário. Parecia que com um único feitiço ele havia obliterado toda a vida que naqueles corpos existira. Ao perceber a presença do seu novo inimigo virou-se triunfalmente com um sorriso diabólico nos lábios, como se estivesse muito orgulhoso de toda aquela cena a sua frente. Na verdade ele tinha, a dor e a agonia causavam-lhe prazer, ele sugava cada pensamento ruim, cada emoção negativa, os medos mais profundos de cada um e os voltava contra eles próprios se tornando mais poderoso. Os gritos e os pedidos de misericórdia das pessoas o faziam ter ainda mais prazer em matar, a misericórdia era algo que aquele ser desconhecia. Sim ele já não era mais um humano, era apenas uma criatura das trevas que semeava o caos e a desgraça. Mas esse título provavelmente lhe causava grande orgulho. Por que tanto ódio? O que lhe faz querer matar? A humanidade realmente merecia ser expurgada daquela forma tão cruel? O que pode corromper o coração de um ser humano dessa forma? Será que ele nasceu mal? Ou se tornou maléfico ao longo dos anos? Alguém realmente pode nascer mal ou é a sua criação que no final faz a diferença? Essas perguntas passavam pela mente de Harry, apesar de naquele momento tudo isso parecer irrelevante, ele não conseguiria obter as respostas do mesmo jeito, seria insensatez continuar procurando-as. Finalmente você esta aqui? Disse a voz gélida embaixo do capuz. Esta na hora. Hoje apenas um de nos sairá vivo daqui. Disse decidido. Eu sei afinal esta tudo escrito não é mesmo? Nossos destinos foram enlaçados. Mas há uma pergunta pendente. Você é capaz de me matar? Ehim? Você pode se tornar um assassino como eu e viver como peso de uma morte nas suas costas? Diga-me você consegue realizar tal feito. Perguntou maliciosamente e com a voz mansa. Se for preciso sim. Para poder livrar a humanidade da sua ameaça farei o que for preciso. Seus pais também eram corajosos assim como você menino, mas veja que triste fim eles tiveram. Assim também será o seu se você continuar a me desafiar. Não se preocupe com o meu destino, ele não é do seu interesse. Simplesmente não permitirei que você me tome mais ninguém que eu amo. Pelo que eu saiba já não te sobrou mais ninguém. Que eu bem me lembre eu já matei seus pais e seu padrinho e eles eram a sua a única família. Por acaso eu me esqueci de mais alguém? Perguntou forçando a memória. Ah! É verdade ainda tem aquele velho maluco, um lobisomem frustrado, um cabeça de fósforo e uma sangue ruim nojenta assim como a sua mãe não é mesmo? Concluiu diabolicamente. Mas não se preocupe assim que eu te matar eu termino o serviço e todos vocês vão poder viver ou será morrer? Disse pensativo. Que importa não é mesmo? Como eu estava dizendo todos vão ficar juntinhos nos quintos dos infernos. Cala boca maldito. Você fala demais. Cruccios! Gritou Harry com cólera na voz. Voldemort foi jogado contra uma arvore e com um baque caiu no chão se contorcendo em dor, mas em pouco tempo voltou a se levantar como se nada o tivesse atingido. Menino eu já te disse uma maldição imperdoável só pode obter um bom resultado se lançada por um coração cheio de ódio ou corrompido pelo mau como o meu. Acho que vou ter que te ensinar mais uma vez. Cruccios! Brandiu Voldemort Harry voou uns três metros acima do solo e foi jogado em uma pedra, cortando o lado direito do rosto e fraturando algumas costelas, antes de começar a rolar e a gemer de dor. Isso é só o começo Harry. Eu vou te fazer sofrer como nenhum ser humano já sofreu, você vai me implorar para morrer quando eu acabar de te torturar. Eu jamais imploraria perante você. Disse erguendo-se com dificuldade. É o que todos dizem antes da batalha. Estupefaça!!! Disse Harry, vidrado na "criatura" a sua frente. Maldito!!! Gritou. Não conseguindo evitar o feitiço que saiu como uma rajada de luz vermelha da varinha de harry Voldemort foi atingido em cheio no estomago, fazendo escorregar a túnica que escondia seu rosto na escuridão. Um homem velho, de rosto longo e fino, grandes fendas vermelhas no lugar dos