A CORSA BRANCA – Capítulo 1

AUTHOR: Lady K. Roxton

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

A corsa branca é uma lenda espanhola que deu a inspiração para esta fic.

Spoilers: Logo após Dead man's hill.

Comments: Esta é a primeira vez que faço uma fic em q os personagens principais são e Ned e a Verônica. Gostaria de saber o q vc's acharam, deixem review, ok? Ou, nada de capítulos novos. Vc's da FD taum mto vagais, deixando poucas review e jah tah na hora das escritoras iniciarem a Operação Tartaruga, unidas venceremos!!! Review!!!!!

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As manhãs não costumam ser muito diferentes no mundo perdido: levantar cedo, tomar café e realizar as tarefas para o bom andamento da casa e das comodidades criadas por Challenger para o benefício de todos.

Verônica terminava de preparar o café da manhã enquanto Malone e Roxton trocavam algumas palavras. Challenger examinava suas anotações, planejava testar alguns produtos químicos naquela manhã. E Marguerite, como de costume, ainda não havia saído do quarto, e geralmente, ela só vinha quando sentia o perfume do café fresquinho, recém passado.

"Lá vem o predador mais violento do plateau, Ned. Farejou o cheiro do café e veio em busca de sua caça" Roxton cochichou para Ned, que sorriu. Achava engraçado como depois de quase três anos o caçador não perdera o ânimo para provocá-la logo cedo, claro, agora era mais fácil já que eles haviam se tornado muito bons "amigos".

"É todo dia a mesma coisa!" ela já falou azeda. "Vocês fazem muito barulho e me acordam. Eu não tenho por que levantar cedo. Já realizei minhas tarefas de hoje ontem, planejei que dormiria até tarde, mas não, vocês tem que ficar berrando e batendo panelas logo cedo" continuou enquanto servia sua xícara de café quentinho, fumegante.

"Não seja assim, minha Marguerite. Todos queremos desfrutar de sua doce e adorável companhia!" o caçador botou mais lenha na fogueira.

Marguerite colocou a xícara sobre o pires e o olhou raivosa, realmente estava de péssimo humor.

"Sinto muito interromper seus planos, Marguerite, mas havíamos combinado que hoje você seria minha assistente no laboratório e no moinho" Challenger jogou a última gota que faltava para derramar o balde da paciência da herdeira.

"Eu?! E quando foi que eu combinei isso?"

"Ora, não se lembra que antes de ontem você..."

"Ah não, antes de ontem era o meu dia, mas você não precisou de mim e ontem também não e isso é problema seu, Challenger. Já passou a minha vez e hoje é o Roxton!"

"Sinto muito, mas hoje é o seu dia, Marguerite, e você sabe como funciona o nosso rodízio, vê se não inventa moda" Roxton respondeu.

A herdeira olhou sem acreditar para Roxton, mas por fim teve que se conformar.

Mal engoliu alguma coisa, Challenger já foi para o laboratório e ficou chamando Marguerite, apressando-a. "Esse dia não poderia ficar pior!" ela pensou. "Felizes são o Malone e a Verônica, com essa de sair atrás de metano para a cerca, vão passar o dia fazendo nada. Vê se aprende, senhorita Krux."

Ela estava quase para entrar no laboratório quando Roxton a segurou pelo braço. "Mais tarde podemos nos refrescar no rio, vou convencer o Challenger a te liberar se a sua ajuda não for essencial, quer?"

"Ummmmm, quero sim, está combinado! Isso se você conseguir convencê-lo porque a ciência nunca pára" ela disse imitando a voz do cientista.

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"Sabe Verônica, senti muita falta da nossa casa, de estar com você, quero dizer, com todos. Nos tornamos muito mais que uma família, não é mesmo?" o jornalista dizia enquanto caminhava ao lado de Verônica pela selva.

"Eu sei o que quer dizer. E eu não desisti nem por um minuto de procurar por você, sabia que um dia você iria voltar" a jovem respondeu com as bochechas coradas pela declaração.

"Enquanto estive longe, pensei em muitas coisas: em quem eu realmente sou, coisas que já fiz ou deixei de fazer, a nossa chegada a este lugar que, antes, nos parecia um pesadelo. E agora começo a questionar se essa não foi a melhor coisa que já me aconteceu."

"Ned, será que algum dia, se você tiver a oportunidade, vai ter coragem de deixar este lugar?" Verônica perguntou sabendo que talvez se arrependesse se a resposta não fosse "não".

Ele parou de andar e ela fez o mesmo. Segurou uma de suas mãos enquanto a outra acariciava a nuca da jovem, entrelaçando-se por entre os cabelos dourados como uma manhã ensolarada de primavera.

"Verônica, eu..." seus olhos foram se fechando e seus lábios estavam prestes a revelar o que seus corações já sabiam a tempo, quando...

TUMMMMM TUMMMMMMMM TUMMMMMMMMMMMMMMM

"T-rex! Corra!" Verônica gritou, os galhos das árvores do caminho de onde vieram estavam se rompendo, o animal já os havia farejado.

"Droga, logo agora que eu tomei coragem!" Malone pensou.

Correram o que lhes parecia uma eternidade e o dinossauro seguia atrás. "Isso não vai adiantar, temos que nos esconder em algum lugar!" Malone disse com a respiração cansada, ambos já estavam exaustos.

Lembraram-se de uma caverna mais à frente, não tão perto quanto gostariam, mas era o melhor que havia. Continuaram correndo, avistaram um tronco imenso e ambos o saltaram ao mesmo tempo, caindo rolando por um barranco. Do barraco, direto para um rio de águas violentas.

Verônica batera a cabeça numa pedra durante a queda e estava desacordada. Lutando contra a força da água, Malone a alcançou e agora tinha que salvar a si mesmo à garota da selva. Tentava nadar para a margem, porém sentia que era inútil, logo perderia as poucas forças que lhe restavam e não conseguiria nem sequer boiar com Verônica (a idéia de solta-la estava fora de questão).

Quando pensou que talvez aquele fosse o fim, a salvação chegara: uma grande árvore havia caído recentemente, alcançando até a metade do rio. Se conseguisse passar por ali e agarrar-se a algum galho, estariam salvos. Usando forças já não se sabe de onde, o jornalista segurava Verônica com um braço e com o outro, lutava para alcançar algum galho da árvore.

No último instante, conseguiu agarrar-se ao tronco da salvação e foi se empurrando até a margem. Tirou a jovem da água e saiu em seguida, caindo exausto. Virou-se, sentiu a pulsação no pescoço da jovem e um galo em sua cabeça: estava viva, porém ainda desacordada.

Mais aliviado, respirou fundo e seus olhos cansados se fecharam, já não tinha mais energia para nada.

CONTINUA...