Capítulo 1

Eu estava em meu quarto lendo um livro qualquer quando ouvi o barulho de um carro parando em frente a minha casa. Corri até a janela para ver quem era e vi dois amigos da minha família, Billy Black e seu filho Jacob. Eles eram muito ricos, não que minha família não fosse também, mas eles eram muito mais, e sempre percebi durante os jantares que minha mãe promovia para nos reunir que Jacob me olhava diferente.

Ok, não consigo negar ele é um gato e acabou de terminar a faculdade. E tem um sorriso doce, olhos cativantes... Mas falta algo nele.

Estranho. Sempre que eles chegavam minha mãe corria até o meu quarto e me mandava colocar a roupa mais linda que eu tinha e me arrastava para a sala para recebê-los. Mas desta vez não, ela não apareceu. Minha curiosidade falou mais forte. Abri a porta me certificando de que não havia ninguém a vista e desci as escadas na ponta dos pés.

Eles não estavam na sala, então obviamente estavam no escritório do meu pai. Segui até lá e vi que a porta esta entreaberta, melhor pra mim, assim ficava mais fácil para ouvir a conversa.

Cheguei de mansinho por trás da porta.

–Meu filho deixou bem claro suas intenções com sua filha Sr. Swan. –disse a voz de Billy Black. –Ele veio para pedi-la em casamento, e só nos resta saber se você e sua esposa estão de acordo com isso.

–Mas é claro que sim. –disse meu pai. –Minha filha se casará com seu filho, será uma enorme alegria nos tornamos uma família de vez. –disse o meu pai.

–E o quanto mais cedo possível. –disse minha mãe.

Traidores! Não agüentei ouvir o resto e subi para o meu quarto. Eu não iria me casar com Jacob black! Eu não o amava. Me recuso a me casar sem amor.

Eu teria que pensar em alguma coisa o mais rápido possível. Pelo tom da conversa deles não existia a possibilidade de que eu dissesse não.

–Filha quero você linda hoje a noite, teremos um jantar cheio de novidades! –minha mãe entrou em meu quarto sem antes bater.

–Novidades? Que novidades? –perguntei só para me fazer de desentendida.

–Você verá. –disse minha mãe com um sorrisinho cínico de quem sabia mais do que você.

–Sabe mãe eu não tenho um vestido legal para hoje... –eu estava arquitetando meu plano. –Será que eu poderia ir até Seatlle comprar um novo?

–Claro minha filha. –disse minha mãe. –O mais bonito e mais caro que você encontrar.

–Claro. –sorri falsamente.

Eu fugiria de casa, mas não me casaria sem amor!

Reuni em minha mochila tudo o que eu poderia precisar.

Roupas de frio. Pasta e escova de dente. Dinheiro e... Absorventes! Cara não é nada legal você fugir de casa e ainda por cima ter que carregar pacotes de absorvente! Deixa eu ver... Faltavam uns 7 dias para a minha menstruação descer. Acho que era tempo o suficiente para eu encontrar um lugar para ficar.

Deixei meu celular em casa, pois conhecendo bem os meus pais eles muito provavelmente colocaram GPS no meu celular... Não duvidaria nada se eles tivessem colocado um chip de localização em mim enquanto eu dormia.

Eu esperava que eles não vissem o tamanho da minha bagagem, mas do jeito que eles eram desligados nem perceberiam.

Fui até o meu carro, e entrei ligando-o logo em seguida e então eu percebi uma coisa... Para onde eu iria? Droga! Mil vezes droga!

Será que La Push seria muito suspeito? E claro, não daria para fugir com o meu carro, porque se provavelmente eles colocaram GPS no meu celular colocaram no carro também.

Andei algumas quadras desliguei o motor e sai andando. Tava frio pra burro e caia uma garoinha fraca, e logos os flocos de neve começaram a cair também, substituindo a garoa. Já não havia nevado o bastante ontem não? Puxa vida, logo agora que eu resolvo fugir resolve nevar mais!

Depois de andar alguns metros foi que eu percebi que não sabia chegar a La Push. Entrei em uma trilha que muito provavelmente daria para lá e fui andando. Eu devia ter colocado uma roupa mais quente! Era só o que eu pensava.

Minha situação atual:

Perdida no meio da floresta. Com frio, fome sede e vontade de fazer xixi! Eu estava casada de tanto andar. Há meia hora atrás eu percebi que estava perdida e comecei a me desesperar. Sai correndo que nem louca gritando por socorro. Claro que ninguém ia ouvir né?