olhos, nariz pontudo e encurvado, pele macilenta e aparência um tanto doente surgiu por debaixo do capuz. Ele estava diferente, parecia estar definhando, ele em nada se assemelhava ao Voldemort que Harry conhecera no quinto ano. Surpreso Harry? Minha aparência de causa tanto nojo assim? Admito que não estou em minhas melhores formas. Mas tive que passar por mais algumas transformações mágicas. Sua aparência não me interessa. Disse seco e contorcendo o rosto em sinal de repugnância. Você tem razão. Mas agora chegou a sua hora de morrer. É o que veremos. Ambos começaram a travar uma luta sem precedentes, relâmpagos azuis e feitiços de todos os tipos cruzavam o céu e explodiam nas estrelas a cada ataque que eles desferiam mais o "nada" aumentava. Agora eles estavam cercados apenas pelo vazio proveniente da destruição e da magnitude de seus poderes. Num futuro Harry jamais conseguiria imaginar de onde tirara tamanha força mágica. Parecia ate que quanto mais cansaço ele ficava mais seu poder aumentava e uma aura verde azulada já começada a emanar de seu corpo. Obliteriuss! Gritou Voldemort. Uma energia amarela prorrompeu violentamente de sua varinha e seguiu em investida contra Harry, que não conseguiu pensar em nenhum contra feitiço tendo que se defender apenas com a sua própria varinha. O feitiço forçou o máximo as varinhas e mais uma vez elas começavam a se ligar por um fio dourado. Droga! Priori Incantaten. Exclamou Voldemort. Eles já começavam a serem erguidos no ar. Suas varinhas vibravam sob o pulsar uma da outra aumentado a intensidade a cada instante. Harry não conseguia esboçar reação alguma, apenas segurava firme em sua varinha tentando agüentar a carga de energia que elas emanavam. Dessa vez não. Finite incantaten. Disse Voldemort quebrando o elo e causando uma grande explosão no local. Dois corpos atravessaram o céu já escuro da noite envolto em uma luz branca ofuscante e foram jogados com extrema violência contra o campo. Harry caiu de costas contra o chão e o choque com o chão fez com que um filete de sangue começasse a escorrer de sua boca. Com muita dificuldade ele tentou se erguer, apoiando-se ofegante sobre os joelhos e tentando conter a hemorragia do corte agora aberto em sua barriga. Você esta um lixo. Disse uma voz fria a sua frente. Ele lentamente levantou os olhos para a figura a sua frente. Voldemort parecia pouco ter sofrido com o ataque. Como? Como você... Perguntou surpreso. Eu já disse, passei por mais algumas transformações mágicas, tornei meu corpo mais resistente do que o de um simples humano, consigo controlar meus fluidos corporais e me curar rapidamente. Não importa, eu vou te derrotar nem que para isso tenha que... A visão de Harry começou a escurecer rapidamente e ele caiu sob seus joelhos mergulhando em uma terrível escuridão que começou entorpecer a seu corpo por completo e de repente já não havia mais nada ao seu redor. Parecia inconsciente. Seus olhos apesar de permanecerem abertos adquiriram uma cor acinzentada como se sua alma tivesse abandonado seu corpo. Garoto tolo. Exclamou vitorioso. Achou mesmo que poderia sair vitorioso de uma batalha contra o grande Lord Voldemort, eu sou puro poder. Dizia ele enquanto caminhava lentamente com a varinha em punho na direção do corpo imóvel de Harry. Aquele lugar estava extremamente frio. Ele parecia estar deitado sob uma poça de água gelada, mas pelo menos toda a dor havia abandonado seu corpo e ele apenas conseguia sentir uma sensação de leveza o dominar. Era como ele se sentia quando voava em sua Firebolt. Um barulho de água pingando era o único som que se podia ouvir parecia ate lagrimas quando caiam sobre a água ou então o barulho de pequenas gotas de chuva isso ele não sabia distinguir. Lentamente ele começa a abrir os olhos e a levantar o corpo daquele piso enregelado. A escuridão dominava totalmente aquele lugar, porem o chão que era uma espécie de vidro transparente de água refletia um brilho inexistente no lugar. Será que eu morri Se questionou. Não você ainda