N/A: podem me chamar de louca e o que for, mas essa ideia não saia da minha cabeça. Eu tentava escrever o próximo cap da outra fic e não conseguia, tentava prestar atenção na aula e não conseguia! Não tive escolha! Precisei postar essa fic!
Saint Seiya não me pertence e eu n ganho nado com isso.
Aviso: A fic é yaoi! Esse cap ta leve, mas se eu postar novos a coisa toda vai ficar mais explicita. Par = Milo² + 2Camus + amor = 0
-(Camus) +- (Raiz de) Camus²- .amor
Pedido: Deixem reviews!
Alea jacta est: ( A sorte foi lançada)
Nix: (Neve)
O sol brilhava alto no céu do santuário. Meus olhos voltaram-se novamente para a figura de Milo, o loiro, de dez anos, e eu estávamos com a mesma idade. Os cachos dourados escuros caiam pelos ombros descobertos e emolduravam a face bela e morena do grego. Estávamos sós nós dois, sentados em cima do tronco velho de une arvore caída já a algum tempo. Esperávamos Saga nos chamar, pois assim que o geminiano o fizesse partiríamos do santuário para uma das missões mais difíceis das nossas vidas. Conseguir a armadura dourada e lutar ao lado de Atena para o resto de nossas existências. Era tarde e todos os candidatos as armaduras estavam na de saída com exceção Saga e Shura que já tinham conquistado as suas.
Senti uma sensação de aperto tão forte em meu peito que non consegui segurar as lágrimas que escorreram por meu rosto. 'Qu'une merde! je non suis pas comme de fondre en larmes.¹' . Passei as mãos por sobre elas antes que Milo as visse. De uma maneira ou outra, nossas vidas dali para frente nunca mais seriam as mesmas. Mesmo que conseguíssemos as armaduras e voltássemos ao santuário.
Olhei novamente para Milo 'que mal havia em olhar pra o mon melhor ami' e em seguida desviei o olhar fixando-o em algum ponto no horizonte, no qual je non prestava a mínima atenção. 'Também je non conseguia montre a nada com Milô ici a mes lado.' Senti Milo me tocar levemente com sua mão, me dando a sensação de que tinha receio de me encostar, mas mesmo assim enlaçou seus dedos nos meus apertando minha mão firmemente. Mas une vez olhei para a face bela e morena de mon ami, seus olhos estavam preocupados e seus lábios levemente abertos, como se buscasse palavras para me dire algo.
"Você está chorando, Camus!" Exclamou Milo de uma maneira que quase me fez achar que eu não sabia o que estava acontecendo com moi.
Dei um sorriso triste para o moreno e passei a mão livre o mais rápido possível pelo rosto, tirando assim quaisquer lágrimas que insistissem a cair. Mas afinal o que Milo queria? Que eu ficasse feliz com aquilo tudo? Estávamos nos separamos! Poderíamos nunca mais nos ver! Os olhos do loiro acompanhavam cada movimento que eu fazia e só voltaram de encontro aos meus quando pousei novamente a mão sobre a perna.
"Sim, Milo!" Respondi calmamente como se chorar fosse a coisa mais comum no mundo para um garoto de quase onze anos, que vivia treinando e brincando com os amigos.
Milo levou seus dedos à minha face recolhendo outra lágrima, uma que tinha resistido a toda agressividade das minhas mãos e caíra sem medo mesmo sabendo que seu destino seria atrapalhado, se não por Milo, por mim.
"Por quê?" Perguntou inocentemente. "Por que choras, Camus?"
"Vou sentir sua falta, Milo!" Respondi. "Falta de todos, mas principalmente de você!"
Soltei a respiração, aliviado por finalmente ter contado o que tanto me afligia e o loiro apenas sorriu com o que eu falei. Milo se aproximou lenta e perigosamente seu rosto do meu até que nossos lábios roçaram uns nos outros. Fechei os olhos e fiquei a mercê do grego, que apenas se afastou de mim e deixou como lembrança o leve gosto do chocolate que havia comido mais cedo. Abri meus olhos e pude ver uma das visões mais marcantes de toda minha vida. Milo sorria de olhos ainda cerrados, um sorriso tão puro e tão belo que eu acabei sorrindo também. O loiro levou uma das mãos aos meus cabelos vermelhos acariciando-os. Como sentir seus dedos nos meus fios era bom, queria ficar ali pela eternidade se fosse possível.
"Não quero que chore Camus!" Pediu com carinho enquanto descia a mão até minha cintura e iniciava um abraço. "Nunca mais quero vê-lo chorar! Prometa-me que nunca mais irá chorar Camus?"
