Autor: Davesmom

Nome Original: Beyond Redemption

Tradução: G.W.M

Betagem: Anna Malfoy



N/A:

Disclaimer: Tudo pertence à J. K. Rowling, com exceção dos poucos personagens originais que eu acrescentei, uma vez que nunca soubemos nenhum nome dos colegas de Gina, com exceção de Colin Creevey. Se tiver alguma coisa a mais que eu inventar (além da trama), eu farei um disclaimer no topo do capítulo, de qualquer forma, esse vale para a história toda.

O prólogo é baseado na idéia (minha, não de J. K.R.) de que Lucius é mais próximo em idade de Molly e Arthur do que dos Marotos. O que explicaria o porque de tamanha animosidade entre as duas famílias. As referências ao time de quadribol, Holyfield Harpies (o único time totalmente feminino do mundo) e o Falmouth Falcons vem do livro "Quadribol Através dos Séculos", de Kennilworthy Whisp (todo o dinheiro arrecadado com as vendas é revertido para ações sociais, de acordo com a contracapa). Finalmente, eu estimo que cada ano possui de sete a doze alunos por casa (baseada nos nomes que nós temos do primeiro livro). Se você acha que são mais, tudo bem, mas você verá uma ou duas referências ao número de alunos do sétimo ano da Sonserina, e lembre-se, é apenas uma estimativa e uma opinião minhas.


Além da Redenção

A jovem estava mais amedrontada do que jamais estivera em sua vida. A razão estava à sua frente. Cerca de um metro e oitenta de loiro-platinado, de olhos cinzentos, privilegiado, arrogante e assassino sujo chamado Lucius Malfoy. E naquele exato momento, o pedaço de sujeira estava lhe apontando um pequeno objeto com intenções fatais.

"Vamos, Molly," ele disse, sua voz arrastada com tons superiores. "Tem que ser assim? Apenas concorde em casar-se comigo e nós poderemos esquecer que esse infeliz incidente chegou a acontecer."

A forma voluptuosa de Molly estremeceu enquanto olhava para a fria e bela face. Não havia sinal de gentileza ou afeição naqueles olhos cinzentos. A única razão para que Lucius Malfoy tivesse algum interesse nela, Molly Donovan, era que sua linhagem pura podia ser traçada até os tempos anteriores à conquista. Ela sabia que Lucius apoiava maciçamente a concepção de Lorde Voldemort, o maligno bruxo em ascensão. Ela também sabia que qualquer mulher que se casasse com Lucius estaria provavelmente insana ou morta dentro de alguns anos. Ou possivelmente sob um Imperius. Molly sabia o que ele planejara. Uma Donovan, ao casar-se com um dos maiores partidários do bruxo maligno, iria influenciar muitos outros na comunidade bruxa a apoiarem Voldemort. Mas ele já tentara o Imperius nela e ela resistira. Então, ele a trouxera a essa escura e esquecida cela nas colinas acima de Hogsmeade. E seria ali onde ele provavelmente a mataria.

Molly tremeu violentamente de novo. Mantendo a imagem do único homem que ela amava em sua mente, ela fechou os olhos e respondeu, "Vá em frente, Malfoy!". Ela cuspiu o nome como se ele deixasse um gosto ruim em sua boca. "Mate-me agora, porque eu nunca irei me casar com você! E Arthur irá localizá-lo, você sabe. Ele ira localizá-lo e matá-lo!"

Ao ouvir o nome do rival, os olhos de Lucius estreitaram-se. Ele aproximou-se da adorável ruiva. Molly teria tentado afastá-lo, mas suas mãos estavam presas por anéis de ferro à parede. Lucius ergueu o objeto, como se para atingir Molly, mas parou subitamente. Ele sorriu, um sorriso maligno que sugeria uma profunda crueldade. Em vez de atingi-la, ele tocou o suave queixo dela com o objeto de metal frio, como se a acariciasse. Molly encolheu-se e afastou o rosto.

Lucius riu. "Ah, Molly, você pensa que está apavorada agora, mas antes de terminar com você, eu lhe mostrarei o que é medo realmente. Você sabe o que é isso, minha querida?" ele disse, segurando o objeto pesado de forma que ela pudesse vê-lo claramente.

Molly fechou os olhos e recusou-se a responder. Dessa vez o objeto a atingiu, abrindo a pele ao longo de seu maxilar. Ela mordeu o lábio, impedindo-se de gritar.