esta vivo. Este é apenas o seu inconsciente. Respondeu uma voz no meio da escuridão. Mione? Perguntou ao perceber o quão familiar àquela voz lhe era. É você? Sim Harry, sou eu. O que aconteceu? Por que você esta desistindo? Eu não desisti Mione. Disse se virando para encará-la. Ela estava linda, parada no meio de um lago escuro, entretanto seus pés não tocavam a água, e sim flutuavam a meio palmo acima desta, vários raios de luz branca prorrompiam da água e a iluminavam como se fossem um potente holofote, as compridas vestes brancas que usava pareciam cintilar sob a luz que a envolvia, suas mãos unidas indicavam que ela rezava fervorosamente enquanto de seu rosto algumas singelas lagrimas escorriam. Então por que você não esta lá lutando? Eu não consigo, ele é muito poderoso. Eu tentei o máximo que pude, outros mais fortes vão nascer e um dia vão poder derrotá-lo já que essa tarefa eu já não sou mais capaz de realizar. Dizia enquanto andava na direção dela. Não se aproxime Harry, se você ate aqui chegar estará totalmente perdido na escuridão da sua mente. Disse o impedindo de dar mais um passo e deixando mais lagrimas caírem por seu rosto delicado. Mas Mione... Disse aturdido. Ouça Harry, você lembra da promessa que me fez? Você disse que voltaria para mim são e salvo e agora você quer desistir. Diga-me como você quer que eu o derrote se ele é puro poder. Não, você esta enganado, o poder de um bruxo é medido por seu coração, pela bondade, justiça, e principalmente pelo amor. Ele não tem nada disso só conhece o ódio deixou de lado todo sentimento bom que os humanos são capazes de guardar e é por isso que você vai poder derrotá-lo. É isso que te torna forte. Eu não sou tão bom assim... Eu estava disposto a matá-lo se preciso. Todos nos temos um lado obscuro no nosso coração. Isso nos torna humanos, não existem almas completamente puras, já que o bom pode se tornar mal e o puro ser corrompido o que faz a diferença são as escolhas que nós fazemos com o dom da vida que nos foi dado. Eu tenho medo, não sou esse herói que todos vocês imaginam. Disse cabisbaixo. Eu também tenho, mas eu acho que existe um herói dentro de cada um de nós e o verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento, quando tudo parecer acabado. Alem do mais a verdade é que os nossos medos mais profundos acabam nos tornando mais fortes se conseguirmos enfrentá-los com coragem, mesmo quando temos que desistir de nossos sonhos, mas tudo bem, porque no final os sacrifícios que fazemos hoje acabam valendo a pena pelo simples fato de sempre existir um amanha. Eu não consigo. Simplesmente é demais para mim. Porque eu não posso ser normal? Eu só queria poder viver. Você não entende? Eu nunca quis lutar. Disse se ajoelhando resignado. Ela percebendo o desespero na voz do rapaz a sua frente coloca um de seus pés sob a água, o que fez com que esta se agitasse e surgissem varias ondas de pequenas proporções que pareciam soar uma triste canção. Lentamente Hermione caminhou em direção de Harry, suas vestes brancas agora arrastando no chão. Quando se aproximou o suficiente agachou-se ao seu lado e colocou a delicada mão em seu queixo o obrigando a encará-la. - O que realmente importa é o que o nosso coração deseja. Eu sei que... Não... Na verdade eu aprendi que há sempre esperança para uma vida melhor, tende fé ainda que o céu esteja em trevas, o horizonte fechado e tudo pareça acabado, porque mais adiante estará sempre em expectativa, uma FORÇA que vos fará ressurgir. Por isso quando te encontrares em uma situação angustiosa, em que tudo pareça perdido, de tal modo que julgues que não poderás agüentar nem mais um minuto NÃO TE RENDAS porque será aquele o momento preciso em que começara o refluxo da maré. Você vai estar sempre comigo? Implorou depois de algum tempo. Eu sou vou te abandonar se você parar de acreditar, enquanto você acreditar ao seu lado eu sempre vou estar. Agora vá, esse lugar não faz bem para você. Lute e não se esqueça que para mim não importa o que aconteça eu