Oi, Pessoas!
Essa é uma fanfiction de Boys Over Flowers, que é inspirada em You are my Destiny/Fated to Love You. Esperamos, do fundo do coração, que vocês gostem!
Ps.: This is BOF's fanfiction, inspired by You are my Destiny/Fated to Love You. We are thinking of translating it to English, if there is anyone interested, please tell us!
Seu marido estava roncando alto na cama, ao seu lado. O bebê provavelmente estava dormindo, ainda dentro de sua barriga. Tudo o que ela podia pensar no momento era: "Como minha vida quase perfeita se tornou essa bagunça?"
Bem, "Por quê?" Só Deus sabe! "Quando?", há onze semanas atrás, por volta das 3h da manhã. Você quer saber como? Vamos voltar então alguns dias antes dessa loucura começar. Está quase na hora de dormir, na casa da família Geum. Nossa menina está atendendo o telefone:
"Sunbae! Está tudo bem?"
"Por quanto tempo você vai chamar seu namorado de "Sunbae"? Você podia me chamar de Oppa..."
Evitando a sugestão, ela mudou de assunto: "Sua pesquisa está indo bem?"
"Você nunca muda, não é? Sim, sim, está tudo bem. Tão bem que eu consegui uma folga esse fim de semana."
"Isso é ótimo, você realmente precisa de um descanso... do jeito que você trabalha, vai acabar ficando doente!"
"Jan-di... Eu acho que eu não vou poder descansar muito dessa vez também. Eu estou indo te ver. Eu... eu sinto sua falta..."
O coração da menina se tornou um misto de felicidade, esperança, amor e... incerteza.
"Você... você está falando sério?"
"Eu sei que eu falhei com você antes, mas eu te prometo: eu não vou faltar desta vez. Então prepare-se, nós vamos viajar com o F4."
"Sunbae, você tem certeza que não prefere ficar em casa descansando?"
"Ficar em casa? Eu estou justamente indo pra casa"
Essas palavras fizeram com que um sorriso iluminasse o rosto de Jan-di"
"Eu provavelmente devo chegar bem tarde, então eu já vou encontrar vocês lá. Eu pedi pro Yi Jung te dar uma carona quando ele for buscar a Ga Eul, vocês vão partir na tarde desta sexta feira"
" Ok. Você...hm...por acaso sabe para aonde vamos?"
"Olha, eu acho que devemos ir pra algum tipo de praia, mas na verdade eu não tenho ideia. O Jun Pyo que ficou responsável por isso, então pode ser qualquer lugar do planeta"
Não era difícil pra ele imaginar a cara desgosto que sua namorada estava fazendo agora. Ela e seu melhor amigo cacheado nunca se deram muito bem...
"Provavelmente não vai ser boa coisa. Aquele idiota sempre faz coisas exageradas, e vocês sabem disso. Eu não entendo como vocês deixam uma tarefa dessa na mão dele..."
Jun Pyo realmente conseguia irritar Jan Di, não importa o quão pacífico ou carinhoso estivesse seu humor inicial. Ji hoo teve que segurar o riso, porque ele não podia evitar achar essa implicância cômica.
"Yah, Jan-di eu não entendo o problema entre vocês dois! Além do mais, ele não é tão ruim assim..."
"Aish, ele não é o que? Primeiro de tudo, quando eu comecei na ShinHwa, aquele podre maluco veio com aquilo de cartão vermelho e não sei o que lá..."
"Entendo, mas foi por causa disso que agora nós estamos jun..." Quando a garota cortou sua fala, segurar o riso ficou ainda mais difícil.
"Segundo: aquele cabeção sem um pingo de senso cismou que eu gostava dele e me sequestrou! Então fez toda aquela história que você está cansado de ouvir e... Yoon Ji Hoo, por que você está rindo? Isso não é engraçado, é assustador!
