Cisne Branco.
Era uma manhã ensolarada em Hogwarts, e nós, os alunos do quinto ano, aguardávamos em frente aos portões de Hogwarts. Eu passava os olhos por todos, enquanto a Professora Minerva falava sobre alguma coisa á respeito do jeito que deveríamos agir em Hogsmeade. Eu nem prestava atenção, pois eu não faria nada inadequado, mas eu não culpava a professora por fazer aquele discurso, afinal, Tiago Potter estava ali. Ele e seus amigos, chamados em todo como "Os Marotos" iriam para Hogsmeade também, e com certeza, independente do discurso de Minerva, eles fariam algo inadequado. Principalmente o Potter, ah, como eu o odeio.
Finalmente, os portões se abriram e todos saímos em direção á Hogsmeade. Alice e eu fomos andando juntas, conversando descontraidamente.
Enquanto conversávamos, senti um braço passar por trás de mim, me abraçando por trás. Minhas narinas farejaram um cheiro de um perfume extremamente enjoativo, que me dava repulsas. Imediatamente, em um movimento involuntário de defesa, dou uma cotovelada no ser que estava atrás de mim, acertando a boca de seu estômago. Ouvi um urro de dor, sim, eu havia acertado Tiago Potter em cheio.
Virei-me sorrindo, enquanto o via jogado no chão, abraçando a própria barriga. Sua expressão dizia que ele poderia vomitar a qualquer momento. Então me garanti, permanecendo afastada dele.
- Lily – disse ele tossindo – É assim que você diz oi?
- Quando é necessário... Sim!
Ele me olhava com cara de quem não esperava minha resposta, então sorri orgulhosa e vitoriosa. Eu o media de cima a baixo, parando vez ou outra em sua face de dor.
- Lírio – ele disse, começando a se levantar. A respeito do "Lírio", eu apenas revirei os olhos – Já que estamos aqui, o que acha de ir comigo tomar uma cerveja amanteigada?
- Só por cima dos meus ossos – exclamei.
- Isto é um sim? Afinal, o estômago...
- Potter! Isto é um não! – interrompi.
- Ah Lily, não precisa ter medo. Eu não mordo! – disse ele com um sorriso debochado no rosto. Todos em volta de nós começaram a dar risadinhas, olhando em nossa direção.
Saí marchando, sem direção e sozinha. Porque ele não podia me deixar em paz? Apenas um único dia, olhar para mim e ser gentil? Ah Mérlin, se Tiago Potter fosse assim...
As lágrimas de raiva transbordavam de meus olhos e eu continuava a andar sem direção. Eu tentava me distrair, esfriar a cabeça, mas era difícil de fazê-lo após uma cena desta ocorrer com você. Quando desisti de lutar contra meus pensamentos, resolvi pensar em Tiago, e em falar mal ele mentalmente, quanto mais eu pudesse, melhor. Minha avó havia me dito uma vez para nunca falar mal dos outros, mas o Potter era alguém que merecia ser chamado de todas as ofensas existentes.
Eu ouvi Alice chamar-me, mas eu não queria conversar. Eu não queria companhia. Eu apenas desejava ficar sozinha e deixar as lágrimas escorrerem por minha bochecha. Olhei para trás e vi que ela não demoraria muito para me achar se eu continuasse parada. Eu necessitava de um pouco de solidão, de um momento comigo mesma. Alice era insistente, ela não iria me deixar sozinha, não importa o quanto eu implorasse. Então eu me escondi atrás de uma velha casa em que eu ouvira falar que morava o dono do "Cabeça de Javali".
Eu havia conseguido despistar Alice, mas eu não despistara a minha raiva, o meu ódio de Potter. Porque ele tinha de ser tão... Metido?
Ouvi Alice dizer algo como "Ela não está aqui", espiei por cima do ombro e vi que a rua em que entrara estava deserta. Saí sorrateiramente de meu esconderijo, mantendo a guarda. Quando eu já estava em uma rua movimentada novamente, encontrei lá alguns alunos de Hogwarts, mas eu não conhecia nenhum, então saí.
Continuei andando pela rua sorrateiramente e então, quando me dei conta já estava prestes a esbarrar nos Marotos. Não havia para onde correr, eles me achariam. Eu estava frita. A não ser que...
Então entrei correndo na Casa dos Gritos.
