24 de agosto de 20012
Acabou!
Era tudo o que eu pensava, acabou e nada que ele falasse mudaria isso. James mais uma vez chegará e tentou agredir Jake, eu não podia mais aceitar isso, meu filho não merecia tal coisa, ele merecia ser feliz e esse traste o deixava infeliz. Estávamos agora eu e meu filho trancados no quarto dele brincando com seus bonecos, eu tentava a todo custo fazer ele se distrair do barulho de James quebrando os moveis do andar de baixo e ignorar o fato de que sempre que o mesmo tentava subir as escadas, caia devido a tontura da bebida e provavelmente-com sorte- se machucaria.
-Mamãe, estou com soninho- disse Jake com a vozinha fina de cansaço. Eu sorri fraco para meu filho e me levantei, tinha que leva-lo para tomar um banho para finalmente ele poder dormir, já devia passar das 22:30 e eu não havia me ligado.
-Vamos, meu amor, vou dar um banho em você e te deixar dormir.
Peguei ele no colo e levei ao banheiro do seu quarto.
Jake tinha cinco anos e era muito esperto, já ia para escola e era um dos mais inteligentes da sala. Meu pequeno era muito fiel e guerreiro também, todas as vezes que o pai tentava bater nele, ele se defendia. Eu amava meu filho, mais do que tudo e por ele eu tomei a decisão de me divorciar de James.
-Mãe, vamos logo, por favor, to com 'ninho'.
13 de setembro de 2012
-Muitos anos de vida.
Meus amigos cantavam animadamente e sorriam de orelha a orelha, fazendo eu sorrir também.
Fazia duas semanas que eu tinha saído da casa que eu dividia com James e me sentia mais livre do que um animal na selva.
-Bellita, mi amore, yo te amo mucho, gatita- disse Alice com um sorriso enorme no rosto e um espanhol mixuruca- estou muito feliz por você, vinte e oito anos e uma mãe exemplar. Vamos brindar não só por seu aniversário mas por se livrar daquele cachorro que você chamava de marido.
-A minha liberdade!- eu gritei.
-A liberdade- todos gritaram e entornaram a bebida.
14 de setembro de 2012
-Mamãe, o James não vai me ver mais?- perguntou Jacob durante o almoço. Jake nunca chamou James de pai e ele realmente não era um.
Eu olhei para meu filho sem entender se a resposta que ele queria era positiva ou negativa.
-Meu bem, eu acredito que não, você quer que ele te visite?- perguntei tentando passar confiança de que tudo daria bem.
Ele apenas me olhou, sorriu e balançou a cabeça.
-Eu não quero mais ver ele, ele é ruim comigo, não gosto dele. - Jake se levantou, colocou o prato na pia e veio me abraçar- te amo mamãe.
-Também te amo, pequeno.
-Posso ver TV?- pediu com os olhinhos brilhando e olhando para o aparelho que estava a poucos metros na sala. Eu assenti com a cabeça e vi meu pequeno sair correndo para aproveitar seus desenhos.
Suspirei e me levantei para poder lavar a louça e me arrumar para trabalhar. Eu e Jake estávamos na casa de meu pai, ele só vinha para cá durante o seu período de ferias.
Meu pai, Charlie, era um senhor de quarenta e oito anos e morava em Forks. Ele é o chefe de policia da cidade e não aceitou muito bem quando eu disse que casaria com James- meu pai não apoiava nem o namoro- e por não gostar de meu -ex-marido, comprou um pequeno apartamento no centro de Seattle.
Liguei meu Ipod e coloquei uma música para tocar enquanto arrumava a cozinha.
"Sing, whoa, c'est la vie
Maybe something's wrong with me
But whoa, at least, I am free, ohh, I am free"
cante, whoa, a vida é assim
Talvez algo de errado comigo
Mas ei, pelo menos, eu sou livre, ohh, eu sou livre
Comecei a cantar e arrumei tudo rapidamente tudo e segui para meu quarto para me trocar, deixar Jake na escola e ir para o hospital, eu era pediatra no hospital da cidade e amava meu trabalho, crianças sempre foram minha paixão.
Coloquei uma camisa xadrez, uma calça jeans e uma bota de cano alto preta. Peguei minha bolsa, passei um perfume e chamei Jacob para irmos embora.