"Eu sei, eu sei desculpa... Mas fica tranquila. Ele me disse que não ia ser grande coisa dessa vez"
"Ah sim, claro. Ele disse a mesma coisa na minha primeira viagem com vocês. Foi um minicruzeiro num barco tradicional turco que saia de Istambul e nos levava até o litoral da Grécia. Isso é algo pequeno para vocês?"
"Ei... dessa vez ele deu certeza que vai ser um lugar bem simples..."
"Assegurou? Que nem da vez em Abu Dhabi?"
Ji Hoo meneou a cabeça depois da última frase. Para ele, essa foi realmente uma viagem simples, não custou nem a metade do que eles estavam acostumados. Mas ele sabia que esse argumento não ia funcionar, Jan di provavelmente os mataria se ela descobrisse o preço da viagem. Ele achou melhor tentar por outro caminho:
"Eu te entendo, mas... foi legal, não foi?"
Não importa o quanto tentasse, ela nunca poderia negar isso. Aquilo que ela viveu, as lindas paisagens que viu... foi simplesmente maravilhoso. Mas ainda assim, era absurdo gastar, em dois dias, mais do que 80% da população global não gastaria em um ano. Mais do que a sua própria família não conseguiria ganhar em dez anos! Era isso o que mais a incomodava: ela estava aproveitando esse tipo de coisas, que seus pais e irmão nunca seriam capazes de aproveitar.
"Você e Jun Pyo são mais parecidos do que você pensa. Você deveria dar uma chance, ele é realmente amável quando você o conhece de verdade. Talvez a gente trabalhe nisso nesse fim de semana. Me promete que vai tentar?" Ele pode escutar o suspiro contrariado do outro lado da linha. "Só aproveita esse passeio, assim com os outros. Eu e você...espera aí" Jan Di pode escutar claramente as palavras incompreensíveis do outro lado da linha. Ela nunca poderia entender como Ji Hoo aprendeu russo.
"Jan Di, eu vou ter que desligar, estão precisando de mim."
"Sem problemas, eu entendo..."
"Te vejo em breve... Antes que eu me esqueça, tem só mais uma coisa." –ele parou por um instante, buscando a melhor forma de avisá-la—" Jun Pyo disse que, por motivos de segurança, as portas dos quartos só podem ser trancadas ou destrancadas por dentro. Já que quando eu chegar você provavelmente já vai estar dormindo, não esqueça de não trancar a porta do nosso quarto, pra eu poder entrar quando chegar, okay?"
Ela concordou brevemente com um "uhum".
"Jan Di... isso quer dizer que..." Ji Hoo pensou em explicar melhor suas intenções, mas preferiu simplesmente desligar "Até logo"
"Até"
Ela ouviu os "bips" tão familiares antes de colocar o celular na mesa e deitar na cama, para aproveitar a calma e a paz que voz de Ji Hoo trouxe ao seu coração.
Eu não posso esquecer de deixar a porta do quarto...Aigoo! Ele disse nosso quarto?
Inconscientemente,ela engoliu a seco e olhou para o próprio peito,cobrindo o com os braços cruzados e o terror estampado em seu rosto. Apesar de estarem juntos há quase seis anos, ela e Ji Hoo nunca dormiram juntos (em todos os sentidos). Primeiro porque ela era Geum Jan Di, e isso já era motivo suficiente. Ainda por cima, eles não passaram muito tempo juntos desde que Jan Di começou o último ano do Ensino Médio. Nessa época, Ji Hoo foi aceito num projeto de ensino e pesquisa em Medicina para alunos excepcionais. Ele aceitou sem sequer pensar duas vezes, afinal, o foco da pesquisa era na especialização que ele pretendia estudar. Jan Di apoiou sua ida, mesmo que ela não pudesse ir com ele, como ele havia pedido alguns dias antes de partir. Ela tinha seus próprios sonhos para alcançar: conseguir uma bolsa de estudos na Universidade ShinHwa e se tornar uma obstetra.
