99 Anos atrás.

Uma noite especial. Os pequenos pontos brancos acumulavam-se aqui e ali. Nessa noite era o aniversário da princesa Yuuki Kuran, filha dos reis Haruka e Juuri.

Mais tarde, nessa noite iria decorrer um grande baile. Onde para o qual toda a sociedade aristocrata vampírica fora convidada. No quarto da princesa, as empregadas ora saíam ora entravam. Havia tanta coisa a fazer-se! O vestido que Yuuki iria usar nessa noite era bastante charmoso. Era um vestido caicai, totalmente vermelho mas com uma tira prateada, acima do umbigo, que formava um laço atrás.

Enquanto o vestia, a sua mãe, bateu a porta.

-Yuuki, posso entrar?

-Claro, mãe- afirmou, entusiasmada- Como estou?

A mulher mais velha sorriu e respondeu:

-Meu amor, tu és linda, o vestido e o resto, são só acessórios para te enfeitar. Vamos, está na hora, preparada?- Yuuki concordou com a cabeça- O kaname está a tua espera.

Quando ambas chegaram ao salão de baile, toda a sociedade deslumbrou-se com Yuuki. As únicas duas pessoas que não voltaram a sua atenção para ela foram Kaname e Sara, o que partiu o coração a Yuuki. Muitos convidados convidaram a princesa para dançar, mas esta recusou sempre, pois o único homem com quem ela quereria dançar chamava-se Kaname Kuran, mas ele nem sequer notou a existência dela, simplesmente continuou a falar com Sara. Havia rumores no castelo, que diziam que o Príncipe herdeiro andava a foder com Sara, quase todas as noites, desde que ela mudara-se para o castelo, pois os seus pais foram assassinados.

Zero Kiryuu, tornara-se nos últimos tempos o melhor amigo de Yuuki, ambos passavam bastante tempo juntos a conversar sobre mexericos. Muitas das vezes foram interrompidos por Kaname, que fazia sempre insinuações frias.

-Yuuki, queres dançar comigo?- perguntou Zero, tirando-a dos seus devaneios.

-Com certeza, Mr. Kiryuu- respondeu com um sorriso. Com esta resposta Zero embalou-a nos seus braços e deslizaram para a pista de dança.

-Yuuki, qual é a razão dessa cara triste?- perguntou-lhe Zero.

-O que haveria de ser?

-Ele ainda não aprendeu?- respondeu-lhe de volta, exasperado.

-Ele só vê a Sara.

-Não fiques triste, Yuuki- tentou consola-la- vais encontrar alguém melhor.

-Não faz mal, já não me importo mais- sorriu-lhe, apesar de ser um sorriso falso.

Na outra ponta da sala, Kaname e Sara conversavam, animadamente, até que Kaname reparou com quem Yuuki estava a dançar, o ciúme invadi-o. Como era possível a sua Yuuki, estar a dançar com outro homem?

-Ele está a olhar para aqui. Está furioso- avisou-lhe Zero.

Quando Sara viu a expressão furioso de Kaname, olhou na mesma direção que ele e descobriu logo a razão, Yuuki estava a dançar com Kiryuu. Será que aquela menina não entende que o Kaname a ama e que ela pertence-lhe? Apesar de termos feito sexo algumas vezes. Será que ela não entende que fê-lo por ela, para quando ele tira-lhe a virgindade saber o que fazer para não a magoar mais que o necessário. E sim! Ele é um amante excecional!

No momento em que Sara saiu dos seus desvaneios já não via Kaname ao seu lado e quando o encontrou ele estava a caminhar em direção a Yuuki, para não acontecer um escândalo perante a sociedade, foi atras dele.

-Kaname! - Sussurrou - Para! Tu só vais fazer com que a Yuuki odeie-te- disse-lhe ela com esperança que ele recuasse.

-Sara, eu amo a Yuuki mais do que qualquer coisa no mundo, ela já se afastou demais de mim. Não posso permitir mais isso.

- Kaname, o que tu vais fazer? - Perguntou-lhe - Não! - Parou abruptamente e olhou-o com os olhos arregalados - Tu vais tira-lhe a virgindade!? A força do teu ciúme é assim tão grande?

Kaname não respondeu logo, ponderou. Será que devo faze-lo?

-Sim, Sara! Ainda hoje ela vai ser minha - declarou-lhe ele, decidido.

O resto da festa foi passado calmamente, jantou-se e serviu-se o bolo.

Depois da festa acabar Yuuki caminhou de volta para o seu quarto, mas quando puxou a maçaneta da porta, sentiu uns braços desconhecidos a volta da sua cintura. E ouviu o som de alguém a cheirar os seus cabelos.