Os sussurros em meu ouvido me incitaram a abraçar o corpo do loiro apertando-o fortemente contra meu peito, como se o mesmo pudesse entrar em mim de alguma maneira. Haa... Como desejo sentir seu cheiro me acalmando por toda a vida.
"Eu te amo Milo!" Confessei ainda em seus braços.
"Então me prometa!" Pediu novamente. "Prometa-me que nunca mais irá chorar! Prometa-me que voltará daqui a três anos e que nos encontraremos aqui novamente, vestidos com as armaduras douradas! Prometa-me Camus!"
Se antes era eu chorando, agora o quadro havia se invertido, Milo por fim se dera conta do futuro que nos esperava.
"Eu prometo!" Respondi veementemente levantando seu rosto de meu ombro e roçando novamente nossos lábios no segundo beijo de nossas infâncias, um beijo cálido e sem malicias.
Ao longe pude ouvir a voz de Saga. Meu mestre chegaria logo, isso se ainda não o tivesse feito. Abaixei para pegar minha mala, mas antes que pudesse sequer tocar suas alças Milo ergueu-a do chão e saiu andando na minha frente. Sorri. Via o loiro andando descalço pela grama verde de verão com seus cabelos claros balançando a cada rajada de vento. Sem duvidas era único. Era meu. Meu amigo. Meu Milo.
Quando chegamos, Milo deixou a mala cair no chão e suspirou aliviado como se tivesse se livrado de um grande problema, que no caso era minha bolsa extremamente pesada. Logo atrás de nós estava um garoto baixo, gordinho que usava óculos, aparelho e para completar o visual, tinha uma pintinha negra em baixo dos olhos pequenos através da lente. O grego olhou na mesma direção que eu, mas ao invés de apenas observar, ele andou na direção do garoto e lhe entregou um pedaço de papel que tinha retirado do bolso. Seu nome era Afrodite e sempre tivera dificuldades para se relacionar com os outros aprendizes.
Acabei seguindo Milo até o garoto, talvez fosse o instinto natural que eu tinha de andar atrás do grego desde que chegara ao santuário. Conforme ia me aproximando percebi o choro não muito contido do gordinho, seus olhos pequeninos estavam bem vermelhos e a face um pouco inchada só piorando o visual de Afrodite. A primeira coisa que senti foi pena. Que, em minha opinião, é um sentimento repugnante. Sentir pena de alguém é a mesma coisa do que chamar essa pessoa de fraca por não ter capacidade de resolver seus próprios problemas. Depois me senti triste por ele, provavelmente seria bem difícil conseguir sua armadura com todas as limitações físicas que tinha.
"O que aconteceu, Afrodite?" Milo perguntou pousando sua mão no ombro esquerdo do menor.
"Meu mestre disse que não quer me treinar!" Disse entre soluços. "Saga está lá agora tentando convencer ele..."
Acho que entrei em choque ao escutar essa informação. Pior que a minha reação só a de Milo. O loiro tirou a mão do ombro de Afrodite e começou a andar furioso até onde Saga estava conversando e gesticulando para um homem que parecia não mudar sua opinião de maneira alguma. O grego contraiu as sobrancelhas e se meteu na conversas dos dois. Realmente era um absurdo sem tamanho o que aquele homem tinha feito! Não se pode negar um aprendiz sem nem mesmo ter conhecimento das capacidades do mesmo. Ainda sim, o que Milo estava fazendo era loucura. O geminiano lhe olhava de uma maneira que a impressão que dava era de que o loiro evaporaria a qualquer instante. Provavelmente os pensamentos que passavam na cabeça do loiro mais velho eram cem maneiras de tortura o grego, sem que ele morresse nem desmaiasse, levando-o ao ápice de todas as dores conhecidas para só então socá-lo até a morte.
"Ta vendo aquele garoto ali?" Milo apontou na direção que eu me encontrava junto com Afrodite. "Ele é candidato a uma armadura de ouro! Algo que você nunca foi nem nunca será! Se ele passou pela seleção e veio para o santuário, algum potencial ele tem! Alem do que você não pode se negar a ser mestre de um cavaleiro, pois assim estaria desobedecendo as ordens do grande mestre! Não sei se você sabe, mas a punição máxima para desobediência é a morte!"