Desde então, Ji Hoo só pode voltar à Coréia do Sul algumas poucas vezes. Mesmo antes de se formar, ele já era um dos principais pesquisadores, então ele não tinha muito tempo livre. Foram mais de 3 vezes que ela, o F3 e o vovô foram ao aeroporto recebê-lo, para descobrir depois de horas de espera que ele não poderia vir. Quando vinha, Ji Hoo tinha apenas dois ou três dias para descansar, passar tempo com Jan Di, seu avô e o F4 e ainda cuidar dos negócios da família. Por isso, ele preferia ir com os amigos e a namorada numa mesma viagem: era uma forma de economizar tempo. Mas é claro, o romance acabava prejudicado, já que ele e Jan Di nunca ficavam sozinhos. Porém dessa vez ia ser diferente. Ji Hoo precisava estar mais próximo dela. Não que ele pretendesse forçá-la a nada, mas ele achava que já era hora, ou melhor, já havia passado da hora de eles irem um passo adiante.
Apesar de tudo, isso não fazia Jan Di nem um pouco menos nervosa. Ela também queria isso, mas... era realmente assustador pensar em ter essa intimidade com alguém, deixar alguém tocar nas partes que ela mal olhava. A única coisa reconfortante era que esse "alguém" seria o seu doce, calmo e gentil Ji Hoo. Seu melhor amigo e amor. Isso provavelmente acenderia a chama que, lentamente, se esfriava no fundo de seu coração. Ela ainda o amava, mas não já era a mesma coisa do início do relacionamento. Não é que ela esperava que ainda fosse igual, é só que...
Não importa o que fosse, ela sempre apoiou Ji Hoo. Quando eles eram apenas amigos, ela o incentivou a ir atrás de Min Seo Hyun, mesmo que isso ferisse seus próprios sentimentos. Quando ele retornou, com o coração em pedaços pela notícia do casamento, foi Jan Di, com uma pequena ajuda do F4, quem catou os caquinhos para reconstruí-lo. Foi naquele tempo que ele começou a vê-la como mulher, e pouco depois ele a pediu em namoro. Pouco mais de um ano depois, ele decidiu ir para Moscou.
Tudo bem que ele propôs que ela fosse com ele, mas pelo amor de Deus, ele sabia que ela nunca teria aceitado. Ela jamais poderia morar com um homem que não fosse seu marido, mesmo esse homem sendo Ji Hoo. Além disso, ela tinha que tomar conta de sua família, e da dele também. Na verdade, às vezes parecia que ela era a verdadeira neta do Vovô, e não Ji Hoo. Ela conheceu Yoon Suk Young sem saber que se tratava do avô de seu namorado. Naquela época, eles não se falavam há mais de quinze anos, então ela deu tudo de si para consertar a relação avô-neto, e conseguiu, o que fez com que Ji Hoo se tornasse ainda mais próximo dela. Foi ajudando Vovô na clínica que ela viu a coisa mais incrível do mundo: um nascimento. Aquilo dividiu seu coração: continuar treinando pesado para, talvez, chegar às olimpíadas ou dar tudo de si estudando para se tornar uma médica. Essa foi a escolha mais difícil que ela já fez na vida. E Ji Hoo não estava lá para ajudá-la.
Tudo isso não era só culpa dele, porque ela sabia que, não importa o que ela pedisse, ele faria. Mas como pedir algo que o faria infeliz? Se os seus olhos brilhavam quando contava os avanços da pesquisa, como ela poderia pedir que ele ficasse com ela? Ele não sabia que ela não queria que ele fosse? Era realmente necessário pedir que ele, pelo menos, viesse com mais frequência ou ligasse mais vezes? Será que ele ainda amava ou essa pesquisa idiota era o que mais importava em sua vida agora? Era esse tipo de perguntas que a estavam cansando. Mas dessa vez ela iria pôr essas questões de lado, pois certamente Ji Hoo provaria seus sentimentos nessa viagem. Com esse pensamento, ela adormeceu.
—É claro que não, Ga Eul, isso é quase ridículo!
—Yah! Como você ousa chamar o melhor dorama de sempre de ridículo, sua sem coração?
