Sweet Little Lie

Disclaimer:Ok, todo mundo sabe que todos esses personagens são da J.K.Rowling, com exceção da Elisabeth, que é minha (ohh, grande coisa... porque não é como se ela contasse de verdade).

Sinopse: Seis anos se passaram desde o Enígma do Príncipe, e cinco desde que Harry derrotou Voldemort. Porém, ele e Gina não voltaram a namorar. Mas será que isso vai durar muito, agora que Gina mentiu para todos, inclusive sua chefe e sua família, dizendo que ela e Harry são namorados?


Olá. Prazer, meu nome é Gina Weasley. Certo, meu nome é Ginevra Molly Weasley, e Gina é apenas um apelido muito bem-vindo. Aliás, por onde andava a cabeça da minha mãe quando escolheu esse nome?

Tenho vinte e dois anos. Estou solteira, muito bem, obrigada. Trabalho no St. Mungus e sou a vice-administradora geral. A mais nova numa década.

Moro num apartamento em Londres com a minha melhor amiga, Hermione Granger. Que, por acaso, é noiva do meu querido e amado irmão, Ronald Weasley, vulgo Ron.

Ah, sim! Minha querida e amada família. Meus pais são Molly Weasley e Arthur Weasley. Tenho seis irmãos: Carlinhos, Gui, Percy, Fred e Jorge (os gêmeos) e Ron. Isso pode até parecer super-hiper-mega-ultra divertido, como numa Família Grande e Feliz. Bem, não é beeeem assim. Minha mãe está cada vez mais coruja, quando deveria ser ao contrário: agora que sou adulta, deveria me deixar cuida da minha vida; mas não, acho que a guerra afetou os instintos maternais dela. Meu pai está cada vez mais fascinado pelos trouxas; nada contra eles, mas tudo tem limites, até a quantidade de tomadas de uma coleção. Raramente vejo Carlinhos ou Gui. Percy, apesar de ter se reconciliado com a família, pouco aparece na Toca. Fred e Jorge estão sempre "muito ocupados" com os negócios. E Ron ficaa até tempo demais comigo: vive lá em casa, namorando com Hermione.

Muitas pessoas me perguntam por que ainda estou solteira (principalmente a minha mãe), sendo que sou bonita, inteligente etc. Ok, não posso dizer que sou feia. Sou, hhm, digamos, aceitável, de acordo com os padrões atuais de beleza da sociedade. Cabelos muito ruivos, pele muito cclara, nem alta, nem baixa, magra. Na verdade, o problema não sou eu. São os homens. Está ficando praticamente impossível achar um homem decente na face da Terra. Já tive alguns namorados, mas nada muito sério. Nem ao menos gostava muito deles. Só gostei, eu acho, de um garoto, verdadeiramente, e isso foi quando eu era adolescente. Sabe, aqueles sonhos de criança: ah, ele me salvou, ele é meu herói, eu amo ele, vou casar com ele.

Certo, a parte do "ah, ele me salvou, é meu herói" era verdadeira. Harry Potter me salvou, quando eu tinha onze anos, e ele doze. Não que isso significasse que ele sentisse algo por mim (pelo menos não naquela época). Ele me salvou porque eu era a irmãzinha de seu melhor amigo, Ron. Alguns anos depois, quando eu tinha quinze anos, e estava no quinto ano em Hogwarts, nós namoramos. Mas terminamos. Porque ele, hm, tinha as obrigações de herói dele. Aquela coisa toda de salvar a vida dos outros. E quando ele voltou não tocamos mais no assunto. Agimos como se nada tivesse acontecido. E eu até acho melhor assim, se você quer saber. Afinal, os homens não são de todo necessários; posso muito bem ficar pra titia, ser aquelas tias chatas, velhas, gordas e verruguentas, que apertam a sua bochecha nas raras vezes que se encontra e diz "oh, como você cresceu!Nem parece mais aquele bebezinho que eu vi nascer, neh, coisinha linda da titia!". Não vejo nenhum mal nisso, sinceramente.

Ok, voltando ao presente. Minha rotina é muito, muito corrida. Acordo bem cedo. Vou para o trabalho. Na hora do almoço, ou eu almoco na lanchonete do hospital, ou eu saio para comer, ou eu venho comer em casa. Volto para o trabalho. Saio do trabalho e volto para casa, onde janto e depois vou dormir, exausta. Com exceção nos fins de semana, nos quais geralmente fico em casa, descansando ou então saio para dar uma volta ou caminhar. Ah, e todo domingo a noite vou almoçar na casa dos meus pais. Regra de família, fazer o quê.