sempre vou estar ao seu lado. Antes eu quero saber uma coisa. Pode perguntar. Por que você parecia tão triste? Porque eu senti que seu coração estava se afastando de mim. Você já não tinha mais esperanças, seu coração se tornou vazio. Desculpe, eu não queria te fazer chorar. Você não me fez chorar. Eu chorava apenas por ter que encarar meu maior medo. Não entendi. Não importa. Um dia quem sabe. Mas agora vá. Disse ela lhe dando as costas e voltando a caminhar para o meio do lago. Hermione fez um gesto com a mão e uma luz azul tomou o lugar e com um assopro ele se sentiu voltando a realidade. Quando seus olhos recuperaram o foco Voldemort já estava quase a sua frente e já murmurava as terríveis palavras. Juntando as ultimas forças que possuía, Harry conseguiu recriar o escudo protetor de sua mãe e com a ajuda de uma força externa totalmente alheia a ele conseguiu refletir o Avadra kedrava que ricocheteou no campo de proteção e voltou na direção de Voldemort destruindo completamente o corpo que ele agora possuía. Ele logo voltou a assumir forma de espectro. - maldito! Sibilou. Harry sabia que ele já não tinha mais humanidade o suficiente para poder morrer. Alem do mais as trevas que faziam parte de seu corpo e acabariam dando lugar a um feiticeiro ainda mais cruel e poderoso se ele a deixasse simplesmente se dissipar... O único jeito seria absorver todos os poderes de Voldemort e encerrá-lo dentro de si. Impedimenta. Gritou Harry e o espectro parou de se contorcer e ficou apenas flutuando no ar. O que você vai fazer? Acabar com você de uma vez por todas. Esta disposto a me matar. Perguntou cínico. Não acho que você ainda tenha humanidade o suficiente para isso. Tem razão agora eu sou imortal. Não importa quanto tempo passe eu voltarei. Dessa vez não. Disse se aproximando do corpo imóvel no ar. Não podes fazer nada. Quando eu tinha um ano e tu tentaste me matar e acabei absorvendo parte de teus poderes e por isso consegui te impedi por dez longos anos de te apoderares de mundo. Hoje farei o mesmo. Com uma única diferença dessa vez não te sobrara poder algum. Você sabe o que isso significaria. Terias que desistir de parte de tua humanidade para fazê-lo. Ficarias com mais poder do que podes imaginar e tua alma poderia muito bem ser corrompida por mim. Eu morreria antes que isso acontecesse. Não seja tolo. Acho que a humanidade vale a pena? Os humanos têm por mania de tentar eliminar tudo aquilo que eles não conseguem entender ou o que a eles é mais forte. Você acabaria sendo recriminado, temido e no final caçado assim como eu. Não importa!Adeus Voldemort. Disse tocando na face macilenta da figura a sua frente. Uma luz negra começou sair do rosto de Voldemort e a penetrar na pele de Harry, as mãos do menino vibravam a cada onda de poder que tomava seu corpo. Pare! você não sabe o que isso significa. Eu sei sim, significa o fim para nos dois. Disse decidido. Não eu não permitirei. Em um acesso de fúria Voldemort consegue se livrar das mãos de Harry atirando-o contra o chão e começa a se afastar rapidamente do garoto tentando lhe poupa a pouca mágica que ainda lhe restava. Harry tentou persegui-lo e assim pará-lo de vez, porem antes que pudesse tirar toda a força de Voldemort, este possuiu nagani que surgiu no meio do campo após ser invocada por um feitiço convocatório lançado pelo bruxo das trevas acabou fugindo. Harry tentou se levantar, entretanto sua visão tornou-se turva e sua cabeça pesada, acabando desmaiando devido os machucados que sangravam em seu corpo. Harry sentia todo seu corpo doido e ainda não tinha forças para conseguir abrir seus olhos, ele sentia que estava numa cama macia, envolto por confortáveis lençóis. Será que tudo aquilo não passou de um sonho? Ou será que ele estava morto? Quanto tempo havia passado sem a sua percepção? Não sabia mais o que era verdade ou fruto de seu cansaço, flashes da batalha iam e vinham em sua cabeça, ele tentou se mexer na cama, mas sentiu que seu corpo estava de certa maneira preso, então finalmente