—Não tem o menor sentido! Eles nem sequer se parecem, é impossível cometer esse tipo de engano!
—Não é "sem sentido", era o destino! Eles foram feitos um para outro!
—Ga Eul, você não acha que se eles fossem "destinados", ele não teria a conhecido antes da noiva?
—Ji Hoo Sunbae te conheceu enquanto namorava Seo Hyun Unni. Isso quer dizer vocês não são destinados então?
—Sim, não somos. —Ga Eul arregalou os olhos com a surpresa—Eu não acredito em destino. –Jan Di respondeu simplesmente.
—Ahh, você! Eu vou te provar que destino existe! Eu não sei como, mas eu vou!
—Vou esperar sentada. –Jan Di disse com um riso sarcástico nos lábios.
Era fim de tarde de sexta-feira. Woo Bin, Yi Jung, Ga Eul estavam esperando por Jun Pyo para decolar. Ele estava mais de 20 minutos atrasado, o que era bem incomum quando se tratava de assuntos do F4. Os garotos estavam começando a se preocupar, enquanto as meninas sequer haviam se dado conta do atraso, de tão perdidas em sua própria conversa. Eles escutaram um grito estridente, e olharam por instinto, pois já sabiam bem de quem se tratava.
—Amigooooos!
—Ei, Macaca! Eles são os meus amigos, não os seus. Exceto a lavadeira alí, essa é toda sua. Vocês duas são balinha do mesmo sapo.
Ninguém conseguiu pronunciar uma palavra. Mesmo depois de tantos anos, a habilidade de confusão de Jun Pyo ainda era chocante.
—O que vocês estão olhando? Vamos logo, já estamos atrasados!
O grupo fez seu caminho ao jatinho privado, as garotas conversando amenidades, os garotos ouvindo a explicação de Jun Pyo. Ele não queria trazer Jae Kyung nesta viagem, ou em qualquer outra, mas sua mãe o havia obrigado. Eram quase dois anos desde que ele conheceu a herdeira do grupo JK nos Estados Unidos. Desde então, a garota se apaixonou por ele, e o persegue onde quer que ele vá, com a ajuda da Madame Kang. Mas ele nunca havia gostado dela, não importa o que ela fizesse para chamar sua atenção.
Em pouco mais de duas horas o avião pousou na ilha particular em Nova Caledônia. O lugar era realmente, simples, claro, para os padrões de Jun Pyo, mas ainda assim era incrivelmente belo. O clima era quente, mas era impossível não se sentir refrescado com a brisa do mar. Os quartos do resort eram distribuídos em corredores artificiais sobre o mar, seis quartos em cada corredor, uma porta em frente à outra. Cada apartamento aparentava ser construído de palha, madeira e bambu, com alguns detalhes em aço e janelas de alumínio, harmonizando a modernidade com a natureza, flores naturais completavam a decoração. O luxo estava nos pequenos detalhes, isto é, se você pode considerar um dia inteiro de tratamento num spa exclusivo um mero mimo. Não que houvesse muita opção, já que Ga Eul e Jan Di foram literalmente arrastadas até lá por Jae Kyung, que estava ávida por uma maratona de compras com as amigas. Já era quase noitinha quando elas foram liberadas, e a caçula pode ir para o seu quarto se preparar para ir jantar com o grupo antes de irem à uma boate. Não foi difícil encontrar o "389" diante da porta, no corredor destinado ao F4 e convidadas (ou intrusa, no caso de Jae Kyung).
Jan Di entrou no quarto, estava escolhendo um entre os quinze novos vestidos que ela foi obrigada a ganhar de presente da herdeira do grupo JK, quando ela ouviu a porta do banheiro sendo aberta. Assustada, ela olhou atrás de si e encontrou... um Jun Pyo praticamente pelado, distraidamente cantando enquanto secava seu cabelo com uma toalha e uma outra enrolada em sua cintura. Ele não percebeu que Jan Di estava lá até que ela gritou:
—YAAAHH! O QUE QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?