Um regra do St. Mungus: ninguém pode te visitar no horário de trabalho, se você trabalha lá, a não ser parente e familiares.

Invenção de ninguém mais, ninguém menos do que minha querida chefa: Elisabeth Hudgens, administradora geral. Embora eu ache que ela seja parente do Hitler, isso sim.

Tentei várias vezes fazê-la mudar de idéia quanto à essa regra, mas minhas inúmeras tentativas de persuadi-la foram como se feitas para uma parede branca, velha e mofada.

E graças à esta regra, inventei a maior mentira da minha vida.

Eu estava na minha sala, arrumando alguns papéis, quando alguém bateu à porta.

-Entre! - Falei, sem desviar os olhos do pergaminho que lia.

-Hm... Gina? - Uma voz estranhamente familiar perguntou. Levantei minha cabeça e vi Harry Potter me encarando.

-Harry... posso te ajudar em alguma coisa? - Perguntei, tentando parecer estritamente profissional.

-É... bem, na verdade, sim - ele respondeu, parecendo cauteloso.

-Ah, sente-se - disse, apontando para uma cadeira à minha frente. Ele se sentou.

-É que... - Harry começou, mas foi interrompido.

-Weasley! - A porta abriu-se e Elizabeth entrou - Weasley! Já lhe disse que não são permitidas visitas na hora de trabalho, a não ser parentes. E por acaso ele é seu parente?

-Hm.. é! Harry é meu... namorado! É, namorado! - Oh meu Deus, por que fui dizer aquilo?

Nesse exato instante, Fred e Jorge entraram em minha sala, e chegaram em tempo de ouvir o que eu disse.

Percebi a cara confusa de Harry. Pisei em seu pé.

-Gina? Harry é seu namorado? - Perguntou Fred. Porém, sem esperar resposta, Jorge disse:

-Ótimo. Hum.. nós vamos indo para casa, não é mesmo, Fred? Conversar com a mamãe...

E os dois desaparataram.

Elizabeth, depois de me pedir inúmeras coisas, saiu, deixando-me a sós com Harry.

-Oh, Deus!

-Por que você disse aquilo? - Harry perguntou. Não aprecia bravo nem nada. Tinha um pequeno sorriso formado nos lábios.

-Eu não sei... quero dizer, parecia importante o que você tinha pra dizer e hm.. Elizabeth não ia deixar você ficar aqui se não fosse algo meu... eu digo, parente... oh, e agora Fred e Jorge vão falar para a mamãe e... - fiquei sem fôlego.

-Oh, tudo bem, sem problemas, a gente explica pra ela o que aconteceu e pronto - Harry disse como se encerrasse a questão, num tom calmo e confiante.

-É, é... - como eu devia estar parecendo idiota. - O que você ia dizendo?

-Ah... nada... não era nada muito importante... era... hm.. sobre o casamento de Rone Hermione... Hermione te disse se já sabe a data? Nós, como padrinhos, temos que comprar um presente bem legal e tal - aham, sei, vou fingir que acreditei. - Hm, ok, tchau. Espero que fique tudo bem quanto aquilo.

-É, vai ficar. Tchau.

O resto do dia passou-se incrivelmente rápido.


Quando cheguei em casa, Hermione estava me esperando no sofá. Tinha um expressão preocupada no rosto.

-Gina! Oh, se eu fosse você, se prepararia. Fred e Jorge contaram à sua mãe, que contou à seu pai, que contou ao Rony que me contou.

Joguei-me no sofá, ao lado de Hermione.

-Oh. E o que eles querem fazer? - Perguntei, com a voz rouca.

-Sua mãe quer convidar Harry para jantar conosco no domingo. Lá na Toca - respondeu Hermione, apreensiva.

Não que Harry nunca jantasse lá. Ia várias vezes. Mas minha mãe queria convidar ele para ir como meu namorado.

-Ah. Ele já sabe? Harry? - Perguntei, novamente.

-Não. Ron foi até a casa dele, hnm, saber direito dessa história, mas eu fiz ele prometer não falar nada do jantar. Gina... você vai ou nã me contar o que aconteceu? - Hermione perguntou.

Contei à ela toda a história e o que eu pretendia fazer: explicar tudo para a minha mãe. Mas não, ela tinha que cortar o meu barato.

