Disclaimer: Saint Seiya pertence a Masami Kurumada. Isso até eu roubar o Mu pra mim.
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Este acróstico é minha resposta ao Desafio Kuruta Sorovar proposto por meu querido filhinho Felipe Nani. Leve insinuação de yaoi (precisava encaixar o poema em alguma coisa XD). Não é muito minha praia mas espero que apreciem...
Tive também de separar as estrofes com traços. Desculpem-me; não ficou muito estético, mas o espaçamento deste site não estava colaborando u.u Bom, enjoy...
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SITUAÇÃO: noite na Grécia. Mu adentrou o quarto. Sobre o travesseiro, uma folha branca de caderno, ligeiramente amassada. A bela caligrafia lhe era familiar, assim como o perfume de sândalo que se desprendia de cada linha...
- Shaka? – Murmurou ele, espantado. Havia alguns dias vinha estranhando o comportamento esquivo do melhor amigo. Não o visitava mais, ficava mais calado e distraído nos treinos.
Mas por que ele viera à sua casa e não falara com ele? Por que não lhe entregara aquilo pessoalmente. Sempre fora muito direto...
Curioso, decide-se por ler aquela... carta, ou algo assim.
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Em te ver assim tão só
Miro teus olhos esmeraldinos...
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Teu olhar silente parece
Esperar paciente por
Uma palavra apenas
Saudosa, morna, tropical...
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Olhos de mar, tentação esverdeada
Luzidios olhos de anjo me fitando em uma
Hora que não encontro em mil anos (1)
Olhar fugidio de demônio
Sândalo que inebria meus sentidos.
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Minha pele febril
Espera pelo teu calor...
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Cúmplice de tua alma serena
Ouso sorrir-te em amizade
Mesmo que meu coração oculte um
Profundo desejo de ter-te por inteiro
Lábios fundidos aos meus
Envolto em meus braços famintos
Tornando-te um com minha alma sedenta por
Olvidar vida e morte imersa na tua.
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Acordo enfim de meu devaneio
Meus olhos ainda refletidos nos teus
Olhos de alma que não sabem mentir
Revelando que pertenço a ti, meu anjo.
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Mu estava vermelho. Releu aquela declaração com os olhos incrédulos.
- Shaka...
E quem fosse neste mundo capaz de desvendar os mistérios da alma humana teria visto o sorriso que brilhava naquelas esmeraldas...
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(1) Uma imagem que peguei emprestada de um de meus sonetos favoritos de Camões, acerca da contradição que é o amor. O trecho é este: "Numa hora acho mil anos, e é de jeito/que em mil anos não posso achar uma hora". A imagem perfeita da saudade – palavra que só existe na língua de Camões, não é mesmo? –, de como o tempo se arrasta com a presença pesada da ausência, e de como o tempo parece voar quando finalmente temos nosso amado para nós...
C'est finite
Espero que tenha sido satisfatória, fiote n.n Apesar de ter deixado em negrito a frase na vertical, não custa evidenciá-la: "Em teus olhos me completo(,) amor". Er... acho que essa frase não é de ninguém, não... bom, é minha, hehehe!
Uma historinha parca só pra situar. A frase e o poema vieram primeiro, e só depois percebi que daria certinho pro Mu. E o Shaka... bom, de todos os cavaleiros, imaginei que seria o mais indicado para escrever esse poema – ainda mais depois do momento de reflexão na saga de Hades, né?
Esta fic foi pro meu fiote, como já disse... e pra quem fez seu ninho de amor no meu pequeno coração n.n
Mandem reviews, juro que não dói nada – não mesmo, eu testei, tá?
Beijos carinhosos...