Jun Pyo deu um pequeno pulo com o susto, o que fez a toalha cair deixando a garota ver... bem, tudo. Ambos gritaram.
—YAH! Sua maluca, o que raios você está fazendo no meu quarto?
—SEU? Esse aqui é o meu quarto! —Jan Di respondeu, virando se de costas enquanto Jun Pyo escondia as vergonhas.
—Você é cega ou burra? Você não viu o número da porta? Esse é o 398, o seu é 389, a OUTRA PORTA!
—Seu idiota! Esse aqui é o 389, o seu quarto é o outro! Você não está vendo minhas malas aqui?
Pela primeira vez o cacheado parou para observar o lugar. Realmente, as malas de Jan di estavam lá, mas ele não conseguiu encontrar as suas.
—Ei, onde estão minhas roupas? –Jun Pyo perguntou, com sinceridade.
—Talvez...NO SEU QUARTO?
—Ahh! Plebéia! Você roubou meu quarto!
Jan di precisou respirar fundo para controlar seu tom de voz, lembrando o que havia prometido à Ji Hoo.
—Gu Jun Pyo, vem aqui –ela foi para o lado de fora, ele a seguiu.
—Está vendo? Aqui ó, três-oito-nove, meu quarto. –Jan Di explicou calmamente enquanto apontava os números com os dedos, como quem ensina a criança a ler. Jun Pyo engoliu em seco.
—Esse aqui, em frente à minha porta, é o seu: três-nove-oito. –ela soltou um leve suspiro, e continuou, com um tom compreensivo: -Escuta, eu sei que os números são parecidos, então é fácil confundir os quartos. Então olhe melhor para onde vai, tudo bem? —disse, relutando para não ser sarcástica.
Foi uma surpresa ver Jun Pyo realmente envergonhado pelo seu erro, chegando a corar. Isso fez com que Jan di se acalmasse, entendesse o lado dele e não armasse uma confusão por causa de seu erro. "Talvez... talvez ele não seja realmente tão ruim".
—De qualquer forma, eu sou o dono do resort, todos os quartos são meus. –Ele disse indo para o quarto certo.
"Okay, esquece, ele definitivamente é um idi-"
—Jan Di. —Jun Pyo chamou num tom sério, mas não olhou em sua direção. —Eu... desculpa.
Isso foi inesperado, pegando Jan Di totalmente desprevenida.
"Ele é maluco. Sério...". Lembrando da cena anterior, ela sacudiu a cabeça tentando tirar as imagens da memória, e reclamou baixinho "Eu não acredito que a primeira vez que vejo um homem vivo pelado, foi o Jun Pyo!".
A turbulência do incidente manteve a mente de Jan Di ocupada durante o resto da noite. Mas no caminho da boate, Jan Di percebeu que faltavam poucas horas para a chegada de Ji Hoo. Provavelmente isso não iria acontecer naquela noite, pois ele estaria cansado da viagem, mas uma vez que ele chegasse, poderia ser a qualquer momento. Isso instantaneamente a deixou nervosa por antecipação, e Jun Pyo notou sua ansiedade. Ele sabia o motivo, mas não conseguiu dizer nada. Ele estava ocupado tentando entender porque seu coração doía tanto. Ele estava ocupado fingindo que não sabia o porquê. Ele não devia ter deixado esse sentimento ir tão longe, mas ele não conseguiu evitar. Jun Pyo pensou que a havia superado, mas olhando para ela agora, sofrendo dessa maneira por saber dos planos de Ji Hoo... Ele tinha certeza que seus sentimentos por ela ainda eram tão intensos como antes. Quando eles chegaram no clube, ele se dirigiu direto ao bar —Jun Pyo precisava de todo o álcool que pudesse conseguir. Woo Bin avistou uma loira, e foi à caça. Yi Jung e Ga Eul foram juntos para a pista de dança, deixando ambas as herdeiras —do grupo JK e Jan-Di Lavanderia— conversando e bebendo em uma das mesas.