-Gina, você não pode fazer isso com sua mãe!

-Isso o quê, oras?

-Não pode simplesmente desmentir. Oh, você não sabe como ela estava contente. Nunca a vi tão feliz! Não pode simplesmente dizer que Harry não é seu namorado. Ela sempre quis que você arranjasse um namorado, e sendo o Harry, oh, ela está radiante!

-Ah, é. Você tem razão. Mas o que sugere que eu faça? - Pra Hermione é fácil falar...

-Finja que Harry é seu namorado, ao menos por enquanto. Fale com ele, peça que ele vá ao jantar e finja ser seu namorado, depois disso, vocês fingem que brigaram. É simples.

-Ok, não aprece má idéia - eu estava tão cansada naquela sexta-feira que nem ao menos prestava atenção direito no que ouvia. - Certo, acho que vou ir falar com ele agora. Oh, não, Ron está lá. É melhor eu deixar para amanhã, não é mesmo?

-Ah, não se preocupe. Eu e Ron vamos sair para jantar daqui a pouco, então você pode ir lá. Aliás, daqui a pouco ele vem me buscar.

Fui para meu quarto. Que, na verdade, era uma suíte. Tomei um banho bem quente e longo. Vesti a primeira roupa que vi pela frente - calça jeans e blusa - e desaparatei.

Aparatei em frente a uma bela casa. Bati na porta. Harry atendeu. Estava de pijamas.

-Gina? Ah, entre, entre - pediu, abrindo espaço para eu entrar e fechando a porta atrás de mim.

-Oi, Harry. Será que a gente pode conversar? - Perguntei, sem graça.

-Claro.

-É sobre o que aconteceu hoje mais cedo, lá no hospital. Fred e Jorge contaram à todos lá na Toca...

-É, eu sei, Ron veio aqui...

-E, hm... minha mãe está te convidando para jantar conosco domingo... hm... como meu namorado.

-Ah, ok, certo.

-Eu falei com Hermione aquela sua idéia de desmentir tudo pra mamãe, mas Hermione disse que não podemos fazer isso, porque mamãe ficaria extremamente decepcionada. Ah, você sabe, ela quer que eu arranje um namorado há séculos, e, bem, sendo você, ela fica ainda mais feliz... Então, hm, você poderia fingir que é meu namorado ao menos alguns dias? Depois do jantar nós podemos fingir que terminamos e pronto. Mas você não precisa fazer isso, se não quiser, eu só...

-Não, tudo bem, Gina. Hm... aceita beber algo? Cerveja amantegada, whisky de fogo?

-Ah... pode ser uma cerveja amantegada, por favor... - falei.

Ele pegou duas cervejas amantegadas do seu mini-bar e me deu uma delas. Tomamos um pouco.

-Gina, hoje a tarde, eu, na verdade, queria te falar outra coisa... não tinha nada a ver com o casamento... - ele começou, tímido.

-Bem, eu meio que imaginei... - respondi, sincera.

-Olha, mesmo eu tendo ido atrás de Voldemort logo depois do casamento de Gui e Fleur eu não esqueci... não esqueci o que aconteceu entre a gente... a única coisa em que eu pensava era você, Gina. Era acabar com aquio tudo logo para poder voltar pra você... e quando eu voltei, foi como se existesse uma barreira que separava o passado do presente... e nós nunca falamos sobre isso. Eu só queria dizer que eu senti muito a sua falta. Acho que na verdade, ainda sinto.

Certo, aquelas foram as palavras mais bonitas que eu já ouvi em toda a minha vida. E acho que, por isso mesmo, saí correndo. Saí correndo da casa de Harry e desaparatei, direto para o meu apartamento.

Deitei-me na minha cama e pus-me a chorar. Não sabia ao certo o por quê. Só sabia que aquelas palavras tinham me tocado, porque eu sentia o mesmo. Sentia falta dele. Dos beijos dele. Dos carinhos dele.


N/A: Bom, essa é a minha primeira H/G, mas eu espero que vocês gostem. Antes eu só escrevia J/L, mas cada vez me fascino mais pelo casal fofo que o Harry e a Gina fazem. Esse é só o prólogo, o primeiro capítulo deve vir semana que vem (estou entrando em época de provas, então eu não tenho como confirmar nada).

Deixem reviews, aceito críticas, sugestões, etc!

Bjs