O grego de pele morena despejou tudo aquilo de uma vez em cima dos dois mais velhos que olhavam abobados na direção do mesmo. Se Saga não estivesse ao lado de Milo, o loiro provavelmente não ficaria vivo nem mais um minuto. O geminiano então passou um dos braços em torno dos ombros do loirinho protegendo-o e um sorriso desafiador apareceu em seu rosto alvo e másculo apertando ainda mais Milo contra si. De repente uma sensação estranha se apossou do meu corpo. Eu simplesmente tinha que ir até eles e separá-los de qualquer maneira, como se minha vida dependesse disso. Uma vontade de socar Saga e deformar aquele rostinho sexy dele por completo. Mas me controlei. Com dificuldade me controlei.
"Não é que Milo está certo!" Disse Saga ainda exibindo seu sorriso irritantemente belo e desafiador. "E pode ter certeza de que sua pena não seria pouca coisa, afinal o conselho e formado pelo grande mestre e os cavaleiros de ouro que já possuem armaduras..."
O homem fez uma careta, transformando sua face bela em uma expressão desagradável de se olhar. Ele direcionou seu olhar para mim e Afrodite, que agora já tinha parado de chorar e assistia Milo desafiar o moreno junto com Saga. Em seguida voltou o olhar para o geminiano de deu sua sentença final.
"Se ele não suportar o treinamento a culpa não será minha!"
Saga então chamou Afrodite entregando-o nas mãos daquele homem absurdamente arrogante. Voltou-se na minha direção e fez um pequeno movimento com a cabeça indicando para que eu o seguisse. Peguei minha mala no chão e fui atrás do mais velho que andava a passos largos na direção de um carro negro. Encostado na porta do automóvel estava um homem muito claro e de cabelos quase brancos e olhos avermelhados. Era albino sem duvida nenhuma. O geminiano cumprimentou o outro com um aceno de cabeça e recebeu em resposta uma pequena e quase imperceptível reverencia do mais velho.
"Luminnus, esse é Camus, candidato a armadura de ouro de aquário." Isso foi tudo o que Saga disse antes de me deixar sozinho com aquela pessoa que nunca havia visto na vida.
"Ola..." Disse em grego esperando que o albino me respondesse de alguma forma, mas ele não o fez.
Luminnus abriu a porta do pequeno carro e disse de maneira fria e grossa para que eu entrasse no veiculo. Assim que acatei suas ordens, vi um Milo correndo pelo campo gramado tentando alcançar-me de qualquer maneira. Quando o grego conseguiu seu objetivo era tarde de mais e o meu mestre já havia arrancado com o carro.
Quando fui ajeitar a mala melhor dentro do carro percebi um envelope branco que não estava ali antes. Peguei a carta e a abri lendo atentamente a letra magra e comprida de Milo.
Camus,
Quero que saiba que sempre estarei ao seu lado para tudo! Logo aqui abaixo está o meu endereço na Ilha de Milos! Escreva-me sempre que puder, pois eu farei o mesmo!
Beijos,
Do seu futuro escorpião.
Sorri e dobrei delicadamente o bilhete voltando-o para dentro da bolsa e colocando a mesmo ao lado dos meus pés. Luminnus dirigia em alta velocidade. O ar condicionado estava ligado na temperatura mínima de doze graus Celsius. Passei instintivamente as mãos pelos meus braços já gelados e recebi um olhar atravessado do mais velho. Fora esse pequeno episódio, o silencio imperou absoluto durante todo o percurso para o aeroporto internacional de Atenas.
O carro foi deixado em uma vaga qualquer, perdido no meio de tantos outros, para que enfim pudéssemos pegar o vôo para Sibéria. Meus olhos se perdiam em meio a tantas pessoas, cores e luzes. Segura firmemente minha sacola e seguia Luminnus através de todas aquelas portas, faixas, corredores e por fim a imigração. Entregamos um papel em branco para o guarda, mas mesmo assim foi-nos permitida à passagem. Entramos na sala de embarque segurando apenas nossas passagens e vistos que sequer existiam na realidade, nossas malas haviam sido despachadas. Os itens que levava na sacola seriam de nenhuma utilidade no lugar para onde eu ia. Com quais roupas eu iria me vestir?
Entramos no avião com destino a terra do gelo, do sol da meia noite e das auroras boreais. Sentei-me no assento do corredor e coloquei o cinto regulando-o a minha cintura. Luminnus tirou um pequeno caderno do bolso de sua calça e do pequeno espiral uma caneta, com a qual o albino começou a escrever. O que será que ele tanto escrevia em seu bloco de anotações? Isto é, se ele estava realmente escrevendo, pois podia estar muito bem desenhando. Estiquei um pouco o pescoço, que mal havia em dar uma pequena olhadinha no que ele fazia? Quando tive um vislumbre de uma imagem começando a se formar, o caderno fechou com um baque e por reflexo olhei diretamente nos olhos do mais velho.