"Ah, sim, Molly, os grifinórios. Tão corajosos, tão fortes. Não se preocupe minha querida, você estará gritando antes de muito tempo. Então, talvez, se você implorar adequadamente, eu lhe apontarei essa arma e a tirarei de sua miséria."

Lágrimas escorreram dos olhos de Molly, mas ela não fez um barulho sequer. Lucius riu novamente.

"Imagine o furor quando a filha de uma das nossas mais importantes famílias for encontrada brutalizada, estuprada e assassinada com uma arma trouxa! Eles irão para meu mestre em turbas. Na verdade, isso teria mais sucesso do que se eu me casasse com você! Eu deveria ter pensado nisso muito antes!". Sua risada áspera preencheu a cela onde ela era mantida prisioneira.

Ele parou subitamente, fixando seu olhar frio e prateado sobre ela. "Sabe, você sempre foi bonitinha. Arthur mal irá reconhecê-la quando eu terminar com você!"

Ele pôs a arma no bolso e alcançou a gola das vestes dela. Com um puxão rápido e para baixo, ele rasgou as vestes até a cintura dela.

"Argh!", ele exclamou ao ver o que revelara. "Maldita amante de trouxas! Você precisa vestir essas roupas nojentas de trouxas?"

Ele enrolou o pulso no material da camiseta vivamente colorida que ela vestia por baixo das vestes, mas o tecido sintético recusou-se a rasgar. Tudo o que ele conseguira fora quebrar os longos cordões de contas coloridas que ela usava ao redor do pescoço. As minúsculas contas caíram no chão e rolaram em todas as direções.

"Ao diabo com isso", ele sibilou, soltando a frente de sua camiseta. Ele deu um solavanco no cós da calça que ela usava. Puxando a camiseta bem acima do sutiã bem preenchido dela, ele segurou os seios dela com as duas mãos. Molly grunhiu de desgosto. "Eu acho que eu realmente vou gostar disso". Ele murmurou, investindo com seu quadril, prensando-a contra a parede. Suas mãos estavam amassando gananciosamente a carne firme dela. Ele moveu uma de suas mãos para baixo, para o botão da calça dela quando ela subitamente deu um grito estridente e forçou seu joelho para cima, entre suas pernas, para a parte mais vulnerável dele. Lucius endireitou-se, sua face chocada e não acreditando no que ela fizera. Sua boca moveu-se, mas ele parecia incapaz de emitir algum som. Então, ele se dobrou, as mãos sobre sua virilha ferida e tentando respirar. Ele ainda estava bem na frente dela, então Molly trouxe seu joelho para cima novamente, dessa vez fazendo contato com o odiado e perfeito nariz com o qual ele sempre se preocupara. A cabeça de Lucius foi jogada para trás com a força e ele foi tropeçando para trás, sangue voando de seu nariz.

Molly sabia que nenhum dos golpes causaria conseqüências permanentes e que ele a faria sofrer pela dor que lhe havia causado, mas ela sentia uma satisfação estúpida por ter revidado. Minutos passaram enquanto Lucius jazia no chão, mal se movendo. Molly tentou libertar as mãos dos anéis de ferro desesperadamente. Ela torceu seus pulsos, lacerando a carne e fazendo com que eles sangrassem. Ela esperou que o sangue ajudasse suas mãos a deslizarem nos anéis de ferro, mas eles eram muito apertados. Ela apenas conseguiu perder a sensibilidade nas mãos. Lucius ainda estava com o corpo dobrado, protegendo seus genitais com uma mão e tentando estancar o sangue de seu nariz com a outra. Finalmente, ele pôs-se em uma posição sentada. A hemorragia parara. O olhar que ele deu a Molly a arrepiou mais do que qualquer outro olhar dado antes. Então ele se levantou. Sua primeira tentativa lhe trouxe uma pontada de dor e o forçou a cair de joelhos novamente. Após alguns minutos, Lucius esticou uma perna primeiro e depois a outra. Ele ficou de pé, balançando levemente e ainda se envolvendo com as mãos.

Molly pensou que, se ele estava assim tão balançado, ela seria capaz de acertar outro chute antes que ele a atacasse novamente. Ela quase sentiu uma pontada de esperança até que ele tatear o bolso de suas caras vestes verdes. O sangue fugiu do rosto de Molly. Ele não precisaria se aproximar dela para machucá-la com aquilo! Lucius sorriu novamente.

