Corruption

Por Mikky

Um criminoso convicto, uma garota inocente. Luxúria, engodo, corrupção. Necessidade e vício. Presente de Yule para Artis Lasair.

Para quem se interessar: Músicas que usei para me dar inspiração para esta fic: I Wish I had an Angel e SleepWalker, ambas do Nightwish

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Prólogo

Konoha ainda era Konoha, a velha e boa Konoha de sempre. Depois dos cacos recolhidos após o assassinato de Sarutobi, Konoha se reergueu. Aos poucos, lógico, mas se reergueu. Sofreu mais alguns golpes de retaliações, poucos clientes, menos ninjas ainda, mas de ação em ação, Konoha voltou a prosperar. Seus ninjas melhoravam e cresciam a olhos vistos, e em seqüência o contingente de perdas começou a diminuir.

Logo após o retorno do time de resgate ao Kazekage, as pessoas da vila puderam sentir fogo de Konoha flamejar mais forte que nunca. O orgulho de ser um dos moradores da valente e forte Vila da Folha. Nada foi encontrado de Orochimaru ou Sasuke, é verdade, mas cada um vivia a sua vida da forma mais vívida possível. E nisso é que reside a grande força de Konoha. Isso que Sarutobi tanto fez questão de sempre salientar, e que Tsunade relembra dia a dia.

Missões começaram a aparecer cada vez mais, e o entra e sai da vila aumentava, tanto quanto seu caixa. Reformas foram feitas, estruturas novas foram construídas, e quando mais se pensava que Konoha havia voltado ao topo, algo inusitadamente inesperado ocorre.

Um golpe.

Não um golpe em suas estruturas físicas, ou uma tomada de poder. Mas um golpe psicológico: haviam encontrado o esconderijo de Orochimaru. Em ruínas. Não havia sobrado pedra sobre pedra, aparentemente sem uma alma viva para contar a história. Restos de corpos e estruturas jaziam ali, para quem quisesse ver. Uns comemoraram com vontade, outros fingiram que nada havia acontecido. Enquanto que um pequeno grupo lamentava que houvesse acontecido da forma que aconteceu.

Jiraya e Naruto encontraram. O louro percorreu cada centímetro do extinto quartel general inimigo pelo estimado amigo do clã Uchiha. A única coisa que encontrou foram suas roupas... ensangüentadas. Nada mais. Nem esqueleto, nem parte alguma de seu corpo... Nada... Jiraya fez o mesmo para seu antigo colega. Não que ele quisesse ser amigo novamente, mas queria ter certeza que desta vez o patife estava mesmo morto.

Não precisou fazer um pente fino como o garoto da kyuubi havia feito. Encontrou o quase cadáver de Orochimaru desmembrado, com os olhos vidrados, rindo escancaradamente a alguns metros de onde Naruto havia encontrado as roupas de Sasuke. A cobra ria, ria e ria. Ria tanto que vez por outra tossia uma jorra de sangue na terra batida do chão.

Jiraya segurou seu pupilo, e mais do que rapidamente selou as caudas que com certeza começariam a aparecer. O jovem ninja desmaiou, enquanto Orochimaru ria ainda mais.

Jiraya fez o seu pequeno inquérito, respondidos entre hahahas e hohohos desgrenhados e desdentados da cobra velha. Não havia dado certo. Orochimaru ria como se não estivesse prestes a morrer. De vez. Segundo o que conseguiu entender nos entremeios das gargalhadas histericamente nervosas, Orochimaru havia tentado fazer o jutsu proibido, o corpo de Sasuke o rejeitou, sabe-se lá o porquê e no processo energético tirou a vida de seu mais fiel cupincha: Kabuto. Logo em seguida foram atacados. Retaliação da Akatsuki. Ele nada sabia de Sasuke, e francamente não se importava.