-Cheiras terrivelmente bem, Yuuki- disse-lhe Kaname. Enquanto depositava beijos molhados, ao longo do seu pescoço e ombro, e as suas mãos passavam ao de leve nos seios dela.

-Kaname - suspirou- o que estas a fazer?

Ele abriu a porta do quarto, encostou-a a parede e beijou-a ferozmente. No início, Yuuki não respondeu mas com o passar do tempo, mudou de ideias e beijou-o também. Yuuki estava surpreendida, Kaname nunca tentara algo assim entre os dois. As mãos dele foram-se movendo pelo corpo de Yuuki e chegaram ao fecho. Abriu-o, o desejo um pelo outro estava a aumentar, o vestido caiu ao chão e revelou a lingerie cinzenta e preta, com um corpete rendado em forma de flores, com uma tanga a condizer e meias 7/8 pretas presas ao corpete por uma cinta-liga. Kaname quase desvaneceu com a imagem da sua pequena Yuuki tão sensual. Enquanto Kaname acariciava os mamilos dela por cima do espartilho, Yuuki, colocou os braços sobre os ombros dele e acariciou os seus cabelos. De repente, foi virada contra a parede e ouviu os laços e o fecho do seu corpete a serem abertos e o espartilho acabou por cair e revelar os seus seios de tamanho médio e corou. Kaname levou um deles a boca, lambeu-o e beliscou-o, e simultaneamente acariciou o outro com a mão.

-Ka...na...ka...na...ah!- suspirou ela.

Ele ergueu-a do chão e posou-a na cama, enquanto a observava, o fundo das suas calças começava a ficar cada vez mais apertado. Vários pingos de suor inundavam os corpos de ambos. Lentamente a mão pequena de Yuuki foi de encontro aos botões da camisa de Kaname e começou a desabotoar-lhos, lentamente e gentilmente, isto quase que aniquilou o auto controlo de Kaname. Ela dirigiu-se para a braguilha dele, mas ele a parou.

-Não!- sussurrou- Só o vais fazer depois de eu rasgar essa tanga e depois...

Beijou-a e sem ela perceber rasgou-a. Depois abriu-lhe as pernas, olhou para a feminilidade dela e lambeu. Saboreou os sucos de Yuuki e brincou com o seu clitóris. Quando viu que ela estava bem húmida, permitiu-lhe recomeçar o que estava a fazer, as pequenas mãos dela libertaram a sua ereção crescente. Será que aquilo cabe dentro de mim? Mas Yuuki afastou esses sentimentos e deitou-se na cama.

-Yuuki?- perguntou-lhe confuso e então percebeu- Diz-me o que queres? Se não me dizeres acabamos por aqui.

Yuuki corou até as raízes do cabelo mas acabou por responder-lhe:

-Uhm...bem...Kaname...eu...quero-te...dentro de mim.

-A minha doce Yuuki é tão impertinente - Comentou, ele, enquanto lhe abria as pernas. Alinhou-se com a feminilidade dela e penetrou-a, devagar e gentilmente, mas quase que sucumbiu ao desejo de faze-lo só de uma vez. Yuuki deitou algumas que Kaname acabou por lamber. Quando ela assentiu que ele podia continuar, Kaname deslizou e voltou a entrar. No início, devagar para Yuuki acostumar-se com aquela intrusão nova, e, depois começou a ganhar velocidade. Ela gemeu até que as paredes internas da sua vagina apertaram-se e entrou num êxtase glorioso, não muito tempo depois ele também se veio e derramou a sua mente o mais fundo que conseguiu e caiu em cima dela, enquanto esperavam que as suas respirações abrandassem. Kaname acabou por sair de dentro de Yuuki e deitou-se ao seu lado a olhar para o testo. Depois virou-se de lado e aquerenciou a cara de Yuuki com uma das mãos e beijou-a docemente.

- Eu amo-te - sussurrou-lhe. O silencio reinou durante um curto espaço de tempo até que...

- Kaname, por quê fizeste isto? Tu tens a Sara para satisfazer os teus desejos.

- Acabei de dizer-te - fez uma pausa - mas vou dizer outra vez. Eu amo-te.

Esta resposta enfureceu Yuuki.

-Então é verdade que andas a dormir com ela, como fui estupida em pensar que isso não acontecia - as lagrimas escaldantes começaram-lhe a cair pelas bochechas - o Zero bem me avisou. Eu fui só um divertimento de uma só noite.

-Não! Claro que não! - Respondeu-lhe Kaname com uma voz sofrida - Claro que não foste um divertimento, és a minha adorada noiva.

-E nem negas que dormiste com ela - fez uma breve pausa - sai!

-Mas Yuuki...

-Saí! Saí já daqui.

-Ok, mas amanhã vamos conversar - disse-lhe sem sabes que seria a última vez que se veriam em oitenta e cinco anos.