começou a abrir os olhos lentamente. Não conseguiu enxergar nada de inicio, tudo estava fora de foco (claro ele usa óculos, o que vocês esperavam, ele esta todo mal e ainda tem a obrigação de enxergar?), então ele tateou a mesinha que se encontrava ao lado de sua cama procurando por seus óculos, após colocá-los olhou para o lado e tentou ver o que o estava prendendo. Ela estava lá, debruçada sobre seu corpo, tinha a expressão cansada e parecia que a um bom tempo não dormia, mas ao vê-la ali ele não pode evitar um sorriso nos lábios, pois ela cumprira sua promessa: Esperara por ele. Com esse pensamento ele deixou se afundar nos travesseiros voltando a dormir tranqüilamente. Obrigada por me salvar e por estar aqui ao meu lado. Sussurrou já fechando os olhos. E onde mais eu estaria quando você esta na enfermaria? Balbuciou Hermione ainda dormindo, como se mesmo inconsciente aquela resposta fosse a mais obvia do mundo. O pesadelo terminara, a vida de muitos havia sido polpada e mesmo que Voldemort tivesse fugido ele precisaria de anos ou quem sabe séculos para voltar ao poder (pelo menos é o que agente espera), ate lá o mundo viveria em paz e agora ele só queria continuar ao lado dela. Fim do Flash Back Vou roçar nos seus cabelos,
Foi quando percebeu que a amava não mais como uma simples amiga, ele a amava como a mulher que ela se tornara, amava cada traço de sua personalidade, sua inteligência, seu bom humor, a verdade que seus olhos transmitiam toda vez que o olhavam, amava ate mesmo seu jeito mandão e com este pensamento um pequeno sorriso se formou em seus lábios: "ela era realmente mandona quando queria que alguma regra fosse cumprida" pensou Harry. Mas eu não sou vento...
Mas logo a realidade fez com que aquele sorriso morresse em seus lábios, pois ele sabia que agora ela provavelmente estava nos braços do "Outro".
Então ele pode sentir o gosto salgado e amargo de suas lagrimas. Lagrimas que ele sabia que nada mais eram que palavras não ditas por sentimentos calados. Tudo isso trazia recordações de sentimentos que ele nunca desejava ter tido, às vezes ele pensava que seria melhor esquecer de tudo e nunca olhar para trás, a vida já havia sido dura o suficiente com ele, a escuridão do seu passado parecia o assombrar para onde quer que ele olhasse. Primeiro perdera seus pais e fora obrigado a viver anos de humilhações com seus tios, anos depois conhece seu padrinho, mas este morreu tragicamente devido a sua insuportável mania de herói, e agora perdera por sua culpa e covardia ela que era a razão de sua felicidade. Ele ainda conseguia lembrar de como ela estava feliz quando veio lhe dizer que estava namorando o "Outro": Flash Back: Harry!!! Harry!!! Uma garota vinha correndo em sua direção com um enorme sorriso nos lábios. Harry estava parado a beira do lago, olhando os outros alunos brincarem com a lula gigante e aproveitado aquele fim de tarde, que lhe causava uma enorme nostalgia. Assim que se aproxima de Harry, ela joga seus braços ao redor do pescoço do rapaz e entre risos da a noticia: "Ele finalmente disse que me amava... Finalmente Harry... Agora nós vamos poder ser felizes". Harry ficou sem reação... Seus olhos perderam totalmente o brilho, mil coisas passavam pela sua cabeça, chorava silenciosamente a dor de seu coração que naquele momento parecia estar sendo ferido com mil lanças. Ele sabia que naquele momento ele a havia perdido de vez, então juntando todas as forças que ainda lhe restavam ele esboça um fraco sorriso e com uma voz embargada ele diz: " estou feliz por você Mione, tomara que ele te faça feliz". Ele não, mas conseguindo segurar seus sentimentos se desvencilha dos braços da amiga e vai à direção do castelo, sem poder dizer mais nada. Ele tinha que ficar longe dela naquele momento ou começaria a chorar na frente da amiga e esta provavelmente o encheria de perguntas. Perguntas que ele sabia que não poderia responder. Fim do Flash Back Aquele pensamento lhe trazia uma súbita vontade de azarar aquele filho-da-mae sortudo. E ele