—Unni, você não acha que está bebendo demais hoje?
—Jan Di, eu não vou poder beber por um bom tempo. Me deixa essa noite, tá?
Jan Di franziu o cenho. Em dois anos de amizade, ela conseguia perceber quando Jae Kyung estava tramando alguma coisa. E ela tinha certeza que esse era o caso agora.
—Unnie, o que... o que você está planejando agora?
—Eu vou engravidar nesse fim de semana.
—Você vai o que? De quem?
—Gu Jun Pyo, é claro!
—Mas... como? —Jae Kyung não pode acreditar no que estava ouvindo.
—Sério, Jan Di? De todas as pessoas, você que estuda obstetrícia é quem mais deveria saber como os bebês são feitos.
Usando todas as suas forças para não ficar vermelha, Jan Di continuou:
—Você sabe o que eu quero dizer. Unni, ele não te suporta. Às vezes parece que ele te odeia tanto quanto a mim, ou até mais. Se ele mal consegue ficar com você, como é que vocês vão... fazer um bebê?
—Eu tenho as minhas formas de, digamos, convencê-lo. Não se preocupe, eu pensei em tudo!
—Inclusive no bebê?
—Como assim, o que tem o bebê?
—É ele que vai ser o pobre infeliz em ter Jun Pyo como pai! E você também não é lá o tipo maternal, você vai aguentar ficar anos sem balada cuidando da criança?
—Eu acredito em aprendizado prático, a responsabilidade vai vir com o tempo.
"Duvido muito!"
—É só que...Unnie, tem certeza que quer fazer isso? Usar um filho para agarrar um homem... isso não é justo, e nem saudável para você também!
—Eu sabia, lá vem você com os sermões de ética.
—Só pensa nisso. A gestação não é um período fácil, nessa hora, mais do que estar com alguém que você ame, você precisa de alguém que ame você. Você vai precisar de muito carinho e apoio, e eu não consigo imaginar Jun Pyo nesse papel.
Jae Kyung achou melhor virar o assunto, e atacou:
—Você consegue imaginar Ji Hoo nesse papel?
—Aish!Eu...
—Você consegue? Ele não está com você nos seus dias normais, vai estar nos dias difíceis?
Isso atingiu Jan Di em cheio, pois ela não tinha certeza. Era fácil pra ela se imaginar como mãe, mas nunca conseguiu ver Ji Hoo como um pai. Pensando nisso agora, uma cena se formou em sua mente: Ela cansada, um pequeno bebê chorando forte em seus braços. Perto deles, Ji Hoo no sofá, com um livro nas mãos e fones nos ouvidos, esperando que ela pedisse sua ajuda. Mas na verdade ela não precisava ir tão longe no futuro, porque ele fazia isso agora. A pergunta de sua amiga tocou na ferida, mas ela nunca ia mostrar suas dúvidas.
—É claro que sim! Meu Ji Hoo é leal e confiável, eu tenho certeza que ele poderia deixar tudo para trás se eu realmente precisasse de seu apoio.
—Claro! Se você pedisse. –Dessa vez Jae Kyung não teve intenções, mas deu um soco na ferida da mais nova. Mudou de assunto outra vez.
—Então, você e Ji Hoo deveriam chutar à gol... Quem sabe assim ele não fica na Coréia de vez?
—O que?
—Você sabe. Assim o meu filho com o Jun Pyo não cresce sozinho. Vai ser tipo um "F2"
"Jura? Todo mundo sabe o que vai acontecer?"
—Unnie, nós não somos sequer casados ainda, sem chance!
—Casa depois, ué! –Jae Kyung definitivamente era o oposto de Jan Di: multimilionária, irresponsável e extremamente liberal.
—Não, Unnie, não. Eu quero ser mãe, mas tudo na vida tem sua ordem: primeiro eu tenho que terminar os estudos, consolidar a minha carreira, me casar e aí sim pensar em ter filhos.
—Mas e se...