"Então você sabe o que é isso, minha querida?" Ele sorriu com escárnio. Ele olhou com amor para a pequena arma que segurava. "Uma das poucas invenções trouxas que eu aprovo". Ele ergueu o braço e nivelou a arma com a cabeça dela.

Os olhos de Molly arregalaram-se, então ela os fechou e inclinou a cabeça para trás. "Arthur." Ela arfou.

Lucius fez uma pausa, seus lábios se curvando em um sorriso de desprezo. "Aquele patético e pobre amante de trouxas não pode te ajudar agora. Ele desgraça o nome da Bruxaria. Você deveria me agradecer por te livrar de uma vida pobre e ignóbil. Adeus, Molly, querida. Eu não acho que vou sentir sua falta".

Seu dedo começara a apertar o gatilho quando um objeto pesado e grande o acertou do lado de seu crânio. Lucius cambaleou para o lado e caiu em um monte no chão frio de pedra. A arma voou de sua mão para cair em um canto.

"Accio!", uma voz gritou. A arma voou pelo ar até a mão de um jovem alto e magro com cabelos ruivos flamejantes...

"ARTHUR!", Molly gritou, lágrimas vindo a seus olhos novamente.

Arthur correu até Molly, a varinha em uma mão e a arma em outra. Mantendo um olho em Lucius, Arthur libertou Molly de seus grilhões e lançou um feitiço desajeitado para reparar as vestes rasgadas dela. E então ele sua atenção voltou-se totalmente para Malfoy. Uma luz perigosa e chamejante surgiu em seus olhos enquanto ele avançava para a figura jogada no chão.

"Arthur, tenha cuidado", Molly sussurrou.

Seu alerta fora profético. Enquanto Arthur se aproximava, Lucius subitamente saltou, ficando de pé, e apontou sua varinha para ele.

Arthur já estava se esquivando para o lado quando Lucius gritou "Crucio!"

O feitiço passou por Arthur, mas antes que ele pudesse contra-atacar, Lucius gritara "Accio!". A arma voou da mão fechada de Arthur para a mão de Lucius. Ele a ergueu, mas ao ver a varinha de Arthur apontada para ele, ele desaparatou. Molly correu para Arthur e ele a pressionou contra si.

"Oh, Molly, querida! E se eu não tivesse chegado a tempo?".

As vestes de Arthur abafaram os soluços baixos de Molly. Ele gentilmente puxou seu rosto para trás, para que pudesse olhá-la. Seus olhos se estreitaram quando ele viu o corte no queixo dela. Então ele examinou os pulsos lacerados dela.

"Aquele filho da mãe!", ele sibilou. "Eu irei pegá-lo. Eu não me importo com quanto tempo irá levar, mas ele vai pagar por ter te machucado!"

Ele apanhou a varinha e tocou com ela a ferida no queixo de Molly. As bordas do corte brilharam levemente e então começaram a se unir. Ele curou os pulsos também. Em minutos, Molly tinha apenas uma tênue cicatriz marcando onde Lucius a havia ferido. Arthur sorriu para sua adorável Molly.

"Essa é a minha garota corajosa", ele lhe disse. Ele a envolveu em seus braços e a confortou, tentando dissipar o medo que ela sentia. "Eu não sei o que você fez ao Malfoy, mas ele não parecia exatamente bem quando eu o atingi". Ele indicou a pesada bengala de madeira que jazia a alguns centímetros deles. "Seja lá o que tenha sido, me deu tempo suficiente para chegar aqui". Ele ergueu uma sobrancelha ruiva para ela em uma pergunta silenciosa.

Molly quase riu. Ela deu a Arthur um breve relatório dos ferimentos que Lucius sofrera em suas mãos, ou melhor, seus joelhos. Arthur riu.

"Será ótimo para todos se você o tiver esterilizado!"

Molly olhou horrorizada, mas então o horror dissolveu-se em acessos de riso. Ela ria tanto que começou a chorar, e ela pedia desculpas a Arthur por seu surto histérico. Finalmente se controlando, ela disse, "Eu acho que não seremos tão sortudos assim. Gostando ou não, haverá outro Malfoy arrogante e maligno para aterrorizar nossas crianças!"