21 de novembro de 2012
-Conseguimos Sr. Swan, você está oficialmente separada de James e a guarda de seu filho é sua e ele não tem direito a visitas devido as agressões que fazia a senhorita e ao menino- disse o advogado a mim após nos sairmos do edifício em que ocorreu a audiência- Boa sorte, Isabella, qualquer coisa, basta chamar-me e irei a seu socorro.
-Muito obrigada Sr. Thomas.- agradeci sorrindo.
Chamei um táxi e no percurso liguei para Alice e Tanya- minha colega de trabalho e uma das minhas melhores amigas- para contar que tudo finalmente estava dando certo, depois de tanto tempo. Após encerrar as ligações, comecei a olhar pela janela e prestar atenção na música que se iniciava no rádio do carro.
"Back to the street where we began
Feeling as good as lovers can, you know
Yeah we're feeling so good
Picking up things we shouldn't read
Looks like the end of history as we know
It's just the end of the world
Back to the street where we began
Feeling as good as love
You could, you can"
Aquela música parecia que estava fazendo uma trilha sonora em minha cabeça, eu me ajeitei no banco e olhei para o rádio como se ele fosse me revelar o nome dela por mágica. Rapidamente tirei meu celular da bolsa e liguei o Shazaam para descobrir seu nome.
Logo ele encontrou o nome da música e eu sentia a letra entrar em mim e me absorver por inteira. Era um música extremamente, inexplicad mente e completamente a melhor e mais fodastica do mundo!
'Cause it's nine in the afternoon
Your eyes are the size of the moon
You could 'cause you can so you do
We're feeling so good, just the way that we do
When it's nine in the afternoon
Your eyes are the size of the moon
You could 'cause you can so you do
We're feeling so good, just the way that we do
When it's nine in the afternoon"
A música estava quase em seu final quando paramos em m farol. Na frente de uma imobiliária. Que vende casas- jura?- e uma das imagens era um- que rufem os tambores- Rancho!
Acho que uma lanterna se acendeu em minha mente, comecei a pensar rápido: Essa música, esse dia de separação, sexta-feira, dia que provavelmente alguém faz aniversário, só podia ser um sinal.
-Pare esse táxi- eu gritei para o motorista.
-Senhorita, já estamos parados, o sinal ta fechado- ele disse me olhando assustado.
Ops!
-Desculpe, senhor. Quanto deu? Preciso descer- perguntei enquanto sacava a carteira de minha bolsa e a abria.
-20 dólares.
Paguei o taxista e desci quase que correndo para poder entrar no local.
22 de novembro de 2012
-Jake, vamos querido, não podemos nos atrasar- gritei da sala esperando meu pequeno vir.
-Mãe, não acho o Senhor Lufus, não quero conhecer nossa nova casa sem ele- falou desolado entrando no recinto. Olhei para o lado e o danadinho do Senhor Lufus- o infeliz que me atrasava- no sofá.
-Amor, olha esse precioso- filho da puta- aqui- peguei o ursinho e estiquei para meu filho.
Descemos pelo elevador e fomos pegar o carro na garagem, eu tinha exatas uma hora e cinquenta e cinco minutos para chegar a Port Angeles e ver se fechava negócio ou não. Fomos ouvindo algumas músicas e conversando sobre o que a gente iria fazer no meu período de férias, até que me lembrei da música que eu tinha escutado no dia anterior e decidi apresenta-la ao meu filho que assim como a mãe amou profundamente aquele som.
Chegamos no rancho 15 minutos atrasados e com certeza ganhei umas duas multas devido aos radares,entretanto, valeria a pena.
-Senhorita Swan, fico felzi que tenha vindo- disse a senhora que me atendeu no dia anterior, Emily.
-Perdoe-me pelo atraso, saímos um pouco atrasados. Esse é meu filho, Jacob, Jake, essa é a Emily- os apresentei sorrindo. Emily abaixou e conversou um pouco com Jake, que amou a atenção que fora lhe dada.
Enquanto o pequeno papo dos dois, dei uma olhada no local, havia uma grande casa, um pasto enorme, uma pequena casa que devia pertencer ao caseiro,um estabulo e um piscina, avistei também alguns animais na propriedade, como duas vacas, um boi, alguns porcos e galinhas e sete cavalos. Emily havia me dito que caso eu quisesse, eles poderiam vir juntos sem alterar o preço ou eu poderia vende-los , ainda não havia me decidido, mas tudo dependia do temperamento deles e se eu iria conseguir cuidar deles.