—Nada vai acontecer. Ji Hoo é cuidadoso e responsável, não vai esquecer a proteção. E além do mais, eu não estou no meu período fértil, não tem a menor chance de eu embarcar na sua loucura.
—Acidentes acontecem...
—Acidente é escorregar e cair em cima. –Jan Di se exaltou um pouco com a breve discussão, ainda não acreditando como Jae Kyung podia ser tão irresponsável ao ponto de propositalmente trazer um bebê ao mundo sem a menor estrutura familiar e emocional para criá-lo. Sem pensar direito, bebeu o conteúdo de seu copo de uma só vez.
—Yahh! Esse é o meu!
Jan Di arregalou os olhos: O drink de sua amiga tinha pelo menos três vezes mais álcool que o seu, e ela já estava um pouco alterada pela bebida antes de trocar os copos. Não demorou muito até que se sentisse zonza, um zumbido no ouvido e a visão completamente turva. Jae Kyung achou melhor levá-la de volta ao resort, mas antes de sair pagou a conta pelas duas e acertou os últimos detalhes de seu plano infalível.
Guiada até seu quarto pela amiga, Jan Di tomou um banho frio, para aliviar os efeitos do álcool em seu corpo. Isso clareou sua mente, mas sua visão ainda estava tão embaçada que ela ainda não conseguia distinguir um hipopótamo de um rinoceronte. Ela não demorou muito para cair no sono quando deitou em sua cama.
Jun Pyo já havia perdido as contas de quantos copos já tinha bebido. Ele nunca detestou tanto sua alta tolerância à álcool, pois tudo o que ele queria era esquecer o que aconteceria em frente ao seu quarto hoje. Isso não passou despercebido à Yi Jung. Ele se senta ao lado do amigo e tenta puxar assunto.
—Ei! Jun pyo! Porque você não vem se sentar com a gente?
—Yah! Me deixem em paz! Eu quero ficar sozinho!
Jun pyo tomou mais um gole de sua bebida.
Yi jung o encarou,sério.
—Eu sei o que você está passando, Jun Pyo, mas agora é tarde. Eu te disse pra lutar por ela desde o início, mas você foi teimoso e agora vocês dois estão sofrendo.
Yi Jung e Woo Bin não levaram muito tempo para perceber que Jun Pyo se apaixonou por Jan Di, amor ao primeiro chute. Ela foi a primeira pessoa a enfrentá-lo, e estranhamente, isso tocou o seu coração. Mas como ele não sabia como expressar seus sentimentos, a menina jamais imaginou que ele pudesse estar de fato gostando dela, e que esse era o motivo de ele fazer essas coisas irritantes.
Ele, O Grande Gu Jun Pyo estava apaixonado —E o pior: estava amando isso. Nada nem nem ninguém podia tirar o sorriso de seu rosto naquela manhã, enquanto ele caçava sua Jan Di pelos corredores. Depois do ataque provocado pelos ciúmes de Oh Min Ji, Jun Pyo decidiu tornar Jan Di oficialmente sua namorada (quisesse ela ou não). Essa era a sua forma de pedir desculpas pelo ocorrido, de demonstrar a seriedade de seus sentimentos e de protegê-la dos demais alunos: ele ia acabar matando alguém se tocassem nela de novo. Mas ele quase acabou se matando com a cena que viu quando a encontrou: Ji Hoo a beijava, numa das varandas escondidas do prédio antigo. Seu amigo havia voltado da França depois de descobrir sobre o noivado de Seo Hyun, e estava usando Jan Di para curar suas feridas
Desde esse dia, Jun pyo vem fazendo de tudo para perturbar a vida dela, fazendo com que ela o odiasse, talvez assim ele a isso não estava continuava pensando nela a cada dia mais.
—Do que você está falando, cara? Eu já a superei há anos!
—Claro… Então por que essa cara azeda?
—Bom...Hmm… já sei! É porque a macaca está aqui!
—Você sabe que é um péssimo mentiroso, não é?
—Yah, você não tem uma namorada? Por que não vai encher a paciência dela? Eu estou caindo fora!
