Estava saindo da delegacia, era umas 2h da manhã, depois de um turno estressante. Parei na escadaria e respirei fundo, aquele cheiro de poluição, fumaça e sujeira preencheu meus pulmões, me senti enojado, mas bem, essa era a minha cidade. De repente em meio ao caos surge um perfume maravilhoso, um perfume de mar, um perfume de mulher. Me viro para ver de onde vem quando ela passa por mim e o perfume se torna mais intenso em minhas narinas. Cerro os meus olhos para focar bem na figura que, agora, sobe as escadas. Uma mulher alta, com os cabelos arroxeados presos em um rabo de cavalo. A cada passo dado ela avançava um degrau da longa escada indo em direção a porta da delegacia. Parei até de respirar enquanto admirava aquele ser perfumado passar lentamente. Seus passos faziam seu longo cabelo balançar de um lado para o outro quase roçando em sua bunda e isso me deixou hipnotizado. Eu não conseguia parar de olhar para o seu rebolado, uma coisa que não costumava acontecer comigo começou a acontecer, meu baixo ventre começou a reagir, senti minha calça ficar apertada a ponto de me machucar. Ao chegar na porta ela parou, então notei que usava uma calça jeans muito justa e botas de salto muito alto que valorizavam, e muito, as suas generosas curvas. Abriu a porta e entrou. Quando a porta se fechou saí do meu transe e sem perceber voltei para dentro da delegacia. Ela falava com o policial de plantão quando cheguei ao seu lado no balcão. O policial se assustou com a minha presença e se dirigiu a minha pessoa.

- Detetive Kuchiki, algum problema senhor? Pensei que o senhor já tivesse ido para casa.

Quando o policial falou o meu nome ela se virou e me olhou nos olhos. Parei novamente de respirar, o olhar instigante, provocador e sensual me fez ficar ainda mais excitado, se é que isso era possível. Os olhos dourados, felinos me olhavam com inquietação. Sai do transe quando ouvi a minha voz.

- Esqueci um documento na minha sala. – Falei sem desviar o olhar da mulher que estava me hipnotizado. – Posso lhe ajudar em alguma coisa? – Perguntei ainda sem pensar, com a voz rouca. Ela sorriu, um sorriso sensual e falou.

- Estou procurando o detetive Urahara, sei que ele foi transferido para essa delegacia. – O som da voz dela me fez tremer em antecipação era melodiosa e sensual, como ela. Quando compreendi o que ela falou, gelei. O que uma mulher como aquela queria com aquele loiro inútil?

- Me acompanhe, a sala dele é perto da minha. – Falei com uma voz sem emoção enquanto me dirigia para o interior da delegacia. Conforme avançávamos em direção as salas olhares se dirigiam para a morena de olhar e caminhar sedutor, ela é perfeita e sabe muito bem disso. – Esta é a sala. – Falei apontando para a porta e andando em direção a minha sala que ficava ao lado da sala do loiro. As salas eram divididas por janelas de vidros, as cortinas das janelas que davam a visão do corredor e a cortina da porta estavam fechadas então o loiro não podia ver quem estava na porta.

- Obrigada, por me ajudar. – Ela falou com o seu tom sensual e entrou na sala.

Corri para a minha sala para ver o que iria ocorrer na sala ao lado, pois eu sabia que o loiro aguado não fechava as cortinas daquele lado. Ao entrar me deparei com uma cena surreal. Aquela mulher maravilhosa beijando aquele bostinha. E não era um simples beijo, era quase um salvamento se ele estivesse se afogando. Não, era mais que isso. Parecia que ela estava sugando a alma dele. Em instantes eles romperam o contato e ele sentou em sua cadeira, falaram alguma coisa que eu não consegui entender e depois ela foi em direção a ele. Fiquei petrificado com a cena que se seguiu, mas não conseguia desviar o olhar. Ela sentou no colo daquele idiota, de frente, os dois bem encaixados, e começou a beija-lo com muita fome. Aquilo começou a me afetar, fiquei muito excitado, quem era aquela mulher. Sem perceber toco meu membro por cima da calça e estremeço. Até parece que ela sentiu, pois abriu os olhos e olhou diretamente pra mim, sem quebrar o beijo. Fiquei ainda mais excitado, se é que isso era possível, ajeitei meu membro dolorido de tesão e sai da minha sala, queria entrar na sala dele e arrancar ela dele e a possuir ali, mas não fiz. Sai da delegacia e entrei no meu carro, precisava de uma boa foda para me recuperar daquilo.

Dirigi até a boate Soul Society, estacionei na frente e entrei. Sentei no bar e instantaneamente Tesai colocou um copo com duas doses de uísque sem gelo na minha frente, todos ali já me conheciam, principalmente as meninas. A que mais me atraía era Hinamori, com seu corpo miúdo e mãos ágeis, e sem demora ela se aproximou, me abraçando por traz enquanto colocava as mãos sobre meu membro, me atiçando.

-Detetive, pensei que não viria me ver hoje. Eu já estava com saudade.

Tomei meu uísque todo em um único gole e me levantei puxando Hinamori em direção as escadas, eu conhecia muito bem aquele caminho, já o havia feito muitas vezes. Parei diante de uma das portas e esperei a baixinha atrevida abrir. A porta se abre lentamente e consigo sentir o cheiro de sexo que emana daquele lugar, dei um passo em direção a penumbra daquele quarto e no mesmo instante me senti sendo puxado para a cama. A porta se fecha e sinto Hinamori se aproximar com o seu perfume floral.

- Agora nós vamos cuidar direitinho de você, detetive.

Não sabia quem estava no quarto até que senti as mãos delicadas e geladas tocarem meu abdômen, por dentro da camisa. Nemu. Ela nos faria companhia hoje à noite. As duas removeram a minha roupa enquanto me acariciavam, exploravam, me excitavam, eu estava gostando daquilo, muito. Apesar do meu rosto não demonstrar o meu pênis me denunciava, aquelas duas estavam me deixando louco. Enquanto Hinamori me chupava com aquela boca de fada, Nemu mordiscava meu abdômen e arranhava meu peitoral enquanto esfregava a sua parte mais sensível na minha cara. Nossa eu precisava daquilo e as duas sabiam fazer direitinho. Senti quando elas trocaram de lugar e de repente meu membro foi, literalmente, engolido. Nemu não era tão delicada como Hinamori, mas estava me fazendo amar aquela sensação, que não durou muito. Logo senti ela direcionando meu pênis para sua úmida e apertada entrada. Ela encaixou fundo em uma única estocada me fazendo gemer ao sentir seu corpo quente envolvendo meu sexo. Não consegui gemer por muito tempo com as investidas quando outra intimidade úmida exigiu atenção dos meus lábios. Aquelas duas sabiam exatamente o que estavam fazendo.

Saí daquele quarto depois de gozar pela quarta vez, estava satisfeito, mas com uma sensação estranha que não dei muita importância, parei no bar, tomei mais um uísque sem gelo e fui pro meu carro. Dirigi pra casa, para a mansão vazia onde eu moro.