No dia seguinte, toda a família real estava a tomar o pequeno-almoço a exceção de Yuuki.

-Mãe, viste a Yuuki?

-Não, querido. E tu, Haruka, viste-a?

-Também não.

-Walter! - Chamou a rainha - Onde está a Yuuki?

- Sim, minha senhora. Hoje de manhã a princesa acordou muito cedo, arrumou as suas coisas e disse que iria para a mansão Aido - respondeu o mordomo.

-Walter, deixas-te a minha filha sair sem a minha permissão? - Perguntou Haruka.

-Meu senhor, a princesa disse-me que tinha a sua permissão - tentou explicar-se.

-É muito estranho, da Yuuki, sair, assim, sem nos avisar. Walter telefona para a mansão Aido e pergunta sobre o paradeiro da Yuuki - ordenou Haruka.

O resto do pequeno-almoço foi passado em silêncio, com a sombra do desaparecimento de Yuuki bem presente, até que descobriram que ela não tinha ido a mansão Aido e que, provavelmente, não a voltariam a ver. Estavam certos se um pequeno incidente passados oitenta e cinco anos não tivesse acontecido.

75 Anos atrás

Passados dez anos do desaparecimento de Yuuki, o castelo deixará de ser tão alegre como outrora fora. Numa manhã de primavera, Kaname fora chamado ao escritório do seu pai, o rei, ele já sabia qual era o assunto que iriam discutir. O seu casamento com Sara. Como Yuuki fora-se embora, ele precisava de uma nova noiva, para casar e procriar os seus herdeiros, que um dia iriam subir ao trono, como ele num futuro próximo. A ideia não o agradava muito, a única mulher que existia para ele é a Yuuki, ou melhor era.

Quando ela partiu para não regressar, ele sentira um enorme ardor no peito, quase que não conseguia respirar, e a ideia de ser ele o culpado do seu desaparecimento atormentava-o. Na ocasião que deu por si já estava em frente a porta do escritório, bateu ao de leve e entrou. O seu pai estava sentado na sua cadeira a ler vários manuscritos, mas quando notou a presença de Kaname, sorriu.

-Kaname, meu filho, como estas hoje? - Interrogou-o o rei, gentilmente - Senta-te.

Enquanto se sentava, Kaname respondeu:

-Eu estou bem - fez uma pausa - como sempre.

-Isso é verdade, mas desde que a Yuuki foi-se embora, tu nunca mais foste o mesmo.

Kaname suspirou, o seu pai tinha razão, ele nunca mais fora o mesmo. Houve um pequeno período de tempo, após o desaparecimento, que tinha deixado de comer e falar, até quando Sara tentou seduzi-lo, ele, simplesmente, a recusou. Até que passados dois anos, a sua vida sexual recomeçara, apesar de algumas vezes durante o ato, ele pensara, secretamente, em Yuuki. A primeira vez deles era uma memória que o enchia de calor. Fora a primeira e a ultima vez que ele tivera feito amor com alguém.

-Kaname, já se passaram dez anos, tu e a Sara devem-se casar, num futuro próximo. Tens de subir ao trono e deves faze-lo com a tua rainha.

Enquanto, Haruka, profecia estas mesmas palavras os seus olhares intercetaram-se

-Claro. Quando marcamos a data do casamento? - Perguntou, Kaname, enquanto franzia os lábios.

-Kaname, não fiques com essa cara. Que tal no outono, finais de outubro e inícios de novembro?

-Por mim tudo bem. A Sara não se deve importar.

Ela já a tanto tempo que me anda a perguntar quando casamos.Kaname revirou os olhos.

-Fantástico! A Juuri e a Sara vão ficar radiantes.

-Claro.

Dia do casamento

Nessa manhã, o castelo inteiro estava uma confusão, o príncipe herdeiro iria casar com a sua amante de longa data, Sara. A cerimónia iria decorrer na catedral pertencente a realeza, onde todos os casais reais casaram-se, situada a cinco quilómetros do palácio real.

Nesse dia, na ala este a noiva estaria a preparar-se para o seu grande momento, com um vestido rendado, com uma tiara cheia de diamantes, com um véu e ainda com umas luvas até ao cotovelo.

Na ala oeste, o noivo estaria já preparado com o seu smoking preto e pronto para ir para o castelo.

Ao meio dia em ponto, ambos juraram ficar juntos até que a morte os separasse. Para o copo-de-água foram convidadas todas as famílias nobre, a ementa era constituída por os mais diversos pratos e bebidas existentes, cada mesa foi decorada com um castiçal e com pétalas de rosas vermelhas a volta, a toalha era rendada para fazer combinação com o vestido de noiva.