Quando Jun Pyo saiu do clube, um garçom o seguiu.
—Senhor! Senhor! Senhor Gu Jun Pyo!
—O que é?
—Isso é um presente do dono do clube. Nós triplicamos de tamanho depois que a sua família construiu o novo resort aqui, e investiu na região. Isso é um agradecimento, senhor.
Jun Pyo aceitou a garrafa sem pensar duas vezes. Não era incomum receber presentes de estabelecimentos que receberam investimentos do ShinHwa, mas era a primeira vez que ganhava uma bebida local.
Quando ele finalmente voltou ao resort, preferiu ficar um pouco mais olhando o vai e vem das ondas do mar. Ele ainda estava consciente e não conseguia parar de pensar em Jan Di. Ele imaginava seu sorriso, o quão fofa ela ficava quando brava, como ela ficou calma no incidente de hoje… Nossa, ela estava linda nessa noite, com um vestido branco curto, o cabelo solto batendo nos ombros… Os pensamentos que ele tem evitado por anos, agora estavam vindo livremente. Nessa noite, por essa última noite, ele se permitiria pensar nisso. O quanto ela era linda aos seus olhos, o quanto ele queria estar com ela o tempo todo, o quanto ele queria beijá-la, mandar para o voo de Ji Hoo agora mesmo e nunca mais deixar que ele chegasse perto de sua Jan Di outra vez. Nunca, nem sobre seu cadáver, permitir que ele fizesse o que ele estava planejando fazer naquele fim de semana. Mas… Jun Pyo não podia, porque Jan Di não era dele. Nunca foi. E nunca poderia ser.
Jun Pyo resolveu tentar mais uma vez lavar seus pensamentos com álcool. Antes que Jan Di voltasse a brincar em sua cabeça, ele bebeu quase metade do conteúdo da garrafa. Pobre Jun Pyo, não poderia ter feito coisa pior. Ele bebeu mais alguns goles, antes que todo o seu corpo começasse a tremer. Um arrepio desceu por sua espinha, enquanto ele sentia um desejo incontrolável, o coração disparado em seu peito, o sangue fervendo em suas veias. Ele achou melhor ir para o seu quarto, enquanto ainda estava consciente.
"398934893… provavelmente é esse"
Ele teve certeza que estava no quarto certo quando viu Jae Kyung deitada em sua cama. Olhando de costas, ela era parecia Jan Di. Jan Di… apenas a lembrança dela acendeu ainda mais o desejo dentro dele. Sua boca secava enquanto seu cérebro a imaginava de uma forma um tanto… incomum. Isso só piorou as coisas, ele apertava a borda de uma cômoda em desespero. A situação estava insustentável.
Ele sabia que Jae Kyung jamais iria discordar, mas ele não conseguiria simplesmente aliviar suas necessidades nela. Mas ele definitivamente estava enlouquecendo! Apesar de sua razão gritar para não fazer isso, seu corpo e seu coração imploravam o contrário. Ele abriu mão de seus preceitos e cedeu. Ele subiu na cama, para fazer sexo com a maluca da Jae Kyung. Mas ele fechou os olhos, para enganar sua mente e coração de que estava fazendo amor com sua pura Jan Di.
Jan-di não pode descansar por muito tempo, pois logo ouviu o barulho da porta se abrindo. Sem coragem, ela fingiu ainda estar dormindo. Quando ela sentiu os ternos beijos de Ji Hoo em seus ombros, os seus braços quentes a abraçando, ela pode sentir o seu coração batendo mais rápido e forte do que ela jamais lembrava de ter sentido. Isso era estranho, pois seu namorado sempre trazia calma e paz ao seu coração, mas é claro que essa situação deveria ser uma exceção. Ele a virou, e beijou sua boca apaixonadamente, então todos as suas dúvidas e medos foram embora: ela teve certeza que ele a amava e que sentia falta dela. Ela sabia que queria ser totalmente dele, e entre beijos apaixonados, eles se tornaram um naquela noite.