-Bom, vamos começar a visita? -perguntou Emily ao se levantar.
Visitamos todo propriedade e os animais de fato eram bem amistosos, Emily me disse que o vizinho que da uma olhada neles todos os dias e que não era difícil de cuidar deles e caso eu não conseguisse eu poderia contratar alguém.
No final da visita eu fechei o negócio e aquele seria o nosso novo lar e tanto eu quanto Jake estávamos loucos de euforia para morar lá. Infelizmente, isso só aconteceria em janeiro, pois eu mandaria fazer uma pequena reforma e mudanças no rancho.
7 de janeiro de 2013
Chegamos no rancho antes do almoço e começamos a descer as mudanças do carro, eu pegando as caixas mais pesadas e Jake as mais leves. O caminhão da mudança tinha vindo na sexta e aqui só estava o restante das caixas que tínhamos. Meu pai iria conhecer o rancho daqui um més e meus amigos já tinham vindo no Natal quando fizemos uma pequena festa no quintal.
-Olá- disse uma voz atrás de mim me assustando e me fazendo derrubar a caixa de roupas de Jake. Olhei para trás rapidamente e vi um senhor de meia idade em uma cadeira de rodas me olhando sorridente- Desculpe te assustar, não foi minha intenção.
-Oi, não tem problema algum. Eu sou Isabella Swan- disse estendendo minha mão.
-Carlisle Cullen, sou seu vizinho de rancho, eu e meu filho cuidamos dos animais daqui até você chegar.
-Oh, muito prazer. E obrigada por cuidar deles. Alias, o senhor me indica alguém para poder fazer isso? Eu infelizmente não aprendi a ser amazona na escola-perguntei timidamente para ele.
-Com certeza tenho, meu filho mesmo, ele me ajuda no rancho e amava cuidar daqui, ele vai adorar ajuda-la- disse-me sorrindo ainda mais- porque não almoça lá em casa? Depois ele vem e te ajuda no fim da mudança.
-Ah, eu...bom... é que bem, eu tenho um filho, não quero incomodar...- nem terminei e ele já me interrompia.
-Incomodo algum, chame o pimpolho e vamos encher o bucho.
Entrei dentro de casa, após pedir para Carl-como quis ser chamado- esperar, chamei Jake e partimos em direção ao rancho do senhor Carlisle a pé, foi uns quinze minutos de caminhada e ao entrarmos pelo portão lateral que separava as propriedade, vi que a dele era deveras maior que o meu e muito bem feita equipada. Entramos em sua casa e logo o cheiro de carne assada e torta encheram meu nariz. Quase babei só de pensar.
-Venha querida, a cozinha é por aqui- disse enquanto girava sua cadeira, quando entramos na cozinha, vi um rapaz alto, forte e com cabelos-ao meu ver- bronzes, ele estava de costas, mas me parecia extremamente ateante.- Edward, temos visitas.
Edward, nome lindo, igual ao dono e constatei isso assim que ele virou, além dos atributos físicos, havia os de uma ingenuidade encantadora pois assim que ele me viu, corou.
-Ed, essa é a Bella e seu filho Jacob, Bella e seu filho Jacob, esse é Edward, meu filho- nos apresentou sorrindo.
-Olá, é um prazer- disse timidamente e olhei para Jake- Diga "oi", pequeno.
-Oi, "Erdrward"- disse meu pequeno todo enrolado com o nome. Todos nos rimos e Jake ficou sem graça.
-Pode me chamar de Ed, campeão. O prazer é todo meu, estão servidos?- perguntou olhando para a mesa.
Conversamos amenidades e pude perceber o quanto Edward era tímido, entretanto, um rapaz extremamente gentil, carinhoso e novo. Edward tem apenas dezesseis anos.
Ao final da refeição, nos fomos embora junto a Edward que nos ofereceu ajuda no resto da mudança e antes que eu pudesse negar, seu pai aceitou por mim.
O caminho todo meu filho conversava com ele e notava-se de longe o quanto eles tinham se dado bem.
-Edward, seu pai me disse que você gosta muito de trabalhar no meu rancho e eu gostaria de te contratar para fazer isso. O que acha?- perguntei no meio do caminho.
-Eu vou adorar,Sr Swan-falou olhando para baixo.
-Apenas Bella, por favor.
-Ok, Bella
Comentem. Faz bem pro meu coração