já estava começando a imaginar as mais terríveis torturas que se pudesse lançar em um bruxo, quando é abruptamente tirado de seus devaneios pela campainha. -Quem será a essa hora? perguntou-se, enquanto ia abrir a porta. Sabia que seria alguém provavelmente da ordem já que a casa era imapeável e os trouxas não conseguiam vê-la. Mas de todas as pessoas que ele poderia ter imaginado, ela seria a ultima dentre todas. Moine... Surpreendeu-se tanto ao ver Mione ali parada, em frente a sua casa, que por algum tempo não conseguiu fazer ou dizer algo. "Harry..." Chamou Mione, mas sua voz parecia morrer na garganta. Harry permaneceu mudo perdido em seus pensamentos que trabalhavam a mil, sem parecer sequer ouvir a voz que o chamava. Mione que houve? perguntou, preocupado com ela, quando finalmente conseguiu organizar seus pensamentos e percebeu o estado de sua "amiga". Ela realmente não estava bem, encontrava-se encharcada, com vários ferimentos nos braços e pernas, tremia sem parar o que dava impressão de que ela estava correndo na chuva há horas, os olhos estavam vermelhos o que demonstrava o quanto ela havia chorado e sua face muito pálida. Ela apenas consegue dar um fraco sorriso devido à cara de espanto do amigo e se jogou nos braços do amigo. Harry a segurou com carinho apesar de surpreso com a reação da amiga se deixando cair no chão junto a ela que recostou a cabeça em seu peito e começou a chorar e depois de algum tempo ela finalmente se deixa vencer pelo cansaço e adormece Ele subia as escadas calmamente, com ela em seus braços. Hermione dormia tranqüilamente agarrada a seu pescoço e com a cabeça recostada em seu peito. Quando finalmente chegou em seu quarto depositou-a na cama e fechou a porta.Observou-a dormir com um pequeno sorriso nos lábios não conseguia deixar de admirar a doçura com a qual ela dormia. Mas logo se lembrou do estado em que ela se encontrava, então foi ate o seu guarda roupa e pegou uma blusa que na morena ficou mais parecendo um vestido. Enrolou-a confortavelmente nas cobertas, apagou a luz, deitando-se ao seu lado sob o mesmo cobertor e a abraçou pela cintura, tentando aquece-la. Estava realmente preocupado com o que pudesse ter acontecido para deixá-la naquele estado: "Mas agora não adianta ficar pensando besteiras" pensou Harry puxando Hermione mais para perto de si. E como em um gesto involuntário começou a acariciar os cabelos da menina e então disse baixinho com os lábios roçando em seu ouvido: "nunca irei te deixar sozinha, pois pensando bem você é tudo que eu tenho, é tudo que eu amo, é tudo o que eu realmente me importo". Apertou um pouco mais o braço que a envolvia pela cintura e afundou a cabeça no cabelo dela E foi pensando nisso que ele adormeceu, abraçando Hermione. Essa declaração fez se formar nos lábios de Hermione um pequeno sorriso, já que esta pensou estar apenas em um sonho do qual ela jamais queria acordar. Ela se sentia tão segura, tão querida que depois de tudo o que tinha acontecido naquela noite, não desejava sair dali. OH!!!Gente eu achei esse cap muito flof, alem do mais eu pude começar a introduzir um pouco os sentimentos do casal H/H, bom pode parecer um pouco confuso, mas no próximo cap eu explico direitinho o que ta acontecendo com a Mione se bem que eu acho que a maioria já adivinhou. Mas nos próximos capítulos vai ter mais comedia afinal de contas so sofrimento não da ele estão em "Paz" agora nada melhor que aproveitar, esperamos que por tempo suficiente. Para fazer essa fic eu me inspirei em alguns livros e em um montão de musica entao alguma semelhança não vai ser mera coincidência.
e então quisera me transformar
em vento.
chegaria agora
como brisa fresca
e tocaria leve sua janela.
E se você me escuta
e me permite entrar,
em você vou me enroscar
quase sem te tocar.
soprar mansinho no ouvido,
beijar sua boca macia,
te embalar no meu carinho.
Agora sou só pensamento
e estou pensando em você.
E se abrir sua janela,
eu estou chegando aí,
agora... Neste momento,
em pensamento... No vento.