Só se fosse o maluco da floresta. Agora você me pergunta que é esse cara Bella? E eu respondo... Lenda urbana! Há dois anos atrás surgiu essa lenda, dizendo que tinha um cara louco que morava no meio da floresta. Ninguém sabia nada sobre ele, algumas pessoas arriscaram a entrar na floresta e descobrir se a lenda é verdade... E quando eles saiam de lá não falavam nada. Com o tempo a coisa foi baixando a poeira e hoje o assunto só é comentado entre adolescentes e crianças.

E para o meu completo desespero comecei a ter miragens, vi uma luzinha no meio da floresta. A neve já tinha começado a cair a algumas horas e já havia se formado camadas grossas de gelo pelo chão. E como eu sou uma pessoa pra lá se sortuda eu cai tropeçando em um galho escondido pela neve. Fiquei por lá mesmo, eu não agüentava mais andar, todas as minhas energias haviam se esgotado há horas atrás.

Bendita foi à hora que eu inventei de fugir de casa! Onde eu estava com a cabeça? Fala serio... Essa foi a ultima coisa que e pensei antes de cair na inconsciência.

Não sei por quanto tempo fiquei desmaiada ali no chão frio. Só sei que senti algo quente me envolvendo e me carregando para algum lugar... Ótimo Bella, agora você estava sendo carregada sabe-se lá pelo que, ou por quem!

Senti a mudança de temperatura ao entrar em um lugar quentinho. Depois fui depositada em algo macio. Ouvi um resmungo e alguns palavrões e me encolhi. Mais resmungos. E então me senti sendo levantada e minhas roupas sendo tiradas. Eu queria gritar para pararem, mas eu não tinha forças para nada. Senti quando me colocaram no lugar macio de novo e quando algo foi jogado por cima de mim.

Horas devem ter se passado e eu ainda morria de frio, me debatia encolhida quando senti alguém se deitando ao meu lado e puxando meu corpo de encontro a outro debaixo dos cobertores que estavam por cima de mim, foi quando comecei a sentir que meu corpo esquentava e quando meus músculos começaram a relaxar...

Minha mente acordou e eu estava muito confortável e quentinha. Eu sentia um cheiro maravilhoso que me embriagava os sentidos. Braços fortes e confortáveis me envolviam. Arrisquei abrir os olhos e me deparei com um braço musculoso e um peitoral maravilhoso. Fechei o olho novamente, feliz por estar ali. Me aproximei mais daquele corpo.

Eu sabia que eu estava sonhando e por isso aproveitei bastante. Passei minhas mãos por toda a extensão daqueles braços fortes. Respirei o cheiro perfeito de novo. A coisa estava começando a ficar quente. Vi que aquele peitoral perfeito começou a se mover com urgência e eu comecei a respirar com total urgência também. Então senti 'algo' cutucando minhas coxas e sorri internamente, aquilo tudo era para mim? Que sonho perfeito é esse? Aproveitei né? Passei minha perna por cima da cintura do homem a quem eu estava abraçada e gemi com gosto. Ouvi um rosnado e senti meu corpo sendo virado e depois eu estava sendo prensada no chão. Não deu tempo de eu olhar para o rosto por meus lábios foram esmagados por uma boca deliciosa de se beijar. As mãos daquele homem perfeito passavam por todo o meu corpo, me apalpando, apertando nos lugares certos para me deixar louca.

Aquilo era surreal de mais para mim! Parecia que estava acontecendo de verdade. Minha língua se envolvia magicamente com a língua do homem misterioso e então suas mãos foram parar no meio das minhas pernas e gemi alto, tão alto que eu me assustei.

Espera ai... Espera aí... Eu não estava sonhando... OMG! Eu estava sendo molestada!

–Ahhhhh... –eu gritei quando consegui desgrudar minha boca daquele homem. Eu o empurrei e ele soltou um muxoxo corri em direção a porta desesperada para sair logo dali. Droga estava trancada!

–Quem é você? –perguntei. –Não me mate, sou nova demais e...

–Eu não vou te matar! –disse o homem misterioso. Então eu arrisquei olhar para ele. Ofeguei com o que vi. Ele era lindo. Lindo não, ele era perfeito.

–Não vai me matar? –perguntei e ele negou. E só então eu reparei em algo. Ele estava completamente nu. E 'aquilo' dele estava... Er... Animado por assim dizer.

Então eu reparei em outra coisa... Eu também estava nua!

–Ahhhhh... –gritei desesperada para me cobrir.

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N/A: E aí o que acharam? Devo continuar?