O ronronado gutural soa por todo a gruta e se espalha por toda a caverna, ecoando por longos segundos, ouve-se também gotas de água caindo a todo momento de estalactites, atravessando metros e caindo em largas poças escuras. Quase não havia luz, deixando o ambiente amarelo-esverdeado e muito traiçoeiro, iluminando, na maior parte, a gruta. Três homens atravessam a ampla caverna, contornando enormes e pontiagudas estalagmites, se dirigindo na direção do som alto e animalesco, uma forma circular e negra no centro da gruta parcialmente iluminada, às vezes a luz permitia ver sombras avermelhadas que se moviam dentro daquela forma negra. Um imenso ovo desprovido de casca, feito de um tipo de liga resistente que deixava um rastro repugnante de gosma a sua volta. Os homens se ajoelharam no solo úmido e rochoso da caverna, um deles se ergue e segura um cajado na mão direita, deixando a outra pendendo ao lado do corpo, parecendo estar à espera de algo, todos usavam máscaras pálidas e túnicas negras. O som gutural predominou, até começar, lentamente, a se articular em palavras.

-Dovah...kiin... – A caverna estremeceu, fazendo pequenas pedras se desprenderem do teto e cair sobre o capuz dos seguidores dos dragões.

-Mestre Alduin, Devorador de Mundos! – Começou o homem com voz rouca e meio hesitante – Retornastes enfim.

-Quem és? – A voz soou um tanto intimidadora.

-Um mero seguidor. A era dos dragões, senhor – Abriu dramaticamente os braços – Já estava na hora de seu retorno, para impor seu domínio aos seres frágeis e inferiores de Skyrim.

A criatura pareceu rir, ou poderia ser apenas um longo grunhido.

-Dovahkiin vive, preciso dele... – Ele pega uma longa respiração, como se precisasse de forças para continuar – MORTO! - O grito faz as paredes estremecem novamente, só que dessa vez com mais força, os outros dois homens recuam alguns passos, assustados, enquanto o que falava com a criatura permaneceu imóvel em seu lugar – Ele é uma ameaça ao meu futuro reinado, matem-no! – Mesmo sem muita claridade, pode-se ver um par de olhos vermelhos e penetrantes através da transparência do ovo.

-Agora mesmo – Fez uma breve reverência.

Se virou e começou sua caminhada para fora da caverna, passando ente os outros dois homens, mas o som da voz grave o fez parar.

-Ao Sul, uma aldeia independente e fora do mapa, oeste de Markarth, escondida nas montanhas. Não quero sobreviventes.