"Nunca se intrometa nas minhas coisas." Disse ríspido enquanto guardava o pequeno bloco.
Não pude deixar de encolher um pouco na cadeira sentindo minha face queimar ao soar de sua voz fria. Mal havia conhecido meu mestre e já era necessário que ele me desse broncas. Desviei o olhar para minhas mãos e assim permaneci, olhando meus dedos finos e compridos, até que a aeromoça indicou a decolagem do avião. Começou lenta e de repente estávamos dentro de uma máquina, que corria em alta velocidade pela pista lisa perfeita. Em menos de dois minutos alcançamos vôo e nos dois seguintes estávamos estabilizados no ar. A essa altura meu estomago doía por causa da fome, a cada instante maior. Sorte minha ter comido algo decente no santuário. Na minha frente, em uma pequena TV passava um filme sobre a segunda guerra mundial. Deixei minha mente viajar naquele ambiente de batalhas e dessa maneira meus olhos se fecharam.
Fora um pequeno trecho de turbulência, que me fez despertar, não me lembro de nada mais. Quando chegamos ao destino, Luminnus me estendeu um casaco pesado e acolchoado, que vesti antes mesmo de deixar a aeronave. De acordo com o piloto, a temperatura externa era de quatro graus Celsius no verão. Passamos novamente pela imigração, pegamos a bagagem, que chegara sem nenhum problema e andamos em direção ao estacionamento. Entramos no carro branco e saímos do estacionamento coberto com as janelas abertas.
Em menos de cinco minutos dentro do carro meu corpo inteiro estava gelado e a sensação que tinha era que iria cair morto a qualquer instante de fome e frio. Do lado de fora o sol brilhava e estranhamente o relógio digital marcava uma e vinte da manha. Com o frio, podia sentir meus lábios rachando ressecados e minhas bochechas ardendo queimadas e ao meu lado Luminnus dirigia tranquilamente, não sentia nada. Um desconforto sequer. Soltei um gemido frustrado chamando sem querer a atenção do albino diretamente para mim.
"Quer dizer algo, Camus?" Perguntou cinicamente. "Está com frio? Saiba que um cavaleiro de aquário precisa controlar o que sente!"
A partir desse instante soube que meu treinamento seria um inferno. Ele sabia o que eu estava passando e fazia questão de piorar a situação! Era como se quisesse jogar na minha cara que eu não tinha capacidade para ser um cavaleiro de ouro! Fechei o maxilar com força. Ele havia me desafiado. Eu não desistiria enquanto não conseguisse minha armadura!
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Quanto mais andávamos mais a temperatura caia e quando finalmente Luminnus parou o carro ao lado de uma casa pequena e termômetro marcava um grau Celsius. Desci carregando minha mala enquanto seguia o albino. O mais velho tirou um molho de chaves de um vaso virado de cabeça para baixo no chão e abriu a porta que rangia. A porta dava para a cozinha de piso frio e negro, as paredes de madeira eram pintadas, a pia de mármore cinza ficava no canto esquerdo e a direita ficavam alguns armários. Nenhuma porta separava a cozinha do corredor, no mesmo havia apenas um quarto, um banheiro e no final uma escada descia para o porão.
"O seu quarto é lá em baixo." Disse Luminnus. "Durma bem, pois quando for hora lhe chamarei para iniciarmos o treino."
Olhei novamente na direção das escadas. Eu não esperava que fosse me hospedar em um hotel cinco estrelas para o treinamento, mas um porão definitivamente era pior do que tudo que eu pudesse imaginar. Andei até as escadas e comecei a descer degrau por degrau ouvindo o barulho de cada um deles. No final da escada tinha uma porta idêntica a do quarto do primeiro andar. Empurrei-a com uma das mãos enquanto carregava a mala na outra e entrei no recinto. Quantos anos tinham desde que esse lugar fora habitado? Uma grossa camada de poeira cobria alguns lençóis que protegiam a mobília e um cheiro desagradável de mofo se espalhava por todo o cômodo. Passei instintivamente meus olhos pelo chão esperando ver algo tipo um rato sair correndo de algum canto. Por fim deixei minha mala cair ali mesmo, ao lado da porta e comecei a tirar os lençóis lentamente, evitando ao máximo que aquela crosta de sujeira se espalhasse mais pelo quarto.