14 Anos atrás

Kaname e Sara estavam casados a sessenta anos. Kaname começara a trai-la a vinte anos, com empregadas, prostitutas e mulheres casadas, mas apesar de tudo ele aprenderá a amar Sara.

Numa noite primaveril, Kaname estava a trabalhar no seu escritório como era costume, até que foi interrompido pela sua mulher.

-Kaname, precisamos de falar.

-Sim, também tenho alguns assuntos para conversar contigo, mas começa tu - Disse-lhe, Kaname, enquanto olhava para o rosto da mulher com quem compartilhava a cama, quando não estava com as suas amantes. A última vez que foram íntimos ocorrerá a cerca de um mês atrás.

-Bem, Kaname, eu...como ei de dizer...estou gravida.

-De quanto tempo?

-Dois meses.

A seguir a esta revelação, o silencio instaurou-se, esta foi uma das poucas vezes que Kaname ficara em choque. Um filho seu estava dentro da barriga de Sara, por um lado ficara feliz mas por outro culpado por ter traído a mulher iria dar a luz o seu filho, herdeiro da coroa. E uma dessas vezes acontecerá, na semana passada, num baile de mascaras organizado pela família Touma.


No terceiro andar da mansão Touma, Kaname preparava-se para o baile que iria decorrer nessa noite a meia-noite. As paredes da sala eram brancas a exceção de uma vermelha, onde tinham colocado uma cama de casal com lençóis de seda vermelha, a mobília em castanho-escuro, esta sala agradava a Kaname. Se a Sara estivesse aqui ela também teria gostado pensou consigo mesmo com um sorriso. Quando olhou para as horas, notou que já só faltavam dez minutos para o início, pegou na sua mascara e desceu até ao salão de baile. Durante grande parte da noite, Kaname manteve-se perdido nos seus pensamentos, até que viu passar uma rapariga de cabelo castanho, comprido, pequena e notou que era parecida com Yuuki. A jovem vestia um vestido preto rendado e comprido, usava um colar e uma pulseira de diamantes e a sua mascara era constituído por renda branca. Kaname ficou sem fala quando viu aquela, linda, mulher e foi atrás dela quando ela saiu da sala. Encontrou-a mais tarde com a mascara nas mãos e viu o seu rosto.

-Yuuki! - Exclamou.

-Kaname!

Kaname e Yuuki beijaram-se, mas quando o oxigénio foi necessário afastaram-se e ela abriu uma porta. Ele deitou-a na cama e beijou-a, a língua dele lambeu o lábio inferior dela pedindo entrada, que lhe foi concedida. Os lábios de Kaname deslocaram-se para o ombro, onde lambeu, mordiscou e beijou, as suas mãos vagaram pelo corpo de Yuuki, ate que se fixaram nos seios, acariciando-os, depois as mãos de Kaname foram para o fecho do vestido e abriu-o. Ele ergueu-a e deitou-a, sem perder tempo, tirou a cueca, abriu-lhe as pernas e lambeu a sua feminilidade e acariciou os seus seios ao mesmo tempo.

–Ka...me…ka…na…me -Gemeu.- Deixa-me fazer o mesmo a ti.

Kaname ficou atordoado mas despiu-se, e ficou nu, e revelou assim o seu corpo musculado e a sua ereção. Yuuki aproximou-se da sua virilha e gentilmente lambeu a ponta, ele gemeu, e agarrou o cabelo de Yuuki puxando-a mais para perto. Depois levou-o todo na boca, repetindo o mesmo movimento varias vezes. Kaname puxou-a para baixo dele e inseriu dois dedos dentro dela.

–Ahhh…Kaname…ah -Gemeu.

Yuuki deixou de sentir os dedos, olhou atordoada e nesse momento foi penetrada, devagar e lentamente, até que o ritmo acelerou, ambos suspiraram o nome um do outro, quando se vieram. No fim, Kaname ficou dentro de Yuuki, e disse:

– Amo-te, passado tanto tempo desde que te foste embora, continuo a amar-te.

– Eu também te amo, mas eu não quero…

– Ser minha amante, era isso que ias dizer, não era?

– Sim.

O coração de kaname ficou um bocadinho apertado, beijou-lhe a testa, saiu de dentro dela e deitou-se ao seu lado abraçando-a. Não souberam ao certo quanto tempo ficaram assim, mas a uma dada altura levantaram, vestiram-se e despediram-se, pensando que talvez seria a última vez que se viriam, teriam razão se Yuuki não tivesse ficado gravida.


Kaname levantou-se, deslocou-se para ao pé de Sara e colocou a sua mão na barriga de Sara e beijou-a com doçura, esta demonstração de carinho chocara Sara, visto que já há muito tempo que não recebia uma única caricia do seu marido. Passado oito meses e meio Sara deu a luz um menino chamado Takeshi e no mesmo dia sem a família real saber, Yuuki.