Numa última tosse, provocada pela última gargalhada, Orochimaru engasgou com o próprio sangue, e olhou para Jiraya com um olhar de remorso, que o velho eremita não comprou. Ficou ali, olhando seu ex-companheiro, ex-amigo, ex-sannin, estrebuchar e morrer, engasgado com o próprio sangue. Morto pelo próprio veneno. Quem disse que cobras eram imunes ao seu próprio veneno?

Jiraya pegou as vestes de Sasuke, colocou-as no colo de Naruto e depois de chamar o gama bunta, retornou a Konoha.

Sasuke fora dado como morto. Mas no fundo, no fundo, os companheiros de time, e alguns ninjas da Vila, não o tinham como morto. Um dia talvez o rapaz voltasse. E depois de uma bela punição, seria reintegrado.

Nada ocorreu. Nem em um ano, muito menos em três.

Quatro anos de calmaria. Akatsuki parecia desmantelada, não se ouvira falar deles há muito tempo, mas para não facilitar, o maior alvo da Organização quase não saía da Vila. Se saísse era para uma missão ou outra nas proximidades. E sempre acompanhado de Jiraya.

Não que ele tivesse ficado mais calmo ou responsável, mas é que a Godaime, com seu jeito simples de lidar as coisas havia dobrado o já não mais tão garoto raposa a ficar por perto. E por ficar por perto conseguiu finalmente notar a ninja de olhos perolados e se tornar um Chuunin.

Já a pupila de Tsunade, não desapontava como uma das melhores elites Jounin da Vila.

É ai que nossa história começa. Com a missão que leva Sakura para fora de Konoha por muito mais do que alguns meses, pois para reunir inteligência sobre uma pessoa importante e sua influência na vida da sociedade da qual vive, requer mais do que alguns míseros meses.

Poucos sabem que o que levou Tsunade a designar Sakura para tal missão, fora realmente o fato que a fez aceitar a missão. Sakura, discípula de Tsunade era uma medininja do melhor calibre, capaz de conseguir completar a missão sem falhas.

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Sakura ajeitava a colcha de qualquer jeito. Já estava morta de saudades de todo mundo de Konoha, mas havia somente seis meses que estava na cidade. Muito pouco havia conseguido... até o presente momento, havia conseguido uma vaga na escola de medicina local e fingia ser uma simples aluna. Era até interessante não só botar a prova os conhecimentos de medininja, mas também aprender como cuidar de muitas coisas sem chakra.

A cidade Telum, uma pequena cidade no país do Trovão, muito longe da Vila escondida da Névoa, era uma cidade que concentrava algumas das melhores Universidades do país. E praticamente era povoada por alunos. A missão de Sakura era colher o quanto mais informação pudesse sobre o filho do reitor da Universidade Telum, pois ao que parecia o garoto manteve ligação com a Akatsuki.

A rotina de Sakura era, ao menos ao olhar da garota, um misto de fascínio e tédio. Passava meio período assistindo aulas (e de olho em Hisomo Manzo), depois almoçava e tinha teoricamente o resto do dia livre. Teoricamente, pois assim que descobriu que o garoto trabalhava clandestinamente numa cidade próxima (em Telum era proibido por lei aos alunos trabalhar enquanto estudavam, a única ocupação que deveriam ter era a de estudante), deu um jeito de conseguir um emprego por lá também.

Não lhe agradou muito ter que trabalhar de garçonete no cassino (a cidade próxima era uma cidade de jogatina), mas não poderia evitar, se quisesse conseguir informação o suficiente para finalmente retornar a Konoha e acabar com a maldita missão, tinha sim que trabalhar lá.

Essa era a rotina de Sakura.

Uma rotina prestes a sofrer uma ruptura.

ooooooooo
Tá... Tá...

Eu sei, tenho muita coisa em aberto, mas esse presente, vai sair.
Espero terminá-la em uns 5 capítulos.

Feliz Yule, Artis!
Amo você, mana!

Mikky (aperte o botãozinho ali em baixo)
zzzzz
Notas: Tellum – raio em Latim