Amontoei os tecidos antes brancos em um canto do quarto, se é que podemos chamar de quarto, e deixei meu corpo cair na cama baixa com um colchão de espuma mole. Eu estava completamente sem noção de dia e hora, minha cabeça flutuava pedindo por descanso e meu estomago doía de fome. Remexi-me desconfortável na cama até conseguir achar uma posição 'menos pior' e quando finalmente achei que o sono viria, imagens de Milo invadiram minha mente com força total. Será o que o loiro estava passando?
Dormi pouco, acordando com a cabeça doendo horrores e um frio terrível se espalhando pelo me corpo. Levantei-me devagar e caminhei arrastando meus pés na direção do armário negro e grande. A curiosidade se fazia insuportável e só sosseguei quando abria as duas portas deixando o armário à mostra. Em um canto bem lá fundo tinha um saco plástico transparente que guardava algo parecido com uma coberta. Não sei dizer se o que eu estava sentindo era surpresa ou alivio. Cocei meus olhos e puxei o cobertor para fora do guarda roupa e o tirei do saco. Tinha uma cor violeta meio desbotada, mas isso não era importante no momento. Arrastei o edredom para a cama e me deitei no colchão sentindo o cheiro de roupa guardada do tecido. Enrolei-me o máximo possível e me ajeitei melhor na cama ouvindo os rangidos que ela dava. Estava pronto para voltar a dormir quando ouvi passos descendo a escada e em seguida a porta do quarto abriu.
Luminnus me olhou da cabeça aos pés observando o cobertor com desdém. "Venha comer algo!" Disse frio como sempre. "Começaremos seu treinamento em seguida."
Deixei a cama novamente e fui até a porta enrolado com o edredom que lá deixei. Assim que sai do porão e comecei a subir os degraus vários arrepios percorreram meu corpo de cima abaixo e terminavam na base da coluna vertebral. Non pude evitar enrolar meus braços em torno da cintura.
Sentei na pequena mesa de tampo de madeira lisa e escura. No meio dela havia uma cesta cheia de pães. Catei um deles e o devorei rapidamente, quase como um animal, e não deixei sobrar nem uma migalha sequer. Assim fiz até que tivesse comido quatro pães franceses e em seguida levantei o olhar encarando a face de meu mestre que tinha comigo apenas um pão. Luminnus nada falou e se levantou da mesa andando para a porta da casa. Nada me restava a fazer se não segui-lo. E o fiz, andei atrás de Luminnus por mais de dez minutos. Andávamos por cima de um tipo de líquenes, musgos, ervas e arbustos baixos, provavelmente por causa do frio extremo mesmo no verão.
Paramos perto de um lago. A água era tão cristalinea que dava para ver as pedras acinzentadas em seu leito e sua extenção tão grande que não podia-se enxergar a outra margem. O vento frio que soprava a água provocava ondas na beira do lago. Olhei para Luminnus esperando que o mesmo desse alguma orde a ser seguida. E quando o comando veio, desejei que nunca tivsse vindo.
"O que?" Não pude deixar de perguntar enquanto apoontava para a água. "Quer que eu tire a roupa e entre ali?"
"Você precisa criar resistencia ao frio. Se não o fizer, nunca conseguira a armadura de aquario ou qualquer armadura onde o pricipal meio seja o gelo ou água."
Foi a unica coisa que ele disse, mas foi o suficiente para em menos de dois minutos eu estar apenas de calça com o corpo todo molhado pelas ondas e água até na cintura. Depois que entrei no lago, meu maior medo deixou de ser congelar e fiquei aflito com o fato de não saber a profundidade do leito. Eu não sabia nadar, qualquer passo em falso e seria meu fim. Futuro cavaleiro de aquário morre afogado em lago por não saber nadar. Meu mestre continuava parado ali do lado de fora olhando para mim. Analisando as reações do meu corpo. Olhei para baixo vendo meu reflexo tremido, meus labios estavam literalmente roxos assim como a ponta de meus dedos. Concentri-me lembrando os conceitos básicos de manipulação de cosmo. Elevei o meu com intuito de diminuir o frio que sentia, mas o efeito foi contrario, uma crosta fina de gelo surgiu e começou a engroçar mais rapido do que eu podia controlar congelando as ondas no meio de seus movimentos. De repente o frio já não era mais tão forte e quando dei conta todo o lago estava congelado e eu por cima dele, com meu corpo seco.
Olhei para Luminnus esperando que isso fosse obra do mesmo, mas sua boca aberta e olhos descrentes me diziam que não.
N/A: Olhem aquele botãozinho azul ali! Clica nele vai! Ele é tão legal!
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Deixem reviews again! BJUX
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