Arthur assentiu, passando um braço ao redor de sua noiva. Ele a conduziu para a escada carcomida. Subitamente, ele parou. Segurando o ombro de Molly, ele a virou em sua direção.

"Nossas crianças, querida?", ele perguntou, sem fôlego.

Molly corou e olhou para baixo, encarando seus pés. "Eu não podia deixar aquela escória suja me tocar, Arthur querido. Não quando eu estava carregando nosso bebê."

Arthur parecia totalmente estarrecido, então passou os braços ao redor de sua linda mulher e a puxou contra si.

"Eu te amo, Mol."

"E eu te amo, Arhur."

Não houve julgamento para Lucius Malfoy. Seu pai havia comprado, chantageado ou ameaçado qualquer um ligado ao caso. E como não havia nenhum aprova física de que Lucius havia seqüestrado, batido e ameaçado Molly Donovan, as acusações foram retiradas. Quanto à acusação de ter usado uma maldição Imperdoável, a varinha usada naquela noite nunca foi encontrada, portanto aquilo também não podia ser provado. Mas a memória de ter sido superado, primeiro por um minúsculo pedaço de mulher e depois pelo pobre noivo dela infeccionou a alma de Lucius. Ele trabalhou duro para incrementar seu conhecimento de Artes das Trevas e ganhar poder em serviço de Voldemort, mas seu ódio por Molly e Arthur nunca se turvou. Quando, anos mais tarde, ele se casou com uma mulher vazia e conseguiu um herdeiro, ele se ocupou de instilar em seu jovem e impressionável filho um ódio igual e virulento da empobrecida família Weasley.

Quanto a Molly e Arthur, eles certamente eram pobres, mas apenas em bens materiais. Molly deu a Arthur sete crianças saudáveis, seis garotos e uma alegre, franzina e razoavelmente atraente garota. No geral, eles eram muito felizes. Arthur nunca esquecera a angústia que Lucius Malfoy lhe causara, ou o terror que incutira em Molly. O trabalho de Arthur era mal pago, mas ele sabia que Lucius tinha uma fraqueza por enfeitiçar objetos trouxas e devolvê-los ao uso trouxa como objetos comuns. Ele era incansável quando se tratava de rastrear alguma coisa até Malfoy. Apesar do que ele fazia ser mais perseguição do que prejudicial a Malfoy, sentia que estava tendo alguma leve vingança pelo que havia sofrido nas mãos dele.

Molly ficava em casa e criava as crianças, ensinando-os o básico de Aritmética, Leitura, Grafia, História Mágica e Geografia. Eles viviam em propriedade fora da cidade, longe da corrente principal da vida bruxa, mas também longe do contato casual com trouxas. E quando anos suficientes haviam se passado para que sua única garota começasse a pensar em garotos (Molly nunca levara a sério à paixonite de Gina por Harry Potter, apesar de ele ser um bom garoto), Molly teve uma conversa séria com uma Gina de 14 anos. Enquanto ela pensava em suas palavras, ela imaginara novamente por que Malfoy não podia ter tido seu filho anos antes, assim Gina não seria suscetível ao belo garoto, apenas um ano mais velho que ela. O mais delicadamente possível, Molly contou a Gina o que acontecera. Ela explicou que, apesar de não acreditar que Lucius havia contado ao jovem Draco o que acontecera entre os Weasley e ele mesmo, ele obviamente tinha encorajado o ódio por eles no jovem. Ela alertara Gina de que o ódio poderia ser mais voltado a ela, sendo uma garota e mais vulnerável e que ele tentaria usar Gina para humilhá-la e feri-la. Gina assentira solenemente mas lhe havia dito para não se preocupar. Malfoy, isso é, Draco, os odiava igualmente, e a idéia de que ele poderia ter qualquer interesse nela, mesmo que fosse apenas fingimento, era ridícula. Molly apenas assentira. Ela fizera o que podia e agora teria de confiar na sorte e no instinto de sobrevivência de Gina para o resto.


N/T

Bom, está aí o primeiro capítulo, espero que gostem e comentem!

Nota do grupo:

Olá.

Essa é mais uma fic do grupo Os Tradutores.

Essa é uma Draco/Gina, mas esse prólogo explica, pela teoria da autora, de onde vem o ódio dos Malfoys pelos Weasleys.

Mas nos próximos capítulos vão ter D/G.

Então continuem lendo.

E logo terão muito mais fics do nosso grupo.

É só esperar.

Os Tradutores